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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR DA 1ª VICE-PRESIDÊNCIA DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
MARIA MARTINS, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portadora da carteira de identidade nº ..., inscrita no CPF/MF sob o nº ..., residente e domiciliada no (endereço) ... data venia, inconformada com a respeitável decisão de fls. ... , da lavra do eminente Juiz de Direito da 2ª Vara Cível da Comarca de São João de Meriti, proferida nos autos da AÇÃO DE RESPONSABILIDADE CIVIL de rito sumário que move em face de TRANSPORTES COLETIVOS LTDA, inscrito no CNPJ sob o nº ....., estabelecido no endereço .... vem, por seu advogado infra-assinado, com endereço profissional na rua ... (art. 524, III, do CPC), com fundamento no art. 524 e segs. do CPC, dela interpor recurso de
AGRAVO DE INSTRUMENTO
a fim de ver anulada a decisão atacada, apresentando, para tanto, as razões em anexo.
DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
Inicialmente, informa o Autor que não possui recursos financeiros para arcar com as custas do processo e honorários advocatícios sem prejuízo do próprio sustento e de sua família, razão pela, nos termos do art. 4º da Lei nº 1.060/50, com a redação dada pela Lei nº 7.510/86, faz jus à gratuidade de justiça.
DOS INSTRUMENTOS ESSENCIAIS À FORMAÇÃO DO INSTRUMENTO
Informa a agravante que, atendendo ao disposto no art. 525 do CPC, anexou os documentos abaixo relacionados para a devida formação do instrumento.
1. Cópia da decisão agravada.
2. Cópia da certidão da intimação da decisão agravada.
3. Cópia da procuração outorgada aos advogados do agravante e do agravado.
4. Cópia da petição inicial.
5. Cópia da guia de pagamento ou número do registro de pagamento.
6. Cópia (demais peças necessárias).
Diante do exposto, requer a Vossa Excelência que se digne em receber e processar o presente recurso nos efeitos devolutivo e suspensivo, distribuindo o presente a uma das Colendas Câmaras deste Egrégio Tribunal.
Termos em que espera deferimento.
Rio de Janeiro, ... de ........ de 2012.
____________________________
Nome do advogado – OAB/RJ nº ....
RAZÕES DE AGRAVO
Ação: AÇÃO DE RESPONSABILIDADE CIVIL 
Agravante: MARIA MARTINS
Agravado: TRANSPORTES COLETIVOS LTDA
COLENDA CÂMARA, EGRÉGIO TRIBUNAL
Merece anulação a decisão atacada, posto que proferida em desrespeito à norma de procedimento, provocando prejuízo à parte e dando ensejo, como se verá, à declaração de nulidade do decisum. 
DA TEMPESTIVIDADE
A sentença foi publicada no D.O. em .....
Tendo em vista que o termo inicial da contagem do prazo recursal de 10 (dez) dias foi o dia ....., verifica-se que o agravo de instrumento ora intentado é tempestivo, em conformidade com o que preceituam os artigos 184 e 522, todos do CPC, quanto à contagem e prazo.
DOS FATOS
Trata-se de agravo de instrumento interposto contra a decisão do Juiz de primeiro grau que julgou procedente a exceção de competência aforada pela agravada, sem conferir oportunidade para as manifestações do excepto, ora agravante.
Permissa venia, a r. decisão proferida divergiu das regras processuais estabelecidas pela Lei 5.869/73 (Código de Processo Civil), merecendo, pois, ser anulada, pelas razões expostas a seguir:
DOS FUNDAMENTOS
DA COMPETÊNCIA DO JUÍZO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO JOÃO DE MERITI
Em se tratando de competência relativa, a escolha do foro é opção da parte autora, podendo se dar no lugar de seu domicílio ou naquele onde ocorreu o acidente, segundo preceitua o art. 100, parágrafo único, do Código de Processo Civil. 
