GESTÃO POR COMPETÊNCIA - TEMA 7 - COMPETÊNCIAS ORGANIZACIONAIS E HUMANAS INDIVIDUAIS

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Competências organizacionais e 
humanas/individuais
Juliana Batista de OIiveira
Introdução
Estudaremos, neste tema, as competências essenciais, funcionais e individuais, em uma conceituação breve para
entendemos como a aplicação delas garante o diferencial competitivo de uma organização.
As competências essenciais são as que tem o objetivo de diferenciar uma empresa da outra, trazendo mais
competitividade para o mercado, ou seja, ela vai ditar o sucesso da instituição, sendo que toda a área da
organização deve contribuir para que se alcance os objetivos determinados. As funcionais são as habilidades
relacionadas a cada cargo, imprescindíveis para o crescimento da empresa. Já as individuais são as intrínsecas ao
indivíduo e também as desenvolvidas pela organização, com foco no objetivo da mesma.
E as competências mencionadas acima tem alguma relação ou podem ser desenvolvidas separadamente, com o
mesmo benefício? É o que iremos descobrir, juntos, no desenrolar deste tema.
Ao final desta aula, você será capaz de:
• Conhecer os diferentes tipos de competências organizacionais, individuais/humanas e suas 
características. 
Competências organizacionais essenciais (core 
)competence
Como já estudamos no tema anterior, a competência é uma habilidade tanto intrínseca ao indivíduo quanto
possível de ser desenvolvida, que está relacionada a um alto desempenho na execução de uma tarefa. Contudo,
também vimos a importância de que essas competências, entendidas como recursos, devem estar alinhadas com
as necessidades dos cargos e prioridades das organizações.
•
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Assim como conceitua Prahalad e Hamel (1990), citado por Pires (2005, p. 19) as competências organizacionais
se constituem de um “conjunto de conhecimentos, habilidades, tecnologias, sistemas físicos e gerenciais e de
valores que geram um diferencial competitivo para a organização.”
Figura 1 - Competência que garante competitividade
Fonte: Rei Imagine, Shutterstock, 2019.
Se inicia, então, uma mudança conceitual e de valores, na qual as organizações percebem que a sua maior riqueza
não está no produto. Ela se encontra no seu capital humano, tendo em vista que, ao desenvolver as competências
nos indivíduos, agrega valor à organização.
EXEMPLO
Em uma empresa, o indivíduo pode ter uma incrível habilidade em cálculos que a sua
experiência e seus conhecimentos técnicos o permitiu ter. Porém, para que ele consiga expor
os seus resultados por meio de reuniões corporativas, seria necessário a habilidade de falar em
público.
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De acordo com Pires (2005), competências essenciais inseridas no contexto organizacional, pode se entender
por competências que, de alguma forma, consigam promover crescimento competitivo frente às organizações,
que gere valor claramente percebido pelo cliente e, com isso, seja difícil de ser replicado pelas empresas
concorrentes. Ao conceituar competência essencial é preciso compreender que ela deve ter algum tipo de
relação com níveis de aprendizagem, inovação e, inclusive, conhecimento técnico, o que irá permitir o
desenvolvimento de recursos humanos. 
Figura 2 - Identificar as competências organizacionais essenciais
Fonte: Minerva Studio,Shutterstock, 2019.
Essas competências ficam claramente definidas como aquelas que tem por objetivo tornar a organização
competitiva, com um diferencial único, capazes de fazer a organização ser vista como eficaz. Contudo, a gestão
por competências tem a importante missão de alinhar competências humanas que consigam atingir as
competências organizacionais, a ponto de suprir os objetivos estratégicos da organização. (PIRES, 2005)
Nesse sentido, Nisembaum (2000), citado por Pires (2005), sugere uma definição que, com toda certeza, irá
promover a melhor assimilação sobre esse tema, quando classifica as competências organizacionais como
básicas, ou seja, capazes de auxiliar no funcionamento da organização. Já as competências essências são aquelas
que estão diretamente ligadas à diferenciação e fatores de competitividade da organização.
FIQUE ATENTO
Competências organizacionais são um conjunto de habilidades inserido em um grupo de
conhecimentos técnicos, presentes ao primeiro olhar e incorporados aos procedimentos de
trabalho, os quais somados aos princípios, como valores e culturas, estimulam a
competitividade na organização.
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Competências macroprocessos
Vamos iniciar este tópico entendendo do menor para o maior, ou seja, iniciaremos o nosso estudo com um breve
conceito do que é um processo, considerado um conjunto de tarefas previamente planejadas, que são compostas
por comandos de início, meio e fim. Assim, é extremamente necessário que sejam obedecidos todos os passos na
ordem planejada. É o que chamamos de processo de trabalho, para que, desta forma, possa garantir que se
obtenha um resultado satisfatório.
Já os macroprocessos são de forma mais ampla o objetivo organizacional que a empresa quer atingir. São neles
que a empresa une todos os processos divididos, muitas vezes,por áreas de atuação, habilidades com o objetivo
de gerar valor e cumprir com sua missão já preestabelecida no planejamento estratégico. É imprescindível que
todas essas atividades estejam alinhadas com os objetivos organizacionais.
Competências funcionais
Competência funcional é mais popularmente conhecida como conhecimento, habilidades e atitudes, sendo que o
foco é auxiliar na organização a aumentar a produtividade. As competências organizacionais têm grande
ajudadas competências funcionais, tendo em vista que estão diretamente ligadas às funções, atividades coletivas
da organização, mais voltadas para a prática operacional. Le Boterf (2003), citado por Dutra (2010), define que a
competência funcional se entende pela capacidade de resolver uma situação complexa.
No entanto, é preciso que saiba diferenciar uma atividade de difícil execução para uma atividade complexa.
