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Atuação na Captação e doação de órgãos e tecidos para Transplante A doação de órgãos é um ato por meio do qual podem ser doados partes do corpo, sejam órgãos ou tecidos de uma pessoa (doador), para serem utilizados no tratamento de outra pessoa (receptor), com a finalidade de reestabelecer as funções de um órgão ou tecido doente. O Brasil possui o maior programa público de transplante de órgãos, tecidos e células do mundo, que é garantido a toda a população por meio do SUS, responsável pelo financiamento de cerca de 95% dos transplantes no país. Apesar do grande volume de cirurgias realizadas, a quantidade de pessoas em lista de espera para receber um órgão ainda é grande. Paciente com diagnóstico de morte encefálica internado em hospital é doador em potencial. A família é informada da possibilidade de doação dos órgãos. Caso ela concorde, uma série de exames são feitos para confirmar o diagnóstico. A notificação da morte encefálica é obrigatória por lei. O fundamental papel do enfermeiro na captação de órgãos é reconhecer, detectar e identificar o potencial doador, colher a história da doença atual, passando as informações, por telefone ou fax, para a Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos local. Cada informação é extremamente importante, pois, por intermédio desses dados, realiza-se uma triagem de um potencial receptor para o órgão. O momento mais importante da captação de órgãos é a abordagem dos familiares em relação à morte encefálica e à doação de órgãos. Por essa razão, para notificar a família sobre a morte encefálica ou a doação dos órgãos, os profissionais devem escolher um ambiente tranquilo e calmo, de forma que seja proporcionada privacidade e as informações sejam passadas de maneira clara e objetiva, esclarecendo todas as dúvidas. Em caso de doação, é providenciado o termo de autorização de doação de órgãos. Para incrementar o número de transplantes, faz-se necessário aumentar a taxa de consentimento de doação de órgãos pelos familiares de pacientes que estejam em morte encefálica. Tal tarefa é realizada pela equipe de captação de órgão, que possui várias funções, dentre elas a identificação do possível doador de órgão se tecidos, a realização da proposta ao familiar sobre o consentimento da doação, a orientação sobre o processo de captação e transplante de órgãos, ressaltando sempre os benefícios do referido processo aos receptores, e ainda deve evitar que qualquer dúvida paire sobre quaisquer etapas desse evento. Essa equipe constitui-se de enfermeiros, médicos, assistentes sociais e psicólogos, os quais são responsáveis pela localização do potencial doador, pela abordagem da família e pela estruturação do procedimento e mesmo que diante de algumas situações de aparente falta de sucesso na efetivação da captação de órgãos para transplantes, têm claramente delineada a importância de seu trabalho, bem como de sua finalidade precípua: aliviar sofrimentos e salvar vidas. O enfermeiro que atua em transplante presta cuidado especializado na proteção, promoção e reabilitação da saúde de candidatos, receptores e seus familiares, bem como, de doadores vivos e seus familiares ao longo do ciclo vital. Tal cuidado inclui prevenção, detecção, tratamento e reabilitação dos pacientes com problemas de saúde relacionados às doenças prévias ao transplante de órgãos ou comorbidades associadas ao tratamento pós-transplante. Para vencer a desproporção entre número de pacientes na lista e o número de transplantes realizados, é importante conscientizar a população sobre todas as etapas do procedimento, que começa com o diagnóstico de morte encefálica de um potencial doador e termina na recuperação do paciente que recebeu um novo órgão. O NCAP (núcleo de captação de órgãos) tem como princípio estruturar e consolidar a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), por meio da atuação exclusiva de um enfermeiro altamente capacitado para desempenhar a coordenação intra-hospitalar de doação de órgãos e tecidos para transplantes. O enfermeiro, membro da equipe de captação, é o profissional que está mais próximo do paciente e da família; devido a esse fator, faz-se importante que ele saiba oferecer informações adequadas às necessidades dos familiares. Para a equipe, sua atuação é de suma importância, pois tem arraigado consigo o objetivo de salvar e proporcionar qualidade de vida a muitos, servindo, assim, de estímulo para o cuidado do possível-potencial doador. Os enfermeiros que atuam no cuidado de enfermagem no transplante de órgão e tecidos requerem abrangência de conhecimento científico. As competências clínicas necessárias vão além daquelas obtidas durante a graduação em enfermagem. Elas incluem avaliação e gestão do doador falecido, do receptor de transplante, do potencial doador ou do doador vivo, ensino e aconselhamento de receptores de transplante e doador vivo relacionado à gestão do autocuidado, vida saudável e preparo para morte pacífica na iminência da mesma. Assim, esses profissionais desempenham papel crucial no estabelecimento de um programa de transplante de sucesso. É membro vital da equipe que tem objetivo precípuo de prestar cuidado de qualidade a pacientes e familiares, por meio da utilização de recursos tecnológicos, logísticos e humanos, para o desenvolvimento das atividades de coordenação, assistência, educação e pesquisa na doação e nos transplantes de órgão e tecidos. Dessa forma, o enfermeiro deve ter conhecimento dos princípios de boas práticas éticas e ter recursos disponíveis para avaliar o mérito, riscos e questões sociais relacionadas aos transplantes. Espera-se que o estudo ora apresentado fomente o desenvolvimento de futuras investigações relacionadas ao papel e as responsabilidades do enfermeiro. Referências Bibliográficas https://www.unifor.br/-/qual-o-papel-do-profissional-de-enfermagem-na-doacao- e-transplante-de-orgaos- https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saes/snt https://seer.uscs.edu.br/index.php/revista_ciencias_saude/article/view/336/158 https://www.scielo.br/j/tce/a/h6dwGwD4V4MH3FtkKZZpy9L/?lang=pt https://www.unifor.br/-/qual-o-papel-do-profissional-de-enfermagem-na-doacao-e-transplante-de-orgaos- https://www.unifor.br/-/qual-o-papel-do-profissional-de-enfermagem-na-doacao-e-transplante-de-orgaos- https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saes/snt https://seer.uscs.edu.br/index.php/revista_ciencias_saude/article/view/336/158 https://www.scielo.br/j/tce/a/h6dwGwD4V4MH3FtkKZZpy9L/?lang=pt
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