No caso em apreço, a agravada opôs exceção de incompetência com fulcro no artigo 100, inciso IV, alínea “a”, do Código de Processo Civil, a qual foi admitida pelo juízo a quo.
Ocorre que, de acordo com jurisprudência consolidada, inclusive no âmbito do Superior Tribunal de Justiça, em se tratando de ação que objetiva a reparação de danos, ainda que ajuizada em desfavor de pessoa jurídica, aplica-se a regra específica contida no art. 100, V, “a”, do Código de Processo Civil, que estabelece a competência do foro do lugar do ato ou do fato. 
E o lugar do ato ou fato, no caso em tela, deve ser entendido como o lugar onde ocorreu o acidente de trânsito, qual seja o município de São João de Meriti (fls. ...), o qual é, também, o foro do domicílio da autora.
PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. DANOS MORAIS E MATERIAIS. COMPETÊNCIA. NORMA DE CARÁTER ESPECÍFICO, ART. 100, V, "a", QUE PREVALECE SOBRE A GENÉRICA, ARTS. 94 E 100, IV, "a". LUGAR DO ATO OU FATO. 1. A ação indenizatória por danos morais e materiais tem por foro o local onde ocorreu o ato ou o fato, ainda que a demandada seja pessoa jurídica, com sede em outro lugar. Precedentes. 2. Prevalência da regra específica do art. 100, inc. V, letra "a", do CPC, sobre as normas genéricas dos artigos 94 e 100, IV, "a", do mesmo diploma. 3. Recurso não conhecido. (REsp 533.556/SP, Rel. Ministro JORGE SCARTEZZINI, QUARTA TURMA, julgado em 02.12.2004, DJ 17.12.2004 p. 556)		(destaque nosso)
Por conseguinte, a r. decisão interlocutória proferida às fls... na ação de reparação civil ajuizada pela agravante, concessa maxima venia, equivocou-se ao acolher a exceção de incompetência oposta pelo agravado.
DA VIOLAÇÃO AO PROCEDIMENTO DO ARTIGO 308 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
Dos documentos constantes dos autos e da narrativa fática consignada no presente recurso, verifica-se que o ilustre magistrado da 2ª Vara Cível da Comarca de São João de Meriti, na medida em que declinou incontinenti da competência em favor do juízo indicado e determinou a remessa dos autos à Comarca de Duque de Caxias sem dar azo para as manifestações do excepto, ora agravante, incorreu em grave violação às normas procedimentais estabelecidas pela legislação processual, haja vista seu artigo 308 estabelecer que, uma vez arguida a incompetência pelo excipiente e “conclusos os autos, o juiz mandará processar a exceção, ouvindo o excepto dentro em 10 (dez) dias e decidindo em igual prazo.” 
Desta feita, ressai incontroverso que, porquanto tenha incorrido em error in procedendo a r. decisão interlocutória proferida, merece ela ser anulada por este Egrégio Tribunal.
DA VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS DO DEVIDO PROCESSO LEGAL, DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADITÓRIO (ARTIGO 5º, INCISOS LIV e LV, CONSTITUIÇÃO FEDERAL) 
O devido processo legal, positivado no inciso LIV do artigo 5º da Constituição Federal de 1988, significa o conjunto de garantias de ordem constitucional, que garante às partes a plena defesa de seus interesses por assegurarem do exercício de suas faculdades e poderes de natureza processual.
Implica, pois, na observância das formas da lei para a tramitação das causas em juízo e dos princípios da ampla defesa e do contraditório (CF, art. 5º, inciso LV).
Condescendendo com os preceitos expostos, Humberto Theodoro Júnior  instrui:[1: THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil – Teoria Geral do Direito Processual Civil e Processo de Conhecimento. 48ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2008. p.29. in Reformas Processuais no Estado Democrático de Direito: conflito entre princípio e eficácia 	da tutela jurisdicional < http://www.valladao.com.br/reformas-processuais-no-estado-democratico-de-direito-brasileiro-conflito-entre-principios-e-eficacia-da-tutela-jurisdicional/ > Acesso em 28 mai. 2012.]
