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5 - lesões erosivas

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Aurora Leoncio – odonto ufal 
 ESTOMATOLOGIA 
 
LESÕES EROSIVAS 
 
 erosão é definida como perda parcial do tecido epitelial sem 
expor o tecido conjuntivo 
 acontece uma diminuição da espessura epitelial gerando um 
aspecto clínico avermelhado (porque deixa mais visível o 
componente vascular do tecido conjuntivo) 
 pode provocar sensação de ardência (terminações nervosas 
ficam mais expostas) 
 tem agentes etiológicos distintos: trauma, infecções, 
autoimunes, distúrbios sistêmicos. 
Para facilitar o raciocínio diagnóstico as principais lesões erosivas serão 
representadas de acordo com o sítio envolvido. 
 
 
........................LESÕES EROSIVAS EM LINGUA ...................... 
 
LÍNGUA GEOGRÁFICA 
 
NÃO PRECISA DE TRATAMENTO 
 desordem inflamatória de etiologia desconhecida 
 aparência clínica: 
o áreas despapiladas, lisas, levemente avermelhadas, 
que mudam de local com episódios de 
exacerbações e remissões 
o em dorso, bordas e ápice 
o pode ter linha esbranquiçada em torno das erosões 
 diagnóstico baseado nas características clínicas 
 não precisa de exame complementar e não tem 
tratamento; o uso de anti-inflamatórios ajuda no alívio 
de sintomas 
 
 
 
 
GLOSSITE ATRÓFICA 
 
encaminhamento do paciente para o médico para tratar as condições que a 
causam 
 etiologia variada: deficiência de vitamina B, ácido fólico, 
 anemia, diabetes e outras debilidades sistêmicas. 
 Aparencia clínica: 
o despapilamento do dorso lingual de forma 
localizada, multifocal ou generalizada 
o dorso lingual exibe eritema difuso deixando aspecto 
liso 
 diagnóstico: aspecto clínico + investigação laboratorial 
das condições hematológicas e nutricionais (analisada 
por um hemograma) como: glicose em jejum, e níveis 
séricos de vitamina B12, ácido fólico e ferritina. 
 pode surgir infecção secundária, mais comumente por 
cândida. para isso prescreve-se antifúngico 
 Caso se observe alguma alteração sistêmica o paciente 
deve ser encaminhado ao médico para diagnóstico e 
tratamento das alterações 
 A reepitelização só irá ocorrer quando a alteração 
sistêmica ou imunológica for corrigida. 
 
GLOSSITE ROMBOIDAL MEDIANA 
 
tratamento com antifúngico 
 quadro inflamatório da porção medial do dorso de 
língua, em associação direta com a infecção oportunista 
pela Cândida albicans 
 Pode ser uma manifestação clínica de candidíase 
eritematosa no dorso lingual 
 aparência clínica: 
o área despapilada, avermelhada, central no dorso de 
língua com forma ovalada ou romboide 
o podem ser levemente nodulares ou fissuradas 
o pode ter “lesão beijada” no palato 
 diagnóstico clínico, tratamento com antifúngico 
 
 
Aurora Leoncio – odonto ufal 
 ESTOMATOLOGIA 
 
 
CANDIDÍASE ATROFICA AGUDA 
 
tratamento a base de antifúngico 
 fatores predisponentes: uso crônico de antibióticos, 
xerostomia e imunossupressão. 
 Aparencia clínica: 
o erosão /vermelhidão do dorso lingual de forma 
difusa, associada à sensação de queimação 
 Deve-se investigar possível comprometimento 
sistêmico para descartar a glossite atrófica crônica 
 
ERITROLEUCOPLASIA/ ERITROPLASIA 
 
tratamento: remover a lesão toda, quando possível e o fumo 
 são desordens potencialmente malignas 
 aparência clínica: 
o lesão avermelhada com placas ou manchas 
esbranquiçadas. 
 principal fator: fumo 
 diagnóstico clínico por exclusão 
 biópsia para saber se há displasia epitelial (aconselhável 
as áreas vermelhas pois apresentam maior grau de 
displasia) 
 
