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Sistema Esquelético - Membro Superior

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Prévia do material em texto

–
Yasmin Azevedo Neves 
Os ossos dos membros e seus cíngulos estão anexados ou apensos ao esqueleto axial. Assim, esse conjunto é 
chamado coletivamente de esqueleto apendicular. O cíngulo superior (peitoral) une os membros superiores ao tronco, 
enquanto o cíngulo inferior (cintura pélvica) desempenha a mesma função nos membros inferiores. Embora os ossos 
dos membros superiores e inferiores cumpram funções diferentes, eles compartilham o mesmo plano estrutural básico, 
isto é, cada membro é composto de três segmentos: mãos, antebraços e braços nos membros superiores; pés, 
pernas e coxas nos membros inferiores. Trinta ossos formam o esqueleto do membro superior e estão agrupados em 
ossos do braço, do antebraço e da mão. 
BRAÇO: Parte do membro superior entre o ombro e o cotovelo apenas. O úmero é o único osso do braço. Sendo o 
maior e mais longo osso no membro superior, articula -se com a escápula no ombro e com o rádio e a ulna (ossos do 
antebraço) no cotovelo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na extremidade proximal do úmero está a cabeça hemisfésférica, que se encaixa na cavidade glenoidal da escápula. 
Logo abaixo da cabeça há uma ligeira constrição, o colo anatômico. Inferior a este, o tubérculo maior lateral e o 
tubérculo menor, medial, são separados pelo sulco intertubercular (“entre os tubérculos”), ou sulco bicipital. Os 
tubérculos são locais de fixação para os músculos do manguito rotador. O sulco intertubercular guia um tendão do 
músculo bíceps para o seu ponto de fixação na margem da cavidade glenoidal . O colo cirúrgico do úmero, assim 
chamado porque é a parte mais frequentemente fraturada do úmero, está na posição inferior aos tubérculos. 
Aproximadamente da metade para baixo da diáfise, na face lateral, está a tuberosidade para o músculo deltoide, 
próximo à qual, ao longo da superfície posterior da diáfise, o sulco do nervo radial desce obliquamente. Ele marca o 
curso do nervo radial, um nervo importante do membro superior. Na extremidade distal do úmero há dois côndilos, uma 
tróclea (“polia”) medial, que se articula com a ulna, e um capítulo (“pequena cabeça”) lateral, que se articula com o rádio. 
A tróclea parece uma ampulheta virada de lado e o capítulo tem a forma de meia esfera. Eles estão flanqueados pelos 
epicôndilos (“ao lado dos côndilos”) medial e lateral, que são pontos de fixação (origem) para os músculos do antebraço. 
Diretamente acima desses epicôndilos estão as cristas supraepicondilares medial e lateral. Na face posterior do úmero, 
imediatamente proximal à tróclea, está a profunda fossa do olécrano. Na posição correspondente, sobre a face anterior, 
estão as rasas fossas coronoides, medialmente, e radial, lateralmente. Essas fossas recebem projeções de mesmos 
nomes dos ossos do antebraço durante os movimentos do cotovelo. 
ANTEBRAÇO: Formando o esqueleto do antebraço, há dois ossos longos paralelos, rádio e ulna, que se articulam com 
o úmero (proximalmente) e com os ossos do carpo (distalmente). O rádio e a ulna também articulam-se entre si, tanto 
proximal como distalmente, nas pequenas articulações radiulnares. Além disso, eles estão interligados ao longo de todo o 
seu comprimento por um ligamento plano chamado membrana interóssea (“entre os ossos”). Na posição anatômica, o 
rádio encontra -se lateralmente (do lado do polegar) e a ulna, medialmente. Quando a palma da mão está virada 
posteriormente, a extremidade distal do rádio cruza sobre a ulna e os dois ossos formam uma letra X. 
 
