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Direito De Integração União Européia E Mercosul

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UNIÃO EUROPÉIA
Na Europa alguns países como Alemanha, Bélgica, França, Itália, Luxemburgo e Países Baixos de economia mais forte, sentiram a necessidade de forma um bloco econômico que pudesse ter força político-econômica junto a outros países de economia mais fraca na Europa e com outros blocos econômicos continentais. A União Europeia, no início era conhecida como Comunidade Econômica Europeia, possui uma organização internacional constituída atualmente por 25 Estados-Membros, estabelecida com este nome pelo Tratado da União Europeia (normalmente conhecido como Tratado de Maastricht) em 1992, mas muitos aspectos desta união já existiam desde a década de 1950. A União possui três sedes sendo uma em Bruxelas, outra em Luxemburgo e Estrasburgo.
A União Europeia quando foi constituída possui alguns objetivos, mas os que são considerados os mais importantes são a criação de um mercado único europeu com a finalidade de ter uma união aduaneira, uma moeda única (já adotada por 12 dos 25 Estados membros) e fortes políticas agrícolas, de pesca, comercial e de transportes comuns. Dentro da União Europeia existe um trabalho de importância relevante as áreas de atividades judiciais e de defesa dos Estados Membros.
Alguns tratados a seguir de forma cronológica formaram a conhecida União Européia. O Tratado de Paris (1951), estabelecendo a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, e o Tratado de Roma (1957), instituindo a Comunidade Econômica Europeia e a Comunidade Europeia da Energia Atômica ou Euratom, foram assinados por seis membros fundadores: Alemanha, Bélgica, França, Itália, Luxemburgo e Países Baixos. Depois disto, a UE levou a cabo cinco alargamentos sucessivos: em 1973 Dinamarca, Irlanda e Reino Unido; em 1981 Grécia; em 1986 Espanha e Portugal; em 1995 Áustria, Finlândia e Suécia; a 1 de Maio de 2004, República Checa, Chipre, Eslováquia, Eslovênia, Estônia, Hungria, Letônia, Lituânia, Malta e Polônia.
Em 1972 e 1994, a Noruega assinou também tratados de adesão à União Europeia. No entanto, nas duas ocasiões, através de referendos, a população norueguesa rejeitou a adesão do seu país. A Croácia, Bulgária, Romênia e Turquia são candidatos à adesão à UE. A Bulgária e a Romênia têm adesão marcada para 2007.
As negociações com a Turquia e a Croácia ainda não se iniciaram formalmente e portanto ainda não há uma data de adesão definida.
O QUE É A UNIÃO EUROPÉIA?
A UE (União Europeia) é um bloco econômico, político e social de 15 países europeus que participam de um projeto de integração política e econômica. Os países integrantes são: Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, Grã-Bretanha, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Holanda, Portugal e Suécia. Estes países são politicamente democráticos, com um Estado de Direito.
A União Europeia conta com instituições básicas como o Parlamento, Comissão, Conselho e o Tribunal de Justiça. Todos estes órgãos possuem representantes de todos os países membros.
 A MOEDA ÚNICA: O EURO
Com o propósito de unificação monetária e facilitação do comércio entre os países membros, a União Europeia adaptou uma única moeda. A partir de Janeiro de 2002, os países membros (exceção da Grã-Bretanha) adaptaram ao euro para livre circulação na chamada zona do euro.
OBJETIVOS DA UNIÃO EUROPÉIA
•	Promover a unidade política e econômica da Europa; 
•	Melhorar as condições de vida e de trabalho dos cidadãos europeus; 
•	Melhorar as condições de livre comércio entre os países membros; 
•	Reduzir as desigualdades sociais e econômicas entre as regiões; 
•	Fomentar o desenvolvimento econômico dos países em fase de crescimento; 
•	Proporcionar um ambiente de paz, harmonia e equilíbrio na Europa. 
 HISTÓRICO
O século XX foi tragicamente marcado pela ascensão e posteriormente pela queda das ideologias totalitárias. Nas vésperas do terceiro milênio, a união voluntária dos povos europeus continua a ser o único grande esforço coletivo inspirado por um ideal que consiste em superar os conflitos do passado e em preparar o futuro conjuntamente. Afirma-se atualmente como a única resposta credível face aos riscos e às oportunidades criados pela globalização crescente da economia mundial.
Como qualquer história, a da União Europeia teve os seus momentos fortes e as suas datas simbólicas. Sete delas merecem ser recordadas, já que contribuíram para a construção da Europa em que vivemos e são igualmente essenciais para o futuro do nosso continente.
	9 De Maio de 1950: nasceu a Europa
Na Primavera de 1950, a Europa encontra-se à beira do abismo. A Guerra-fria faz pesar a ameaça de um conflito entre as partes Leste e Oeste do continente. Cinco anos após o termo da Segunda Guerra Mundial, os antigos adversários estão longe da reconciliação.
Como evitar repetir os erros do passado e criar condições para uma paz duradoura entre inimigos tão recentes? O problema fulcral reside na relação entre a França e a Alemanha. É preciso criar uma relação forte entre estes dois países e reunir em seu torno todos os países livres da Europa a fim de construir conjuntamente uma comunidade com um destino comum. Mas quando e como começar? Jean Monnet, com uma experiência única enquanto negociador e construtor da paz, propõe ao Ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Robert Schuman, e ao Chanceler alemão Konrad Adenauer criar um interesse comum entre os seus países: a gestão, sob o controlo de uma autoridade independente, do mercado do carvão e do aço. A proposta é formulada oficialmente em 9 de Maio de 1950 pela França e fervorosamente acolhida pela Alemanha, Itália, Países Baixos, Bélgica e Luxemburgo.
O Tratado que institui a primeira Comunidade Europeia, a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA), será assinado em Abril de 1951, abrindo as portas à Europa das realizações concretas. Seguir-se-iam outras realizações, até se chegar à União Europeia atual, que está prestes a abrir-se ao Leste do continente, de que esteve demasiado tempo separada.
	25 De Março de 1957: a Comunidade Econômica Europeia
O plano Schuman tinha dado origem a uma Comunidade especializada em dois domínios decisivos, mas limitados: o carvão e o aço. Sob a pressão da Guerra-fria, foram tomadas iniciativas nos domínios da defesa e da união política, mas a opinião pública não estava ainda preparada para aceitá-las. Os seis Estados-membros da CECA escolheram portanto uma nova área de integração no domínio econômico: a criação de um mercado único.
 	O Tratado de Roma de 25 de Março de 1957, que institui a CEE, cria instruções e mecanismos de tomada de decisão que permitem dar expressão tanto aos interesses nacionais como a uma visão comunitária. A Comunidade Europeia constitui doravante o eixo principal em torno do qual se vai organizar a construção europeia.
De 1958 a 1970, a abolição dos direitos aduaneiros tem repercussões espetaculares: o comércio intracomunitário é multiplicado por seis, ao passo que as trocas comerciais da CEE com o resto do mundo são multiplicadas por três. No mesmo período, o produto nacional bruto médio da CEE aumenta 70%. Seguindo o padrão dos grandes mercados continentais, como o dos Estados Unidos da América, os agentes econômicos europeus sabem tirar proveito da dinamização resultante da abertura das fronteiras. Os consumidores habituam-se a que lhes seja proposta uma gama cada vez mais variada de produtos importados. A dimensão europeia torna-se uma realidade. Em 1986, a assinatura do Ato Único permitirá abolir as outras restrições, de ordem regulamentar e fiscal, que atrasavam ainda a criação de um mercado interno genuíno, totalmente unificado.
