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Revoluções burguesa

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São movimentos sociopolíticos ocorridos entre 1640 e 1850 nos quais a sociedade aristocrática,
caracterizada pela monarquia absoluta e pelos títulos de nobreza, foi transformada em uma
sociedade capitalista dominada pela produção mercantil liberal. Os exemplos clássicos de
revoluções burguesas são a Revolução Inglesa (1640/88) e a Revolução Francesa (1789), nas quais
"os mecanismos políticos, jurídicos e ideológicos de ambas garantiam, à burguesia, o
desenvolvimento das relações capitalistas de produção e o exercício da dominação social e da
hegemonia política sobre os demais segmentos da sociedade contemporânea". 
Seu principal exemplo foi a Revolução Francesa
(1789), a qual se seguiram outras revoluções, na
Europa (Revolução de 1820, Revolução de 1830,
Revolução de 1848) e nas colônias americanas
(Independência da América Espanhola). 
Alguns dos méritos da Revolução Francesa
foram: abolir as corporações de ofício e o
tabelamento de preços; remover
restrições à indústria, finanças e bancos;
encerrar os direitos e deveres feudais dos
camponeses; e confiscar as terras da
Igreja Católica para, depois, vendê-las para
a iniciativa privada
A ideologia burguesa não se restringiu no entanto
a essa classe, mas se estendeu a todo o corpo
social, abrangendo a população não privilegiada,
elementos proprietários individuais da nobreza e
do clero e, em alguns casos, o próprio cerne do
poder da monarquia absoluta.
Embora com difusão muito menor, também têm sido chamadas Revoluções Burguesas aos
movimentos sociais da Idade Média na Europa, quando a burguesia começou a se definir nas
emergentes cidades como classe social dentro do Terceiro Estado em oposição aos privilegiados
(nobreza e clero). É discutido se estes episódios podem ser qualificados como revolta ou
revolução. Em qualquer caso, a predominância do modo de produção feudal não estava em
discussão, embora o mercantilismo e o artesanato fossem claramente contra o predomínio
esmagador das atividades agrícolas.
O delicado papel social da burguesia na transição
do feudalismo para o capitalismo e sua relação
com ascendente monarquia tem sido
particularmente o tema do debate
historiográfico dentro da escola materialista,
especialmente o Grupo de historiadores do
Partido Comunista da Grã-Bretanha e a Escola
dos Annales, a partir dos anos quarenta e
cinquenta do século XX.
Na verdade, a burguesia estava longe de ser
uma classe revolucionária para além do
papel que as atividades econômicas tiveram
como solventes do modo de produção feudal.
Em vez disso, foi um fator chave no
surgimento das monarquias, das quais ele
era o principal apoio financeiro através dos
impostos, além de ser uma das principais
fontes de recrutamento (juntamente com a
baixa nobreza) para a burocracia. Em grande
parte da Europa, houve um grande
beneficiamento da burguesia no
desenvolvimento econômico, social e político
do Antigo Regime, que viria a redundar na
chamada traição da burguesia

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