 
 
ULNA: A ulna (cotovelo), que é ligeiramente mais longa do que o rádio, é o osso principal que forma a articulação do 
cotovelo com o úmero. Ela se parece muito com uma chave-inglesa. Na sua extremidade proximal, estão duas 
projeções proeminentes, o olécrano (cotovelo) e coronoide (“em forma de coroa”), separados por uma profunda 
concavidade, a incisura troclear. Juntos, esses dois processos articulam-na à tróclea do úmero formando uma articulação 
em dobradiça que permite ao antebraço curvar-se sobre o braço (flexão) e então estender-se novamente. Quando o 
antebraço é totalmente estendido, o olécrano “trava” dentro da fossa do olécrano do úmero . Quando o antebraço é 
fletido, o processo coronoide da ulna encaixa-se dentro da fossa coronóidea do úmero. No lado lateral do processo 
coronoide há uma depressão, a incisura radial, onde a cabeça do rádio articula -se com a ulna. Distalmente, a diáfise da 
ulna estreita-se e termina em uma cabeça em forma de botão que se articula com o rádio lateralmente. Medialmente 
neste, está o processo estiloide da ulna (em forma de estaca), a partir do qual corre um ligamento para o carpo. A 
cabeça da ulna é separada dos ossos do carpo por um disco de fibrocartilagem e desempenha pouco ou nenhum papel 
no movimento das mãos. 
RÁDIO: O rádio (ou “raio de roda”) é relativamente delgado na sua extremidade proximal e alargado na sua extremidade 
distal, ao contrário da ulna. Sua parte proximal, a cabeça, tem o formato de uma extremidade de um carretel de linha. 
Sua face superior é côncava e articula-se com o capítulo do úmero. Medialmente, a cabeça do rádio articula-se com a 
incisura radial da ulna, formando a articulação radiulnar proximal. Imediatamente distal à cabeça, na superfície anterior em 
posição anatômica, há uma elevação áspera, a tuberosidade do rádio, o local de inserção do músculo bíceps braquial. Na 
extremidade distal do rádio, a incisura ulnar, medial, articula -se com a cabeça da ulna, formando a articulação radiulnar 
distal, e o processo estiloide do rádio, lateral, ancora um ligamento que se estende até o carpo. A superfície articular 
distal (inferior) é côncava e articula -se com ossos carpais. Considerando-se que a ulna contribui fortemente para a 
articulação do cotovelo, o rádio é o principal osso do antebraço que contribui para a articulação com a mão. Quando o 
rádio gira, esta se move com ele. Os processos estiloides do rádio e da ulna podem ser palpados distalmente, 
segurando-se o lado dorsal do antebraço adjacente ao carpo com o polegar e o indicador da mão oposta. Nessa 
posição, o polegar apalpa o processo estiloide do rádio e o dedo indicador apalpa o processo estiloide da ulna. O 
processo estiloide do rádio encontra-se cerca de 1 cm mais distalmente em relação ao processo estiloide da ulna. 
 
MÃO: O esqueleto da mão inclui os ossos carpais, ou pulso; os ossos metacarpais, ou palma; e as falanges, ou ossos 
dos dedos. 
 
- Carpo: Podemos dizer que um relógio de pulso é realmente utilizado no antebraço distal, mas de forma alguma no 
punho. O verdadeiro punho, ou carpo, é a região proximal da mão, imediatamente distal à articulação do pulso. O carpo 
contém oito ossos curtos, ou carpais, estreitamente unidos por ligamentos. Movimentos de deslizamento ocorrem entre 
eles em duas fileiras irregulares de quatro ossos cada. Na fileira proximal, a partir da lateral (lado do polegar) para a 
medial, estão os ossos escafoide (“em forma de barco”), semilunar (“forma de meia-lua”), piramidal (“triangular”) e 
pisiforme (“forma de ervilha”). Apenas os ossos escafoide e semilunar articulam -se com o rádio para formar a 
articulação radiocarpal. Os ossos da fileira distal, novamente da lateral para a medial, são os ossos trapézio, trapezoide 
(“quatro lados”), capitato (“forma de cabeça”) e hamato (possui um “hâmulo”, pequeno gancho, em latim). O escafoide é 
o osso do carpo que é mais fraturado, muitas vezes resultado de queda com a mão estendida. O impacto encurva o 
escafoide, que, em seguida, é fraturado na região mediana estreita. 
- Metacarpo: Cinco ossos metacarpais irradiam-se distalmente a partir do carpo para formar o metacarpo, ou palma/ 
dorso da mão (meta = além de). Esses pequenos ossos alongados não são nomeados individualmente; são numerados 
de I a V, a partir do dedo polegar para o dedo mínimo. As bases dos metacarpais articulam -se com os ossosda fileira 
distal do carpo proximalmente e umas com as outras nos seus lados medial e lateral. Distalmente, as cabeças bulbosas 
dos metacarpais articulam -se com as falanges proximais dos dedos para formar as articulações metacarpofalângicas. O 
metacarpal I, associado ao polegar, é o mais curto e o que tem mais movimento articular. 
- Falanges dos dedos: Os dedos são numerados de I a V, começando com o polegar, e contêm ossos longos em 
miniatura chamados falanges. O singular desse termo é falange (“uma linha unida de soldados”). Na maioria das pessoas, o 
terceiro dedo é o mais longo. Com a exceção do polegar, cada dedo tem três falanges: proximal, média e distal. O 
polegar não tem falange média. 
 
