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Elaboração de Plano de Logística Sustentável © Copyright 2019, Tribunal de Contas de União <www.tcu.gov.br> Permite-se a reprodução desta publicação, em parte ou no todo, sem alteração do conteúdo, desde que citada a fonte e sem fins comerciais. RESPONSABILIDADE PELO CONTEÚDO Senado Federal Câmara dos Deputados Tribunal de Contas da União Secretaria Geral da Presidência Instituto Serzedello Corrêa Diretoria de Relações Institucionais, Pós-Graduação e Pesquisas (Dirip) CONTEUDISTAS DO MATERIAL DIDÁTICO Danielle Abud Pereira Luiz Vicente da Costa Braga Mário Hermes Stanziona Viggiano Maristela Paiva COLABORADORES Carmen Lúcia Viana Mesquita Karin Kässmayer COORDENADORES PEDAGÓGICOS Mário Hermes Stanziona Viggiano Danielle Abud Pereira PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Vanessa Vieira e Thainara Fernandes ILUSTRAÇÕES Mário Hermes Stanziona Viggiano Este material tem função didática. A última atualização ocorreu em Outubro de 2019. As afirmações e opiniões são de responsabilidade exclusiva do autor e podem não expressar a posição oficial do Tribunal de Contas da União. Elaboração de Plano de Logística Sustentável Sumário Apresentação do curso ............................................................................................................................... 5 MÓDULO I – Definições e Ações Prévias ............................................................................................. 7 Aula 1 – Sustentabilidade na Administração Pública: introdução ao tema .......... 7 Aula 2 – Plano de Logística Sustentável: definição e objetivo .................................. 12 Aula 3 – Ações prévias para a estruturação do PLS .......................................................... 20 MÓDULO II – Elaboração e implantação do Plano ................................................................... 26 Aula 4 – Definição dos eixos temáticos e construção das ações ................................ 26 Aula 5 – Matriz de Referência do Legislativo ...................................................................... 36 Aula 6 – Estratégias para o processo de implantação do PLS ..................................... 49 MÓDULO III – Monitoramento e revisão do Plano ................................................................... 52 Aula 7 – Monitoramento do PLS: coleta e organização dos dados ........................... 52 Aula 8 – Relatório de avaliação de desempenho do PLS .................................................. 56 Aula 9 – Revisão e nova publicação ............................................................................................. 58 Aula 10 – Considerações Finais ...................................................................................................... 61 Bibliografia complementar .................................................................................................................. 64 5 Elaboração de Plano de Logística Sustentável Apresentação do curso Seja bem-vindo(a) ao curso Elaboração de Plano de Logística Sustentável! O Plano de Logística Sustentável (PLS) é uma ferramenta de planejamento que possibi- lita estabelecer boas práticas de sustentabilidade na Administração Pública. O objetivo desse instrumento é promover a eficiência dos gastos institucionais associada à diminuição dos im- pactos ambientais. A parceria entre o Senado Federal, a Câmara dos Deputados e o Tribunal de Contas da União tem contribuído para a capacitação de gestores públicos na área de sustentabilidade, em todo o Brasil. Esta ação educacional possibilita o compartilhamento das experiências alcança- das no âmbito Federal no que diz respeito à elaboração do PLS. Possui, também, a intenção de motivar as Câmaras Municipais, as Assembleias Legislativas e os Tribunais de Contas Estaduais e Municipais a adotarem esse modelo de gestão sustentável, como forma de consolidar uma atu- ação unificada para o Poder Legislativo. Este curso traz para você um passo a passo com orientações necessárias para criar, publicar e monitorar um Plano de Logística Sustentável. Além disso, apresentamos a Matriz de Referência do Legislativo – um modelo de planilha contendo a padronização de características básicas que se mostram úteis para fins de planejamento e monitoramento do Plano. De modo geral, este curso consolida uma proposta de elaboração de PLS traçada de for- ma coletiva e alinhada com a política de responsabilidade socioambiental dos órgãos do Poder Legislativo Federal. Organizado em dez aulas, além de vários vídeos e textos auxiliares, o curso apresenta uma introdução ao tema da sustentabilidade e descreve o roteiro para elaboração, im- plementação e acompanhamento do PLS. Esperamos que as orientações aqui descritas possam ser incorporadas e ajustadas à realidade de cada órgão. De nossa parte, que carregamos a vontade de compartilhar a experiência do Legislativo Federal, atribuímos um novo conceito às nossas ações, na expectativa de que elas sejam fortale- cidas numa Rede de Cooperação e transformadas pela ambição de uma Administração Pública mais sustentável. Desejamos a você um bom curso! 6 Elaboração de Plano de Logística Sustentável Pronto para começar? Assista ao vídeo a seguir e conheça a estrutura do nosso curso. Apresentação da estrutura do curso ATENÇÃO: Todos os vídeos deste treinamento estão disponíveis na Biblioteca Virtual do curso, para visualização ou download. Para você que preferiu ler o texto editado, recomendamos que, ao encontrar o ícone de vídeo (igual ao apresentado acima), dê uma pausa em sua leitura e vá até a Biblioteca do curso online para assistir ao vídeo indicado. Combinado! 7 Elaboração de Plano de Logística Sustentável MÓDULO I – Definições e Ações Prévias Aula 1 Sustentabilidade na Administração Pública: introdução ao tema Definições e Ações Prévias 8 Elaboração de Plano de Logística Sustentável O objetivo desta aula é apresentar, de modo geral, o tema da sustentabilidade no contexto da Administração Pública. Ao final, você terá acesso a um Quadro Normativo, com a indicação dos instrumentos que orientam os princípios legais a serem observados para implementação de uma gestão pública sustentável. Sustentabilidade na Administração Pública O tema da sustentabilidade quando aplicado à Administração Pública enseja, para além das dimensões ambiental, social e econômica (tripé da sustentabilidade), uma relação concomi- tante com outros aspectos essencialmente relevantes, como, por exemplo, as dimensões ética (direcionamento de normas e condutas transparentes), jurídico-política (dever constitucional) e de forma complementar a dimensão da cultura organizacional (valores que orientam a gestão e o contexto da organização), como ilustra a Figura 1. Figura 1: Concepção integrada da sustentabilidade Fonte: ABUD, 2019. Para Sachs (2006, p. 265), a questão da sustentabilidade pressupõe antes de tudo, “uma prudência ecológica, em nome de uma solidariedade sincrônica entre as gerações”, que impõe no plano instrumental, o princípio da eficiência econômica por um padrão macrossocial e não apenas pelo desenvolvimento pautado na lucratividade de aportes econômicos. 