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Prát Sim V_Peça 2_Arresto com liminar

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Curso de Direito
PRÁTICA SIMULADA V
ALUNA: MAGUERITA LEE
PEÇA 4: AÇÃO DE EXECUÇÃO DE ALIMENTOS 
EXMO. SR. JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE NOVA IGUAÇU DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
MARIANA SANTOS RODRIGUES, menor impúbere, representada neste ato por sua mãe Fernanda Santos Rodrigues, brasileira, casada, professora, (identidade), (CPF), residente na Rua Jota, 32, Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, RJ, vem, por seu advogado com endereço na rua ..., perante V. Exª, propor
AÇÃO CAUTELAR DE ARRESTO
COM PEDIDO DE LIMINAR
pelo rito especial cautelar em face de JORGE RODRIGUES, brasileiro, casado, contador, (identidade), (CPF), residente na Rua Paulina, 25/302, Flamengo, Rio de Janeiro, RJ, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
DOS FATOS
A Requerente propôs Ação de Alimentos em face do Requerido, tendo sido o pedido julgado procedente em 25 de fevereiro de 2008, com trânsito em julgado, restando o mesmo condenado a pagar a quantia de R$1000,00 (um mil reais) por mês (processo 111, que tramitou perante a 2ª Vara de Família de Nova Iguaçu). 
Ocorre que há três meses o Requerido não cumpre a obrigação alimentícia fixada nos autos da referida ação, o que ensejou a execução judicial nesta data.
Impende destacar que o Requerido está anunciando para venda seu único bem, um automóvel cujo valor de mercado está estimado em R$10.000,00 (dez mil reais) e que é, inclusive, objeto de partilha entre o Requerido e a representante legal da Requerente no processo de separação judicial que se encontra em trâmite perante a 1ª Vara de Família da Capital, sob o nº (222).
Ressalte-se que a conduta do Requerido expressa no perigo de frustrar a execução pode ser comprovada pela cópia dos anúncios de venda publicados em jornal acostada aos autos.
Outrossim, testemunhas certificam que diversos interessados no veículo compareceram à residência do Requerido. 
Com vistas à garantia da execução judicial em trâmite e, portanto, para fins de proteção do direito da Requerente, busca-se a tutela imediata do Poder Judiciário.
 EXPOSIÇÃO SUMÁRIA DO DIREITO AMEAÇADO 
O arresto, previsto no artigo 813 e seguintes da legislação processual, constitui medida cautelar de apreensão de bens a fim de que sobre eles incida futura execução, ficando garantida, assim, a efetividade da tutela satisfativa, mediante análise superficial e provisória da probabilidade do direito do requerente e da possibilidade de ocorrência de dano de difícil reparação. 
Para a concessão do arresto, mister o preenchimento dos requisitos dispostos no art. 814 do Código de Processo Civil : prova literal da existência de dívida líquida e certa e a ocorrência de quaisquer das situações arroladas no art. 813 do mesmo diploma legal. Tais requisitos, em última análise, correspondem ao fumus boni iuris e ao periculum in mora.
No caso sub examine, inconteste que o pressuposto do fumus boni iuris resta caracterizado, na medida em que há uma execução por dívida em trâmite e toda execução por dívida pressupõe a existência de um título executivo (dívida certa), vencida e exigível.
DO RECEIO DA LESÃO 
O periculum in mora no arresto ocorre quando haja sério risco iminente de perecimento, destruição, deterioração ou qualquer mutação dos bens necessários para a perfeita e eficaz atuação do provimento final do processo principal de execução.
Mesmo por meio de uma cognição sumária, será possível extrair da hipótese ventilada nos autos os fatos que autorizam a admitir o fundado temor de que a garantia da futura execução pode desaparecer, frustrando-lhe a eficácia e utilidade.
Isso porque as evidências – quais sejam, o anúncio de venda do bem de propriedade do Requerido e existência de testemunhas que comprovam o interesse de alguns na compra do mesmo – são suficientes para indicar com clareza a tentativa do Requerido de frustrar o direito da Requerente credora.