........................LESÕES EROSIVAS EM PALATO ...................... 
CANDIDÍASE ATRÓFICA CRÔNICA 
 
tratamento: Iniciar com Nistatina suspensão oral 100.000 UI/ml 
Substituir por gel de miconazol oral em casos não responsivos 
remoção de fatores em casos de traumas 
uso de antifúngicos sistêmicos como fluconazol em casos de 30 dias sem 
melhoras 
 infecção fúngica oportunista superficial, frequente em 
boca, causada por alguma espécie de Cândida (mais 
comumente a C. albicans) 
 fatores locais ou sistêmicos podem favorecer a 
proliferação destes fungos: mal usou/higienização de 
próteses; diabetes mellitus 
 aparência clínica: 
o área eritematosa difusa pontilhada ou granulosa na 
mucosa de revestimento do palato duro associados 
às áreas chapeáveis das próteses 
 diagnóstico baseado em aspectos clínicos, sem exames 
complementares 
 tratamento 
 
ESTOMATITE DE CONTATO 
 
reembasamento com condicionadores de tecido, uso de medicação tópica com 
antiinflamatórios esteroidais 
 reação inflamatória ou reação de hipersensibilidade 
associada a algum tipo de material. 
 estão mais associadas ao acrílico de aparelhos/próteses 
totais e removíveis 
 aparência clínica: 
o áreas avermelhadas/ eritematosas limitadas ao 
local de contato com os aparelhos removíveis 
o pode haver reação sistêmica, como queimação, 
dificuldade em deglutir 
 O diagnóstico clínico é feito por exclusão. inicialmente 
deve-se suspeitar de condidíase atrófica crônica, mas se 
não houver melhora com tratamento encara-se como 
estomatite. 
 resolução só ocorre com a troca da prótese 
 
TRAUMA POR SEXO ORAL (FELAÇÃO) 
 
suspender o trauma e observar a regressão da lesão. 
 
medicamento Frequência tempo modo 
Nistanina 4x/ dia por 3 
min 
14 dias Bochech 
10ml 
Miconazol 4x/ dia 30 dias aplicação 
fluconazol 1x/ dia 2 ou 4 
semana 
ingestão 
Aurora Leoncio – odonto ufal 
 ESTOMATOLOGIA 
 
 lesão por estimulação do pênis com a boca. 
 aspecto clínico: 
o avermelhada, normalmente ovalada, única, na região 
posterior de palato duro/anterior palato mole 
 
...............LESÕES EROSIVAS EM MUCOSA JUGAL ............... 
As principais são de caráter autoimune (líquen plano erosivo) e 
inflamatório (reações medicamentosas/ mucosite). 
LÍQUEN PLANO EROSIVO 
 
corticosteroide tópico / sistêmico + antifúngico 
 manifestação como gengivite descamativa 
 doença mucocutânea crônica autoimune de causa 
desconhecida 
 pode ter lesões em pele, nesse caso encaminhar para o 
dermatologias também 
 afetam principalmente mulheres de meia idade 
 aspecto clínico: 
o áreas de atrofia e eritema, que costumam ser 
circundadas por finas estrias brancas 
o ardência em boca 
 para fazer diagnóstico final deve-se fazer biopsia incisioanal 
(somente com o resultado será possível diferenciar de outras 
doenças auto imunes como o pênfigo, perfigoide e lúpus) 
 tratamento: 
Medicamento formula Freq Modo 
Clobetasol (gel) Propionato de 
clobetasol 0.05% + 
Gel de 
hidroxietilcelulose qsp 
20 g 
3x/dia Aplicação 
tópica 
Clobetasol 
(solução) 
Caso de cândida 
Propionato de 
clobetasol 0.05% + 
Nistatina 100.000 UI/ml 
+ Água destilada => 
Conteúdo final = 250 ml 
10ml 
por 
3min 
Bochecho 
 
observar se a lesão está em contato com amalgma, se estiver o diagnostio 
diferencial pode ser o liquenóide ou liquen erosivo; nesse caso deve-se trocar a 
restauração e esperar que a lesão regrida.se não regredir é liquen erosivo. 
 