9 Elaboração de Plano de Logística Sustentável Destaca-se que as abordagens que se expandem para atender as diferentes aplicações conceituais sobre a sustentabilidade são condizentes quanto à observação de que essa é uma dimensão necessária para “dar luz à compreensão de uma evolução não linear dos sistemas am- bientais e humanos” (SARTORI et al., 2014, p.4). Por essa perspectiva, mais ampla e adequada ao objeto do nosso estudo, vamos tratar a noção de sustentabilidade considerando uma visão integrada e multidimensional que resulta, se- gundo Freitas (2011, p. 55), numa descrição suficiente para sublinhar a complexidade do assunto que vamos abordar, ajustando de forma conceitual e sem hierarquias as dimensões necessárias para o propósito da Administração Pública. Neste curso, vamos adotar o conceitode Sustentabilidade descrito por Freitas (2011, p. 40) como sendo um: “Princípio constitucional que determina, independentemente de regulamentação legal, com eficácia direta e indireta, a responsabilidade do Estado e da sociedade pela concretização solidária do desenvolvimento material e imaterial, socialmente inclusivo, durável e equânime, ambientalmente limpo, inovador, ético e eficiente, no intuito de assegurar, preferencialmente de modo preventivo e precavido, no presente e no futuro o direito ao bem-estar físico, psí- quico espiritual, em consonância homeostática com o bem de todos”. Essa abordagem traduz de forma singular o texto do art. 225 da Constituição Federal (CF/88), que dispõe sobre o meio ambiente. “Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à co- letividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.” Esse artigo pode ser adotado como um princípio capaz de orientar as decisões públicas. Aliás, perceba que sua compreensão reforça que as necessidades atuais devem ser atendidas e respeitadas considerando a perspectiva de as gerações presentes e futuras atenderem suas pró- prias necessidades. Além disso, podemos observar com relação à sustentabilidade que esse valor ao ser incor- porado à Administração Pública evidencia, segundo Moura (2013), o reconhecimento jurídico de uma necessidade também declarada no âmbito internacional. Esse contexto, por sua vez, favoreceu agregar ao senso comum que a adoção de condutas sustentáveis, mais do que uma necessidade, representa uma economia de larga escala, a médio e longo prazo, em especial para a Administração Pública. No âmbito internacional, vale destacar ainda que a temática está declarada na Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU), composta por 17 Objetivos do Desenvolvimento 10 Elaboração de Plano de Logística Sustentável Sustentável (ODS) e 169 metas, que configuram compromissos internacionais assumidos por di- ferentes países, entre eles o Brasil. De forma resumida, podemos destacar que o tema da sustentabilidade, quando aplicado à administração pública nos conduz a um novo paradigma, no qual o desafio de sua implemen- tação poderá ser traçado de forma sistêmica, compartilhado pelo comprometimento de todos e condizente com a tomada de decisões que integram suas diferentes dimensões: • Dimensão Ambiental: entendida como a expressão do dever legal da Administração Pública em cuidar do meio ambiente e preocupar-se com os impactos ambientais nega- tivos causados em decorrência de suas atividades, do consumo de recursos naturais e da geração de resíduos sólidos. Esta dimensão evoca a necessidade de mudança orga- nizacional e inaugura o entendimento sobre o papel indutor da organização pública no processo de incentivo e realização de boas práticas sustentáveis. • Dimensão Econômica: atenta para um consumo consciente, para a eficiência do gasto público, para a revisão das práticas organizacionais e pela incorporação de processos inovadores, como por exemplo, as compras públicas compartilhadas, e as compras e contratações com critérios de sustentabilidade. • Dimensão Social: traduz o entendimento da geração de oportunidades, de equidade de gênero e raça e de qualidade de vida no ambiente de trabalho, além da “inclusão econômica de novos fornecedores governamentais” (VILLAC, 2019, p. 20). • Dimensão Ética: implica no direcionamento de normas e condutas transparentes ca- pazes de favorecer o controle social, enseja a importância da moralidade, da prevalência da responsabilidade da Administração Pública diante dos limites da natureza determi- nada por uma atuação condicionada à responsabilidade econômica e ambiental. • Dimensão Jurídico-política: traduzida por Freitas (2011) como dever constitucional e expressa o conjunto de direitos e deveres fundamentais da sociedade, não é ativi- dade neutra e requer relação com o cumprimento de normas e a responsabilidade de decisões por parte dos gestores e trabalhadores que afetam os interesses coletivos. Segundo Villac (2019, p.61) essa dimensão “refere-se à sua eficácia imediata, não de- pendente de regulamentação”. • Dimensão da Cultural Organizacional: incorpora a reflexão sobre os valores organi- zacionais, núcleo da cultura organizacional, que determinam a forma de agir da orga- nização e orientam seus processos diretivos. Além disso, traduz o modo como os mem- bros da organização sentem, pensam e atuam nesse contexto (TAMAYO & GONDIM, 1996; SILVA & ZANELLI, 2009). 11 Elaboração de Plano de Logística Sustentável A sustentabilidade é um tema obrigatório para a Administração Pública? Para reflexão: Qual seria a sua resposta para essa pergunta? Se você concorda que é obrigatório, como a Administração Pública irá operacionalizar isso? De modo geral, é necessário considerar que, no âmbito da Administração Pública, a sus- tentabilidade não é apenas uma “vontade do gestor”. Trata-se de uma previsão legal que exige efetiva observância às normas, no direcionamento para o uso de padrões mais sustentáveis de produção e consumo, e de mudança da cultura organizacional. Diante desse cenário, o Estado não pode se tornar ausente sobre o tema da sustentabilida- de. Uma das maneiras atualmente adotadas, em especial no âmbito Federal, para atender essa regulamentação, é por meio dos Planos de Logística Sustentável. Por essa razão, privilegiamos neste curso um passo a passo para colaborar com a elaboração do PLS da sua instituição. Sobre o conjunto dos normativos constitucional e infraconstitucional que condensa o tema da sustentabilidade, organizamos um Quadro Geral que poderá servir como fonte de consulta para o aprofundamento do assunto. Para visualizá-lo, leia o material indicado abaixo, que se encontra na Biblioteca Virtual deste curso. Quadro Geral de normativos sobre o tema Que dimensões você acha que seriam importantes serem destacadas se tivéssemos que considerar a sustentabilidade como princípio para a Administração Pública? Veja uma sugestão de resposta para este exercício no link disponível no curso online. Se você pretende aprofundar seu estudo no tema da sustentabilidade, o Instituto Serzedello Corrêa oferece, nessa mesma plataforma, o Curso Sustentabilidade na Administração Pública. Para saber mais, acesse o site: https://contas.tcu.gov.br/ead/ Agenda 2030, da ONU – acesse o site: http://www.agenda2030.org.br BRASIL. Tribunal de Contas da União. Sustentabilidade na Administração Pública Federal. Disponível em: <https://portal.tcu.gov.br/biblioteca-digital/sus- tentabilidade-na-administracao-publica-federal.htm> Exercício 01 Saiba mais! 12 Elaboração de Plano de Logística Sustentável Aula 2 Plano de Logística Sustentável: definição e objetivo O objetivo desta aula é apresentar os principais conceitos do Plano de Logística Sustentável, definir o seu objetivo, e indicar quem deve elaborar um PLS. Além disso, vamos descrever, em linhas gerais, a estrutura desse documento. O que é um Plano de Logística Sustentável? Podemos conceituar o PLS considerando a definição declarada nos normativos dos poderes: Legislativo, Judiciário e Executivo. Para o Legislativo, vamos usar o exemplo do Senado Federal. 