DA LIMINAR
No caso em apreço, resta preenchido o regramento contido nos artigos 813, inciso II, alínea “b” e 814, incisos I e II da Lei Processual. 
De se observar que todas as alegações da Requerente estão acompanhadas de um conjunto probatório suficiente a conferir ao julgador os elementos mínimos indispensáveis para a concessão da medida liminar, ainda que se trate de juízo de cognição superficial.
Não é despiciendo sublinhar que a concessão de uma liminar, cuja autorização reside no artigo 804 do Código de Processo Civil, encontra fulcro na real possibilidade do dano consumar-se antes ou com a citação do réu. A toda evidência, o arresto, caso efetivado após cientificação do Requerido acerca da ação cautelar ora em trâmite comprometeria a eficácia e utilidade do processo de execução, porquanto incentivaria a fugacidade da dilapidação do patrimônio do mesmo.
Por derradeiro, consigne-se que, acerca dos elementos indispensáveis para a concessão da liminar de arresto de bens, assim manifesta-se a jurisprudência do E. Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro:
“O arresto tem natureza cautelar, cuja finalidade é garantir a eficácia de futura execução por quantia certa. A concessão de liminar na forma do art. 814, do CPC, "initio litis", pressupõe a demonstração de aparência do bom direito ("fumus boni juris") e que a conduta do devedor traduz perigo de frustrar a finalidade da medida ("periculum in mora"), conforme dispõe o art. 813, do CPC (...)” (Tribunal de Justiça do RJ, Nona Câmara Cível, Agravo de Instrumento nº 0008087-28.2009.8.19.0000 (2009.002.12496), Rel. Des. Roberto de Abreu e Silva, Julgamento em 06/04/2009).
DO PEDIDO
Diante do exposto, requer:
1. A concessão da liminar de arresto, inaudita altera pars (ou parte), determinando o arresto do veículo placa ..., ano , modelo, que encontra-se na posse do requerido, com a consequente expedição de ofício ao Detran para que se efetive o bloqueio do bem;
2. A citação do Requerido; 
3. A nomeação de depositário judicial;
4. A procedência do pedido, transformando a liminar acima requerida em definitiva ao final da ação; 
5. A intimação das testemunhas abaixo arroladas;
6. A condenação do requerido ao ônus da sucumbência. 
 
DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas admitidas em direito, especialmente a de caráter documental, testemunhal e depoimento pessoal do Requerido.
DO VALOR DA CAUSA
	
	Dá à causa o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais)
Nestes termos,
Pede deferimento,
Rio de Janeiro, ... de ........ de 2012.
____________________________
Nome do advogado – OAB/RJ nº ....
ROL de testemunhas
ARRESTO (MEDIDA CAUTELAR) e ARRESTO (EXECUÇÃO)
Também não se deve confundir a figura do ARRESTO no processo de execução, como previsto no
"CPC - Art. 653 - O oficial de justiça, não encontrando o devedor, ARRESTAR-LHE-Á tantos bens quantos bastem para garantir a execução".
que é MEDIDA INCIDENTAL de EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA CONTRA DEVEDOR SOLVENTE, e se faz no próprio de processo de execução, com o ARRESTO medida cautelar típica que se faz em procedimento apropri¬ado, em apartado, como medida preventiva.
CONCEITO 
O ARRESTO é uma medida cautelar típica prevista no artigo 813 e destina-se a assegurar a efetividade de uma execução contra devedor solvente, na medida em que retira bens da esfera de domínio do deve¬dor, impedindo-o de alienar ou desviar os referidos bens
É notório que a garantia do credor é o patrimônio do devedor.
Quando o devedor começa a dilapidar o patrimônio e com isto frustrar o crédito cio credor, é necessário a MEDIDA CAUTELAR DE ARRESTO para evitar o esvaziamento do patrimônio do devedor.
 A EXECUÇÂO POR DÍVIDA pressupõe a existência de um título executivo (divida certa), vencida e líquida. Portanto são três requisitos 
O legislador aceita para a MEDIDA CAUTELAR DE ARRESTO a ausência de um ou dois dos requisitos (divida vencida e líquida), exigindo, sempre que a dívida seja certa. 