 
ARTICULAÇÕES: Os elementos rígidos do esqueleto unem-se em locais chamados articulações ou junturas. A raiz arti 
(do grego arthro) significa “junta”. Duas funções importantes dos ossos são o apoio e o movimento. O movimento é 
possibilitado pela articulação dos ossos nas junturas e pela contração dos músculos esqueléticos inseridos nos ossos. Os 
movimentos precisos e graciosos de bailarinos e ginastas atestam a grande variedade de movimentos que as 
articulações permitem. Embora as articulações sejam sempre os pontos mais fracos do esqueleto, sua estrutura lhes 
permite resistir a esmagamentos, dilacerações e a várias forças que as impulsionariam para fora do alinhamento. 
Classificação das Articulações: As articulações são classificadas por função ou estrutura. A classificação funcional centra-
se na quantidade de movimento permitido. Assim, sinartroses (syn = junto; artro = articulação) são articulações imóveis, 
anfiartroses (amphi = de ambos os tipos) são articulações ligeiramente móveis e diartroses (di = dois) são articulações 
livremente móveis. As diartroses predominam nos membros, enquanto as sinartroses e anfiartroses são mais restritas ao 
esqueleto axial. A classificação estrutural baseia-se no material que une os ossos, e na presença ou ausência de uma 
cavidade articular. Estruturalmente, as articulações são classificadas como fibrosas, cartilagíneas e sinoviais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Articulações Fibrosas: Nas articulações fibrosas os ossos são conectados por um tecido fibroso nomeado tecido 
conjuntivo denso modelado. Nenhuma cavidade articular está presente. A maioria das articulações fibrosas é imóvel ou 
apenas ligeiramente móvel. Os tipos de articulações fibrosas são suturas, sindesmoses e gonfoses. 
 