13 Elaboração de Plano de Logística Sustentável Ferramenta de planejamento que possibilita estabelecer práticas de sustentabilidade e de racionali- zação dos gastos institucionais e dos processos administrativos, caracterizando uma agenda estrutu- rante para uma atuação sócio ambientalmente correta. Instrumento vinculado ao planejamento estratégico do Poder Judiciário, com objetivos e responsabi- lidades definidas, ações, metas, prazos de execução, mecanismos de monitoramento e avaliação de resultados, que permite estabelecer e acompanhar práticas de sustentabilidade, racionalização e qua- lidade que objetivem uma melhor eficiência dogasto público e da gestão dos processos de trabalho, considerando a visão sistêmica do órgão. Ferramenta de planejamento com objetivos e responsabilidades definidas, ações, metas, prazos de execução e mecanismos de monitoramento e avaliação que permite ao órgão ou entidade estabe- lecer práticas de sustentabilidade e racionalização de gastos e processos na Administração Pública. Para reflexão: Quais semelhanças você percebeu nos conceitos apresentados? PODER LEGISLATIVO Ato da Diretoria-Geral n°24, de 2014, do Senado Federal PODER JUDICIÁRIO Resolução CNJ N° 201, de 2015 PODER EXECUTIVO Instrução Normativa MPOG N°10, de 2012 14 Elaboração de Plano de Logística Sustentável Quem deve elaborar o Plano de Logística Sustentável? Poder Legislativo Diferente das orientações dos Poderes Executivo e Judiciário, no âmbito do Legislativo Federal, as diretrizes para elaboração dos Planos obedecem a normativos internos e encontram alinhamento institucional com as diretrizes estratégicas de cada órgão: Senado Federal, Câmara dos Deputados e Tribunal de Contas da União. Vale ressaltar que está em tramitação na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei n° 10.453, de 2018, de iniciativa do Senado Federal, que dispõe sobre as diretrizes e os instrumentos de planejamento (plano de logística sustentável) de ações de sustentabilidade e responsabilidade socioambiental no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios. À época da elabora- ção deste conteúdo, a matéria havia sido aprovada no Senado Federal e aguardava o resultado da tramitação na Câmara dos Deputados. Caso seja do seu interesse, confira no site do Senado a situação atual. Poder Judiciário Resolução do Conselho Nacional de Justiça n° 201, de 2015. Art. 1º Os órgãos do Poder Judiciário relacionados nos incisos I-A a VII do art. 92 da Constituição Federal de 1988, bem como nos demais conselhos, devem criar unidades ou núcle- os socioambientais, estabelecer suas competências e implantar o respectivo Plano de Logística Sustentável (PLS-PJ). Poder Executivo Instrução Normativa n° 10, de 2012. Art. 4º Os PLS devem ser elaborados pelo órgão ou entidade e sua delegação e aprovação será de responsabilidade do Secretário-Executivo do respectivo Ministério, ou cargo equivalente no caso das Autarquias, Fundações e empresas estatais dependentes. Qual o objetivo do PLS? Como já comentamos neste curso, o PLS tem a finalidade de promover a eficiência e a racionalização do gasto público, a redução dos impactos socioambientais negativos e a sensi- bilização do corpo funcional, considerando uma visão integrada dos processos organizacionais, conforme ilustra a Figura 2. 15 Elaboração de Plano de Logística Sustentável Figura 2: Objetivos do Plano de Logística Sustentável Promover eficiência do gasto público Gerar economia de recursos financeiros naturais Diminuir os impactos ambientais negativos Plano de Logística Sustentável Contribuir para uma nova cultura organizacional Incentivar um consumo consciente Fonte: Senado Federal, Plano de Logística Sustentável: Roteiro de Elaboração, p. 12, 2009. Para reflexão: Que outros objetivos você considera que podem ser atribuídos ao PLS? Veja a seguir exemplos de objetivos destacados pela Advocacia-Geral da União (AGU): • Consolidar, organizar, aprimorar e sistematizar as boas práticas de responsabilidade; • Difundir e promover a prática de ecoeficiência; • Promover a melhoria continua dos processos de trabalhos com a inserção de requisitos de sustentabilidade; • Promover a aprendizagem organizacional, especialmente no que se refere à gestão por resultados; • Promover o desenvolvimento de competências para a sustentabilidade e a capacitação continuada; • Promover a sensibilização do corpo funcional para os impactos ambientais, sociais e econômicos decorrentes da atividade produtiva. 16 Elaboração de Plano de Logística Sustentável Existe um padrão para elaboração do PLS? De modo geral, as orientações oferecidas, tanto pelo Legislativo quanto pelo Judiciário e Executivo, consideram a necessidade dos seguintes conteúdos: • Inventário de bens e materiais do órgão ou entidade e identificação de similares de menor impacto ambiental para substituição; • Práticas de sustentabilidade e de racionalização do uso de materiais e serviços; • Responsabilidades, metodologia de implantação, metas, indicadores e avaliação do PLS; • Ações de divulgação, conscientização e capacitação e educação ambiental. Mas, qual o primeiro passo para elaborar um PLS? Vamos apresentar, a partir de agora, um roteiro resumido para a elaboração do Plano de Logística Sustentável. O que vamos demonstrar é a estrutura do PLS e o conteúdo que será abor- dado. Porém, não se preocupe! Cada um dos itens será detalhado nas próximas aulas. Para a construção do PLS, existem algumas ações que devem ser executadas previamente. A primeira delas é a constituição da Comissão Gestora. ETAPA 1. CONSTITUIÇÃO DA COMISSÃO GESTORA O pré-requisito para a elaboração do PLS é a constituição de uma Comissão Gestora, for- mada por representantes de unidades envolvidas, que devem ser nomeados formalmente para compor esse grupo, cuja atribuição será coordenar a formulação do PLS, entre outras funções. Consideramos igualmente importante que uma organização pública possua uma Política de Responsabilidade Socioambiental declarada. Tal normativo interno não é pré-requisito obri- gatório para a elaboração do PLS, no entanto, pode contribuir para organizar as diretrizes e os princípios que orientam a gestão para sustentabilidade na instituição. Caso o seu órgão ainda não possua nenhuma iniciativa nesse sentido, é hora de elaborar esse documento! Então, que tal conhecer as Políticas de Responsabilidade Socioambiental do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do Tribunal de Contas da União. Para isso, leia o material disponibilizado nos endereços eletrônicos a seguir. 17 Elaboração de Plano de Logística Sustentável Senado Federal: https://www12.senado.leg.br/transparencia/leg/pdf/normas/ATO DACOMISSODIRETORAN4DE2013.pdf Tribunal de Contas da União: https://portal.tcu.gov.br/lumis/portal/file/fileDownload. jsp?fileId=8A81881E69B06514016A13962267170B Câmara dos Deputados: https://www2.camara.leg.br/a-camara/estruturaadm/ gestao-na-camara-dos-deputados/responsabil idade-social-e-ambiental/ ecocamara/arquivos/portaria-no-336-de-19-11-2010 Cumprida essa fase preliminar de constituição da Comissão Gestora, e de possível publica- ção de uma política de responsabilidade socioambiental, vamos conhecer as etapas seguintes? ETAPA 2. REALIZAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DA ORGANIZAÇÃO: Constituída a Comissão Gestora, caberá a ela atuar na realização das seguintes atividades, em articulação com os gestores das áreas envolvidas: • Construção do inventário de bens e materiais; e • Levantamento das práticas de sustentabilidade já existentes. ETAPA 3. CONSTRUÇÃO DOS PLANOS DE AÇÃO Com o diagnóstico e o inventário em mãos, a Comissão elegerá os eixos temáticos que serão trabalhados. O próximo passo será pensar os objetivos da entidade associados a cada eixo temático. Cada tema pode ter um ou mais objetivos que promovam a sustentabilidade. Esse é o momento de a Comissão começar as reuniões com as áreas responsáveis pelos temas, pois os objetivos devem ser definidos conjuntamente com as áreas técnicas. O próximo passo será elencar as ações a serem implementadas com vistas ao alcance do objetivo. Para cada objetivo poderá ser proposto um conjunto de ações, sempre em consenso com a área técnica que será responsável por sua implantação. Depois devem ser definidas as metas a serem perseguidas pelo órgão, ou seja, o quanto o órgão pretende avançar em direção ao objetivo, e os indicadores a serem calculados para aferi- ção dos resultados alcançados, ou seja, para verificação do alcance das metas. Assim, para cada objetivo será preenchida uma matriz, de forma que o Plano em si será composto do conjuntodas matrizes. Lembre-se: Nas próximas aulas, iremos explorar com mais detalhes cada uma dessas etapas! 