Em síntese: o autor da MEDIDA CAUTELAR DE ARRESTO tem que provar que a dívida é, pelo menos, certa.
Para concessão do arresto é essencial:
Dívida certa: Prova-se atravésdo documento.
Dívida líquida: Só é necessária a prova para os títulos extrajudiciais.
Dívida vencida: Não é necessário provar.
Art. 814. Para a concessão do arresto é essencial.
II prova documental ou Justificação de algum dos casos mencionados no artigo antecedente
É preciso que o credor prove, ainda, perigo da demora ou "periculum in mora" para obter a MEDIDA CAUTELAR DE ARRESTO O perigo da demora está representando por qualquer uma das situações previstas no artigo 813, já estudado.
Como se faz a prova? De duas maneiras:
Juntada de documentos - se existirem, por exemplo, juntada de cópias de documentos comprovando a venda indiscriminada e prejudicial aos credores (por preço abaixo do valor de mercado). Poderá também juntar declarações de testemunhas, cartas, etc.
Justificação prévia - O artigo 814 abre espaço para que o credor/autor da ação possa provar o que alega, através de uma audiência chamada de JUSTIFICAÇÃO.
JUSTIFICAÇÃO PRÉVIA 
CPC - Art. 815. A justificação prévia, quando ao juiz parecer indispensável, far-se-á em segredo e de plano, reduzindo-se a termo o depoimento das testemunhas. 
O Juiz, se entender necessário, ou a requerimento da parte, designará audiência permitindo-se a prova oral (testemunhal) com vistas a que o credor/autor, posa provar suas alegações de que ocorre uma das circunstâncias previstas no artigo 813, do CPC.
DESNECESSIDADE DE JUSTIFICAÇÃO PRÉVIA 
O artigo 816 do CPC traz duas situações em que não há necessidade de JUSTIFICAÇÃO PRÉVIA porque, em tais casos, se o devedor/réu da ação, sofrer algum prejuízo por má fé do credor/autor da ação, poderá ressarcir-se do prejuízo, de modo que a lei acredita na boa fé do credor.
CPC - Art. 816. O juiz concederá o arresto independentemente de justificação prévia. 
I - quando for requerido pela União, Estado ou Município, nos casos previstos em lei, 
II - se o credor prestar caução (artigo 804) 
Mesmo nestes casos não se dispensa a PROVA LITERAL DA DÍVIDA e a DEMONSTRAÇÃO DO PERIGO DA DEMORA; o que se dispensa é a PROVA DA EXISTÊNCIA 00 PERIGO DA DEMORA de maneira induvidosa Assim, ainda que o credor (seja privado, com caução, ou seja, público, sem caução), demonstre a prova literal da dívida, mas se do contexto probatório não se extrair o perigo da demora, a MEDIDA CAUTELAR DE ARRESTO com certeza será indeferida, de vez que a medida cautelar em exame não serve para espírito emulativo.
COMPETÊNCIA 
Já foi dito que a competência, em matéria de medida cautelar, se faz por exercício de imaginação indagando-se QUAL SERÁ O JUIZ COMPETENTE PARA A AÇÃO PRINCIPAL?
Todavia, dado ao caráter emergencial da medida, tolera-se que a MEDIDA CAUTELAR DE ARRESTO seja ajuizada fora do juiz competente, desde que se respeite a competência absoluta. Leva-se em conta que a medida é sempre provisória de modo que se o Juiz a quem competir julgar a causa principal entender diferente, poderá modificar a decisão do Juiz que concedeu ou negou o ARRESTO.
Exemplo: Se um título é pagável em São Paulo, lá será o Foro competente para a execução. Todavia se o devedor reside em Belo Horizonte, lá tem seus bens e tenta aliená-Ios, poderá a MEDIDA CAUTELAR DE ARRESTO até para garantir a sua eficácia, ser ajuizada em Belo Horizonte.
LEGITIMIDADE 
ATIVA 
Está claro que a legitimidade para propor o ARRESTO é do credor, sendo ilegítimo se proposto por terceiros.
