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Fisioterapia no Puerpério Imediato

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O período puerperal acontece após a expulsão da 
placenta e prolonga por 6 a 8 semanas. 
As funções do puerpério são recuperação da mucosa 
uterina e vaginal e involução do útero. 
O período se divide em: 
 Pós-parto imediato – do 1º ao 10º dia; 
 Pós-parto tardio – do 11º ao 45º dia; 
 Pós-parto remoto – além dos 45º dia. 
Modificações do puerpério 
Útero: após o secundamento, o útero se retrai para 
abaixo da cicatriz umbilical e pesa 1000g. 
A involução do útero ocorre no fim da primeira 
semana, em torno de 500g; na segunda semana 350g; 
na sexta semana 80g e na oitava semana 60g. 
No primeiro dia involui de 12 a 15cm da sínfise púbica; 
no quinto dia de 7 a 10cm da sínfise púbica e no 
decimo dia abaixo do estreito superior. 
Endométrio: 
 Sítio placentário – o sangramento é debelado 
pela retração e contração miometrial; 
 No 15º dia reduz sua espessura em 34%; no 
trigésimo dia a espessura fica normal; 
 Lóquios; 
 Menstruação. 
Genitália externa e vagina: 
 Estado congestivo e edematoso; 
 Regride nas primeiras 48h. 
Assoalho pélvico: 
 Edema; 
 Contusões; 
 Laceração e rompimento de fibras musculares; 
 Dano neurológico. 
Parede abdominal: 
 Flacidez abdominal e diástase abdominal; 
Aparelho urinário: 
 Edema e hiperemia da mucosa vesical; 
 Sangramento submucoso; 
 Hiperdistensão vesical; 
 Aumento da urina residual. 
Aparelho cardiovascular: 
 Grande perda sanguínea; 
 Aumento da PA; 
 Diminui a pressão venosa nos MMII. 
Sistema hematológico: 
 Leucocitose; 
 Hipercoagulabilidade. 
Aparelho digestivo: 
 Aumenta o timpanismo; 
 Diminui peristaltismo. 
Manifestações gerais: 
 FC; 
 PA; 
 Temperatura. 
Função respiratória: 
 Retorna ao normal entre a 6ª e 8ª semana de 
pós-parto. 
Perda de peso: 
 Perda de peso logo após o parto entre 5 a 6kg; 
 No pós-parto de 2 a 5kg; 
 Puérpera perde normalmente de 500 a 1000g de 
peso por mês. 
Cuidados no pós-parto 
Dados vitais: 
 FC; 
 PA; 
 FR; 
 Temperatura; 
 Volume urinado. 
Sangramento vaginal: 
 Persistência de lóquios sanguíneos além do 5º 
dia após o parto; 
 Retenção placentária, hipotonia ou atonia 
uterina. 
Inspeção da ferida cirúrgica: 
 Edema; 
 Hematoma; 
 Infecção; 
 Cicatrização adequada. 
Dieta: 
 Mães em lactação devem ingerir 1800cal/dia; 
 Evitar dieta de emagrecimento. 
COMPLICAÇÕES PÓS-PARTO 
Hemorragia pós-parto: 
 HPP imediata – ocorre nas primeiras 24h; 
 HPP tardia – após 24h; 
 Incidência de 1 a 2%. 
Causas uterinas: 
 Hipotonia ou atonia uterina; 
 Retenção placentária; 
 Placentação anômala; 
 Lacerações e ruptura uterina. 
Causas não uterinas: 
 Lacerações do trato genital inferior; 
 Coagulopatias; 
 Hematomas. 
Endometrite: 
 Taquicardia; 
 Mal-estar; 
 Febre; 
 Dor à mobilização uterina; 
 Secreção vaginal fétida e purulenta. 
Infecção da episiotomia: 
 Dor local; 
 Presença de secreção purulenta. 
Distúrbios emocionais: 
 Melancolia da maternidade – afeta 50 a 80% 
das mães; resolvida no final da segunda semana; 
surtos de choro e irritabilidade e labilidade 
afetiva e de humor. 
 Depressão pós-parto – atinge de 7 a 10% das 
mães; distúrbios de sono; agitação psicomotora; 
choro fácil; cansaço extremo; ansiedade intensa; 
agorofobia; intenção ou plano de suicídio. 
 Psicose pós-parto – afeta 1 a 2 mães por 1000 
nascimentos; não sabe diferenciar real do irreal; 
pico dos sintomas entre o 10º e 14º dia do pós-
parto. 
Atuação da fisioterapia no puerpério imediato 
Avaliação fisioterapêutica: 
 Verificação dos dados vitais (FC; FR; PA); 
 Exame físico. 
Aparelho respiratório: 
 Tipo de respiração; 
 Mobilidade diafragmática; 
 Expansibilidade diafragmática. 
Mamas: 
 Simetria; 
 Condição mamilar; 
 Presença de colostro. 
Abdome: 
 Involução uterina; 
 Timpanismo abdominal; 
 Diástase abdominal. 
MMII: 
 Trombos; 
 Edemas. 
Intervenção fisioterapêutica 
Reeducação respiratória: 
 Respiração diafragmática; 
 Alongamento diafragmático. 
Estímulo do aparelho circulatório: 
 Exercícios que favoreçam o retorno venoso; 
 Incentivo à deambulação. 
Estímulo ao funcionamento do intestino: 
 Exercícios de mobilização pélvica; 
 Massagem abdominal; 
 Estímulo à deambulação; 
 Posicionamento adequado. 
Estímulo à contração abdominal: 
 Propriocepção abdominal; 
 Contração isométrica. 
Estímulo a contração do períneo: 
 Propriocepção da contração do períneo; 
 Exercícios de contração do períneo em DD. 
Alívio da dor na cicatriz da episiotomia: 
 Crioterapia; 
 Higienização adequada; 
 Exercícios para o períneo. 
Orientando o posicionamento: 
 Levantar em bloco; 
 Posicionamento para evitar acumulo de gases; 
 Posicionamento adequado para a amamentação 
e manuseio do bebê. 
Fisioterapia nas pacientes submetidas a cesariana 
Possíveis riscos: 
 Pneumonia; 
 Dor e desconforto pós-cirurgicos; 
 Risco de complicações cardiovasculares; 
 Desenvolvimento de aderências no local da 
incisão; 
 Postura inadequada; 
 Disfunção do assoalho pélvico; 
 Fraqueza abdominal. 
Metas gerais de tratamento: 
 Melhorar a função pulmonar e diminuir o risco 
de pneumonia; 
 Diminuição da dor na incisão associada a tosse, 
movimento ou amamentação; 
 Prevenir complicações vasculares pós-cirúrgicas; 
 Melhorar a circulação na incisão para evitar 
formação de adesões; 
 Diminuir o desconforto pós-cirúrgico. 
Metas gerais de tratamento: 
 Corrigir a postura; 
 Orientar AVDs; 
 Evitar disfunção ao assoalho pélvico; 
 Desenvolver força abdominal.

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