	20 De Julho de 1963: Iaundé, os primórdios de um papel internacional
Com os seus destinos a unirem-se no continente, os Estados fundadores da Comunidade Europeia assinam com as suas antigas colônias africanas, em 1963, uma convenção que garante a estas últimas certas vantagens comerciais e ajudas financeiras. A Convenção de Lomé, que se seguiu à de Iaundé, aplica-se atualmente a 70 países da África, das Caraíbas e do Pacífico, tornando a União Europeia a maiorfonte de ajuda pública ao desenvolvimento. A cooperação estendeu-se igualmente, sob outras formas, à maior parte dos países da Ásia e da América Latina.
Em 28 de Novembro de 1995, os 15 países da União Europeia e 12 países do sul do Mediterrâneo estabelecem uma parceria que deverá conduzir à criação de uma zona de comércio livre, combinada com acordos de cooperação nos domínios social, cultural e humano.
No século XXI assistir-se-á à afirmação da Europa como potência de paz, desde que a União promova a estabilidade e o desenvolvimento nos grandes grupos regionais que a envolvem. Graças ao papel que desempenha nas trocas comerciais mundiais e ao seu peso econômico, a União é já um parceiro respeitado nas grandes instâncias internacionais, tais como a Organização Mundial de Comércio ou a ONU.
Progressivamente, a União apoia-se no seu potencial econômico para desenvolver a sua influência política e afirmar-se com uma só voz. O Tratado da União Europeia, de 1992, fixa o objetivo e as modalidades de uma política externa e de segurança comum (PESC), que inclui, a prazo, a definição de uma política de defesa comum. Mas os europeus deverão ainda envidar numerosos esforços para harmonizar a sua diplomacia e a sua política de segurança. É esse o preço, que pressupõe uma vontade política real dos Estados-membros, para que a União possa defender os seus interesses e contribuir para a criação de um mundo de paz e de justiça.
 
	1 De Janeiro de 1973: primeiro alargamento da Comunidade Europeia
A União Europeia encontra-se aberta a todos os países europeus que a ela pretendem aderir e que respeitem os compromissos assumidos nos Tratados da fundação e subscrevem os mesmos objetivo fundamentais. Existem duas condições que determinam a aceitação de uma candidatura à adesão: a localização no continente europeu e a prática de todos os procedimentos democráticos que caracterizam o Estado de direito.
Assim, a Dinamarca, a Irlanda e o Reino Unido aderem à Comunidade em 1 de Janeiro de 1973. A estas adesões seguiu-se um alargamento ao Sul do continente, durante os anos 80, com a Grécia, a Espanha e Portugal a afirmarem-se como nações democráticas. A terceira vaga de adesões, que teve lugar em 1995, traduz a vontade dos países da Europa escandinava e central de se juntarem a uma União que tem vindo a consolidar o seu mercado interno e se afirma como o único polo de estabilidade no continente, após o desagregamento do bloco soviético.
De seis para nove, de doze para quinze membros, a Europa comunitária vai ganhando influência e prestígio. Deve manter um modo de decisão eficaz, capaz de gerir o interesse comum em proveito de todos os seus membros, preservando simultaneamente as identidades e as especificidades nacionais e regionais que constituem a sua riqueza. O maior desafio para que se preparam atualmente os europeus consiste em acolher nos próximos anos os países da Europa central, balcânica, mediterrânica e báltica, que apresentaram a sua candidatura. Como encontrar os recursos necessários que lhes permitam atingir o nível econômico e estrutural dos países da UE no mais breve prazo? Como adaptar as instituições para que estas possam continuar a cumprir as suas missões em benefício de uma União de mais de 25 Estados-membros? Estas são as missões históricas que aguardam futuramente os Estados da União.
	7-10 De Junho de 1979: primeiras eleições diretas do Parlamento Europeu por sufrágio universal
O Parlamento Europeu desempenha um papel fundamental no equilíbrio institucional da Comunidade: representa os povos da Europa e caracteriza a natureza democrática do projeto europeu. Desde a sua criação dotado de poderes de controlo do ramo executivo, o Parlamento Europeu dispõe igualmente de poder legislativo, sob forma de um direito de ser consultado sobre os principais textos comunitários, o poder que se foi alargando progressivamente para se transformar num verdadeiro direito de co-decisião legislativa. O Parlamento partilha, além disso, com o Conselho da União Europeia o poder orçamental. Como são designados os deputados europeus? Até 1979, os membros do Parlamento Europeu eram membros dos parlamentos nacionais, que os nomeavam para os representar em Estrasburgo. A partir de 1979, passaram a ser eleitos por sufrágio universal direto em cada um dos países da União, por mandatos de cinco anos. Os cidadãos escolhem assim os deputados que terão assento, não em delegações nacionais, mas em grupos parlamentares transnacionais, representativos das grandes correntes de pensamento político existentes no continente.
A ambição de criar entre os Estados-membros uma relação especial, que lhes permita gerir os seus interesses e os seus diferendos segundo as mesmas regras de direito e os mesmos procedimentos de arbitragem que unem os cidadãos de um Estado democrático, é totalmente revolucionária na prática das relações internacionais. "Nós não coligamos Estados, nós unimos as pessoas", escrevia Jean Monnet. Assim, as instituições europeias, articulando e conciliando permanentemente os interesses dos cidadãos enquanto tais, devem ser fortes e equilibradas. A lógica subtil que funciona desde há cerca de cinquenta anos entre o Conselho da União Europeia, o Parlamento Europeu, a Comissão Europeia e o Tribunal de Justiça da União Europeia, representa indubitavelmente uma aquisição fundamental da construção europeia, sendo a chave do seu êxito.
	17 De Fevereiro de 1986: assinatura do Ato Único Europeu
O objetivo do Tratado de Roma de criar um mercado comum havia sido parcialmente realizado nos anos sessenta, graças à supressão dos direitos aduaneiros internos e das restrições quantitativas às trocas comerciais. Mas os autores do Tratado haviam subestimado todo um conjunto de outros obstáculos às trocas comerciais, obstáculos sofisticados e camuflados sob a forma de regulamentações diversas, que constituíam barreiras frequentemente intransponíveis.
A Comissão tomou, portanto uma iniciativa audaciosa que levou à adoção do Ato Único. Fixou 1 de Janeiro de 1993 como a data – limite para a plena realização do mercado interno e, graças ao alargamento da votação por maioria, forneceu às instituições europeias os meios para adotarem as 300 diretivas que eram necessárias.
Ao objetivo do grande mercado interno, o Ato Único associa estreitamente outro de importância tão fundamental como o primeiro: o da coesão econômica e social. A Europa cria assim políticas estruturais em benefício das regiões com atrasos de desenvolvimento ou que tenham sido atingidas por mutações tecnológicas e industriais. Promove igualmente a cooperação em matéria de investigação e de desenvolvimento. Por último, toma em consideração a dimensão social do mercado interno: no espírito dos governantes da União, o bom funcionamento do mercado interno e uma concorrência sã entre as empresas são indissociáveis do objetivo constante que consiste na melhoria das condições de vida e de trabalho dos cidadãos europeus.