PASSIVA 
A legitimidade passiva é do devedor principal ou acessório (garantidor). Exemplo. Pode ser proposta a MEDIDA CAUTELAR DE ARRESTO em face ao locatário (devedor principal) e ao fiador (devedor acessório); contra um ou contra todos os devedores solidários, e assim por diante.
O QUE PODE SER ARRESTADO? 
A resposta é simples: TUDO O QUE PODE SER PENHORADO, PODE SER ARRESTADO. De fato: a MEDIDA CAUTELAR DE ARRESTO visa garantir a execução judicial do crédito; se assim é, visa garantir a eficácia da penho¬ra de bens do devedor para serem levados à leilão e pagar-se o credor.
De modo que tudo que pode ser penhorado, pode ser arrestado.
É o que nos diz.
CPC - Art. 821. Aplicam-se ao arresto as disposições referentes à penhora, não alteradas na presente Seção" 
Basta, então, consultar os artigos 649 e 650 do CPC para se verificar o que pode e o que não pode ser penhorado; tem-se aí, a resposta do que pode e do que não pode ser arrestado.
Diz o artigo 817 do CPC, que a sentença proferida na MEDIDA CAUTELAR DE ARRESTO não faz coisa julgada em relação à AÇÃO PRINCIPAL. É correto posto que os fundamentos e finalidade da cautelar e da principal são distintos. Veja:
Ação Medida Cautelar de Arresto Execução Ação Principal
Fundamento: Perigo da demora Inadimplemento do devedor
Finalidade: Garantir a execução Excutir bens do devedor para pagar o credor.
Deste modo, ainda que concedida a MEDIDA CAUTELAR DE ARRESTO não significa que será procedente a execução, pois o fundamento, a finalidade e os pressupostos são completamente diferentes.
Há uma exceção, é claro, se o Juiz reconhecer alguma causa impeditiva do direito do autor, como, por exemplo:
FIM DO ARRESTO 
CPC - Art. 818. Julgada procedente a ação principal, o arresto se resolve em penhora" 
Se a finalidade da MEDIDA CAUTELAR DE ARRESTO é assegurar a eficácia da execução futura, é natural que, concedido o ARRESTO, con¬verta-se ele em PENHORA quando então desaparece a medida cautelar.
A penhora poderá ser executada mesmo antes da sentença a ser proferida na MEDIDA CAUTELAR DE ARRESTO.
EXECUCÃO DO ARRESTO 
O DEPOSITÁRIO DOS BENS
A escolha do depositário dos bens é feita na forma do artigo 666 do CPC:
Se o credor não concordar em que fique como depositário o devedor, depositar-se-ão:
I - no Banco do Brasil, na Caixa Econômica Federal, ou em um ban¬co, de que o Estado-membro da União possua mais de metade do capital social integralizado, ou, em falta de tais estabelecimentos de crédito, ou agências suas no lugar, em qualquer estabelecimento de crédito, designado pelo juiz, as quantias em dinheiro, as pedras e os metais preciosos, bem como os papéis de crédito.
II - em poder do depositário judicial, os móveis e os imóveis urbanos;
IlI - em mãos de depositário particular, os demais bens, na forma prescrita na Subseção V deste Capítulo." 
A escolha do depositário é de suma importância no caso de MEDIDA CAUTELAR DE ARRESTO. A regra geral é que o bem, sendo móvel, fique em mãos do credor ou de um depositário particular (sob compromisso).
O requerido/devedor, não fica excluído do rol dos possíveis depositários, posto que passará, então, a ter os bens como depositário fiel, sujeito à pena de prisão pelo desaparecimento.
SUSPENSÃO DO ARRESTO 
CPC - Art. 819. Ficará suspensa a execução do arresto se o devedor I - tanto que intimado, pagar ou depositar em juízo a importância da dívida, mais os honorários de advogado que o juiz arbitrar, e custas, 
II - der fiador idôneo, ou prestar caução para garantir a dívida, hono¬rários do advogado do requerente e custas. 
