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Semiologia do Sistema Nervoso

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SEMIOLOGIA DO 
 Sistema Nervoso 
 
• A Semiologia do Sistema Nervoso é uma 
prática, que faz parte do Exame Físico 
Específico (órgãos e sistemas). 
• O exame específico e completo do Sistema 
Nervoso deve ser realizado, quando há 
evidências de alterações acometendo esse 
sistema no Exame Preliminar. 
Exame Preliminar 
Anamnese 
IDENTIFICAÇÃO (RESENHA): 
▪ Informações que podem auxiliar no 
diagnóstico relacionado ao Sistema 
Nervoso: 
─ Raça: 
└ Algumas raças de gatos são 
mais susceptíveis a 
apresentarem alterações no 
Sistema Nervoso 
➢ Ex: Hipoplasia cerebelar. 
─ Idade: 
└ Pacientes jovens podem 
apresentar alterações 
congênitas do Sistema 
Nervoso. 
➢ Ex: Hidrocefalia 
└ Pacientes idosos podem 
apresentar alterações devido 
ao desgaste do organismo. 
➢ Ex: Neoplasias 
 
 
QUEIXA PRINCIPAL 
▪ Possíveis queixas de alterações do 
Sistema Nervoso: 
─ Alterações no nível de consciência 
─ Alterações de atitude 
─ Convulsões 
─ Alterações na postura ou na 
locomoção 
└ Perda de equilíbrio 
─ Alterações relacionadas aos nervos 
cranianos 
HISTÓRIA DO AMBIENTE E DO MANEJO 
▪ Considerar a possibilidade de 
intoxicações. 
Exame do Estado Geral 
▪ Realizar a inspeção de: 
─ Alterações no nível de consciência 
─ Alterações de atitude 
─ Alterações na postura e na 
locomoção (com origem 
neurológica) 
Alterações no Nível de Consciência 
Consciente 
▪ Características de um paciente com o 
nível de consciência aumentado: 
─ Permanece em alerta ou em vigília 
─ Reponde aos estímulos 
─ Excitação (em filhotes é normal) 
▪ Características de um paciente com o 
nível de consciência diminuído: 
─ Prostração 
─ Deprimido 
─ Apático 
─ Obnubilação: 
└ Quando ocorre a diminuição 
da lucidez do paciente, 
resultando em momentos de 
desorientação, alucinações, 
ansiedade e inquietação. 
└ O animal não interage com o 
ambiente. 
Inconsciente 
▪ A inconsciência é divida em 2 quadros 
clínicos: 
─ Semicoma 
└ Características apresentadas: 
➢ Sonolência: 
→ O paciente é acordado 
com facilidade, mas 
volta a dormir. 
➢ Estupor: 
→ O paciente só acorda 
com estímulo doloroso. 
─ Coma 
└ O paciente não acorda nem 
com o estímulo doloroso. 
• Após a identificação de alterações no nível de 
consciência, é possível identificar o local da 
lesão, através do Teste de Reflexo Pupilar à 
Luz (RPL): 
─ Deve-se abrir o olho do paciente 
(se estiver inconsciente) e iluminar 
com uma lanterna. 
─ Lesão no cérebro: 
└ RPL: Miose – Contração 
pupilar 
➢ Córtex frontal 
➢ Diencéfalo 
─ Lesão no tronco encefálico: 
└ RPL: Midríase – Dilatação 
pupilar 
└ O paciente pode apresentar 
tetraparesia e tetraplegia 
espástica. 
 
Alterações de Atitude 
• Principais alterações apresentadas: 
─ Convulsões 
─ Pressionar a cabeça contra 
obstáculos (“Head-pressing”) 
─ Andar compulsivo 
─ Andar em círculos 
─ Tremor intencional 
─ Incapacidade de reconhecer o 
dono 
─ Incapacidade de aprendizado 
─ Incapacidade de localizar 
alimento 
─ Automutilação 
 
Alterações de Postura 
• Principais alterações apresentadas: 
─ Head-tilt: Inclinação lateral da 
cabeça. 
─ Pleurótono: Inclinação da cabeça e do 
focinho para trás. 
─ Opistótono: Inclinação da cabeça 
para cima. 
 