	1 De Novembro de 1993: a União Europeia
Ao entrar em vigor, em 1 de Novembro de 1993, o Tratado da União Europeia, assinado em 7 de Fevereiro de 1992 em Maastrich, confere uma nova dimensão à construção europeia. A Comunidade Europeia (o Tratado de Maastricht substituiu o nome Comunidade Econômica Europeia), fundamentalmente econômica nas suas aspirações e no seu teor, passa estar integrada na União Europeia baseada, doravante em três pilares.
O pilar comunitário (a Comunidade Europeia e a Comunidade Europeia da Energia Atômica), regido pelos procedimentos institucionais clássicos, faz intervir a Comissão, o Parlamento, o Conselho e o Tribunal de Justiça; gere essencialmente o mercado interno e as políticas comuns.
Os outros dois pilares envolvem os Estados-membros em domínios caracterizados até então como sendo da competência exclusivamente nacional: a política externa e de segurança, por um lado, e os assuntos internos, tais como a política de imigração e de asilo, a polícia e a justiça, por outro. Trata-se de um progresso importante, na medida em que os Estados-membrosconsideram que é do seu interesse cooperar mais estreitamente nestes domínios, como forma de afirmar a identidade europeia no mundo e de assegurar uma melhor proteção dos seus cidadãos contra a criminalidade organizada e o tráfico de drogas.
Mas o que os cidadãos recordarão do Tratado de Maastrich será provavelmente a decisão que terá maior impacto prático na sua vida quotidiana: a realização da União Econômica e Monetária. A partir de 1 de Janeiro de 1999, a UEM reunirá todos os países que cumprirem um determinado número de critérios econômicos destinados a garantir a sua boa gestão financeira e a assegurar a estabilidade futura da moeda única: o euro.
Última etapa lógica da realização do mercado interno, a introdução da moeda única, pelas repercussões pessoais que terá para cada cidadão e pelas consequências econômicas e sociais de que se revestirá, terá um alcance eminentemente político. Poderá mesmo considerar-se que o euro será futuramente o símbolo mais concreto da União Europeia. Esta moeda forte, capaz de concorrer com as grandes moedas de reserva internacionais, constituirá o signo distintivo da nossa pertença comum a um continente que se está a unir e a afirmar.
 REALIZAÇÕES
	Em 07 de Fevereiro de 1992
Assinatura do Tratado da União Europeia em Maastricht. A CEE ultrapassa uma etapa importante ao estabelecer regras claras para a futura moeda única, a política externa e de segurança e o reforço da cooperação em matéria de justiça e de assuntos internos. A "Comunidade Europeia" é formalmente substituída pela "União Europeia".
	01 de Janeiro de 1993
Criação do mercado único e das suas quatro liberdades: a livre circulação das mercadorias, dos serviços, das pessoas e dos capitais torna-se uma realidade. Desde 1986 foram publicados mais de 200 atos legislativos no domínio da fiscal idade, direito das empresas, qualificações profissionais, etc., na perspectiva da abertura das fronteiras. No entanto, a livre circulação de certos serviços foi adiada.
	01 de Janeiro de 1995
A Áustria, a Finlândia e a Suécia aderem à UE. Os 15 Estados-Membros cobrem doravante quase toda a Europa Ocidental. Com a reunificação da Alemanha em Outubro de 1990, a antiga Alemanha de Leste foi integrada na União Europeia. 
Estados-Membros: Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Espanha, França, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Países Baixos, Portugal e Reino Unido.
Novos Estados-Membros: Áustria, Finlândia e Suécia.
	26 de Março de 1995
Os acordos de Schengen entram em vigor em sete Estados-Membros: Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Luxemburgo, Países Baixos e Portugal. Os viajantes, de todas as nacionalidades, podem deslocar-se a estes países sem controlo de identidade nas fronteiras. Outros países viriam a aderir posteriormente ao espaço Schengen. 
	17 de Junho de 1997
Assinatura do Tratado de Amsterdã, que se baseia nas conquistas do Tratado de Maastricht. Inclui disposições destinadas a reformar as instituições europeias, a dar mais peso à Europa no mundo e a consagrar mais recursos ao emprego e aos direitos dos cidadãos.
	13 de Dezembro de 1997
Os dirigentes europeus decidem dar início a negociações de adesão com 10 países da Europa Central e Oriental: Bulgária, Eslováquia, Eslovênia, Estônia, Hungria, Letônia, Lituânia, Polônia, República Checa e Romênia,. Acrescem a estes países as ilhas mediterrânicas de Chipre e de Malta. Em 2000, o Tratado de Nice abre a via para o alargamento, ao reformular as regras comunitárias em matéria de votação.
	01 de Janeiro de 1999
Onze países (a que a Grécia se viria a juntar em 2001) adotam o euro unicamente para as suas transações comerciais e financeiras. As moedas e as notas serão introduzidas mais tarde. Os países da zona euro são: Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Países Baixos e Portugal. A Dinamarca, o Reino Unido e a Suécia decidiram de momento não participar.
	01 de Janeiro de 2002
Introdução das moedas e notas em euros, cuja impressão, cunhagem e difusão implicaram uma operação logística de grande envergadura. Mais de 80 mil milhões de moedas e de notas são colocadas em circulação. As notas são as mesmas em todos os países, mas as moedas têm uma face comum, com indicação do valor, e uma face com um símbolo nacional. Todas circulam livremente: pagar um bilhete de metro em Madrid com um euro finlandês (ou outro) tornou-se banal.
	31 de Março de 2003
No quadro da sua política externa e de segurança, a UE assegura missões de manutenção da paz na região dos Bálcãs: primeiro na antiga República Iugoslava da Macedônia e depois na Bósnia e Herzegovina. Nos dois casos, as forças da UE substituíram as forças da NATO. No plano interno, a UE decidiu criar até 2010 um espaço de liberdade, segurança e justiça para todos os cidadãos.
	01 de Maio de 2004
Oito países da Europa Central e Oriental (Estônia, Eslováquia, Eslovênia, Hungria, Letônia, Lituânia, Polônia e República Checa) aderem à União Europeia, pondo termo à divisão da Europa decidida em Yalta 60 anos antes pelas grandes potências. Chipre e Malta aderem igualmente.
Estados-Membros: Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Reino Unido, Portugal, Países Baixos e Suécia.
Novos Estados-Membros: Chipre, Eslováquia, Eslovênia, Estônia, Hungria, Letônia, Lituânia, Malta, Polônia e República Checa.
Países Candidatos: Bulgária, Romênia e Turquia.
	29 de Outubro de 2004
Os 25 Estados-Membros assinam um Tratado que estabelece uma Constituição para a Europa com vista a simplificar o processo de decisão democrática e o funcionamento de uma Europa com 25 membros e mais. O Tratado, que prevê também a criação do cargo de ministro europeu dos Negócios Estrangeiros, só poderá entrar em vigor se for ratificado pelos 25 Estados-Membros.
	1 de Janeiro de 2007
Mais dois países da Europa oriental, a Bulgária e a Romênia, aderem à União Europeia, elevando o número de Estados-Membros para 27. A Croácia, a Antiga República Jugoslávia da Macedônia e a Turquia também são países candidatos à adesão.
Estados-Membros: Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Checa e Suécia.