“A justa composição da lide só pode ser alcançada quando prestada a tutela jurisdicional dentro das normas processuais traçadas pelo Direito Processual Civil, das quais não é dado ao Estado declinar perante nenhuma causa (Constituição Federal, art. 5.º, incs., LIV e LV).
Não é por outro motivo que se faz, modernamente, uma assimilação da idéia de devido processo legal à de processo justo.
Outrossim, a Carta Magna, em seu artigo 5º, inciso LV, assegura a todos os “litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes”.
A ampla defesa, umbilicalmente atrelada à possibilidade de utilização de todosos meios defensivos possíveis, é uma consequência do princípio do contraditório. 
Assim sendo, como acertadamente destaca a doutrina de Marcos Destefenni: [2: DESTEFENNI, Marcos, Curso de processo civil, v. 1, p. 20. in O devido processo legal no Estado Democrático de Direito. Disponível em: <http://www.artigonal.com/doutrina-artigos/o-devido-processo-legal-no-estado-democratico-de-direito-2059165.html> Acesso em 28 mai. 2012.]
“a melhor forma de garantir às partes essa ampla defesa é por meio do respeito ao contraditório, pois esse princípio é que vai garantir a dialeticidade da relação processual, de forma que tanto o autor quanto o réu possam ser ouvidos antes de qualquer decisão acerca de suas diferentes e opostas pretensões”.
Por seu turno, o princípio do contraditório consubstancia a perfeita combinação entre o princípio da ampla defesa e o princípio da igualdade das partes, de forma que os envolvidos nos pólos ativo e passivo devem ser postos em posição de expor ao juiz as suas razões antes que ele profira a decisão. Vale dizer, as partes devem poder desenvolver suas defesas de maneira plena e sem limitações arbitrárias, qualquer disposição legal que contraste com essa regra deve ser considerada inconstitucional e por isso inválida.
Assim, contraditório significa poder deduzir ação em juízo, alegar e provar fatos constitutivos de seu direito e, quanto ao réu, ser informado sobre a existência e conteúdo do processo e fazer-se ouvir.
É consectário lógico das exposições retro aduzidas que a r. decisão atacada, embora proferida por ilustre julgador, incorreu em afronta a princípios processuais constitucionalmente tutelados, fato a ratificar sua anulação.
DO EFEITO SUSPENSIVO 
Consoante se verifica nos documentos que instruem o presente agravo, com a oposição da exceção de incompetência, o ilustre julgador a quo declinou incontinenti da competência em favor do juízo indicado, determinando a remessa dos autos à Comarca de Duque de Caxias.
Destarte, impõe-se que, no caso sub examine, o recurso ora interposto seja dotado não apenas do efeito devolutivo mas, também, do efeito suspensivo, amparado no art. 527, III, 1ª parte c/c 558, caput, CPC, com vistas a impossibilitar a remessa dos autos para Caxias, haja vista o juízo da 2ª Vara Cível da Comarca de São João de Meriti não ser incompetente para o julgamento da ação de responsabilidade civil proposta, segundo as regras de competência do Código de Processo Civil. 
DO PEDIDO
	Diante do exposto, requer a V. Exª(s):
1. Conheça do recurso, atribuindo-lhe efeito suspensivo e dê-lhe provimento para anular a decisão proferida pelo Juízo a quo, no sentido do prosseguimento do feito perante o Juízo de Direito da 2ª Vara Cível da Comarca de São João de Meriti;
2. A intimação da agravada para, querendo, oferecer suas contra-razões;
3. A condenação da agravada aos ônus sucumbenciais.
Termos em que espera deferimento.
Rio de Janeiro, ... de ........ de 2012.
____________________________
Nome do advogado – OAB/RJ nº ....

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