Alterações de Locomoção 
• Principais alterações apresentadas: 
─ Ataxia: Perda da coordenação motora 
da cabeça e dos membros. 
└ Causada por uma lesão no 
cerebelo ou do sistema 
vestibular. 
└ Características: 
➢ Tropeçar, cair, cruzar os 
membros ao andar; 
➢ Afastamento dos membros 
pélvicos; 
➢ Dismetria: Passos muito 
longos ou muito curtos 
➢ Inclinação e queda. 
─ Paresia: Fraqueza dos membros 
─ Paralisia (Plegia): Incapacidade 
funcional. 
└ Tetraplegia ou tetraparesia: 
➢ Acomete os 4 membros. 
➢ Causada por lesões no 
encéfalo ou na medula 
espinhal (região cervical). 
└ Paraplegia ou paraparesia: 
➢ Acomete os membros 
pélvicos. 
➢ Causada por lesões na 
medula espinhal (região 
toracolombar) ou no 
plexo venoso (bilateral). 
└ Monoplegia ou monoparesia: 
➢ Acomete 1 dos 
membros. 
➢ Causada por lesão nas 
raízes nervosas ou nos 
nervos do plexo 
braquial ou pelo 
lombossacral. 
Principais Emergências 
Neurológicas 
• Os principais casos que chegam até a 
emergência, com direcionamento ao SN, são: 
─ Trauma encefálico (Choque 
Neurogênico) 
─ Trauma na coluna vertebral (Choque 
Espinhal) 
─ Convulsão 
 
 
 
 
 
Exame Específico 
• O Exame Específico do Sistema Nervoso é 
composto de 4 etapas, sendo elas: 
─ Exame dos Nervos Cranianos 
─ Avaliação da Integridade do Crânio e 
da Coluna Vertebral 
─ Exame das Reações Posturais 
─ Exame dos Reflexos Medulares 
 Objetivos do Exame Neurológico: 
─ Determinar a existência real de disfunção 
Sistema Nervoso; 
─ Determinar se a alteração é primária ou 
secundária; 
─ Estabelecer a localização da lesão; 
─ Estabelecer a extensão da lesão 
neurológica; 
─ Direcionar o diagnóstico, prognóstico e 
tratamento. 
 
 Exame dos Nervos Cranianos 
 
▪ No Exame dos Nervos Cranianos, são 
realizadas avaliações para identificar se 
as funções realizadas por cada par, estão 
sendo realizadas da maneira correta. 
I Par – Olfatório 
▪ É responsável pelo olfato do paciente. 
▪ Avalição: 
─ Oferecer alimento ou substância 
irritante para o paciente, que deve 
estar vendado. 
└ Ausência do olfato: Anosmia 
└ Diminuição do olfato: Hiposnia 
 
 
 
 
II Par – Óptico 
▪ É responsável pela visão do paciente. 
▪ Avaliações: 
─ Resposta à ameaça: 
└ Tampar um dos olhos do 
paciente, enquanto aproxima 
um dedo em direção ao outro 
olho. 
└ Evitar deslocar o ar, enquanto 
aproxima o dedo. 
└ Reação esperada: O paciente 
piscar. 
─ Reflexo pupilar à luz: 
└ Incidir uma fonte de luz no 
olho do paciente. 
└ Reação esperada: Miose 
─ Simetria das pupilas: 
└ Anisocoria: Quando uma 
pupila se contrai e a outra 
não. 
─ Teste com o algodão: 
└ Jogar um algodão próximo 
ao paciente, para verificar 
se ele percebe a estrutura 
caindo. 
─ Caminhar contra obstáculos. 
 
 
 
 
 O Nervo Óptico possui uma região de 
comunicação, chamada Quiasma Óptico. 
─ Essa região é responsável por passar o 
estímulo para os dois olhos, ou seja, toda vez 
que tiver um estímulo no olho direito, o olho 
esquerdo também responde. 
III Par – Oculomotor 
IV Par – Troclear 
VI Par – Abducente 
▪ São responsáveis pela movimentação do 
globo ocular e pelo reflexo da pupila. 
▪ Avaliações: 
─ Reflexo pupilar à luz: 
└ Incidir uma fonte de luz no 
olho do paciente. 
└ Reação esperada: Miose 
─ Movimentação da cabeça: 
└ Colocar um objeto, que 
chame a atenção do 
paciente, na frente dele, 
enquanto movimenta a 
cabeça do esmo. 
└ O paciente deve 
permanecer com o olhar 
fixo no objeto. 
─ Presença de Nistagmo: 
└ “Tremor” do globo ocular, 
involuntário. 
─ Presença de Estrabismo: 
└ Desvio pupilar em um dos 
olhos. 
 
A Normal 
B Estrabismo Ventro-lateral 
C Estrabismo Medial 
D Estrabismo Rotatório 
 
 
V Par – Trigêmeo 
▪ É responsável pela sensibilidade facial e 
de pavilhões auriculares, além da 
movimentação dos músculos 
mastigatórios. 
▪ Avaliações: 
─ Inspeção: 
└ Pacientes com lesão no 
nervo trigêmeo, apresentam 
atrofia muscular dos 
músculos occipital e 
masseter. 
─ Reflexo palpebral: 
└ Manter o paciente com a 
cabeça erguida e realizar 
pequenos toques na face, em 
uma região próxima à face. 
└ Na normalidade, o paciente, 
ao sentir os toques, acaba 
piscando e contraindo a 
pálpebra. 
─ Sensibilidade da face: 
└ Com o animal vendado, 
estimular as regiões de 
focinho e pavilhões 
auriculares. 
└ Se o paciente sentir, ele vai 
esboçar alguma reação ao 
toque. 
─ Mastigação: 
└ Oferecer um alimento e 
observar a mastigação do 
paciente. 
 
