Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Nutrição e Dietética Leis da Alimentação Lei da Qualidade: Refere-se aos nutrientes necessários ao indivíduo. Uma alimentação completa inclui todos os nutrientes para formação e manutenção do organismo. As refeições devem ser variadas, contemplando todos os grupos de nutrientes para o bom funcionamento do corpo. Lei da Quantidade: Corresponde ao total de calorias e de nutrientes consumido. A quantidade de alimentos deve suprir as necessidades do indivíduo. Dessa forma deve-se atentar para excessos e restrições, pois ambas as situações são prejudiciais ao organismo. Lei da Adequação: A alimentação deve se adequar às necessidades do organismo de cada indivíduo, às especificidades de quem está consumindo. Os ciclos da vida (infância, adolescência, adulto e idoso), o estado fisiológico (gestação, lactação), o estado de saúde (doenças), os hábitos alimentares (deficiência de nutrientes), e as condições socioeconômicas e culturais (acesso aos alimentos) são fatores que devem ser considerados, pois resultam em diferentes necessidades nutricionais. Lei da Harmonia: É a distribuição e proporcionalidade entre os nutrientes, resultando no equilíbrio. Para que o nosso organismo consiga aproveitar os nutrientes, estes devem se encontrar nas proporções adequadas nas refeições, uma vez que as substâncias não agem sozinhas, sim em conjunto. Sabores O paladar diferencia o doce, o salgado, o ácido e o amargo. Guia Alimentar para População Saudável Alimentação Saudável Recomendações em energia e nutrientes para cada idade e sexo, de acordo com o peso, a estatura e a atividade física (RDA-89; DRI- 97). O Valor Calórico Total (VCT) da alimentação no dia deve ser distribuído em: o alimentos com proteínas: 10 - 15% do VCT. o alimentos com carboidratos: 50 - 60% do VCT. o alimentos com lipídios: 20 - 30% do VCT. As calorias totais do dia devem ser distribuídas nas refeições da seguinte forma: o Café da manhã (6-9 horas): 25% o Lanche: 5% o Almoço (11-13 horas): 35% o Lanche: 5% o Jantar (19-21 horas): 25% o Lanche: 5% Guias Alimentares São diretrizes formuladas em políticas de alimentação e nutrição visando promoção de saúde e um melhor estado nutricional da população nos diferentes países. Devem respeitar: Hábitos alimentares da população; Disponibilidade dos alimentos locais; Incentivo de medidas necessárias para atingir o pleno potencial de crescimento e desenvolvimento humano. Pirâmide Alimentar Foram estabelecidas 3 dietas: 1600 kcal, 2200 kcal e 2800 kcal. Para incluir os alimentos nos cardápios nas formas “in natura”, preparações e industrializados, foram considerados o valor nutritivo e a forma de preparo dos alimentos e também por integrarem o hábito alimentar da família. Os alimentos estão distribuídos na Pirâmide em 8 níveis, de acordo com o nutriente que mais se destaca na sua composição. Conceito de porção: “Medida Usual de Consumo” (Porção) é a quantidade de alimento em sua forma usual de consumo, expressa em medidas caseiras, unidades ou na forma de consumo. Esta quantidade é estabelecida a partir das necessidades nutricionais e das dietas calculadas para cada grupo específico. Equivalentes de porção: Para cada nível da pirâmide foram estabelecidas as porções dos alimentos que são equivalentes em energia, (Kcal)*. Os alimentos de um grupo não podem ser substituídos pelos de outros grupos. Os alimentos tiveram seus valores energéticos fixados em função das dietas e das quantidades dos alimentos permitindo estabelecer os equivalentes. O Guia Alimentar/ Pirâmide Alimentar é uma ferramenta para Orientação Nutricional Individual: estabelecer uma dieta saudável e culturalmente aceitável, de acordo com a alimentação habitual; corrigir os hábitos alimentares indesejáveis e reforçar os desejáveis para a manutenção da saúde; orientar o consumidor quanto à seleção de uma dieta saudável de acordo com os recursos econômicos disponíveis e alimentos produzidos localmente. Institucional: dar diretrizes para o desenvolvimento de programas sociais, de alimentação e nutrição; unificar conteúdo técnico das