1- Suturas: Nas suturas, literalmente “costuras”, os ossos estão firmemente ligados por uma quantidade mínima de 
tecido fibroso. As suturas ocorrem apenas entre os ossos do crânio, e seu tecido fibroso é contínuo com o 
periósteo em torno desses ossos planos. Nas suturas, as margens dos ossos unidos são onduladas e 
apresentam um intertravamento. As suturas não só costuram os ossos, unindo-os, como também permitem 
seu crescimento, de forma que o crânio possa expandir-se com o encéfalo durante a infância. Durante a meia-
idade o tecido fibroso ossifica e os ossos do crânio fundem-se. Nessa fase, as suturas fechadas são chamadas 
sinostoses — literalmente, “junções ósseas”. 
2- Nas sindesmoses (“com ligamento”), os ossos são conectados exclusivamente por ligamentos, fitas de tecido 
fibroso mais longas do que aquelas que ocorrem nas suturas. A quantidade de movimento permitido em uma 
sindesmose depende do comprimento das fibras conjuntivas. Se as fibras são curtas, como na articulação 
tibiofibular distal, pouco ou nenhum movimento é permitido. Se as fibras são bastante longas, como na 
membrana interóssea entre o rádio e a ulna, maior quantidade de movimento é possível. 
3- Uma articulação gonfose é quando um pino ajusta-se a um soquete. O único exemplo é a articulação de um 
dente com o seu respectivo alvéolo. Nesse caso, o curto ligamento é o periodonto. 
- Articulações Cartilagíneas: Nas articulações cartilagíneas, os ossos que se articulam estão unidos por cartilagem. As 
articulações cartilagíneas não possuem uma cavidade articular e não apresentam muita mobilidade. Existem dois tipos de 
articulações cartilagíneas: sincondroses e sínfises. 
1. Uma articulação em que cartilagem hialina une os ossos é uma sincondrose (“junção da cartilagem”). As 
cartilagens epifisiais são sincondroses. Funcionalmente, elas são classificadas como sinartroses. Outro exemplo é 
a articulação imóvel entre a cartilagem costal da primeira costela e o manúbrio do esterno. A cartilagem hialina 
também está presente sob a forma de cartilagens articulares sobre as superfícies ósseas. As cartilagens 
articulares funcionam como redutor da fricção entre os ossos durante o movimento. 
2. Uma articulação em que a fibrocartilagem une os ossos é uma sínfise (“crescendo juntos”). Exemplos incluem 
os discos intervertebrais e a sínfise púbica na pelve. A fibrocartilagem resiste tanto à tensão como à 
compressão e pode agir como um amortecedor resistente. As sínfises, então, são articulações ligeiramente 
móveis (anfiartroses) que fornecem resistência com flexibilidade. 
 
- Articulações Sinoviais: As articulações sinoviais são as articulações mais móveis do corpo; todas são diartroses 
(livremente móveis). Cada articulação sinovial contém uma cavidade articular preenchida por líquido. A maioria das 
articulações do corpo inclui-se nessa classe, especialmente aquelas dos membros. As articulações sinoviais têm as 
seguintes características: 
 