No artigo 819 do CPC, encontramos algumas situações em que o devedor poderá EVITAR o ARRESTO DE SEUS BENS, desde que deposite o valor do seu débito à disposição do Juiz, preste uma caução (real) ou então apresentar fiador idôneo (fidejussória).
EXTINCÃO DO ARRESTO 
A MEDIDA CAUTELAR DE ARRESTO perderá sua finalidade ocorrendo a EXTINÇÃO DA DIVIDA ou o PAGAMENTO. Assim, o artigo 820 é ocioso e óbvio.
CPC - Art. 820. Cessa o arresto. 
l -pelo pagamento, 
II - pela novação, 
IlI - pela transação 
ARRESTO DE COISAS DE TERCEIROS 
Havendo o arresto de coisas de terceiros, o prejudicado, terceiro, poderá valer-se de um PROCEDIMENTO ESPECIAL chamado EMBARGOS DE TERCEIRO como está previsto no:
" CPC - Art. 1046 - Quem, não sendo parte no processo, sofrer turbação ou esbulho na posse de seus bens por ato de apreensão judicial, em casos como o de penhora, deposito, ARRESTO, SEQÜESTRO .... poderá requerer Ihes sejam manutendidos ou restituídos por meio de embargos."
ARRESTO DE BENS PERECÍVEIS 
Nada impede que seja feito arresto de bens perecíveis (alimentos, por exemplo.) Nestescasos, é claro, não se pode deixar o bem depositado por longo tempo, posto que perecerá.
Nestes casos, os bens arrestados deverão ser alienados judicialmente e o valor arrecadado ficará arrestado.
RECURSOS CABÍVEIS NO ARRESTO 
DA DECISÃO QUE CONCEDE ou NEGA A LIMINAR 
Não resta nenhuma dúvida que a decisão que concede ou que nega a liminar é uma DECISÃO INTERLOCUTÓRIA como está previsto no artigo 162, §2°, do CPC.
Como tal, decisão interlocutória deve ser atacada por meio de AGRAVO DE INSTRUMENTO de modo que:
SENDO A LIMINAR NEGADA - poderá o autor/credor, apresentar o AGRAVO DE INSTRUMENTO para que o Tribunal reforme a decisão concedendo a liminar. O prazo é de dez dias contados da ciência da decisão que negou a liminar;
SENDO A LIMINAR CONCEDIDA - neste caso, ao ser intimado para cumprir a decisão (liminar), o réu/devedor poderá, também, apresentar AGRAVO DE INSTRUMENTO.
DA DECISÃO DEFINITIVA NA CAUTELAR 
Diz o artigo:
"CPC - Art. 817 - Ressalvado o disposto no art. 810, a sentença proferida no arresto". 
Ora, se é sentença, o recurso será o de APELAÇÃO. Todavia é preciso observar que se a MEDIDA CAUTELAR DE ARRESTO for apresentada no Tribunal, este, o Tribunal, proferirá um ACÓRDÃO do qual não caberá APELAÇÃO.
O Prof. YUSSEF SAID CAHALI (in Dos Alimentos, São Paulo, Editora dos Tribunais, 1984), diz: “A execução da sentença condenatória de prestação alimentícia é uma execução por quantia certa, a que, em razão do crédito e das peculiaridades das prestações a eles relativas, tem o seu procedimento comum adicionado de algumas regras tendente a tornar mais pronta a execução da obrigação”.
http://pedroluso.blogspot.com/2008/12/ao-de-execuo-por-dvida-de-alimentos.html
ARRESTO. LIMINAR. INDEFERIMENTO. O arresto tem natureza cautelar, cuja finalidade é garantir a eficácia de futura execução por quantia certa. A concessão de liminar na forma do art. 814, do CPC, "initio litis", pressupõe a demonstração de aparência do bom direito("fumus boni juris") e que a conduta do devedor traduz perigo de frustrar a finalidade da medida ("periculum in mora"), conforme dispõe o art. 813, do CPC, elementos esses não evidenciados a "prima facie" no caso "sub judice". CONVERSÃO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RETIDO.