mensagens sobre alimentação e nutrição a serem transmitidas à população; dar a informação básica que deve ser incluída em programas de orientação nutricional. Nutrient-dense foods (Alimentos com alta densidade de nutrientes): São os alimentos com alta densidade em nutrientes e que oferecem quantidades significativas de micronutrientes (↑) e calorias (↓). Exemplo: verduras, legumes e frutas (vegetais), Grãos integrais. Discretionary calorie allowance (Alimentos Permitidos com Prudência): Considerando uma dieta equilibrada, com a presença de alimentos com alta densidade em nutrientes, pode-se permitir que uma pequena parte das calorias da dieta sejam provenientes de gordura, açúcar e álcool. Nutrients of concern (Alimentos com Nutrientes em Alerta): São os nutrientes de baixo consumo que provocam graves doenças carenciais na população, nos diferentes estágios de vida. Exemplos: cálcio- leite, queijo, iogurte) osteoporose ferro-anemia (carnes vermelhas) Vitamina A- hipovitaminose (cenoura, abóbora). Evolução Guia Alimentar Brasileiro 1980- Alimentos em três categorias. 1992- Baseada na pirâmide americana com inclusão de grupos de alimentos que fazem parte do hábito alimentar brasileiro. 2005- Mesmo ícone gráfico com modificações nas porções e inclusão da atividade física. 2011- Mesmo ícone gráfico com mudanças quantitativas, mas enfoque nos aspectos qualitativos. 2014- Alimentos em 4 categorias; aspectos ambientais; comensalidade. Não utiliza mais o ícone gráfico da pirâmide. Guia Alimentar para a População Brasileira Os 5 Princípios que norteiam o Guia Alimentar 1. A alimentação é mais que a ingestão de alimentos. 2. Recomendações sobre alimentação devem estar em sintonia com seu tempo. 3. Alimentação adequada e saudável deriva de sistema alimentar socialmente e ambientalmente sustentável. 4. Diferentes saberes geram o conhecimento para a formulação de guias alimentares. 5. Guias alimentares ampliam a autonomia nas escolhas alimentares. Escolha dos Alimentos Importância ao tipo de processamento a que são submetidos os alimentos antes de sua aquisição, preparo e consumo. Tipo de processamento empregado na produção condiciona o perfil de nutrientes, o gosto e o sabor que agregam à alimentação, além de influenciar com quais outros alimentos serão consumidos, em quais circunstâncias (quando, onde, com quem) e, mesmo, em que quantidade. O impacto social e ambiental da produção também é influenciado pelo tipo de processamento utilizado. Grupo dos Feijões; Grupo dos Cereais; Grupo das Raízes e Tubérculos; Grupo dos Legumes e das Verduras; Grupo das Frutas; Grupo das Castanhas e Nozes; Grupo do Leite e Queijos; Grupo das Carnes e Ovos; Água. O Ato de Comer e a Comensalidade 3 orientações básicas: - Comer com regularidade e atenção. - Comer em ambientes apropriados. - Comer em companhia. Recomendações Nutricionais São determinadas como sendo a quantidade de energia e nutrientes que são necessárias para a maioria dos indivíduos de um grupo/população. Baseada nas necessidades, corrigida pela biodisponibilidade, variabilidade individual, e em caso de alguns nutrientes se agrega uma margem de segurança. 1941: Recomendações Nutricionais (Recommended Dietary Allowances – RDAs)- Food and Nutrition Board/ National Research Council (EUA). Desde 1941, nove edições da RDA foram publicadas: 10a edição (1989). 1985: FAO/OMS: recomendações de energia e proteína. 1990: Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN). 1997: Ingestão Dietética de Referência (Dietary Reference Intakes – DRIs) – Food and Nutrition Board / Instituteof Medicine. 