 Cartilagem articular. As extremidades dos ossos em oposição são cobertas por cartilagens articulares 
compostas de cartilagem hialina. Essas “almofadas” absorvem as forças de compressão aplicadas nas 
articulações, protegendo as extremidades ósseas de esmagamento. 
 Cavidade articular. Sendo uma característica única das articulações sinoviais, a cavidade articular é um espaço 
potencial que mantém uma pequena quantidade de sinóvia.. 
 Cápsula articular. A cavidade articular é delimitada por uma cápsula articular de duas camadas, ou cápsula 
articular. A membrana fibrosa externa é de tecido conjuntivo denso não modelado e contínua com a camada 
de periósteo dos ossos que se articulam. Ela fortalece a articulação, fazendo que os ossos não fiquem 
separados. A camada interna é a membrana sinovial, constituída de tecido conjuntivo frouxo. Além de revestir a 
cápsula articular, essa membrana cobre todas as superfícies articulares internas não cobertas por cartilagem. 
Sua função é a de produzir sinóvia. 
 Sinóvia. O líquido viscoso dentro da cavidade articular também é chamado fluido ou líquido sinovial, pois se 
assemelha à clara de ovo cru (ovum = ovo). A sinóvia é essencialmente um filtrado do sangue, resultante de 
capilares na membrana sinovial. Ela também contém moléculas glicoproteicas especiais, secretadas pelos 
fibroblastos da membrana sinovial, que a tornam um lubrificante escorregadio que facilita o movimento da 
articulação. A sinóvia não só ocupa a cavidade articular, como também ocorre dentro das cartilagens articulares, 
pois a compressão sobre as articulações durante o movimento normal a força para dentro e para fora das 
cartilagens articulares. Esse mecanismo de lubrificação nutre as células nas cartilagens articulares (a cartilagem é 
avascular) e lubrifica as superfícies livres dessas cartilagens, permitindo que ossos adjacentes se desloquem 
entre eles com um mínimo de fricção (atrito). 
 Ligamentos. Algumas articulações sinoviais são fortalecidas e reforçadas por ligamentos em forma de cordões 
ou faixas. Geralmente, os ligamentos são capsulares, isto é, são partes mais espessas da membrana fibrosa da 
cápsula articular. Em outros casos, os ligamentos são extracapsulares ou intracapsulares. Os ligamentos 
extracapsulares estão localizados fora da cápsula; por exemplo, os ligamentos colaterais fíbula e tibial do joelho. 
Já os ligamentos intracapsulares são internos à cápsula — por exemplo, os ligamentos cruzados anterior e 
posterior do joelho — e são cobertos com membranasinovial que os separa da cavidade articular através da 
qual eles passam. 
 Nervos e vasos. As articulações sinoviais são ricamente supridas com fibras nervosas sensoriais que inervam a 
cápsula articular. Algumas dessas fibras detectam dor, como sabe bem qualquer pessoa que tenha sofrido uma 
lesão articular, mas a maioria delas monitora o quanto a cápsula está sendo estirada. Esse monitoramento do 
alongamento da articulação é uma das várias maneiras pelas quais o sistema nervoso detecta nossa postura e 
movimentos do corpo. As articulações sinoviais também têm um rico suprimento sanguíneo. A maioria dos 
vasos sanguíneos supre a membrana sinovial onde os leitos capilares produzem o filtrado do sangue, que é a 
base da sinóvia. 
 Disco articular. Certas articulações sinoviais contêm um disco de fibrocartilagem denominado disco articular ou 
menisco (menisco = crescente). Os discos articulares ocorrem na articulação temporomandibular (mandíbula), na 
articulação esternoclavicular, na articulação do joelho, entre outras. Tal disco estende-se internamente a partir 
da cápsula e divide a cavidade articular completa ou parcialmente. Discos articulares ocorrem em articulações 
cujas extremidades ósseas articulares têm formas um pouco diferentes. Quando duas superfícies de articulação 
têm um encaixe pobre, elas tocam-se apenas em pequenos pontos, onde as forças de carga se tornam 
altamente concentradas; isso pode danificar as cartilagens articulares e provocar a osteoartrite. Um disco 
articular preenche as lacunas e melhora o encaixe, distribuindo a carga de forma mais uniforme, minimizando o 
desgaste e danos. Esses discos permitem dois movimentos diferentes na mesma articulação — um movimento 
distinto para cada face do disco, como é o caso da articulação temporomandibular. 
 Bolsas sinoviais e bainhas tendíneas. Essas estruturas contêm sinóvia e frequentemente são associadas com as 
articulações sinoviais. Por serem, essencialmente, “sacos” fechados de lubrificante, elas agem como “rolamentos 
de esferas”, para reduzir o atrito entre os elementos do corpo que se movem uns sobre os outros . A bolsa 
sinovial, que vem do latim bursa, é um saco fibroso achatado revestido por uma membrana sinovial . As bolsas 
sinoviais ocorrem onde ligamentos, músculos, pele, tendões ou ossos se sobrepõem uns aos outros e sofrem 
fricção. Uma bainha tendínea é essencialmente uma bolsa alongada que envolve um tendão — semelhante a 
um pão em torno de uma salsicha em um cachorro-quente. Bainhas tendíneas ocorrem apenas em tendões 
que estão sujeitos ao atrito, tais como aqueles que passam por cavidades articulares ou que formam um 
emaranhado dentro de canais estreitos (como no túnel do carpo, por exemplo). 
MOVIMENTOS: A maioria dos músculos dos membros é inervada por neurônios derivados de mais de um segmento da 
medula espinal. A origem segmentar predominante do suprimento nervoso para cada um dos músculos do membro 
superior e para os movimentos que ocorrem nas articulações do membro superior. No nível de controle do sistema 
nervoso central, os músculos não são reconhecidos como agentes individuais, mas como componentes do movimento, 
que podem contribuir para diversos tipos de movimento, atuar de formas variadas, como motores primários, 
antagonistas, fixadores ou sinergistas. Por exemplo, o músculo serrátil anterior age como um antagonista do músculo 
trapézio quando a escápula se move ao redor do tórax, enquanto ambos os músculos agem em conjunto como 
motores primários durante a rotação da escápula para a frente. Alguns músculos foram incluídos em mais de um lugar 
na com base no fato de que um músculo que cruze uma articulação pode produzir uma combinação de movimentos 
(p. ex., flexão com rotação medial, ou extensão com adução) e um músculo que cruze duas articulações pode produzir 
mais de um movimento. Deve-se lembrar também que essas listas não englobam todas as possíveis funções de um 
músculo. À medida que os músculos se contraem, eles fazem que os ossos se movam nas articulações sinoviais. Os 
movimentos resultantes são de três tipos básicos: 
(1) deslizamento de uma superfície óssea em outra; 
(2) movimentos angulares, que alteram o ângulo entre os dois ossos; 
(3) rotação em torno do eixo longo de um osso. 
- Deslizamento: No deslizamento, as superfícies planas próximas de dois ossos deslizam entre si. Ocorre nas articulações 
carpais e tarsais e entre os processos articulares planos das vértebras. 
 