Novos Estados-Membros: Bulgária e Romênia.
Países Candidatos: Croácia, Antiga República Iugoslava da Macedônia e Turquia.
	13 de Dezembro de 2007
Os 27 Estados-Membros da UE assinaram o Tratado de Lisboa, que modifica os Tratados anteriores. O seu objetivo é aumentar a democracia, a eficácia e a transparência da UE e, deste modo, torná-la capaz de enfrentar desafios globais tais como as alterações climáticas, a segurança e o desenvolvimento sustentável.
	01 de Julho de 2008
A França assume a presidência rotativa do Conselho da UE. Entre as suas prioridades podem referir-se as seguintes: energia e alterações climáticas, elaboração de um pacto em matéria de política de imigração, segurança e luta contra o terrorismo, agricultura, futuro do Tratado de Lisboa.
	23 de Julho de 2009
A UE organiza em Praga uma cimeira extraordinária sobre o emprego em que será debatido o impacto da crise econômica nos mercados de trabalho europeus.
A Islândia solicita a adesão à União Européia.
Numa reunião do Conselho Europeu em Bruxelas, os dirigentes da UE adotam a estratégia "Europa 2020" para um crescimento inteligente, sustentável e inclusivo nos próximos dez anos. Decidem, além disso, dar início às negociações de adesão com a Islândia.
	01 de Janeiro de 2010
A Bélgica assume a presidência semestral do Conselho da União Européia. O programa de trabalho foi estabelecido de comum acordo com a presidência precedente (assumida pela Espanha) e a presidência seguinte (assumida pela Hungria). Este programa abrange um período de dezoito meses (Janeiro de 2010 a Junho de 2011) e tem como prioridades a economia e o ambiente.
91 bancos europeus foram submetidos a testes para avaliar a suaresistência aos choques econômicos. Destes, apenas sete tiveram um resultado negativo nos testes. 
ESTRUTURA JURÍDICA
Conselho Europeu
O Conselho Europeu é composto pelos chefes de Estado e Governo de cada Estado membro da UE, assistidos pelos seus ministros das Relações Exteriores, acrescido do presidente da Comissão Européia. Reúne-se pelo menos duas vezes por ano e é responsável pela formulação das diretrizes políticas gerais que irão definir os rumos da integração européia. Assim, todos os tratados assinados entre Estados membros referentes ao processo de consolidação da UE são feitos no âmbito do Conselho Europeu. Esta é então a instância em que são tomadas as grandes decisões, relegando sua aplicação e concretização aos demais organismos e agências especializadas da UE. Em suas reuniões são gerados relatórios ao Parlamento e uma avaliação anual acerca dos avanços obtidos com o processo de integração. Apesar de abrigar o executivo dos Estados membros, o Conselho Europeu não é o órgão executivo da União Européia. E mais, deve-se fazer uma diferenciação entre este e o Conselho da Europa, que é uma organização internacional não pertencente à estrutura da UE.
CONSELHO DA UNIÃO EUROPÉIA
Também denominado Conselho de Ministros, abriga ministros indicados pelos Estados membros para representá-los em questões diversas. O Conselho da UE e o Parlamento são os responsáveis pelo exercício do poder legislativo bem como representam a autoridade orçamentária da UE. As competências deste Conselho envolvem também a coordenação das políticas econômicas nacionais, celebração de acordos internacionais, tomada de decisão referente à execução da política externa e
De segurança comuns e equacionar a cooperação policial e judiciária. É presidido pelo ministro do país que correntemente possui o mandato semestral de presidente do Conselho da União Européia e auxiliado por um Secretário Geral que coordena todo o Secretariado do Conselho da UE. Este por sua vez é um funcionário público. O Conselho da UE é a instância decisória mais importante na medida em que reflete os interesses dos Estados via representação ministerial e é o principal órgão formulador de políticas comunitárias. Enquanto o Conselho Europeu determina as diretrizes gerais, o Conselho da UE é o responsável por materializá-las em forma de tais políticas comunitárias. A atuação do Conselho da UE baseia-se nos quatro pilares da União, quais sejam as Comunidades Europeias (Comunidade Européia do Carvão e do Aço - CECA, Comunidade Européia de Energia Atômica – Euratom e Comunidade Econômica Européia – CEE), a Política Externa e de Segurança Comum (Pesc) e a cooperação policial e judiciária. Originalmente o Conselho da UE reunia os ministros das Relações Exteriores dos Estados, entretanto atualmente sua formação se dá em função do tema a ser debatido. Assim, se a questão referir-se, por exemplo, a algum tema relacionado a meio ambiente, a formação do Conselho da UE para tal reunião será de ministros do meio ambiente dos Estados membros. Desta forma, o Conselho da UE apresenta se com nove diferentes formações de maneira a abarcar os principais temas pertinentes à União Européia, a saber:
i.	Questões Gerais e Relações Internacionais (GAERC – General Affairs and External Relations): a mais importante formação deste Conselho. Reúne os ministros das Relações Exteriores dos Estados membros mensalmente. Subdivide-se em dois, em que uma discute questões gerais e a outra assuntos de relações exteriores.
ii.	Relações Econômicas e Financeiras (Ecofin – Economic and Financial Affairs): Acolhe os ministros da fazenda e de finanças dos Estados membros.
iii.	Agricultura e Pesca: Uma das formações mais antigas, reúne os ministros da agricultura e pesca, bem como secretários e comissários responsáveis por segurança alimentar, questões veterinárias e de saúde pública dos Estados membros.
iv.	Questões Domésticas e de Justiça (JHA – Justice and Home Affairs): Composto por ministros da Justiça e do interior dos Estados da UE.
v.	Emprego, Políticas Sociais, Saúde e Direito do Consumidor (EPSCO – Employment, Social Policy, Health and Consumer Affairs Council): Abrange os ministros, secretários e/ou comissários relacionados aos temas em questão dos respectivos países membros;
vi.	Competitividade: Uma das formações mais recentes, a partir de junho de 2002 agrupou três outras configurações já existentes – Mercado Interno, Indústria e Pesquisa. Dependo do tema debatido, é constituído por ministros competentes da área;
vii.	Transporte, Telecomunicações e Energia: Tão recente como a anterior, essa formação também agrupou os três temas em um só. Composto por ministros das respectivas áreas em seus Estados de origem, reúne-se normalmente uma vez por bimestre;
viii.	Meio Ambiente: Encontra-se com a mesma frequência da formação anterior e remetendo ao próprio nome, é composto pelos ministros competentes da área;
ix.	ix. Educação, Juventude e Cultura (EYC – Education, Youth and Culture):
Encontram-se os ministros da Educação, Cultura, Juventude e das Comunicações aproximadamente três vezes ao ano.
PARLAMENTO EUROPEU
Eleito por sufrágio universal, o Parlamento Europeu é o órgão de representação popular no âmbito da UE. Inicialmente era formado por membros dos Parlamentos nacionais e detinha limitadas funções consultivas. Ao longo dos anos, com a consolidação de uma Comunidade Européia, viu-se a necessidade de ampliar a legitimidade e representatividade deste órgão, e em 1979 foi eleito pela primeira por eleições diretas. O Parlamento ganhou importância e enquanto estrutura decisória que manifestava a vontade popular deveria responder aos anseios de seu eleitorado. O Parlamento concede legitimidade democrática às decisões concernentes aos regulamentos normativos necessários à coordenação de políticas nacionais e para a formulação de políticas comuns. Compete ao Parlamento exercer funções legislativas e de controle orçamentário juntamente com o Conselho da UE. No que tange ao orçamento comunitário, o Parlamento juntamente com o Conselho são intervenientes no processo de alocação de recursos. O Parlamento pode solicitar modificações na alocação dos fundos para despesas não obrigatórias e deve aprovar a peça orçamentária final.