2005: Ingestão Dietética de Referência (Dietary Reference Intakes – DRIs) – Food and Nutrition Board / Institute of Medicine. RDAs: considerava-se apenas os valores de nutrientes visando a ausência de sinais de deficiência. DRIs: foram incluídos valores de nutrientes visando à diminuição do risco de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), quando os dados específicos de segurança e eficácia para o nutriente estavam disponíveis. Dietary Reference Intake (DRIs) Conjunto de 4 valores de referência de ingestão de nutrientes com maior abrangência que as RDAʼs: EAR (Estimated Average Requirement) necessidade média estimada – é o valor médio de ingestão diária de um nutriente do qual se espera atender as necessidades de 50% dos indivíduos de um grupo de faixa etária e sexo. o “Alicerce para o RDA” o Uso não como uma ingestão de referência para indivíduos o Utilizado em estudos populacionais RDA (Recommended Dietary Allowances): ingestão dietética recomendada – valor médio estimado de ingestão diária de um nutriente para atender as necessidades de ≈ 97,5% dos indivíduos de uma faixa etária e sexo. Alvo para ingestão de indivíduos. Recomendação determinada a partir da EAR. RDA = EAR + 2 DP EAR Observação: A RDA de um nutriente é um valor a ser usado como meta de ingestão dietética (PLANEJAMENTO) para indivíduos saudáveis. Não deve ser utilizada para avaliar as dietas de indivíduos ou grupos ou para planejar dieta de grupos. AI (Adequate Intake) - Ingestão adequada: é utilizada no lugar da RDA, quando as evidências científicas não são suficientes para calcular o valor do EAR. Valores reajustados a partir de novos estudos que proporcionem maior grau de confiabilidade. UL (Tolerable Upper Intake Level) – Limite Superior Tolerável De Ingestão: Valor mais alto de ingestão diária continuada de um nutriente, que não ofereça risco de efeito adverso à saúde de quase todos os indivíduos da população (97 a 98%). Não é nível de ingestão recomendável. Conforme a ingestão aumenta acima destes valores o risco de efeitos adversos aumenta. Planejamento de dietas INDIVÍDUOS GRUPOS RDA: meta de ingestão EAR: utilizada em conjunto como medida de variabilidade da ingestão do grupo, estabelecendo metas para o consumo médio de uma população específica AI: meta de ingestão UL: guia para limitar o consumo de nutrientes, considerando que a ingestão crônica elevada pode ↑ o risco de efeitos adversos Avaliação de dietas INDIVIDUOS GRUPOS EAR/AI: verifica a possibilidade de ingestão usual ser inadequada. Ingestão igual ou maior que AI: baixa probabilidade de inadequação EAR/AI: estima a frequência de ingestão inadequada em determinado grupo Ingestão igual ou maior que AI: baixa probabilidade de inadequação UL: verifica a possibilidade de consumo excessivo; ingestão acima desse nível pode trazer risco de efeitos adversos à saúde UL: estima a frequência de ingestão sujeita a risco de efeitos adversos à saúde. Necessidades Energéticas dos Indivíduos FAO (1985): “o nível de consumo energético que cobre o gasto de energia de um indivíduo quando o mesmo apresenta um peso corporal e um nível de atividade física consistente com uma boa saúde prolongada, permitindo a manutenção das atividades economicamente necessárias e socialmente desejáveis”. Balanço Energético Corporal Parâmetro essencial da função de homeostasia. Estado no qual a ingestão energética é igual ao gasto energético. Isoenergético: controle/manutenção corporal. Desequilíbrio energético: alterações corporais. Metabolismo Basal Gasto energético necessário para a manutenção das funções orgânicas normais e da homeostase de um indivíduo em repouso, num ambiente termoestável (50-70%). Quantidade mínima de energia que o corpo necessita em repouso e em estado de jejum. Manter processos vitais: respiração, metabolismo celular, circulação, síntese de constituinte orgânicos, atividade glandular, atividade de membrana e manutenção da temperatura corporal. Fatores que influenciam TMB Área de superfície: quanto maior a superfície corpórea ou área cutânea, maior será a quantidade de calor perdida. Sexo: mulheres tem metabolismo cerca de 5 a 10% mais baixo do que homens. Gravidez: o metabolismo aumenta pelo aumento da atividade de órgãos: coração, pulmões e outros. Idade: TMB declina cerca de 2 - 5% por década de vida durante a vida adulta. Composição do corpo: grande proporção de tecido adiposo diminui a TMB. Glândulas endócrinas: glândulas da tireóide – hipotireoidismo diminui 30 a 40% o MB e hipertireoidismo pode aumentar MB em até 80%. Estado nutricional: subnutridos crônicos a TMB é mais baixa em função da quantidade menor