- Movimentos angulares: Os movimentos angulares aumentam ou diminuem o ângulo entre dois ossos, e incluem 
flexão, extensão, abdução, adução e circundução. 
1. Flexão e extensão: Flexão e extensão são movimentos que ocorrem principalmente no plano sagital. A flexão 
diminui o ângulo entre os ossos, aproximando-os. Exemplos incluem a flexão do pescoço ou do tronco; a 
flexão dos dedos, como quando cerramos o punho (para dar um murro, por exemplo), e a flexão do antebraço 
em direção ao braço, na altura do cotovelo. Nos exemplos menos óbvios, o braço é flexionado na altura do 
ombro quando movimentado para uma direção anterior e o quadril é flexionado quando a coxa é movimentada 
anteriormente. A extensão é o inverso da flexão e ocorre nas mesmas articulações. Ela aumenta o ângulo 
entre os ossos que se articulam e é uma ação de alongamento. Alongar os dedos depois de cerrar o punho é 
um exemplo de extensão. Na altura do ombro e do quadril, a extensão move o membro posteriormente. 
Curvar uma articulação para trás, além de sua amplitude de movimento normal, é chamado hiperextensão 
(literalmente, “superextensão”), que ocorre com pessoas que têm ligamentos frouxos que permitem uma maior 
amplitude de movimento. 
2. Abdução e adução: Abdução e adução movem uma parte do corpo ao longo do plano frontal . Abdução, das 
palavras em latim que significam “afastar-se”, é o movimento de um membro para fora da linha média do corpo. 
Levantar o braço ou a coxa lateralmente é um exemplo de abdução. Para os dedos das mãos ou dos pés, 
abdução significa separá-los. Nesse caso, a abdução ocorre em relação ao dedo médio (que é o mais longo), 
sendo o terceiro dedo da mão ou o segundo do pé. Note que flexionar o tronco para a direita ou para a 
esquerda a partir da linha média do corpo é chamado flexão lateral em vez de abdução. Adução (“movendo em 
direção a”) é o oposto de abdução: o movimento de um membro em direção à linha média do corpo ou, no 
caso dos dedos, em direção à linha média (dedo maior) da mão ou do pé. 
3. Circundução: Circundução (“movendo-se em um círculo”) é mover um membro ou um dedo de modo que ele 
descreva um cone no espaço. Esse é um movimento complexo que combina flexão, abdução, extensão e 
adução em sucessão. 
4. Rotação: Rotação é o movimento de giro de um osso em torno do eixo longitudinal . Esse movimento ocorre 
ao longo do plano transversal. A rotação é o único movimento permitido entre as duas primeiras vértebras 
cervicais. Toda a coluna vertebral também gira, torcendo todo o tronco para a direita ou para a esquerda. A 
rotação também ocorre nas articulações do quadril e ombro A rotação dos membros pode ser direcionada 
para o plano mediano ou longe dele. Por exemplo, na rotação medial do membro inferior, as superfícies 
anteriores dos membros giram em direção ao plano mediano do corpo; a rotação lateral é o movimento 
oposto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Movimentos Especiais: Certos movimentos não se encaixam em nenhuma das categorias anteriores e ocorrem em 
apenas algumas articulações. 
1. Elevação e depressão: Elevação significa mover uma parte do corpo para uma posição superior. Já mover a 
parte elevadapara uma posição inferior é uma depressão. Durante a mastigação, a mandíbula é elevada e 
deprimida alternadamente. 
2. Protrusão e retração: Movimentos não angulares nas direções anteriores e posteriores são chamados 
protrusão e retração, respectivamente. A mandíbula é protruída quando você a desloca para a frente, e 
retraída quando você a traz de volta. 
3. Supinação e pronação: Os termos supinação e pronação referem-se aos movimentos de rotação do rádio em 
torno da ulna. A supinação ocorre quando o antebraço, especificamente o rádio, gira lateralmente, de modo 
que a palma se volta anteriormente. Esta é a posição anatômica normal. A pronação ocorre quando o rádio faz 
uma rotação medial, de modo que a palma se volta posteriormente. A pronação faz o rádio se cruzar com a 
ulna de forma que os dois ossos formem um X. 
4. Oposição: Na palma da mão, a articulação selar, entre o primeiro metacarpal e o trapézio, permite um 
movimento chamado oposição do polegar. Essa é a ação pela qual você pode mover seu polegar sobre a 
palma da mão, permitindo que ele toque as pontas dos outros dedos da mesma mão. Essa ação única é o que 
faz da mão humana uma excelente ferramenta para agarrar e manipular objetos. 
5. Inversão e eversão: Inversão e eversão são movimentos especiais do pé nas articulações intertarsais . Para 
inverter o pé, gire a planta do pé medialmente; para everter, gire a planta lateralmente. 
6. Dorsiflexão e flexão plantar: Os movimentos do pé para cima e para baixo, no tornozelo, também recebem 
nomes especiais. Levantar o pé, de modo que a sua superfície superior se aproxime da face anterior da perna, 
é chamado dorsiflexão, enquanto elevar o calcanhar (apontando os dedos do pé) é chamado flexão plantar. A 
flexão dorsal do pé corresponde à extensão da mão no carpo, enquanto a flexão plantar corresponde à flexão 
da mão. 
 