18 Elaboração de Plano de Logística Sustentável ETAPA 4. APROVAÇÃO E PUBLICAÇÃO DO PLANO A versão que será encaminhada à Diretoria da Casa ou órgão superior de gestão para apro- vação é composta pelo conjunto das matrizes organizadas por eixos temáticos e pelo inventário de bens e materiais. Ao longo do curso, você poderá ter acesso aos Planos de Logística Sustentável de ou- tros órgãos. Esses exemplos poderão integrar experiências e contribuir com a realidade da sua instituição. O documento aprovado deve seguir para publicação. O ideal é dar ampla divulgação ao PLS, adotando-se, para isso, a intranet e a internet como meio de disseminação desse documento. ETAPA 5. EXECUÇÃO DOS PLANOS DE AÇÃO: IMPLANTAÇÃO DO PLS Após a publicação do PLS, as unidades envolvidas devem seguir com a implantação das ações propostas. O detalhamento das ações, descrito na Matriz de Referência do Legislativo, contribui para orientar esta fase de execução. O ideal é estar atento às metas e registrar, periodicamente, o andamento das ações previstas. ETAPA 6. MONITORAMENTO E RELATÓRIO DE DESEMPENHO O monitoramento acontece em duas etapas e consiste numa análise periódica do proces- so. A primeira delas trata do acompanhamento, em períodos curtos, das ações estabelecidas no PLS. A segunda fase compõe o apanhado geral dos dados ao final do ano ou ao término de vigência do PLS. O conjunto dos dados monitorados serve de base para a construção do Relatório. Nesse documento, vamos descrever os resultados alcançados, por meio dos indicadores, e compará-los com as metas propostas. Nos casos em que as metas não tenham sido atingidas, pode-se consi- derar a adoção de notas explicativas que justifiquem os resultados. De modo geral, os planos apresentam um ciclo bianual e o monitoramento das ações é realizado em períodos mais curtos. Isso possibilita acompanhar o processo de forma permanente, e corrigir, caso necessário, eventuais distorções. ETAPA 7. REVISÃO/NOVA VERSÃO Na fase de elaboração do Relatório, devemos considerar a construção paralela da nova versão do PLS, que poderá ser lançada de forma simultânea, para que o esforço empreendido na primeira versão tenha continuidade para o próximo exercício. 19 Elaboração de Plano de Logística Sustentável Chegamos ao final deste material e aproveitamos para destacar que a Figura 3 a seguir ilustra o processo de elaboração do PLS. Ela será adotada como referência para as nossas próxi- mas aulas, combinado! Figura 3: Sistematização dos passos para organização do Plano de Logística Sustentável Instituição da COMISSÃO GESTORA Construção dos PLANOS DE AÇÃO/ MATRIZ DE REFERÊNCIA Realização do DIAGNÓSTICO da organização APROVAÇÃO E PUBLICAÇÃO do Plano de Logística Sustentável EXECUÇÃO dos Planos de Ação REVISÃO do PLS e Publicação da nova versão 01 02 03 04 05 06 07 Etapas para Elaboração do Plano de Logística Sustentável MONITORAMENTO dos Planos de Ação Fonte: Senado Federal, Plano de Logística Sustentável: Roteiro de Elaboração, p. 16, 2009. Na sua opinião, explique como um PLS pode ajudar a melhorar a instituição em que você trabalha. Veja uma sugestão de resposta para este exercício no link disponível no curso online. • Plano de Logística Sustentável: Diretrizes – Advocacia Geral da União, disponível em: https://www.agu.gov.br/page/content/detail/id_conteudo/310816 • Manual para Elaboração e Implementação dos Planos de Logística Sustentável dos Tribunais de Contas, disponível em: https://www.tce.pi.gov. br/disponibilizado-manual-para-elaboracao-e-implementacao-dos-planos-de-lo- gistica-sustentavel-dos-tribunais-de-contas Exercício 02 Saiba mais! 20 Elaboração de Plano de Logística Sustentável Aula 3 Ações prévias para a estruturação do PLS Agora que já sabemos qual o papel da Comissão Gestora na elaboração do PLS, pode- mos aprofundar um pouco mais nesse assunto, detalhando, por exemplo, quem deve compor a Comissão e quais as atribuições desse grupo. Além disso, você poderá ter acesso ao exemplo do Legislativo Federal e ao modelo dos instrumentos de nomeação. 21 Elaboração de Plano de Logística Sustentável Quem deve compor a Comissão Gestora? A Comissão Gestora deverá ser composta por uma equipe multidisciplinar com compo- nentes de diversas áreas do órgão ou entidade. A multidisciplinaridade é fundamental para fazer com que os setores se engajem no PLS e todas as ações possam ter a transparência que o processo exige. No âmbito do Poder Judiciário, por exemplo, a Resolução do CNJ indica quem deverá integrar a Comissão Gestora. Nesse caso, ela é composta, obrigatoriamente, por servidores da unidade socioambiental, da unidade de planejamento estratégico e da área de compras ou aqui- sições do órgão ou conselho do Poder Judiciário. No Poder Executivo, a Comissão deverá ser composta por no mínimo três servidores, de- signados pelos respectivos titulares dos órgãos ou entidades. No âmbito do Legislativo, como ainda não há uma norma para determinar a obrigação de elaboração do PLS, tomamos como exemplo a Portaria de nomeação da Comissão Gestora do Senado Federal. Nesse órgão, a Comissão foi composta por representantes das áreas administra- tiva e legislativa, cabendo à área socioambiental a condução dos trabalhos a serem desenvolvidos. Quais são as atribuições da Comissão Gestora? As atribuições principais são: • Coordenar a formulação do PLS; • Estabelecer metodologia para coleta e sistematização dos dados; • Determinar em consenso com as áreas envolvidas: objetivos, metas, prazos e indicadores; • Propor, instigar e fomentar o desenvolvimento de iniciativas inovadoras (Diretrizes AGU); • Comunicar e divulgar os resultados; e • Propor e acompanhar a revisão e nova publicação do PLS. Seguindo o nosso Roteiro, após a constituição da Comissão Gestora, o próximo passo é a realização do inventário e do diagnóstico institucional. Esta etapa compreende: • Construção do inventário de bens e materiais; e • Levantamento das práticas de sustentabilidade já existentes. 22 Elaboração de Plano de Logística Sustentável Lembre-se: A comissão gestora é multidisciplinar e deverá ser constituída oficialmente. Leia o material indicado a seguir, que se encontra na Biblioteca Virtual deste curso. Modelo de normativo para constituição da Comissão Gestora O que é um inventário de bens e materiais e qual a sua importância? O inventário de bens e materiais corresponde a uma lista atualizada de bens e materiais adquiridos corriqueiramente pelo órgão, com a identificação dos itens possíveis de serem substi- tuídos por similares de menor impacto ambiental. Representa no PLS um diagnóstico importante para a tomada de decisões estratégicas em direção à sustentabilidade, pois nos permite enxergar o quanto é possível avançar na inserção de critérios de sustentabilidade nas aquisições de bens e produtos do órgão. Como critérios de sustentabilidade, podemos citar, de forma genérica: • origem legal da matéria prima; • os produtos a serem constituídos no todo ou em parte por materiais recicláveis; • faixa de consumo energético dos equipamentos; • certificações obrigatórias (etiqueta nacional de conservação de energia); • certificações voluntárias (FSC, CERFLOR); • requisitos de qualidade, durabilidade, biodegrabilidade, reciclabilidade; • preferência a materiais duráveis à descartáveis; • logística reversa, dentre outros. Para facilitar, estão disponíveis para consulta diversos catálogos de materiais com critérios de sustentabilidade, manuais e guias para a realização de licitações sustentáveis. Veja, no final desta aula, o item Saiba Mais! 23 Elaboração de Plano de Logística Sustentável Além disso, a avaliação do inventário pode também trazer à tona a necessidade de me- lhorias na logística de suprimentos, de modo a torná-la mais eficiente e sustentável. A exemplo, podemosmencionar a identificação de algumas situações passíveis de aperfeiçoamento: • itens pertencentes ao catálogo que estão sem estoque e não são objeto de requisição por um determinado período considerado. Pode-se depreender que não fazem mais parte dos padrões de consumo do órgão, podendo ter suas especificações inativadas; • itens constituídos por tecnologias obsoletas, incompatíveis com os equipamentos em operação; • itens com unidades em estoque, porém sem movimentação por um período de tempo considerado; e • processos de trabalho antiquados, necessitando de remodelagem para vir a contribuir com a economia de recursos, o uso eficiente de materiais e o incremento da qualidade dos serviços. Trazemos a experiência do Almoxarifado Zero, como exemplo de aperfeiçoamento na lo- gística de suprimento de materiais. O modelo instituído pelo Tribunal de Contas da União tem por objetivo aumentar a eficiência reduzir os custos com o armazenamento e suprimento de materiais. Essa é uma tendência que vem se consolidando na Administração Pública. Experiência do Almoxarifado Zero no Tribunal de Contas da União Mas como fazer o inventário? Depois de conhecermos a experiência do TCU, voltemos à construção do nosso inventário de bens e materiais, parte integrante do PLS. O primeiro passo é solicitar ao Setor de Patrimônio uma lista atualizada dos bens e mate- riais adquiridos no período de um ano. Selecione os grupos ou subgrupos de produtos que se pretende iniciar a substituição por similares sustentáveis. Sugerimos a avaliação do impacto ambiental, levando em consideração, especialmente, o ciclo de vida do produto correspondente à origem da matéria-prima, o comportamento durante a vida útil e seu descarte final, além das normas ambientais relacionadas a determinados produtos e materiais. 