de tecido ativo. Clima: o MB das pessoas que vivem nos trópicos é mais baixo do que aquelas que vivem em climas frios. Febre: aumenta TMB em cerca de 15%. Componentes do Gasto Energético Organismo há reações de síntese (anabolismo) e quebra (catabolismo). o GET = Gasto Energético Total o GET = TMB (GEB) x FA Os Constituintes do GET 1. TMB = Taxa Metabólica Basal e de Repouso Demanda energética mínima necessária à manutenção da vida. Medida de energia gasta para manutenção das funções orgânicas normais (funções cardiorrespiratórias em repouso, energia consumida pela SNC, homeostasia celular). Mensurada por calorimetria indireta ou por equações preditivas. Se relaciona com MM e é influenciada por sexo, idade, fatores genéticos e composição corporal. 2. ETA = Efeito Térmico dos Alimentos Qualquer mudança no gasto energético induzido pela dieta. Após uma refeição o GE mantém-se elevado por 4 a 8 horas. O ETA corresponde a 10% do GET. 3. ETAF = Efeito Térmico da Atividade Física Componente variável dependente da energia gasta em exercícios voluntários e involuntários. Representa de 13 a 30% do GET. Avaliando a Produção de Calor A quantidade de energia gerada pelo corpo durante o repouso e o esforço muscular são convertidos em calor. Determinação do gasto energético pode ser feita pela determinação da produção de calor. Métodos determinação diretos e indiretos. - Direta: calorimetria direta. - Indiretos: calorimetria indireta, QR, Água duplamente marcada e equações preditivas. Cálculo do GEB/NEB Idade (anos) Homens Mulheres 0-3 60,9 x P - 54 61,0 x P -51 3-10 22,7 x P + 495 22,5 x P + 499 10-18 17,5 x P + 651 12,2 x p + 746 18-30 15,3 x P + 679 14,7 x P + 496 30-60 11,6 x P + 879 8,7 x P + 829 60- ... 13,5 x P + 487 10,5 x P + 596 FAO/OMS (1985) Idade (anos) Homens Mulheres 10-18 (16,6 x P) + (77 x E) + 572 (7,4 x P) + (482 x E) + 217 18-30 (15,4 x P) + (27 x E) + 717 (13,3 x P) + (334 x E) + 35 30-60 (11,3 x P) + (16 x E) + 901 (8,7 x P) - (25 x E) + 865 60 ou mais (8,8 x P) + (1128 x E) - 1071 (9,2 x P) + (637 x E) - 302 OMS (1998) EER para adultos (19 anos e mais) (DRIs, 2001) Sexo masculino: EER = 662 – (9,53 x idade anos) + NAF x [(15,91 x peso kg) + (539,6 x altura m)] Desvio padrão = 199 kcal Sexo feminino: EER = 354 – (6,91 x idade anos) + NAF x [(9,36 x peso kg) + (727 x altura m)] Desvio padrão = 162 kcal Coeficientes de nível de atividade física (NAF) para este estágio da vida: NAF TOTAL DEFINIÇÃO* Sedentária 1,2 Gasto energético em atividade física menor que 500kcal/sem Pouco Ativo 1,5 Gasto energético em atividade física menor que 1000kcal/sem Ativo 1,8 Gasto energético em atividade física entre 1000 e 2000kcal/sem Muito ativo 2,1 Gasto energético em atividade física maior que 2000kcal/sem Atividade Física Juntamente com as necessidades basais é o fator quemais influencia as necessidades energéticas de um indivíduo. O tipo e a velocidade, influenciam a necessidade energética total. Classificação: o Atividade leve: onde se passa a maior parte do tempo sentado o Atividade Moderada: onde se passa a maior parte do tempo em movimento o Atividades Pesadas: onde se passa a maior parte do tempo em movimento, porém há uso da força física. NET (GET) Para se obter a Necessidade Energética Total (NET) são acrescidos ao GEB a energia gasta com a prática de atividades. NET = GEB x FA Cálculo das necessidades energéticas total pode ser realizado por meio de fórmulas rápidas, também conhecidas como fórmulas de bolso. NET = Kcal x peso (kg) Objetivo Recomendação Para redução de peso 20 -25 kcal/kg peso Para manutenção de peso 25 – 30 kcal/kg peso Para ganho de peso 30 – 35 kcal/kg peso Fatores para estimar a recomendação de energia diária em diferentes níveis de atividade física Atividade Fator atividade Homens Mulheres Muito leve 1,3 1,3 Leve 1,6 1,5 Moderada 1,7 1,6 Pesada 2,1 1,9 Muito pesada 2,4 2,2 Cálculo do Peso Teórico Peso Corporal O peso corporal representa a soma da massa de tecidos (gordura, proteínas e ossos) e de água. O peso também pode ser estimado a partir de dados da circunferência da panturrilha, altura do joelho, circunferência