CAUTELAR DE ARRESTO OBJETIVANDO O BLOQUEIO DOS BENS ATÉ A CONVERSÃO EM DIVÓRCIO DA SEPARAÇÃO DO CASAL COM O FIM DE SALVAGUARDAR A MEAÇÃO. SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA DA AÇÃO. APELAÇÃO DO RÉU. 1. A ação tratada nos autos é cautelar. Tutela da espécie visa um conjunto de medidas de ordem processual que têm por fim garantir o resultado final do processo de conhecimento ou do processo de execução. Embora vise, precipuamente, garantir o êxito conclusivo do chamado processo principal, o seu resultado não se limita ao processo, estendendo-se à pretensão que dele é objeto. 2. Daí dizer, o art. 798 do CPC, que cabe medida cautelar quando houver fundado receio de que seja causado ao direito de uma das partes "lesão grave e de difícil reparação". 3. Tem, contudo, a jurisdição cautelar, natureza especial e caracteres próprios, havendo no processo cautelar, uma pretensão a ser atendida, no todo ou em parte, antecipadamente, para evitar que se frustre o resultado do processo, de que a pretensão é objeto, em conseqüência da demora do julgamento ou da execução. 4. Assim, correta a sentença que, diferente do que disse o réu apelante, não se imiscuiu no julgamento da ação dita principal (de conversão de Separação Judicial em Divórcio com a partilha de bens), apenas registrou que quando aquela ação (a principal) for julgada, por certo fará a divisão dos bens que a cautelar pretendeu resguardar, considerando que é requisito da cautelar a proposição da ação principal, que no caso foi proposta. 5. Por outro turno, não enseja a intimação da parte contrária para a apreciação da medida liminar pleiteada, visto que se trata de decisão que se justifica com a presença do "fumus boni iuris" e do "periculum in mora", que as medidas cautelares visam proteger, para garantia de outro processo, diante do fundado receio de que seja causado ao direito do recorrente lesão grave e de difícil reparação, percebem-se desenhados com traços nítidos, na hipótese, observada a jurisprudência deste Tribunal de Justiça. 6. Quanto à manifestação do Ministério Público nos autos, o seu desinteresse no feito ficou notório quando o representante do "parquet" disse que não tinha necessidade da sua intervenção por tratar-se de matéria patrimonial. 7. Apelo a que nego seguimento (art. 557, "caput", do CPC).
(Tribunal de Justiça do RJ, Apelação Cível nº 0001489-80.2005.8.19.0038, rel. Des. MIGUEL ANGELO BARROS - Julgamento: 23/03/2010 - DECIMA SEXTA CAMARA CIVEL )
Com efeito, para a concessão do arresto – medida cautelar que busca garantir futura execução por quantia certa – necessário que se façam presentes os requisitos elencados no artigo 814 do Código de Processo Civil.
Este dispositivo reclama prova literal da dívida líquida e certa e a prova documental ou justificação de alguns dos casos referidos no artigo 813 do estatuto processual civil, os quais, em última análise, correspondem ao fumus boni iuris e ao periculum in mora.
Conforme se depreende do presente instrumento, da narrativa da exordial da ação cautelar ajuizada, a parte agravada fulcrou a pretensão de bloqueio no argumento de que a ré busca frustrar o recebimento do crédito.
Entretanto, não há qualquer prova nos autos, ao menos em cognição sumária, da possibilidade de a parte agravada não ter condições de arcar com eventual condenação, ou mesmo de que esteja praticando atos com o intuito de adimplir a obrigação.
Não restou comprovada, pois, a tentativa de frustrar o pagamento, sobre crédito que sequer foi constituído, nem sequer configurou-se a possibilidade de eventual tentativa de frustrar o direito do credor. Aliás, sequer há prova literal da dívida líquida e certa.