VII Par – Facial▪ É responsável pela movimentação dos 
músculos faciais e pela simetria facial. 
▪ Avaliação: 
─ Resposta à ameaça; 
─ Reflexo palpebral; 
─ Sensibilidade da face; 
─ Preensão de alimentos. 
VIII Par – Vestibulococlear 
▪ É divido em 2 ramos: 
─ Coclear: 
└ É responsável pela audição. 
└ Avaliação: 
➢ Realizar ruídos para 
chamar o animal. 
➢ Caso o paciente não 
responda, há indícios 
de surdez. 
─ Vestibular: 
└ É responsável pelo equilíbrio 
e pela coordenação dos 
movimentos. 
└ Avaliação: 
➢ Presença de Head-Tilt 
IX Par – Glossofaríngeo 
X Par - Vago 
▪ São responsáveis pelo paladar e pela 
deglutição. 
▪ Avaliações: 
─ Oferecer alimento e água. 
─ Teste da deglutição: 
└ Realizar movimentos que 
induzem a deglutição, na 
região cervical. 
 XI Par - Acessório 
▪ As lesões nesse nervo causam atrofia 
muscular do pescoço. 
▪ Avaliação: Eletrodiagnóstico 
XII Par – Hipoglosso 
▪ Lesões nesse nervo causam assimetria, 
atrofia e desvio da língua. 
▪ Avaliação: 
─ Assimetria da língua. 
 
Avaliação da integridade do Crânio e 
da Coluna Vertebral 
▪ Nessa avaliação, são realizadas técnicas 
de inspeção e de palpação. 
▪ Características a serem observadas: 
─ Lesões 
─ Instabilidades 
─ Alterações de volume 
─ Alterações de sensibilidade 
─ Aumento de TºC 
Exame das Reações Posturais 
▪ Objetivos: 
─ Avaliar a habilidade do sistema 
aferente em reconhecer uma 
posição alterada e do sistema 
eferente em retornar à posição 
normal. 
─ Detectar alterações motoras. 
 
 
 
 
▪ Avaliações: 
─ Propriocepção consciente 
 
─ Hemiestação e Hemilocomoção: 
└ Elevar os membros torácicos 
e pélvicos de um lado, 
fazendo com que o paciente 
fique em 2 apoios. 
└ Deixar o paciente em estação 
e depois estimulá-lo a andar 
nesta condição. 
─ Carrinho de mão: 
└ Levantar os membros 
pélvicos do paciente, 
fazendo com que ele tenha 
apoio nos membros 
torácicos. 
└ Estimular o paciente a andar 
e se equilibrar. 
─ Salteamento e hemisaltitamento: 
└ Elevar 3 membros do 
paciente, fazendo com que 
ele tenha apoio em apenas 1 
membro. 
└ O paciente deve dar saltos 
para ajustar a postura. 
 
 
─ Colocação Tátil: 
└ Vendar o animal e esbarrar 
um dos membros em uma 
superfície. 
└ Com esse estímulo, o 
paciente deve tentar apoiar 
o membro sob a superfície. 
─ Colocação Visual: 
└ Esbarrar um dos membros 
do animal em uma 
superfície. 
└ Com esse estímulo, o 
paciente deve tentar apoiar 
o membro sob a superfície. 
Exame dos Reflexos Modulares 
▪ É um exame, que determina se a lesão é 
no Neurônio Motor Superior (NMS) ou no 
Neurônio Motor Inferior (NMI). 
▪ Alterações observadas quando há lesões 
no NMS: 
─ Perda de atividade motora 
voluntária 
─ Hiper-reflexia 
─ Aumento no tônus muscular 
─ Paralisia espástica 
─ Atrofia por desuso 
▪ Alterações observadas quando há lesões 
no NMI: 
─ Perda de atividade motora 
voluntária 
─ Hiporreflexia/arreflexia 
─ Perda no tônus muscular 
─ Paralisia flácida 
─ Atrofia por denervação 
 
 
Exames Complementares 
• Hemograma completo; 
• Urinálise e provas de função renal; 
• Provas de função hepática; 
• Exame coproparasitológico; 
• Bioquímica sérica (glicemia); 
• Exames de Imagem: 
─ RX Simples 
─ Mielograma 
─ US 
─ Tomografia computadorizada 
─ Ressonância nuclear magnética 
• Eletrodiagnóstico; 
─ Eletroencefalofrafia 
─ Eletromiografia 
• Avaliação do líquido cefalorraquidiano; 
─ Região lombossacral 
• Exame histopatológico; 
• Exame microbiológico e sorológico.

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