do braço e outros. A avaliação do peso corporal pode ser feita com base no IMC. Cálculo do Peso Corpóreo ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA (IMC) IMC = Peso (kg) Altura 2 (m) Classificação do IMC Classificação Valores de IMC (kg/m2) < 18,5 Abaixo do peso (desnutrição) 18,5 - 24,99 Eutrófico 25,0 – 29,99 Pré-obeso 30,0 – 34,99 Obesidade I 35,0 – 39,99 Obesidade II ≥40,0 Obesidade III *abaixo de 17: muito abaixo do peso. IMC Não é o melhor indicador, principalmente quando utilizado isoladamente, pois sua fórmula é restrita à relação de peso e altura e não considera a composição corporal como fator determinante no diagnóstico nutricional. Quando o indivíduo é classificado com Eutrofia o objetivo é a manutenção do peso. Portanto o PI a ser utilizado é o Peso Atual. O cálculo de IMC só é feito com o PESO ATUAL. Em idosos o valor eutrófico é de 27 kg/m2. Diferentes etnias, pessoas brevilineas e/ou musculosas podem limitar o uso do IMC. Diagnóstico Nutricional O planejamento dietético inicia-se com o diagnóstico nutricional do indivíduo. Em seguida traça-se o objetivo da intervenção nutricional (educação nutricional). Estabelece valores de peso ideal (PI), PI = Não existe. Porém, poderá ser utilizado como meta. Em seguida planejamento nutricional (cálculos) e elaboração do plano alimentar. Cálculo do Peso Ideal (IMC) Estimativa do Peso Ideal. PI = A2 x IMC (ideal) A estimativa do peso ideal pode ser feita pelo cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC), que representa a relação entre peso (kg) e o quadrado da altura (m): IMC = P / A2, onde P = peso (Kg) e A = altura (m). Sexo Mediana Média Margem Masculino 22,0 22,5 20 a 25 Feminino 20,8 21,5 19 a 24 Peso Teórico Com o IMC é possível calcular a faixa de variação de peso considerada normal para um indivíduo. Peso teórico (mínimo, médio e máximo): peso que cada indivíduo pode ter dentro da classificação de normalidade (eutrofia) pela fórmula: PT = A2 x IMC. Cálculo Peso Teórico Peso Teórico Mínimo = 20 x Altura 2 Peso Teórico Médio = 22,5 x Altura 2 Peso Teórico Máximo = 25 x Altura 2 Cálculo do Peso Ideal Fórmula de Lorentz: Peso Ideal = (A – 100) – (A – 150) ± 5 4 Altura = cm IAC (Método Alternativo) Índice de Adiposidade Corporal. Este índice pode ser utilizado na prática clínica e reflete o percentual de gordura corporal entre homens e mulheres adultos, de diferentes etnias, sem correção numérica, baseando-se na circunferência do quadril e altura como medidas antropométricas. Para calcular a sua percentagem de gordura corporal utilizando o índice, você precisa medir sua altura em metros e sua circunferência do quadril em centímetros. % de gordura= circunferência do quadril – 18 Altura x √Altura Classificação Gênero Índice de Gordura Saudável Excesso de Peso Obesidade Homens 8 a 20% 21 a 25% Acima de 25% mulheres 21 a 32% 33 a 38% Acima de 38% IMC x IAC IAC aparece como uma medida promissora para substituir o IMC, por ser mais específica para quantificar a gordura corporal. No entanto, o cálculo não é tão simples e a medida do quadril é um pouco mais complexa que a simples pesagem do indivíduo (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso). O novo índice é utilizado para complementar a avaliação do paciente obeso. Um índice não substituirá o outro. Eles podem ser utilizados ao mesmo tempo. Atualmente, o IMC é utilizado para comparar populações, definir prescrição de medicações ou antes da realização de uma cirurgia bariátrica (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia). Diet /Light /Zero Diet É o alimento formulado com modificações especiais para se adequar a diferentes dietas ou indivíduos com necessidades metabólicas específicas (diabetes, hipertensão, alergia alimentar). Possui isenção de açúcar, proteína ou gorduras. Mas, sem finalidade de baixo valor calórico. Indicação: para portadores de doenças metabólicas, como diabetes. Cuidado: alimentos diet podem ter valor calórico maior que aqueles que contêm açúcar. Nem sempre são úteis para perda de peso. “Alimentos adaptados para utilização em dietas diferenciadas ou