 
LIGAMENTOS: As cápsulas e ligamentos das articulações sinoviais ajudam a manter os ossos em conjunto e a evitar 
movimentos excessivos ou indesejáveis. Os ligamentos localizados no lado medial ou inferior de uma articulação 
resistem à abdução excessiva; ligamentos localizados lateral e superiormente resistem à adução. Ligamentos anteriores 
resistem à rotação lateral e extensão excessiva; ligamentos posteriores resistem à rotação medial e flexão excessiva. 
Como regra geral, quanto mais ligamentos uma articulação tem, mais forte ela é. Quando outros fatores de estabilização 
são insuficientes, uma tensão excessiva é promovida nos ligamentos e eles falham. Assim como bala de caramelo, uma 
vez estirados, os ligamentos permanecem estirados. No entanto, um ligamento pode estirar apenas cerca de 6% além 
do seu comprimento antes de se romper. Pessoas que conseguem dobrar o polegar e tocar o antebraço, ou que 
colocam ambos os calcanhares por trás do pescoço, são às vezes chamadas “duplo articulados”, mas é claro que elas 
não têm mais articulações que o habitual. Os ligamentos e as cápsulas articulares de indivíduos “duplo articulados” são 
simplesmente mais frouxos e mais flexíveis do que os ligamentos da maioria das pessoas. 
OSSOS: Os ossos do membro superior são: clavícula, escápula, úmero, rádio e ulna (unidos por uma membrana 
interóssea em grande parte de seus comprimentos) e ossos da mão, isto é, carpo, metacarpo e falanges. 
 