O periculum in mora encontra-se presente, ante o indício de dissolução da sociedade, bem como a alienação dos bens de propriedade da mesma, conforme declaração contida no documento de fl. 135, aliado ao comunicado de fls. 28/29, não impugnado de forma específica pelo agravante, uma vez que o mesmo contesta as anotações de fls. 37/39 e o documento de fls. 132/133, estando preenchidos, portanto, o regramento contido nos artigos 813, inciso II, alínea “b” e 814, inciso II da Lei Processual. Também demonstrado o fumus boni iuris consistente na prova literal de dívida líquida e certa.
Consoante muito bem analisado pelo julgador de origem, não existem nos autos elementos suficientes a conferir a verossimilhança das alegações vertidas pelo autor, pressuposto indispensável para a concessão da medida liminar acautelatória.
É bem verdade que o agravante acostou prova literal da dívida líquida e certa, mediante a juntada de cópia dos autos da execução de título extrajudicial ajuizada contra a ora agravada amparada em três cheques devolvidos por insuficiência de fundos. 
Todavia, entendo como correta a decisão ora vergastada, uma vez que inexistem elementos suficientes ao atendimento dos rígidos requisitos previstos no art. 813 do CPC, modo a autorizar o cumprimento de ato constritivo.
Veja-se que todas as demais alegações da agravante – de que as atividades no estabelecimento comercial da agravada teriam sido encerradas ou de que ele estaria tentando frustrar o prosseguimento do feito executivo – vieram destituídas de provas, não bastando para isso a certidão do Oficial de Justiça de que o prédio referente ao endereço fornecido pelo credor estaria desocupado. 
Impende ressaltar que, em juízo de cognição sumária, deve o julgador valer-se de elementos mínimos indispensáveis para o acolhimento da medida antecipatória dos efeitos da tutela, dos quais não se tem, por ora, notícia nos autos.
Mantenho a decisão agravada.
Primeiramente, cumpre ressaltar tratar-se o arresto de medida cautelar que, como as demais desta espécie, possui características singulares e próprias.
Nos procedimentos cautelares, cuja pretensão é manifestamente assecuratória,a existência dos pressupostos essenciais (periculum in mora e fumus boni juris) é suficiente para o deferimento da cautela.
A análise mais aprofundada da matéria é relegada para a ação principal, onde o mérito será discutido. 
Nesse sentido, precedente constante na Revista dos Tribunais 603/203: 
“Esses requisitos se provam mediante summaria cognitio, ao passo que na ação de mérito a cognição é plena: No processo principal cuida-se do bem; no cautelar, da segurança. Por isso, o programa do processo principal concentra seu objetivo na ambiciosa fórmula da busca da verdade, enquanto o da cautelar se contenta com o desígnio, mais modesto, da busca da probabilidade. Assim, têm – processo principal e processo cautelar – campos de instrução distintos e inconfundíveis.”
No presente caso, há evidências que justificam o deferimento da medida.
A dívida, decorrente de contrato de compra e venda de fumo, está fundada em nota promissória, no valor de R$42.866,47, vencida em 10/03/2001 e impaga.
A autora juntou documentos comprovando a negociação desde 2009 (fls. 45/49) e declaração de cobrador agrícola dando conta de que os réus estariam desviando quantidades da produção (fl. 44).
Por outro lado, a medida deferida na origem resguarda 50% da produção, não se antevendo prejuízo irreparável à subsistência dos réus.
De qualquer sorte, cabe o registro de que o arresto incidiu sobre o próprio objeto do contrato, não se cogitando de impenhorabilidade.
Por fim, se na instrução do feito sobrevierem outros fatos que levem a entendimento contrário, ou que revelem a impropriedade da tutela deferida, caberá a revogação da liminar.
AÇÃO CAUTELAR DE ARRESTO. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS AUTORIZADORES. A ausência de elementos, nos autos, indicando conduta do devedor expressa no perigo de frustrar a execução, desautoriza o deferimento da medida cautelar. A existência de títulos protestados e de ações propostas no nome da ré apenas atestam seu momento de dificuldade financeira, mas não significam necessariamente que seu patrimônio não seja capaz de fazer frente às suas obrigações, ou que tenha praticado atos tentados a frustrar a execução. Ao final da instrução probatória desta ação cautelar de arresto, não foram produzidos elementos de prova suficientes para imposição de gravame tão sério. Não estão presentes também quaisquer das outras hipóteses previstas no artigo 813 do CPC, pois a apelada tem domicílio certo e não tem provas de que tentou alienar bens, para frustrar a execução. Afasta-se, destarte, a possibilidade de arresto, que não poderia ser concedido nem mesmo com base no poder geral de cautela, visto que não há provas de que a apelada esteja efetivamente insolvente e tentando frustrar a execução. Sentença que se confirma. Nega-se provimento à apelação. 