REAÇÃO MEDICAMENTOSA 
LIQUENÓIDE 
 
REMOÇÃO DO AGENTE DESENCADEADOR DA REAÇÃO 
 Ocorrem por causa do uso de medicamentos (captopril, 
carbamazepina, alopurinol, fenitoína, furosemida, 
isoniazida e o propranolol) ou amálgama 
 clinicamente não podem ser diferenciadas do líquen 
plano 
 diagnóstico diferencial e final se faz após a remoção do 
agente causador 
MUCOSITE 
 A mucosite é uma reação inflamatória comum frente ao 
tratamento quimioterápico e/ou radioterápico 
 Diagnótico clínico com investigação se há tratamento 
quimioterápico/radioterápico 
 tratamento paliativo (alívio dos sintomas) 
 
......................LESÕES EROSIVAS EM GENGIVA ...................... 
GENGIVITE DESCAMATIVA 
 
manutenção gengival e regressão das lesões por: corticoide e 
imunossupressores 
 termo clínico genérico que descreve alteração 
inflamatória e pode ser sinal de doenças auto-imunes 
(líquen plano, pênfigo vulgar ou penfigóide benigno de 
mucosa) 
 para o diagnósticodefinitivo se faz necessário de 
biopsia parcial 
 aspecto clínico: 
o lesões erosivas entremeadas por lesões brancas 
o podem estar em qualquer lugar da boca e não 
apenas na gengiva 
o quadros variados de eritema, edema e ulceração – 
sintomas dolorosos e ardência 
 tratamento: gel corticoide em placa de acetato 
o Propionato de clobetasol 0.05% 
o Gel de carboximetilcelulose em orabase 
Total = 30 g – 1 bisnaga 
Aplicar o gel na moldeira e utilizar principalmente à noite 
 
...............LESÕES EROSIVAS EM SOALHO BUCAL ................. 
 
ERITROPLASIA/ERITROLEUCOPLASIA 
 lesões potencialmente malignas já apresentadas 
anteriormente 
 necessita de biopsia 
 se essas lesões estiverem em assoalho e linga merecem 
atenção especial pois pode se transformar em 
carcinoma espinocelular 
 
Aurora Leoncio – odonto ufal 
 ESTOMATOLOGIA 
 
LÍQUEN PLANO 
 Lesão auto imune já apresentada e que dificilmente 
estará restrita ao assoalho. 
 não se recomenda biopsia em assoalho bucal por causa 
do grande número de estruturas anatômicas presentes 
 deve-se realizar biopsia em uma lesão de outro local 
 
.........................LESÕES EROSIVAS EM LÁBIO......................... 
 
QUELITE ACTÍNICA 
 
uso diário de protetor FPS 30 e chapéu de aba larga e bepantol à noite 
 desordem potencialmente maligna associada à 
exposição crônica à luz UV. 
 aspecto clínico: 
 áreas brancas (placas ou machas), 
erosivas/vermelhas, crostas, fissuras e 
descamações 
 áreas erosivas geralmente apresentam aspecto 
microscópico de maior agressividade (displasia) e 
devem ser biopsiadas 
 em caso de displasia: acompanhamento de 3 em 3 
meses e semestral para os que não 
 
QUELITE ANGULAR 
 
antifúngico tópico 
 Forma de candidíase eritematosa na comissura labial 
 diagnóstico baseado em aspecto clínico 
 acomete mais idosos, porém imunossuprimidos podem 
apresentar com frequencia 
 aspecto clínico: 
o eritema, erosão e descamação nas comissuras 
o normalmente assintomáticas 
 
 
 
 
 
 
 
QUELITE EXFOLIATIVA 
 
BATONS/CREMES LABIAIS. CREME A BASE DE CORTICOIDES ASSOCIADO À 
ANTIFÚNGICOS 
 Aspecto clínico: 
o fissuras e descamação persistente do vermelhão do 
lábio, frequentemente em ambos os lábios 
o em casos severos pode gerar crostas 
hiperceratóticas amareladas e espessas 
 maior parte dos casos podem estar relacionados com 
traumas crônicos secundários (lamber/morder/sugar o 
lábio) 
 se não houver trauma crônico descarta-se infecção por 
candidíase crônica, queilite actínica ou queilite alérgica 
 tratamento: 
1. remoção do agente causal 
2. batons e creme labial em caso leve 
3. creme corticoide associado a antifúngico em caso 
mais grave 
4. se não houver melhora com creme corticoide e 
antifungico, indicasse a crioterapia (aplicação de 
gás nitrogênio)

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