Dutra (2010) explica que uma atividade de difícil execução é aquela que pode ser realizada por qualquer outro
profissional de mesmo nível e que requer somente um pouco mais de habilidade. Já uma atividade complexa é
aquela que exige do profissional uma maior experiência, maior conhecimento e que passe a imagem de que seja
potencialmente competente para executar tal atividade. Portanto, tais habilidades têm a honrosa função de ser
um ponto de apoio para o desenvolvimento das competências de toda uma estrutura organizacional.
SAIBA MAIS
Entenda o macroprocesso como uma equipe engajada – o processo como Avaliação de
Desempenho, Entrevistas, Levantamento de Necessidades de Treinamento, Treinamento,
Desenvolvimento de habilidades necessárias e Acompanhamento de desempenho, assim como
conceitua Dutra (2010).
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Figura 3 - Competências inseridas em cada função
Fonte: AVABitter, Shutterstock, 2019.
Porém, as competências funcionais são responsáveis no papel da organização como um diferencial, à medida que
garantem uma melhor resolução em atividades complexas, tendo em vista que, quanto mais o profissional
estiver em contato com tais atividades, mas possibilidades ele terá de se desenvolver.
Competências humanas/individuais: técnicas; 
comportamentais; gerenciais.
As competências individuais entendem-se por comportamentos que focam em potencializar melhor
desempenho. Em resumo, é a habilidade particular que cada indivíduo utiliza dentro da organização, em prol de
um melhor desempenho na sua área. Competência individual é entendida como o momento de “colocar em
prática o que se sabe em determinado contexto, marcado geralmente pelas relações de trabalho, cultura da
empresa, imprevistos, limitações de tempo e de recursos.” (DUTRA, 2010, p. 30)
Portanto, quando falamos sobre competências individuais, estamos falando sobre pessoas. Com isso, a
FIQUE ATENTO
Improvisação é a habilidade de saber lidar com situações novas, surpreendentes de uma forma
inovadora,tendo em vista que a grande maioria apenas segue repetindo procedimentos e
tarefas. Por fim e não menos importante, a definição que se entende é que pode ser
desenvolvidaessa habilidade, pois quanto maior a proximidade com a tarefa, mais a
probabilidade de improvisação.
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Portanto, quando falamos sobre competências individuais, estamos falando sobre pessoas. Com isso, a
competência não deixa de lado os seus valores, ideais e experiências anteriores, pois é todo esse conjunto que irá
dar forma à competência individual, que agrega valor para a organização.
As competências técnicas são aquelas adquiridas por meio de aprendizagem, como, por exemplo, na escola onde
se obtém os conhecimentos básicos, nos cursos e nas faculdades, quando são adquiridos os conhecimentos mais
específicos da área de atuação. Esse conjunto de conhecimentos técnicos aplicados na prática organizacional é o
que chamamos de competências técnicas.
Figura 4 - Competências Técnicas
Fonte: Macrovector, Shutterstock, 2019.
Já as competências comportamentais são a forma com que os indivíduos se comportam frente às adversidades,
situações desafiadoras ou situações estressantes. Sendo assim, cada cargo, função e atividade possui um
conjunto de competências comportamentais desejáveis que se diferem entre as ocupações.
As competências gerenciais, como o próprio nome já denuncia, são as competências esperadas pelos líderes,
gestores de uma organização, as quais devem estar focadas tanto na satisfação do cliente quanto no
desenvolvimento de competências individuais, que darão condições de atingir os objetivos estratégicos da
organização. Em outras palavras, para ser um bom líder e detentor de competências gerenciais, somente o
conhecimento não se faz necessário. É imprescindível possuir competências comportamentais para estimular a
inovação das habilidades individuais da sua equipe.
Assim, o líder que detém as competências gerenciais é um colaborador completo, pois possui todo o
conhecimento necessário para a execução das atividades, entendimento do negócio de todas as suas fases e
interação com o cliente. Tendo em vista todo esse conjunto, ele possui as ferramentas para gerenciar, organizar
as competências dos colaboradores, a fim de atingir resultados mais satisfatórios.
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Fechamento
Nesse conteúdo, vimos que as competências organizacionais essenciais, nas quais o foco é o seu planejamento e
identificação das habilidades, são as que vão garantir o diferencial competitivo da organização. Temos, ainda, as
competências funcionais, em que é necessário diferenciar as habilidades de acordo com cada função ou cargo; as
competências individuais, inseridas de acordo com as crenças, valores e experiências anteriores de cada um;as
competências técnicas e comportamentais, quando o conhecimento técnico não é suficiente, com necessidade de
foco na proatividade e na forma de reagir frente às novas situações. E, para finalizar, as competências gerencias,
as quais são específicas dos cargos de liderança, que buscam um olhar mais amplo, com foco no negócio, no
colaborador e no cliente.
Dessa forma, fica claro que as organizações, a partir da necessidade de se tornarem cada vez mais competitivas
frente ao mercado, passaram a voltar os seus olhares para toda a gestão, desde os colaboradores operacionais
até as equipes gerenciais. Por isso, a importância de conhecer estas competências.
Referências
DUTRA, J. S. Conceitos e Instrumentos para a Gestão de Pessoas na Empresa Moderna. 1. ed. SãoCompetências: 
Paulo: Atlas, 2010.
PIRES, A. K. Gestão por competências em organizações de governo. 1. ed. Brasília: Enap, 2005.
	Introdução
	Competências organizacionais essenciais (core competence)
	Competência que garante competitividade
	Identificar as competências organizacionais essenciais
	Competências macroprocessos
	Competências funcionais
	Competências inseridas em cada função
	Competências humanas/individuais: técnicas; comportamentais; gerenciais.
	Competências Técnicas
	Fechamento
	Referências