24 Elaboração de Plano de Logística Sustentável Alguns destaques: • materiais fabricados em madeira, pois a exigência da origem legal é impositiva e a sua observância deve ser rigorosa, dado o impacto ambiental relacionado. • materiais que exigem o cumprimento da logística reversa, nos termos do art. 33 da Lei nº 12.305, de 2010. São eles: pilhas e baterias, pneus, óleos lubrificantes, seus resí- duos e embalagens, produtos eletroeletrônicos e seus componentes. O próximo passo é a formatação do Inventário. Elabore uma lista de materiais agrupados conforme a situação patrimonial, classificados nos subgrupos “material permanente” ou “ma- terial de consumo”, detalhando quantidades, se sustentável ou não, valores unitários e/ou total, tempo de estoque, dentre outros itens que considerar relevante. Para auxiliar na construção do inventário, disponibilizamos aqui um modelo de tabela que poderá ser adotado para construção desta etapa. Tabela 1. Modelo de Tabela para construção do Inventário de bens e materiais. Inventário de bens e materiais Situação Patrimonial Descrição do Item Quantidade em estoque Unidade de Medida Valor R$ Item sustentável Agora que você já construiu a tabela do inventário de bens e materiais, contendo os itens divididos em grupos ou subgrupos, faça uma avaliação dos produtos sobre os quais podem ser aplicados os critérios de sustentabilidade. Estabeleça um percentual para que, de forma gradativa, tais atributos passem a ser incor- porados pela organização. Esta opção pode inclusive vir a se tornar uma ação do PLS, descrita no eixo temático Material de Consumo, que trataremos mais adiante neste curso. Para Reflexão: Considerando que você já organizou o Inventário de bens e materiais da forma aqui descrita, qual seria o seu próximo passo? Uma vez construído o Inventário descrito, caberá realizar o Diagnóstico Institucional, por meio do Levantamento das Ações de Sustentabilidade desenvolvidas pelo órgão. Vamos apren- der um pouco mais sobre isso? 25 Elaboração de Plano de Logística Sustentável Diagnóstico Institucional Esta fase do PLS busca organizar as ações de sustentabilidade realizadas pela organização. Como realizar o levantamento das ações de sustentabilidade? Independentemente de se ter ou não um PLS, é comum aos órgãos públicos executarem ações na área de sustentabilidade. O diagnóstico institucional permite mapear e identificar essas ações. Posteriormente, a Comissão avaliará se essas ações serão incorporadas ao PLS. Para esse diagnóstico, podemos trabalhar com uma lista simples que deverá ser preenchida pelos setores com as ações. Lembre-se de avaliar o que está sendo realizado, onde e quando irá começar ou terminar a as ações propostas. Pensando no processo de constituição da Comissão Gestora, identifique no seu órgão o que segue: 1) Quais são as áreas que podem contribuir de forma direta com a elaboração do PLS? 2) Quais unidades estariam de forma indireta vinculadas às ações do PLS? Lembre-se de listar unidades ou setores. Veja uma sugestão de resposta para este exercício no link disponível no curso online. Saiba mais! Se você pretende aprofundar seu estudo no tema, o Instituto Serzedello Corrêa ofe- rece, nessa mesma plataforma, o Curso Compras e Contratações Sustentáveis. Para saber mais acesse o site: https://contas.tcu.gov.br/ead/ • Guia Nacional de Licitações Sustentáveis: https://www.agu.gov.br/page/ content/detail/id_conteudo/706811 • Guia de Contratações Sustentáveis do MPF: http://bibliotecadigital.mpf. mp.br/bdmpf/bitstream/handle/11549/109657/9_Guia_de_contratacoes_susten- taveis.pdf?sequence=1&isAllowed=y • Guia Prático de Licitações Sustentáveis do STJ: http://www.stj.jus. br/static_files/STJ/Midias/arquivos/socioambiental/GuiaPr%C3%A1tico_ VERS%C3%83OFINAL_Licita%C3%A7%C3%B5esSustent%C3%A1veis_STJ.pdf Exercício 03 26 Elaboração de Plano de Logística Sustentável MÓDULO II – Elaboração e implantação do Plano Aula 4 Definição dos eixos temáticos e construção das ações Elaboração e implantação do Plano 27 Elaboração de Plano de Logística Sustentável Nesta aula, vamos definir os eixos temáticos e propor novas ações com base no levan- tamento que realizamos no diagnóstico. Vamos começar, porém, apresentando um conceito importante que se refere à maturidade organizacional. O que é Maturidade Organizacional? É importante que a definição dos eixos temáticos, dos objetivos e das ações do PLS seja realizada em sintonia com a realidade da instituição. Assim, é necessário que os componentes da Comissão tenham conhecimento sobre o funcionamento das áreas, das práticas e dos processos internos da organização. O PLS deve refletir uma relação coerente entre a quantidade e a qualidade dos objetivos e das ações propostas. Um PLS recheado de ações que não são factíveis está fadado a ser revisto em pouco tempo. Ao longo dos últimos anos, a experiência com os Planos de Logística Sustentável tem de- monstrado, em alguns casos, que a declaração de uma grande quantidade de ações pode não ser o mais adequado para o sucesso de um PLS. Isso porque a instituição pode não estar preparada para a implantação de diversos proces- sos inovadores. A esse estado da arte – em que se observa o quanto uma organização está preparada para gerenciar suas iniciativas – chamamos de maturidade. O grau de maturidade da organização pode sinalizar a abrangência dos eixos temáticos e a quantidade de ações a serem propostas. Quando a maturidade para o alcance de algum dos objetivos ainda não está completa, é possível propor ações no PLS que preparem os setores para realizá-las num plano futuro, ou seja, em outro momento, numa segunda versão, por exemplo. Na fase de construção dos Eixos Temáticos e definição dos objetivos e das ações, o ideal é ter clareza do que poderá ser realizado, estabelecer metas precisas e considerar especialmente que estamos lidando com um processo de mudança da cultura organizacional. Isso envolve a percepção e o comprometimento dos gestores e servidores. Lembre-se que uma organização é uma unidade social e as mudanças descrevem um processo lento e gradativo em prolda susten- tabilidade e do alcance da maturidade. Assim, não se incomode caso o PLS da sua organização, em sua primeira versão, pare- ça “enxuto”. O aspecto fundamental que deverá ser considerado é se as ações propostas no 28 Elaboração de Plano de Logística Sustentável documento são coerentes e capazes de multiplicar boas práticas para a instituição. Dessa forma, ao eleger as ações, lembre-se de levar em conta a exequibilidade do PLS, combinado? Agora que já sabemos sobre a importância de um modelo de Maturidade Organizacional, vamos ajustar nossas ações aos objetivos e eleger os Eixos Temáticos? Mas, o que é um Eixo Temático? São os temas, assuntos abordados no PLS, nos quais serão agrupados os objetivos e as ações, com vistas a organizar o plano. No âmbito do Legislativo Federal, consideramos que o conteúdo mínimo do PLS deverá abordar os seguintes temas: • Material de consumo; • Energia elétrica; • Gestão de água e saneamento ambiental; • Gestão de resíduos sólidos; • Compras públicas e contratações sustentáveis; • Deslocamento de pessoal; • Sensibilização e capacitação de servidores (ou Educação para a sustentabilidade). A Agenda Ambiental da Administração Pública (A3P) e a Instrução Normativa n° 10, do MPOG, também poderão servir de base para essa construção. Nesses documentos, a orientação dispõe sobre os seguintes temas: Eixos temáticos da A3P: • Uso racional dos recursos naturais e bens públicos; • Gestão adequada dos resíduos gerados; • Qualidade de vida no ambiente de trabalho; • Sensibilização e capacitação dos servidores; 29 Elaboração de Plano de Logística Sustentável • Compras públicas sustentáveis; • Construções sustentáveis. Eixos Temáticos MPOG – IN 10/2012: • Material de consumo (papel para impressão, copos descartáveis e cartuchos para impressão); • Energia elétrica; • Água e esgoto; • Coleta seletiva; • Qualidade de vida no ambiente de trabalho; • Compras e contratações sustentáveis; e • Deslocamento de pessoal (com foco na redução de gastos e de emissões de substâncias poluentes). Porém, conforme o nosso grau de maturidade organizacional, podemos ajustar outros Eixos Temáticos e construir um PLS de acordo com a realidade da instituição e a sua capaci- dade de inovação. Conheça a lista a seguir, com sugestões de eixos temáticos, presentes no Portfolio de Ações, que poderá servir como fonte de consulta para elaboração do PLS da sua instituição: • Serviços de impressão; • Qualidade de vida no ambiente do trabalho; • Arborização e manutenção de áreas verdes; • Serviços gráficos; • Tecnologia da informação; • Acessibilidade; • Obras e construções sustentáveis; 30 Elaboração de Plano de Logística Sustentável • Padronização de termo de referência; • Limpeza; • Telefonia; • Vigilância; • Combustível; • Veículos; • Copeiragem e fornecimento de água; • Apoio administrativo; • Comunicação; • Capacitação socioambiental; • Processo eletrônico. O Portfólio de Ações é um catálogo que reúne um conjunto de 806 iniciativas, distribuídas em 24 eixos temáticos e descritas nos Planos de Logística Sustentável dos órgãos dos Poderes Legislativo, Judiciário e Executivo. Ele contribui para ilustrar as boas práticas adotadas pelos ór- gãos as quais podem ser replicadas, na medida das suas especificidades, em outros Planos. Leia o material indicado a seguir, que se encontra na Biblioteca Virtual deste curso. Portfólio de ações 31 Elaboração de Plano de Logística Sustentável A seguir, alguns exemplos de ações ligadas aos eixos temáticos presentes nos Planos do Tribunal de Contas da União, do Senado Federal e da Câmara dos Deputados: Exemplo 1 – EIXO TEMÁTICO SERVIÇOS DE IMPRESSÃO – Outsourcing de impressão no TCU – impressoras localizadas em uma “ilha”, que atende ao corredor inteiro. Exemplo 2 – EIXO TEMÁTICO CONSTRUÇÕES – Construção de viveiro sustentável no Senado Federal. 32 Elaboração de Plano de Logística Sustentável Exemplo 3 – EIXO TEMÁTICO ÁGUA – Espelho d’água abastecido com água bruta na Câmara dos Deputados. Exemplo 4 – EIXO TEMÁTICO CONSUMO SUSTENTÁVEL – Feira de produtos orgâni- cos no TCU. 33 Elaboração de Plano de Logística Sustentável Exemplo 5 – EIXO TEMÁTICO GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – Construção de um Ecoponto de coleta de recicláveis no Senado Federal. Exemplo 6 – EIXO TEMÁTICO MOBILIDADE URBANA – Vestiário acessível para ciclistas na Câmara dos Deputados. 34 Elaboração de Plano de Logística Sustentável Exemplo 7 – EIXO TEMÁTICO ENERGIA – Instalação de usina fotovoltaica no TCU. Exemplo 8 – EIXO TEMÁTICO RESÍDUOS SÓLIDOS – Compostagem de resíduos orgânicos no Senado Federal. 35 Elaboração de Plano de Logística Sustentável Exemplo 9 – EIXO TEMÁTICO ÁREAS VERDES – Plantio de árvores no Bosque dos Constituintes da Câmara dos Deputados. Faça uma relação contendo os eixos temáticos que você acha viável de serem implantados em um PLS no seu órgão. Em uma segunda relação, liste objetivos e relacione ações que você acha possível de serem executa- das, levando-se em conta os eixos temáticos citados na primeira relação. Veja uma sugestão de resposta para este exercício no link disponível no curso Exercício 04 Saiba mais! • Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P): www.mma.gov.br • Banco de boas práticas: http://www.mma.gov.br/informma/item/520-banco- de-boas-pr%C3%A1ticas • O Senado Federal lançou o ISAP – Iniciativas Sustentáveis para Administração Pública, que compõem um conjunto de ações que também pode colaborar com a construção do seu PLS. Para ter acesso ao documento, use o QR Code. 36 Elaboração de Plano de Logística Sustentável Aula 5 Matriz de Referência do Legislativo Como preencher os campos da Matriz de Referência do Legislativo 37 Elaboração de Plano de Logística Sustentável Agora que já definimos os Eixos Temáticos e selecionamos quais os objetivos e as ações irão compor o PLS, vamos apresentar nesta aula a Matriz de Referência do Legislativo, que po- derá ser adotada para detalhamento das ações e definição de metas, prazos, unidades respon- sáveis, indicadores e ganhos de sustentabilidade. Além disso, a Matriz também faz referência aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e deverá indicar a relação com o objetivo correspondente da Agenda 2030, da ONU. Com o inventário elaborado e o diagnóstico das ações de sustentabilidade realizado, é hora de preencher a Matriz de Referência do Legislativo. Vale destacar que o conjunto das matrizes, organizadas por eixos temáticos, irão compor a parte central do Plano de Logística Sustentável. O primeiro passo desta etapa é definirmos o período de vigência do PLS. Vamos conhecer um pouco mais sobre isso! Qual o ciclo de duração do Plano de Logística Sustentável? Definir esse limite temporal será importante para que a Comissão Gestora possa planejar o que é possível fazer nesse primeiro período e o que pode ser deixado para uma segunda edição do PLS, por exemplo. De modo geral, costuma-se adotar um ciclo de dois anos de vigência para a execução do PLS. Uma vez estabelecido esse período, pela Comissão Gestora em consonância com a Direção da Casa, as ações previstas deverão ser delineadas considerando essa informação. Observe que ações de médio e longo prazo podem ser incluídas no PLS. No entanto, é importante que o detalhamento da ação, que veremos mais adiante, sinalize que parte dessa iniciativa terá início nos primeiros dois anos. Por exemplo: uma usina fotovoltaica poderá ter um prazo de 5 (cinco) anos para instalação, mas os estudos preliminares poderão ter início na primei- ra versão do PLS. As ações seguintes irão compor as versões posteriores do Plano. Após a definição do prazo de vigência, devemos declarar os objetivos associados a cada eixo temático. Esse é o momento de a Comissão iniciar as reuniões com as áreas responsáveis pe- los temas, pois os objetivos devem ser definidos conjuntamente com as unidades técnicas envol- vidas nesse processo.Para cada objetivo estabelecido, poderá ser proposta uma ou mais ações. Na sequência, devem ser definidas as metas a serem alcançadas e os indicadores que serão adotados para mensurar os resultados. A meta é determinada de acordo com tempo e os meios que a organização possui para alcançar o objetivo declarado, por exemplo: reduzir o consumo de água em 5%, no período de 2 anos. Em relação aos indicadores, eles nos possibi- litam determinar o quanto as ações declaradas fizeram o órgão avançar em direção ao alcance das metas estabelecidas. 