Referente ao poder legislativo, apesar de não terem poderes para propor leis, o Parlamento e o Conselho da UE podem emendar ou vetar os textos constitucionais propostos pela Comissão Européia. Desta forma, os três órgãos trabalham coordenada e concomitantemente para o exercício legislativo da União. O Parlamento também é responsável por supervisionar a Comissão, aprovar a nomeação de seus membros e tem também o poder de dissolvê-la com um voto de censura.
A composição dos assentos no Parlamento é baseada no princípio da proporcionalidade regressiva, ou seja, Estados menores têm direito a mais assentos do que se considerarmos o tamanho de população e os assentos a que teriam direito em função de sua representatividade na UE. A quantidade de assentos é determinada através de tratado negociado entre as partes, não havendo uma fórmula específica para calculá-la. As últimas eleições parlamentares ocorreram em 2004, com a entrada de novos membros em função do alargamento da Comunidade, que teve a adesão de mais 10 membros no início do mesmo ano. Foi a maior eleição da história da Comunidade com aproximadamente 400 milhões de pessoas aptas a votar.
COMISSÃO EUROPÉIA
É o órgão executivo da União Européia. Seu presidente é indicado pelo Conselho Europeu e deve ser aprovado pelo Parlamento. Os demais comissários são escolhidos pelo presidente, totalizando 25 representantes de cada Estado membro e devem também passar pelo crivo do Parlamento. A Comissão conta com o suporte de um corpo administrativo de servidores públicos. Cada comissário fica responsável por uma área da política comunitária, chefiando o respectivo departamento da área denominado diretório geral.
A função primordial da Comissão é propor novas leis – que como foi dito devem ser aprovadas pelo Parlamento e pelo Conselhoda UE –, decretá-las e garantir o cumprimento dos tratados, que são a base para a União Européia. Desta forma, os três principais órgãos administrativos – Comissão, Parlamento e Conselho da UE – trabalham coordenadamente para a formulação da legislação comunitária. Entretanto, diferentemente do Conselho da União Européia, a Comissão pretende ser um corpo independente dos Estados membros. Aos comissários não é permitido receber instruções do país que o tenha indicado, mas por outro lado devem atender aos interesses dos cidadãos da União como um todo. Cabe ainda à Comissão assegurar a execução da legislação, a implementação do orçamento e dos programas adotados pelo Parlamento e Conselho de Ministros.
TRIBUNAL DE JUSTIÇA EUROPEU
Também chamado de Corte Européia de Justiça (ou ECJ – European Court of Justice) é formado por 25 juízes e 8 advogados gerais que cumprem um mandato renovável de 6 anos. Cada Estado membro pode nomear um juiz, assim o número de membros e o de juízes coincide na maioria das vezes. Segundo a norma, o número de juízes deve ser ímpar, desta forma, se o número de Estados membros for par, então outros juízes podem ser indicados para cumprir com a norma. 5 dos 8 advogados gerais são indicados pelos maiores membros, quais sejam, Reino Unido, Alemanha, França, Espanha e Itália. As demais vagas são rotativas e preenchidas por advogados indicados pelos demais países. Os advogados gerais devem propor à Corte um parecer legal para os casos pelos quais forem responsáveis. Entretanto, as propostas têm caráter independente, ou seja, apesar de na maioria das vezes as propostas serem acatadas pelos juízes – esses têm o poder deliberativo –, o parecer dos advogados gerais não é necessariamente vinculante, podendo o juiz contradizê-lo. Ao Tribunal compete deliberar acerca de questões de interpretação da legislação europeia, operando como instância consultiva para os judiciários nacionais. Assim, com o intuito de evitar-se divergências na interpretação do direito comunitário os juízes nacionais reportam se ao Tribunal solicitando que se pronunciem sobre a questão. Desta forma, cria-se uma coordenação entre os juízes comunitários e os nacionais, criando cada vez mais compatibilidade entre as interpretações dos tribunais nacionais e a Corte.
A Corte modera litígios entre atores integrantes da UE, que podem ser Estados membros, as instituições comunitárias, empresas e cidadãos europeus. Tem como objetivo garantir o acatamento e a interpretação do direito comunitário de forma equânime em quaisquer circunstâncias. Para atender aos casos referentes ao cumprimento das regras de concorrência econômica e aos recursos interpostos pelos cidadãos, como também para dar conta do crescente fluxo de demandas, foi criado em 1989 o Tribunal de Primeira Instância sendo esse o único órgão receptivo de interpelações por parte dos cidadãos.
Tribunal de Contas Europeu
Criado em 1977 e aperfeiçoado em 1999, o Tribunal de Contas tem a função de assegurar a correta execução do orçamento além de verificar a legalidade e a regularidade das receitas e despesas, viabilizando boa gestão financeira e permitindo transparência e eficácia das contas comunitárias.
O Tribunal presta ainda assessoria ao Conselho de Ministros e ao Parlamento quando da elaboração do orçamento comunitário e da apresentação anual do relatório sobre a execução orçamentária do exercício anterior. O Tribunal também mantém relações colaborativas com outros órgãos da UE na medida de sua necessidade.
DEMAIS ÓRGÃOS E AGÊNCIAS
	Comitê Econômico e Social Europeu: Através dos pareceres que emite, o Comitê participa da formulação e execução das políticas da UE na medida em que representa a manifestação da sociedade civil organizada europeia. Oferece um espaço de debate entre diferentes classes da sociedade civil, como empregadores, sindicatos, consumidores e produtores.
 	Banco Europeu de Investimento: Instituição financeira de fomento da Comunidade Européia, financia os projetos de políticas públicas como também investimentos do setor privado, visando ao cumprimento dos objetivos da União Européia. Os projetos financiados focam-se em iniciativas que garantam a competitividade da indústria europeia bem como em setores que promovam a infraestrutura para sustentar o crescimento do setor produtivo. Tem como acionistas os Estados membros, entretanto grande parte de seu fundo é angariado com a venda de títulos no mercado internacional.
 Comitê das Regiões: Formado por autoridades locais como prefeitos, governadores e conselheiros municipais é responsável por garantir o atendimento dos interesses das regiões e províncias dos Estados nacionais membros. Seus membros são indicados pelos governos nacionais e nomeados pelo Conselho da UE, e o número de representantes de cada membro se dá em função da sua população. Atua como órgão consultivo exercendo função complementar no processo decisório que envolve o Parlamento, o Conselho de Ministros e a Comissão ao interceder pelos interesses regionais e locais.
Banco Central Europeu: Como já informa o próprio nome, é o banco responsável pela formulação, conservação, implementação e execução das políticas econômica e monetária da UE. Controla a emissão do euro, bem como as demais questões referentes à economia comunitária.