opcionais, normalmente, podem ter restrição de algum nutriente (carboidratos, gorduras, proteínas, sódio), ou são alimentos com ingestão controlada de nutrientes (classificados como alimentos para controle de peso ou controle de ingestão de açúcares). Os alimentos diet podem conter, no máximo, 0,5g do nutriente em referência (restrito ou com quantidade controlada) por 100g ou 100 mL do produto final a ser consumido” (ANVISA.b., 1998). Light Um alimento é considerado light quando apresenta redução mínima de 25% das calorias ou de algum nutriente em relação ao original, como, por exemplo, gordura, açúcares ou sódio. Indicação: para que deseja reduzir o teor de açúcares, gorduras ou sal na alimentação (dietas restritivas). Cuidado: nem todo alimento light é próprio para perda de peso. A redução calórica em certos alimentos é muito pequena. Atributo BAIXO relacionado ao conteúdo energético ou de nutrientes, como açúcares, gorduras totais, dentre outros (ANVISA.a., 1998). Redução Calorias: mínima de 25% no conteúdo de açúcares e o valor absoluto da diferença deve ser de no mínimo 40kcal/100g (sólidos) e 20kca/100ml (líquidos). Açúcares: mínima de 25% no conteúdo de açúcares e o valor absoluto da diferença deve ser de no mínimo 5g/100g (sólido ou líquido). Quando a redução de 25% implicar em aumento do VE (não se classifica com valor energético reduzido). Sódio: mínima de 25% no conteúdo de sódio e o valor absoluto da diferença deve ser de no mínimo 120mg/100g ou ml (sólidos ou líquidos) ou 1,5g/100ml (líquidos). Zero Foi o último a integrar os termos empregados em embalagens de alimentos. Ele indica restrição ou isenção de algum nutriente em comparação com a versão tradicional. Se a isenção for de açúcares, o produto ainda deve apresentar valor calórico reduzido. Indicação: de modo geral, é semelhante ao dos alimentos light. Cuidado: somente quando o alimento é zero por isenção de açúcares ele pode ser consumido por portadores de diabetes. Alimentos Funcionais São alimentos ou ingredientes que, produzem efeitos metabólicos e/ou fisiológicos e/ou benéficos à saúde além de suas funções nutricionais básicas (Cardoso;Oliveira, 2008). Este efeito ocorre em sua maioria quando estes alimentos são consumidos como parte de uma dieta habitual, sendo seguro seu consumo com estes objetivos geralmente sem necessidade de supervisão médica como no caso de um medicamento. Regulamentação: No Brasil a indústria deve seguir a legislação do Ministério da Saúde. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) estabelece normas e procedimentos para registro de alimentos e/ou ingredientes funcionais. Para se obter o registro de um alimento com alegação de propriedades funcionais e/ou de saúde, deve ser formulado um relatório técnico científico bastante detalhado, comprovando os benefícios e segurança de uso do alimento. Alegação de propriedade funcional é aquela relativa ao papel metabólico ou fisiológico que o nutriente ou não nutriente tem no crescimento, desenvolvimento, manutenção e outras funções normais do organismo humano. Alegação de propriedade de saúde é aquela que afirma, sugere ou implica a existência da relação entre o alimento ou ingrediente com doença ou condição relacionada à saúde. Ômega 3 Ácido graxo poliinsaturado em que a primeira dupla ligação está localizada no carbono 3 a parir do radical metil (CH3). É um ácido graxo essencial e pode ser encontrado em peixes de água fria (salmão, atum, sardinha, bacalhau), óleos vegetais, ou sob forma de suplemento. Os principais ácidos graxos da família ômega 3 são: alfa- linolênico, elcosapentanóico e docasahexanóico. Estudos epidemiológicos têm demonstrado que a ingestão de peixes regularmente na dieta tem efeito favorável sobre os níveis de triglicerídeos, pressão sanguínea, mecanismo de coagulação e ritmo cardíaco, na prevenção do câncer (mama, próstata e cólon) e redução da incidência de arteriosclerose. Estudos mostram os efeitos causados pela substituição de gordura saturada por gordura monoinsaturada na dieta, com a redução nos níveis de colesterol total e de LDL, sem alterar significativamente os níveis de HDL. Carotenóides Pigmentos naturais apolares, existindo aproximadamente 700 carotenoides na natureza. 