Buscar

Biomarcadores da doença de Alzheimer

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

@isacarvalho_studies 
 
1 
 
Biomarcadores da doença de Alzheimer 
 
A Doença de Alzheimer (DA) é uma síndrome neurodegenerativa, descrita pela 
primeira vez em 1907 pelo psiquiatra alemão Alois Alzheimer e, hoje em dia, 
apresenta-se como a forma mais prevalente de demência na sociedade moderna. 
Estima-se que cerca de 1% dos indivíduos na faixa etária dos 60-64 anos, 5 a 7% 
entre os 75 e os 79 anos e quase um terço dos idosos a partir dos 85 anos sejam 
afetados por esta enfermidade. 
Um grande estudo de coorte longitudinal mostrou que biomarcadores baseados 
no sangue são paralelos à progressão da neurodegeneração da doença de 
Alzheimer. 
“O uso de plasma p-tau181 e p-tau217 para rastrear indivíduos com deficiência 
cognitiva com patologia da doença de Alzheimer para terapias modificadoras da 
doença, especialmente focadas em beta-amiloide e tau, reduzirá 
significativamente os custos dos ensaios clínicos”, disse Mielke. “Atualmente, 
uma punção lombar para a avaliação do líquido cefalorraquidiano beta-amiloide 
ou uma tomografia PET com amiloide são necessários para verificar se um 
participante potencial tem patologia amiloide. Ambos são muito mais caros e 
invasivos do que uma coleta de sangue.” 
Avaliação Clínica e Neuropsicológica 
É sabido que os mecanismos fisiopatológicos inerentes à DA conduzem 
gradualmente a uma perda neuronal gradual e destruição das sinapses em 
regiões do cérebro responsáveis pela memória e funcionamento cognitivo e, 
posteriormente, levam a alterações nestes domínios cognitivos. A avaliação 
neuropsicológica é uma peça fundamental no diagnóstico diferencial da 
demência, pois os diferentes quadros demenciais apresentam algumas 
características específicas. Nesta devem constar, a avaliação da capacidade 
visuoconstrutiva (teste do desenho do relógio), memória episódica, linguagem, 
atenção, velocidade de processamento e função executiva. 
Biomarcadores no diagnóstico 
A importância do diagnóstico precoce da DA explica-se pelo facto de caso 
apareça uma terapêutica capaz de modificar a patologia inerente a esta doença, 
a eficácia da mesma será maior quanto mais cedo for administrada. Nos 
critérios propostos pelo NIAAA, como foi referido anteriormente, incluíram a 
análise clínica de biomarcadores no processo de diagnóstico com a finalidade de 
aumentar o grau de precisão do diagnóstico numa fase pré-demência. 
Atualmente, os principais biomarcadores da Doença de Alzheimer encontram-se 
divididos em duas categorias, tendo por base a biologia das suas medições. Na 
primeira categoria encontram-se os biomarcadores de deposição da proteína β-
amiloide, tais como: níveis diminuídos de Aβ42 no LCR e aumento da deposição 
amiloide identificada na PET-PiB. Na segunda categoria situam-se os 
 
@isacarvalho_studies 
 
2 
 
biomarcadores de lesão neuronal, tais como: níveis elevados de tau (P-tau e T-
tau) no LCR; atrofia das estruturas dos lobos temporais mesiais (hipocampos) e 
parietais em RMN e redução do metabolismo de glicose no cérebro, identificado 
na FDG-PET (em fase de estudo). 
Tendo em conta a sua natureza, os biomarcadores do LCR assentam numa 
interpretação quantitativa, já os biomarcadores imagiológicos podem ser 
interpretados de ambas as formas, qualitativa e quantitativa. Em vários casos, 
os resultados dos biomarcadores, de acordo com uma interpretação qualitativa, 
irão ser “positivos”, aquando da presença do processo fisiopatológico subjacente 
à DA, ou “negativos”, quando o mesmo se encontra ausente. Contudo, em 
alguns casos, os resultados podem ser ambíguos ou indeterminados (“falsos 
positivos” ou “falsos negativos”). 
Contudo, ainda não se chegou a um consenso acerca da utilização dos 
biomarcadores em análises de rotina. As razões mais frequentemente apontadas 
para esta limitação, são: o facto dos critérios clínicos atuais fornecerem um rigor 
de diagnóstico satisfatório na maioria dos doentes; serem necessários mais 
estudos para assegurar que os critérios que incluem o uso dos biomarcadores 
foram desenvolvidos apropriadamente; ainda não existirem métodos padrão de 
análise globalmente aceites nem reprodutibilidade dos resultados obtidos em 
diferentes laboratórios e, por último, o facto do acesso a estes biomarcadores ser 
limitado. 
 
 
 
https://noticias.4medic.com.br/biomarcadores-sanguineos-alzheimer/ 
https://core.ac.uk/download/pdf/61526961.pdf 
 
https://noticias.4medic.com.br/biomarcadores-sanguineos-alzheimer/
https://core.ac.uk/download/pdf/61526961.pdf

Outros materiais