Agências Especializadas: Criadas na década de 90, principalmente após o Tratado de Maastricht, as agências especializadas possuem funções diversas, relacionadas à execução de tarefas de cunho técnico, científico ou administrativo. Almeja-se que com essa descentralização das instituições as atividades da EU possam abranger mais efetivamente os cidadãos europeus como também facilitar seu diálogo entre os diversos agentes europeus. Temos como exemplo dessas agências especializadas a Europol e o Provedor de Justiça Europeu.
TRATADOS
A atual União Europeia fundamenta-se juridicamente em 4 Tratados: O Tratado da União Europeia e os três Tratados que anteriormente haviam instituído as três diferentes Comunidades.
1. Em Paris, a 18 de Abril de 1951, foi assinado o tratado que institui a comunidade europeia do carvão e do aço (habitualmente designado por Tratado CECA). Este tratado caducou em 2001, dado que havia sido assinado por um período de 50 anos. 
2. Em Roma, a 25 de Março de 1957, foram assinados os tratados que instituem a comunidade econômica europeia (habitualmente designado por Tratado CEE ou por Tratado de Roma);
3. O tratado que institui a comunidade europeia da energia atômica (habitualmente designado por Tratado EURATOM). 
4. Em Maastricht, a 7 de Fevereiro de 1992, foi assinado o tratado que institui a união europeia (habitualmente designado por Tratado da União Europeia TUE ou por Tratado de Maastricht). 
 	O Tratado da União Europeia (TUE) criou uma nova entidade – a União Europeia – que se funda nas Comunidades anteriormente existentes e que se mantêm. No âmbito da União, o TUE contém disposições relativas à política externa e de segurança, e à cooperação nos domínios da justiça e dos assuntos internos. Além disso, o TUE introduziu alterações na redação dos Tratados CECA, CEEA e, especialmente, do Tratado CEE. A anterior Comunidade Econômica Europeia (CEE) passou a designar-se Comunidade Europeia (CE).
Os Tratados de Amesterdã, de 1997, e de Nice, de 2001, alteraram o texto do Tratado da União Europeia bem como o texto dos Tratado de Roma e Tratado EURATOM.
MERCADO COMUM DO SUL – MERCOSUL
O primeiro passo para a concepção do MERCOSUL foi dado de 26 de março de 1991 com a assinatura do Tratado de Assunção. Os chefes de Estado do Paraguai, Uruguai, Argentina e Brasil, e seus respectivos Ministros das Relações Exteriores assinaram este acordo que estabelece a integração econômica dos quatro países para seu desenvolvimento tecnológico e científico, razão pela qual o MERCOSUL representa hoje um agrupamento regional economicamente e politicamente estabilizado.
O Mercosul, como é conhecido o Mercado Comum do Sul é a união aduaneira (livre comércio intrazona e política comercial comum) de cinco paísesda América do Sul. Em sua formação original o bloco era composto por quatro países: Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Desde 2006, a Venezuela esta suijeita a aprovação dos congressos nacionais para que sua entrada seja aprovada.
 As discussões para a constituição de um mercado econômico regional para a América Latina remontam ao tratado que estabeleceu a Associação Latino-Americana de Livre Comércio (ALALC) desde a década de 1960. Esse organismo foi sucedido pela Associação Latino-Americana de Integração na década de 1980. À época, a Argentina e o Brasil fizeram progressos na matéria, assinando a Declaração de Iguaçu (1985), que estabelecia uma comissão bilateral, à qual se seguiram uma série de acordos comerciais no ano seguinte. O Tratado de Integração, Cooperação e Desenvolvimento, assinado entre ambos os países em 1988, fixou como obejtivo o estabelecimento de um mercado comum, ao qual outros países latino-americanos poderiam aderir.
Com a adesão do Paraguai e do Uruguai, os quatro países se tornaram signatários do Tratado de Assunção (1991), que estabelecia o Mercado Comum do Sul, uma aliança comercial visando a dinamizar a economia regional, movimentando entre si mercadorias, pessoas, força de trabalho e capitais. Inicialmente foi estabelecida uma zona de livre comércio, em que os países signatários não tributariam ou restringiriam as importações um do outro. A partir de 1 de janeiro de 1995, esta zona converteu-se em união aduaneira, na qual todos os signatários poderiam cobrar as mesmas quotas nas importações dos demais países (tarifa externa comum). No ano seguinte, a Bolívia e o Chile adquiriram o status de associados. O Chile encontra-se em processo de aquisição do status de associado pleno depois de resolver alguns problemas territoriais com a Argentina. Outras nações latino-americanas manifestaram interesse em entrar para o grupo, mas, até o momento, somente a Venezuela levou adiante sua candidatura, embora sua incorporação ao Mercosul ainda dependa da aprovação dos congressos nacionais do bloco.
 Em 2004, entrou em vigor o Protocolo de Olivos (2002), que criou o Tribunal Arbitral Permanente de Revisão do Mercosul, com sede na cidade de Assunção (Paraguai). Uma das fontes de insegurança jurídica nesse bloco de integração era a falta de um tribunal permanente.
 
DECLARAÇÃO DE FOZ DO IGUAÇU
 Em dezembro de 1985, o presidente brasileiro José Sarney e o presidente argentino Raúl Alfonsín assinaram a Declaração de Iguaçu, que foi a base para a integração econômica do chamado Cone sul. Ambos acabavam de sair de um período ditatorial e enfrentavam a necessidade de reorientar suas economias para o mundo exterior e globalizado.
Os dois países haviam contraído uma grande dívida externa no período dos governos militares e não gozavam de crédito no exterior. Havia uma grande necessidade de investimentos nos países, mas não havia verbas. Esta situação comum fez com que ambos percebessem a necessidade mútua. Logo após a assinatura da declaração de Iguaçu, em fevereiro de 1986, a Argentina declara a intenção de uma "associação preferencial" com o Brasil. Em uma casa particular em Don Torcuato, houve uma reunião para discutir o assunto. A discussão dura dois dias e acontece em clima de troca de idéias e posições quanto ao estatuto da economia da zona.
Depois de poucas semanas, é o Brasil que convida a Argentina para uma reunião semelhante, em Itaipava, também em uma residência particular. Esse foi o sinal de aceitação da iniciativa argentina e então começava a formação do acordo, com objetivo de promover o desenvolvimento econômico de ambos os países e integrá-los ao mundo. Para muitos, a idéia de integração na América do Sul parecia mais uma abstração, devido as várias experiências mal sucedidas no passado, entretanto essa foi diferente.
CRIAÇÃO
O Mercado Comum do Sul - MERCOSUL foi criado em 26/03/1991 com a assinatura do Tratado de Assunção no Paraguai. Os membros deste importante bloco econômico do América do Sul são os seguintes países: Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai. A Venezuela era membro desde julho de 2004 e passou a ser membro pleno, com a assinatura do Protocolo de adesão em 04/07/2006. 
Embora tenha sido criado apenas em 1991, os esboços deste acordo datam da década de 1980, quando Brasil e Argentina assinaram vários acordos comerciais com o objetivo de integração. Chile, Equador, Colômbia, Peru e Bolívia poderão entrar neste bloco econômico, pois assinaram tratados comerciais e já estão organizando suas economias, sendo que no momento participam apenas como associados. 