40 podem ser absorvidos, metabolizados e utilizados pelo organismo humano, pró vitamina A, antioxidantes e apenas 6 são observados a nível plasmático. Tanto os carotenoides precursores de vitamina A como os não precursores, como a luteína, a zeaxantina e o licopeno, parecem apresentar ação protetora contra o câncer, sendo que os possíveis mecanismos de proteção são por intermédio do sequestro de radicais livres. Devido à sua estrutura atuam protegendo as estruturas lipídicas da oxidação ou por sequestro de radicais livres gerados no processo oxidativo. O licopeno tem ação antioxidante que protege as células contra os radicais livres. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis. Beta Glucana Um estudo produzido por Jenkins et al. (1978) referia que a utilização de 3 a 6 gramas de beta- glucana por dia (o equivalente a 40g de farelo de aveia) são suficientes para reduzir em até 5% os níveis de LDL no plasma e reduzir os índices glicêmicos dos alimentos ingeridos. Este estudo foi de muita importância para a decisão da FDA, quando do reconhecimento desta fibra como alimento funciona e protetor da saúde. A beta glucana (fibra alimentar) auxilia na redução da absorção de colesterol. Seu consumo deve estar associado uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis. Frutooligossacarídeos Contribuem para o equilíbrio da flora intestinal. Insulina É um polissacarídeo da frutose com uma unidade de glicose terminal. Por não ser digerida pelas enzimas do intestino humano, é considerada como fibra alimentar insolúvel. Desta maneira, a insulina alcança o cólon onde é utilizada pela flora microbiana. Psillium A fração ativa é extraída da casca da semente do Psyssilium. É constituída de arabinoxilano altamente ramificada, consistindo de um suporte principal de xilose e cadeias laterais contendo xilose e arabinose. O psillium (fibra alimentar) auxilia na redução da absorção de gordura. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos saudáveis. Quitosana A quitosana auxilia na redução da absorção de gordura e colesterol. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis. Ação: complexação com lipídeos no trato intestinal, sendo eliminado através das fezes. E faz retardamento da ação de lipases digestivas. Fitoesteróis São esteróis vegetais pertencentes a família dos triterpenos. Apresentam uma estrutura similar a do colesterol. Polióis Um poliol é um álcool contendo múltiplos grupos hidroxila. Este tipo de compostos são utilizados sobretudo na indústria alimentar como edulcorantes. Não alteram a glicemia. São amplamente utilizados na produção de gomas de mascar e balas, pois não causam cáries (não são fermentados pelas bactérias presentes na flora bucal). Probióticos São microorganismos vivos que podem ser agregados como suplementos na dieta, afetando de forma benéfica o desenvolvimento da flora microbiana no intestino são também conhecidos como Bioterapêuticos, bioprotetores e bioprofiláticos e são utilizados para prevenir as infecções entéricas e gastrointestinais. O (indicar a espécie do microrganismo) (probiótico) contribui para o equilíbrio da flora intestinal. Proteína de Soja Considerado um alimento funcional, fornece nutrientes ao organismo e benefícios para a saúde. A soja é um grão rico em proteínas, isoflavinas, saponinas, fitatos, inibidores de protease, fitosteróis, peptídeos de baixo peso molecular, oligossacarídeos e ácidos graxos polinsaturados, que auxiliam na redução de riscos de doenças crônicas e degenerativas. É o único vegetal que contém uma proteína completa com qualidade equivalente à albumina do ovo (proteína conhecida como padrão ouro, dentro da escala de classificação) podendo ser empregada como fonte única de proteínas, tanto a curto, como em longo prazo. As fibras solúveis de soja são efetivas no controle do diabetes tipo II e na redução dos níveis sanguíneos de LDL colesterol. O consumo diário de no mínimo 25g de proteína de soja pode ajudar a reduzir o colesterol.
Compartilhar