38 Elaboração de Plano de Logística Sustentável Como organizar novas ações de sustentabilidade para o PLS? Além das ações de sustentabilidade identificadas, que estão em andamento ou que já foram concluídas, serão propostas novas ações para a construção do PLS. Essa iniciativa pode será incentivada pela Comissão Gestora, ouvindo as áreas responsáveis e envolvidas e consul- tando planos de outras organizações, de tal modo que as novas ações possam ser ajustadas à realidade da instituição. Como organizar todas essas informações? Para facilitar e padronizar a elaboração do PLS, propomos que todo esse trabalho seja re- alizado por meio de uma matriz comum, denominada Matriz de Referência do Legislativo, que contém os campos a serem ocupados pelos dados que mencionamos aqui. O que é a Matriz de Referência do Legislativo? A matriz de referência do Legislativo é um modelo de planilha que foi desenvolvido a partir das experiências que o Tribunal de Contas da União, Senado Federal e Câmara dos Deputados tiveram ao elaborar e implantar os respectivos PLS. Também é o resultado do trabalho de um grupo multidisciplinar que compõe a Rede do Legislativo Sustentável. A matriz contém todas as informações relacionadas ao objetivo, inclusive as ações que serão executadas, as metas e os indicadores, bem como outros campos, que serão detalhados mais adiante. Seu preenchimento facilita a organização das ideias debatidas e acordadas entre a Comissão Gestora e áreas técnicas. Além disso, a Matriz de Referência do Legislativo foi aplicada e discutida com alunos (as) do Curso “Câmaras Verdes: elaboração de PLS”, realizado no Distrito Federal e nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia. Esse processo possibilitou validar a matriz e ajustá-la à realida- de brasileira das Câmaras Municipais, Assembleias Legislativas e Tribunais de Contas Estaduais. 39 Elaboração de Plano de Logística Sustentável Como preencher a Matriz de Referência do Legislativo? Conheça, a seguir, a Matriz de Referência do Legislativo (Figura 4) e alguns detalhes sobre seus campos e forma de preenchimento. Figura 4. Matriz de Referência do Legislativo 1. EIXO TEMÁTICO: É o assunto do qual se está tratando. Serve como item de agregação para organizar os ob- jetivos de sustentabilidade. Descreve o conjunto de objetivos que possuem características comuns. Exemplos: • Energia; • Gestão de resíduos; • Material de consumo. 40 Elaboração de Plano de Logística Sustentável 2. OBJETIVOS DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL – ODS: Relaciona a ação que será realizada com o ODS correspondente. Para esta associação, de- veremos adotar o quadro correspondente apresentado a seguir. Os ODS são um conjunto de 17 objetivos estratégicos que fazem parte da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas. É fundamental que o PLS esteja alinhado com esses objetivos, conforme ilustra o Quadro 1. Quadro 1. Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. ODS OBJETIVO CORRESPONDENTE Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares. Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável. Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades. Assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos. Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas. 41 Elaboração de Plano de Logística Sustentável Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos. Assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia para todos. Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todos. Construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a inovação. Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles. Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis. Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis. 42 Elaboração de Plano de Logística Sustentável Tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima e seus impactos. Conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável. Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade. Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis. Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável. O detalhamento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis pode ser acessado nesse link: https://nacoesunidas.org/pos2015/agenda2030. 3. OBJETIVO: Deve expressar de forma clara o resultado de sustentabilidade que se pretende atingir. Exemplos: • Reduzir o consumo de energia elétrica; • Reduzir o consumo de papel A4; 43 Elaboração de Plano de Logística Sustentável • Instalar usina de geração fotovoltaica de energia; e • Reduzir o consumo de copos descartáveis. 4. META: Dimensionamento do objetivo ao fim de um período. Deve estar sempre associada a prazos. Exemplo: • Economizar 15% do total de energia consumida pelo órgão. 5. PRAZO: É um marco temporal futuro determinado pela Comissão Gestora em consonância com as unidades envolvidas para o alcance da meta estipulada. Exemplos: • 18 meses; • Um ano; • 60 dias. 6. INDICADOR: É a medida que será utilizada para quantificar o alcance do objetivo. Exemplos: • Percentual de redução do consumo de energia; • Quantidade de copos plásticos consumidos por pessoa na organização. 7. UNIDADE RESPONSÁVEL: Unidade responsável pelo alcance do objetivo proposto, pelo acompanhamento das ações relacionadas ao objetivo e pelo fornecimento dos resultados à Comissão Gestora. 44 Elaboração de Plano de Logística Sustentável 8. AÇÃO: Iniciativas que serão implantadas com vistas ao alcance dos objetivos propostos. Exemplos: Ações propostas para consecução do objetivo “Reduzir o consumo de papel A4”: • Implantar Política de Impressão; • Implantar o sistema de processo eletrônico; • Realizar campanhas de sensibilização para redução do consumo de papel A4; • Padronizar a configuração de impressão em frente e verso em todas as impressoras do órgão. 9. PRAZO: É o tempo necessário para que a ação seja implementada. 10. UNIDADE ENVOLVIDA: Setor responsável por executar, ou auxiliar na execução da ação. 11. SÉRIE HISTÓRICA: Registro dos dados relacionados ao indicador apurados ao longo do tempo. A exemplo, podemos citar: consumo de água em m3, percentual de servidores capacitados em compras públicas sustentáveis. Poderá haver casos em que o indicador proposto é inovador e nunca foi apurado antes, caso em que o campo série histórica não terá registro, sendo construída a partir de então. Lembre-se que: “Informações sobre desempenho são essencialmente comparativas. Um conjunto de dados isolado mostrando os resultados atingidos por uma instituição não diz nada a respeito do desempenho da mesma, a menos que seja confrontado com metasou padrões preestabe- lecidos, ou realizada uma comparação com os resultados atingidos em períodos anteriores, obtendo-se assim uma série histórica para análise.” (Técnica de auditoria: indicadores de desempenho e mapa de produtos – TCU). 45 Elaboração de Plano de Logística Sustentável 12. RESULTADOS DE SUSTENTABILIDADE ESPERADOS: Relação dos ganhos ambientais, sociais e econômicos que poderão ser alcançados com a implementação do plano de ação. Exemplo: • Redução de 1023 toneladas de gás carbônico emitido ao ano; • Economia financeira após o prazo de payback; • Redução da demanda contratada; ou • Conscientização ambiental do corpo funcional. A seguir, alguns exemplos do preenchimento da Matriz de Referência. 46 Elaboração de Plano de Logística Sustentável Para reflexão: Ok, preenchi a Matriz. O que faço agora? Qual o passo seguinte após o Preenchimento da Matriz? Após as matrizes preenchidas e separadas por eixos temáticos, é hora de organizar o do- cumento em sua versão final. Sugerimos que a primeira parte do referido documento contenha uma apresentação do órgão, com o detalhamento do processo de elaboração, os objetivos e a metodologia adotada para construção do PLS. É necessário demonstrar, também, o alinhamento institucional das ações 47 Elaboração de Plano de Logística Sustentável de sustentabilidade descritas no PLS, com a política de responsabilidade socioambiental da ins- tituição e os ODS. A parte seguinte é composta pelos Planos de Ação. Cada Matriz representa um Plano de Ação e o conjunto dos planos constituem os Eixos Temáticos. Assim, para facilitar a organização do PLS apresente os planos considerando os eixos temáticos selecionados. Ao final do documento, poderá ser incluído o Inventário de bens e materiais. que servirá de base para identificar as possibilidades de inclusão dos critérios de sustentabilidade que deverão ser adotados, quando cabíveis, nas compras e contratações da instituição. Modelos de Planos de