Com a adesão da Venezuela, a população do MERCOSUL é estimada em 220 milhões de habitantes e possui um PIB de aproximadamente 1,3 trilhões de dólares
O Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) tem seu marco fundamental no Tratado de Assunção, firmado, na capital paraguaia, pelos presidentes do Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai e seus respectivos ministros de Relações Exteriores. Em dezembro de 2005, a Venezuela tornou-se membro pleno do MERCOSUL, com direito a participar de todas as reuniões do bloco. A prerrogativa de voto, no entanto, deverá ser concedida ao país quando este preencher os requisitos para integrar o projeto de União Aduaneira do MERCOSUL (adaptar sua economia à Tarifa Externa Comum (TEC) e às demais regras do bloco.
Este projeto de construção de um Mercado Comum, cuja execução vem caminhando para a fase de União Aduaneira, tem os seguintes objetivos: 
a) Eliminação das barreiras tarifárias e não-tarifárias no comércio entre os países membros; 
b) Adoção de uma TEC (Tarifa Externa Comum); 
c) Coordenação de políticas macroeconômicas; 
d) Livre comércio de bens e serviços; 
e) Livre circulação de mão-de-obra; 
f) Livre circulação de capitais.
PAÍSES MEMBROS
O bloco econômico do cone-sul é constituído por Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela, ingressando no MERCOSUL, como membro-pleno em 2006.
PAÍSES ASSOCIADOS
O MERCOSUL possui ainda cinco países associados, que podem participar como convidados de reuniões do bloco, o Chile (desde 1996), a Bolívia (desde 1997), o Peru (desde 2003), a Colômbia e o Equador (desde 2004), porém esses países participam como convidados das reuniões dos órgãos da estrutura institucional do MERCOSUL, sem direito a voto..
Ressalte-se que para ser membro do MERCOSUL os países devem ser associados à ALADI – Associação Latino-Americana de Desenvolvimento e Integração.
OBJETIVO
O objetivo do tratado constitui-se na ampliação dos mercados nacionais dos Estados membros, por meio da integração, como condição para acelerar seus processos de desenvolvimento econômico com justiça social.
A integração tende a propiciar o aproveitamento mais eficaz dos recursos disponíveis, a preservação do meio ambiente, a coordenação de políticas macroeconômicas e a complementação dos diferentes setores da economia, pautada nos princípios da gradualidade, da flexibilidade e do equilíbrio.
Fundamenta-se, ainda, a integração regional pela importância de os Estados membros do MERCOSUL lograrem êxito na sua adequada inserção internacional e pela necessidade de promoverem o seu desenvolvimento científico e tecnológico, assim como modernizarem suas economias para efeito de ampliação da oferta e a qualidade dos bens e serviços, no sentido de proporcionar melhoria da qualidade de vida dos seus habitantes.
ÓRGÃOS DO MERCOSUL
São órgãos comunitários do Tratado de Assunção: O Conselho do Mercado Comum (CMC), o Grupo do Mercado Comum (GMC), a Comissão de Comércio do Mercosul (CCM), a Comissão parlamentar Conjunta (CPC), o Foro Consultivo Econômico-Social (FCES) e a Secretaria Administrativa do Mercosul (SAM).
ETAPAS E AVANÇOS 
No ano de 1995, foi instalada a zona de livre comércio entre os países membros. A partir de então, cerca de 90% das mercadorias produzidas nos países membros podem ser comercializadas sem tarifas comerciais. Alguns produtos não entraram neste acordo e possuem tarifação especial por serem considerados estratégicos ou poraguardarem legislação comercial específica. 
Em julho de 1999, um importante passo foi dado no sentido de integração econômica entre os países membros. Estabeleceu-se um plano de uniformização de taxas de juros, índice de déficit e taxas de inflação. 
Futuramente, há planos para a adoção de uma moeda única, a exemplo do que fez o Mercado Comum Europeu. 
Atualmente, os países do MERCOSUL juntos concentram uma população estimada em 311 milhões de habitantes e um PIB (Produto Interno Bruto) de aproximadamente 2 trilhões de dólares. 
ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DO BLOCO MERCOSUL.
Segundo disposição introduzida no Tratado de Assunção, o MERCOSUL implica essencialmente a livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos entre os países. O tratado objetiva, ainda, a eliminação dos direitos alfandegários e das restrições não tarifárias à circulação de mercadorias; o estabelecimento de uma tarifa externa comum e a adoção de uma política comercial comum em relação a terceiros Estados ou agrupamentos, assim como a coordenação de políticas macroeconômicas e setoriais entre os membros, com vista a assegurar condições adequadas de concorrência entre os integrantes do bloco.
O compromisso assumido pelos países-membros do MERCOSUL subsume-se, ainda, na harmonização de suas legislações internas com vista a se atingir o fortalecimento do processo de integração em direção ao mercado comum. Nas constituições do Brasil e Paraguai já há vedações expressas de qualquer delegação de soberania de instituições nacionais.
A integração dos Estados membros do MERCOSUL é vista sob dois aspectos:
1º- como processo e como estado de coisas. Como processo ela abrange medidas destinadas a abolir discriminação entre unidades econômicas pertencentes a diferentes Estados nacionais;
2º- Como estado de coisas ela nada mais seria que ausência de várias formas de discriminação entre economias nacionais.
Os Estados, ao pretenderem constituir o bloco regional, escolhem, com base em seus interesses, o grau de integração que pretendem ver praticado, correspondendo cada nível desse processo a uma espécie de renúncia crescente de competências inerentes à soberania nacional. No caso do MERCOSUL, os objetivos rodeiam a integração econômica, que tem como primeira fase a zona de livre-comércio, seguida pela união aduaneira até atingir o mercado comum.
Embora a União Européia tenha sido a inspiradora do MERCOSUL, cabe reconhecer a existência de profundas diversidades entre as duas organizações. O MERCOSUL preconiza a instituição de um mercado comum, através de uma união aduaneira e da livre circulação dos bens e das pessoas, enquanto a União Européia preconiza uma união econômica e monetária, além da concretização da integração econômica e política. São muito diferentes também os fatores que levaram à associação: na Europa, a conjuntura do pós-guerra; no Cone Sul, a conjuntura da globalização e interdependência. Na Europa, razões de ordem político-militar (controle do uso do carvão e do aço) e de ordem econômica e social (pobreza e carência de produtos alimentares); na América do Sul, razões de ordem essencialmente econômica. Há ainda diferenças estruturais e orgânicas: o MERCOSUL assenta-se no princípio da intergovernabilidade e da igualdade jurídica e funcional dos Estados partes, enquanto a UE assenta-se no institucionalismo e no princípio da proporcionalidade e da desigualdade funcional dos Estados membros, com órgãos representativos dos governos e órgãos próprios da organização.
A realidade geopolítica do mundo atual faz realçar os dois blocos regionais que exibem mais extensão e profundidade no processo de integração – a União Européia já consolidada, reforçada com a incorporação dos países do Leste Europeu, e o MERCOSUL, em marcha acelerada para tornar-se irreversível, fortalecendo-se com o provável ingresso definitivo do Chile e da Bolívia.
Vê-se, portanto, que as relações MERCOSUL a União Européia podem ser incrementadas consideravelmente através da exploração intensiva das oportunidades que oferecem os mercados situados no Leste Europeu, evidentemente desde que haja suficiente empenho nesse sentido.