AÇÃO CAUTELAR DE ARRESTO - REQUISITOS - O arresto é medida cautelar de individualização e apreensão de bens a fim de que sobre eles incida futura execução, visando garantir a efetividade da tutela satisfativa, mediante averiguação superficial e provisória da probabilidade do direito do requerente e da possibilidade de ocorrência de dano de difícil reparação. No particular, o agravado alega que patrocinou interesse do agravante em ação judicial e arcou com o pagamento das custas processuais. Presença dos requisitos autorizadores da medida que visa garantir a eficácia de futura ação de cobrança. Negado seguimento ao recurso.
AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO EXTRAJUDICIAL. ARRESTO. A PRETENSÃO POSSUI CLARA NATUREZA DE MEDIDA CAUTELAR, SENDO QUE DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA ADOTAM INTERPRETAÇÃO SISTEMÁTICA DA LEI PARA QUE SE POSSIBILITE TAL REQUERIMENTO NOS PRÓPRIOS AUTOS DE EXECUÇÃO, COMO NO CASO. O ALCANCE DA MEDIDA CAUTELAR É A UTILIDADE DA PRESTAÇÃO JURISDICIONAL DE COGNIÇÃO, OU SEJA, O JULGAMENTO DO MÉRITO DO PEDIDO CAUTELAR QUE RESIDE NA APRECIAÇÃO PERFUNCTÓRIA DO FUMUS BONI IURIS E NO PERICULUM IN MORA, SEM EXAME DO DIREITO MATERIAL EM DISCUSSÃO DA CAUSA PRINCIPAL. EXIGE-SE, PORTANTO, PARA O DEFERIMENTO LIMINAR, SEM OUVIR A OUTRA PARTE, QUE SEJA COMPROVADA DE PLANO A VEROSSIMILHANÇA DA ALEGAÇÃO. COMO SE VERIFICA DOS AUTOS, A PRETENSÃO DO AGRAVANTE AMPARA-SE NOS PRESSUPOSTOS NECESSÁRIOS À CONCESSÃO DA MEDIDA, REPRESENTADOS PELO PERIGO DA INSUFICIÊNCIA PATRIMONIAL DO AGRAVADO E PELA EXISTÊNCIA DE CRÉDITO EXECUTÁVEL, VALE DIZER, LÍQUIDO E CERTO. RECURSO PROVIDO.
OUTRA DECISÃO SOBRE ESSA DISCUSSÃO:
2. Art. 653 do CPC. Divergência doutrinária e jurisprudencial quanto à natureza do arresto no curso de ação de execução. Entendimento que prevalece neste Tribunal de Justiça reconhecendo-se a natureza de ato de apreensão provisória de bens do executado. Ato executivo, destinado a transformar-se em penhora, que não se confunde com medida de natureza cautelar. 
Agravo interno no agravo de instrumento. Medida cautelar de arresto. Decisão que deferiu a medida pleiteada por verificar presentes os requisitos da liminar, o periculum in mora e o fumus bonni iuris, por se tratar de provimento reversível que se mostra razoável, e à luz da prova documental apresentada, determinou o bloqueio dos recursos financeiros do réu. Prova suficiente, havendo plausibilidade do direito invocado para satisfação do convencimento do Magistrado de primeiro grau. Somente a existência de prova inequívoca ostenta o condão de autorizar o provimento liminar. Decisão do relator que não se mostra teratológica, contrária à lei ou à prova dos autos, não merecendo qualquer reforma, lastreada em jurisprudência pacífica da Corte Estadual e da Corte Nacional. Improvimento do recurso.

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