 
MÚSCULOS: Os grupamentos musculares anterior e posterior ligam o cíngulo do membro superior ao esqueleto axial; 
a única conexão óssea ocorre na articulação esternoclavicular. Os músculos posteriores são o trapézio, o levantador da 
escápula e os romboides. Suas ações incluem elevar o ombro e tracionar a escápula medialmente. Os músculos 
anteriores são o peitoral menor, o serrátil anterior e o subclávio. O músculo serrátil anterior e o músculo subclávio, em 
conjunto, rodam a escápula durante a abdução do braço. O músculo latíssimo do dorso (posteriormente) e o músculo 
peitoral maior (anteriormente) estendem-se do esqueleto axial ao úmero. Ambos são potentes adutores e rotadores 
mediais do ombro; o músculo latíssimo do dorso também é um potente extensor. Um grande grupo de músculos se 
origina no cíngulo do membro superior e se insere no úmero. Esse grupo inclui os quatro músculos do manguito 
rotador (subescapular, supraespinal, infraespinal e redondo menor), os músculos redondos maior, o músculo deltoide, a 
parte clavicular do músculo peitoral maior, o músculo bíceps braquial, o músculo coracobraquial e a cabeça longa do 
músculo tríceps braquial. Os músculos do braço podem ser divididos em um grupo anterior de flexores do cotovelo 
(músculos bíceps braquial, braquial e coracobraquial) e um grupo posterior de extensores do cotovelo (músculo tríceps 
braquial e ancôneo). O músculo bíceps braquial também é um potente supinador das articulações radiulnares. Os 
músculos extensores do punho e dos dedos, além do músculo braquiorradial e de uma parte do músculo supinador, se 
inserem no epicôndilo lateral do úmero. No epicôndilo medial do úmero inserem-se a cabeça umeral do músculo 
pronador redondo, os músculos flexores do carpo, o músculo palmar longo e, mais profundamente, a origem principal 
(cabeça umeroulnar) do músculo flexor superficial dos dedos. Mais profundamente, os músculos flexores longo do 
polegar, flexor profundo dos dedos e pronador quadrado estão inseridos na face anterior do corpo do rádio e da ulna e 
da membrana interóssea entre eles. Na face posterior desses mesmos ossos e da membrana interóssea, inserem-se os 
músculos abdutor longo do polegar, extensor longo do polegar, extensor curto do polegar e extensor do indicador. Os 
músculos pequenos e intrínsecos da mão compreendem o grupo tenar e o hipotenar e os músculos da palma 
(interósseos dorsais e palmares, e lumbricais). Eles todos estão envolvidos nos movimentos complexos dos dedos. 
 
ARTIGO DO APG: Funcionalidade de Membro Superior em Mulheres Submetidas ao Tratamento do Câncer de Mama. 
Introdução: Em decorrência do tratamento do câncer de mama, as mulheres podem evoluir com alterações funcionais, 
sociais e psicológicas que podem levar a perda de papéis relacionados ao trabalho, família e sexualidade. 
Objetivo: Avaliar a funcionalidade do membro superior das mulheres submetidas à cirurgia para tratamento do câncer de 
mama, acompanhadas pelo serviço de fisioterapia em uma instituição pública de referência do Sistema Único de Saúde 
no Estado do Rio de Janeiro. 
Método: Estudo transversal em mulheres submetidas a tratamento cirúrgico para câncer de mama. Variáveis 
relacionadas as características da mulher, do tratamento, do tumor e da funcionalidade do membro superior, mensurada 
por meio do questionário Disability Arm Shoulder and Hand foram coletadas. Foi realizada uma análise descritiva das 
variáveis do estudo por meio de medidas de tendência central e de dispersão para as variáveis contínuas e frequências 
relativa e absoluta para as variáveis categóricas. 
 Resultados: Foram incluídas 105 mulheres que apresentavam idade média de 55,82 anos e índice de massa corporal de 
27,80. A inclusão no estudo, a média de tempo transcorrido da cirurgia foi de 1,85 ano. A média do escore total da 
funcionalidade foi de 27,07 (DP=16,54). 
Conclusão: Observou-se um escore satisfatório de capacidade funcionale execução das atividades da vida diária 
normalmente, contrapondo os estudos realizados por outros autores. Esse resultado positivo deve-se, possivelmente, a 
atuação da fisioterapia precocemente no tratamento dessas pacientes, comprovando a real necessidade da intervenção 
fisioterapêutica.

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