As negociações comerciais do MERCOSUL com a União Européia dependem essencialmente das tratativas para acesso a mercado no setor agropecuário da chamada Rodada "Doha" da Organização Mundial do Comércio. A questão fundamental é a redução do protecionismo (eliminação das barreiras técnicas, fitossanitárias e contingenciamento por intermédio das malfadadas cotas de importação) e da questão dos subsídios concedidos pelos países desenvolvidos à produção e à exportação de produtos agrícolas e pecuários.
Os blocos econômicos que se formam trazem em seu bojo conflitos de interesses que deverão ser dirimidos. Impõe-se a criação de um direito regional, supranacional, e o surgimento de tribunais supranacionais que solucionem tais problemas, como já ocorre na Europa.
O Brasil tem uma economia razoavelmente diversificada, "baixíssimo coeficiente global de integração ao comércio internacional e um sistema financeiro nacional (público e privado) capaz de financiar endogenamente a retomada do crescimento". Enfrentamos, neste momento, problemas cambiais "porque o aperto de crédito internacional provoca problemas de liquidez em dólar e a especulação pressiona a depreciação acelerada do real", mas isto ainda leva a professora ao que ela chama de "otimismo estrutural", baseado em que o Brasil tem condições de, pelas suas próprias forças, fazer mudanças.
O tipo de integração econômica regional que há no MERCOSUL é, limitada e menos integrativo, uma vez que se trata muito mais da união aduaneira. Tem sua relevância pelo que vem se definindo como um espaço de aproximação e de negociação entre os quatro países envolvidos como membros plenos e mais Bolívia e Chile como membros associados.
No MERCOSUL, os desequilíbrios entre os países são bem significativos, sobretudo se conferido o Brasil em relação ao outros parceiros do bloco, o que não ocorre de forma tão evidente entre os Estados membros da UE.
Para demonstrar que a posição do Brasil, no MERCOSUL, é muito distante da dos outros parceiros, tem o exemplo da UE, em que a Alemanha, apesar de sua força e considerando o seu produto interno bruto e a sua produção industrial total, não ocupa posição tão distante da de alguns dos outros países da comunidade, em que o equilíbrio na estrutura do comércio intra-europeu é maior.
Partindo da idéia de que a integração regional não é um processo comandado pelo mercado, mas pela política para criar um mercado, pode-se dizer que os avanços podem estar embasados em políticas, sejam elas de natureza econômica, social, jurídica ou outra.
A base para a condução das políticas está no Direito, assim como o Direito está no ordenamento jurídico de cada Estado membro ou no próprio ordenamento jurídico comunitário. A construção do ordenamento jurídico de índole comunitária deve estar conforme a Constituição de cada Estado, a partir de cláusulas constitucionais materiais que consolidem princípios de lealdade e compromisso para a edificação de um sistema supranacional que abrigue uniformemente todo o bloco.
Pode-se dizer que o texto constitucional de cada Estado membro necessita estar sistematizado e harmonizado segundo os objetivos da integração, porque essa é a regra jurídica que alicerça a integração.
Verifica-se, assim, que há desafios a serem superados no âmbito do Mercosul para que o bloco possua reconhecimento e esteja fortalecido diante de organismos internacionais e de países terceiros.
CONCLUSÃO 
O MERCOSUL segue uma nova tendência no mundo moderno, que é a união de várias nações em grupos ou Blocos Econômicos. É importante ressaltar que o objetivo do MERCOSUL não é isolar os países membros do resto do mundo e mudar somente o comércio interno, mas sim, fortalecê-los para melhor competir com os outros países e blocos econômicos.
O Mercado Comum do Sul cumpriu papel muito importante de integração regional, expandindo extraordinariamente o fluxo de comércio entre os paísesmembros. Hoje, contudo, vive uma longa paralisia, acompanhada por alguns retrocessos na liberalização comercial que levantam dúvidas sobre seu futuro e a capacidade do bloco de disputar espaços com os concorrentes mundiais, sobretudo a China.
Entre outros aspectos, o MERCOSUL foi concebido como uma forma de enfrentar o forte processo de globalização em andamento desde os anos 70. Em apenas duas décadas, entre 1990 e 2010, assistimos à criação de mais de mil arranjos regionais em variados continentes. Passamos a viver num verdadeiro mundo de regiões. Tal fenômeno mostrou como nunca que a política internacional é, antes de tudo, uma política regional, onde são encontradas as origens e as soluções de boa parte dos desafios do mundo contemporâneo.
No caso do comércio internacional, a formação de blocos econômicos foi interpretada ora como um movimento protecionista, ora como um processo complementar da globalização. As vertentes mais liberais chegaram a argumentar que o MERCOSUL seria uma etapa da liberalização do comércio, isto é, uma forma preliminar de abrir ao mundo as economias sul-americanas, em particular o Brasil. Erroneamente, o MERCOSUL também foi visto como um organismo apenas "neoliberal", compreendido no contexto das reformas estruturais em direção ao mercado. O regionalismo aberto era percebido pelas forças mais à esquerda como um modelo essencialmente comercialista, sem preocupação com as populações locais. Ainda que isso seja parcialmente verdadeiro, o fato é que os governos de esquerda, uma vez no poder, ignoraram a importância do bloco para a institucionalização do Cone Sul e o seu real desenvolvimento.
No contexto de estabilidade de preços, controle inflacionário, entrada de capitais externos, crescimento da produção e do consumo, restaria ainda perseguir uma balança comercial mais favorável. Em tal cenário, o MERCOSUL tornou-se ainda mais importante para o desenvolvimento brasileiro, porque não só cativa os mercados da região para nossos produtos com maior valor agregado, como também poderia ampliar a escala da indústria regional, deixando-a mais competitiva.
Espera-se que o MERCOSUL supere suas dificuldades e comece a funcionar plenamente e possibilite a entrada de novos parceiros da América do Sul. Esta integração econômica, bem sucedida, aumentaria o desenvolvimento econômico nos países membros, além de facilitar as relações comerciais entre o MERCOSUL e outros blocos econômicos, como o NAFTA e a União Européia. Economistas renomados afirmam que, muito em breve, dentro desta economia globalizada as relações comerciais não mais acontecerão entre países, mas sim entre blocos econômicos. Participar de um bloco econômico forte será de extrema importância para o Brasil. 
REFERÊNCIAS
•	HUSEK, Carlos Roberto. Curso de Direito Internacional Público. 9 ed. – São Paulo. 2009
•	BORCHARDT, Klaus-Dieter. O ABC do Direito Comunitário. Coleção Documentação Européia, 2000.
•	LESSA, Antônio Carlos. A Construção da Europa: a última utopia das Relações Internacionais. Instituto Brasileiro de Relações Internacionais. Brasília. 2003. p.192
SITES
	http://prestjur.com.br/node/1268. Acesso em 21 de outubro de 2010
	http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100518/not_imp553232,0.php. Acesso em 21 de outubro de 2010.
	http://www.tudook.com/guiadoensino/mercosul.html, Acesso em 05 de novembro de 2010.
	http://www.mercosur.int/t_generic.jsp?contentid=655&site=1&channel=secretaria&seccion=2 Acesso em 06 de novembro de 2010.
	www.europa.eu.int 	Acesso em 06 de novembro de 2010
	http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/historia/historia_trab/uniaoeuropeia.htm Acesso em 06 de novembro de 2010.

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