Logística Sustentável: Tribunal de Contas da União: https://portal.tcu.gov.br/lumis/portal/file/fileDo- wnload.jsp?fileId=8A8182A15CB2BBE1015CC207F3483483 Senado Federal: https://www12.senado.leg.br/institucional/programas/senado -verde/banners/pgls Câmara dos Deputados: https://www2.camara.leg.br/legin/int/portar/2018/por- taria-53-15-marco-2018-786382-anexo-cd-dg.pdf O documento consolidado deverá ser enviado para análise e validação final das áreas envolvidas. Cada área poderá apresentar sua proposta de ajuste contendo inclusões, alterações ou exclusões de itens, que deverão ser compilados pela Comissão Gestora para consolidação da versão final do PLS. O que fazer após a organização do PLS em sua versão final? O PLS em sua versão final deverá ser submetido à aprovação da Administração da Casa. Recomenda-se que seja aprovado por meio de instrumento normativo próprio, como por exemplo, uma Portaria. Leia o material indicado a seguir, que se encontra na Biblioteca Virtual deste curso. Modelo de normativo de aprovação do PLS 48 Elaboração de Plano de Logística Sustentável O que fazer após a aprovação do PLS? Após a aprovação do PLS, temos que dar publicidade! Uma vez aprovada a versão final do PLS pela alta administração do órgão, o Plano deverá ser amplamente divulgado entre os gestores e servidores, por meio de comunicados e campa- nhas de divulgação na intranet e internet ou eventos institucionais. Escolha um eixo temático e preencha uma Matriz de Referência com base no roteiro descrito acima. Veja uma sugestão de resposta para este exercício no link disponível no curso online. Exercício 05 Saiba mais! Sobre indicadores e metas na publicação do TCU: TÉCNICA DE INDICADORES DE DESEMPENHO PARA AUDITORIAS https://portal.tcu.gov.br/biblioteca-digital/tecnica-de-auditoria-indicadores-de-de- sempenho-e-mapa-de-produtos.htm 49 Elaboração de Plano de Logística Sustentável Aula 6 Estratégias para o processo de implantação do PLS Agora que organizamos o PLS, é hora de pensarmos nas estratégias de implantação desse documento. E para isso vamos contar com a experiência do Legislativo Federal, que irá compar- tilhar conosco os desafios encontrados nessa etapa! A fase de implantação do PLS em si compreende o período entre a aprovação do Plano e a apuração dos resultados para elaboração do relatório, ao final do ciclo de duração previsto. Na prática, consiste na execução das ações propostas pelas unidades responsáveis, de acordo com os prazos estabelecidos. 50 Elaboração de Plano de Logística Sustentável Esse é o momento em que a Comissão Gestora “transfere” a responsabilidade para as áreas, ficando disponível para as demandas que eventualmente possam surgir, caso as unidades encontrem dificuldades na execução de ações. Quando isso ocorre, a Comissão Gestora deve ser acionada para que possa auxiliar as áreas na busca de uma solução adequada ou comunicar a alta gestão para a tomada de providências cabíveis. Caso não seja possível encontrar uma solução para a implantação da ação prevista, a Comissão realizará o registro nas bases de acompanhamento e no relatório de desempenho a ser elaborado ao final do ciclo do PLS. É importante que a Comissão Gestora realize um contato periódico com as áreas responsá- veis, de forma que os compromissos não fiquem “esquecidos”, especialmente quando as ações previstas tratem de inovações que ainda não estão incorporadas à rotina das áreas. Durante todo esse período, considera-se relevante que se desenvolva um processo contí- nuo de sensibilização e capacitação, em busca do entendimento amplo, de todo o corpo funcio- nal, quanto à importância das ações e dos objetivos ali propostos sob o ponto de vista ambiental, social, econômico e institucional. É essencial alcançar o comprometimento de todos os colabora- dores dentro da organização com as práticas de sustentabilidade. Vamos entender um pouco sobre estratégia? Segundo o dicionário Michaelis, estratégia pode ser definida como: “Arte de utilizar planejadamente os recursos de que se dispõe ou de explorar a situação ou as condições favoráveis de que porventura se desfrute, de modo a atingir determina- dos objetivos.” Grifamos duas importantes palavras que colaboram no entendimento do conceito de es- tratégia: recursos e objetivos. Indo além, o Plano que usa a estratégia analisa ainda as condições favoráveis e desfavorá- veis para a concretização, estabelecendo as forças e fraquezas e, por fim, avalia como deve ser o processo executivo e os riscos envolvidos, tanto de fazer de forma imperfeita, como de não fazer ou de não alcançar determinado objetivo. 51 Elaboração de Plano de Logística Sustentável Agora te convidamos a assistir aos vídeos a seguir e observar como o uso de ferramentas pode ajudar na implantação das ações do PLS. Experiências e desafios do Legislativo no processo de implantação do PLS Utilizando a matriz preenchida no exercício 5, faça um relato de como esse objetivo pode ser im- plantado em seu órgão, descrevendo o passo a passo de tudo que considera necessário para a sua efetivação (estratégia). Veja uma sugestão de resposta para este exercício no link disponível no curso online. Exercício 06 Saiba mais! Leia o texto complementar denominado "Sobre estratégia em Planejamento", que se encontra na Biblioteca Virtual deste curso. 52 Elaboração de Plano de Logística Sustentável Aula 7 Monitoramento do PLS: coleta e organização dos dados Monitoramento do PLS MÓDULO III – Monitoramento e revisão do Plano 53 Elaboração de Plano de Logística Sustentável Uma fase importante do PLS foi realizada até aqui. Mas a publicação do Plano não encerra o trabalho. Ao contrário, agora é hora de monitorar os dados para colher os resultados de sus- tentabilidade. Nesta aula, vamos destacar a importância do monitoramento das ações do PLS e apresentar algumas ferramentas que você pode utilizar para o acompanhamento dos dados. E agora o PLS “anda sozinho”?A Comissão Gestora já pode encerrar suas atividades? Depois de publicado o PLS, a Comissão Gestora deve monitorar o que for sendo exe- cutado. Portanto, o trabalho da Comissão não se encerra por aqui. Afinal, o andamento das ações precisa ser monitorado e os resultados aferidos periodicamente. Para isso, existem algumas ferramentas. Se a sua organização não possui estrutura para adquirir licença de softwares para realizar essa gestão, não se preocupe! O mais importante é que todos esses dados estejam organiza- dos em uma planilha. Assim, a Comissão Gestora poderá monitorar tanto os dados como as metas, frequentemente. Porém, se a organização possui recurso para adquirir licenças de B.I. (Business Inteligence), elas estão disponíveis e poderão facilitar o processo de monitoramento do PLS. Atualmente, esses programas geram painéis e relacionam dados que possibilitam uma gestão integrada e eficiente no que concerne ao registro de dados e produção de relatórios. O que deve ser monitorado? Todos os objetivos do PLS, detalhados nas matrizes de referência, devem ser acompanha- dos pela Comissão Gestora, que tem a atribuição de verificar o andamento das ações e o cum- primento dos prazos estabelecidos. Vale destacar a importância do processo de interação entre a Comissão Gestora e as uni- dades responsáveis pelo acompanhamento dos resultados e os setores envolvidos na execução e na indicação das dificuldades encontradas para a implantação das ações. Além disso, é fundamental que tanto as unidades responsáveis como as unidades envol- vidas nomeiem um técnico, que servirá como interlocutor junto à Comissão Gestora e deverá enviar as informações necessárias para compor o relatório final. Observe que esse técnico não é, obrigatoriamente, o responsável pela execução direta da ação, mas aquela pessoa que terá acesso a todas as informações, em especial quando o setor possuir mais de uma ação no Plano. 54 Elaboração de Plano de Logística Sustentável Qual a ferramenta simples e eficiente disponível para auxiliar o monitoramen- to do PLS? O acompanhamento das ações do PLS poderá ser feito por meio de um Cronograma Executivo. O Cronograma é uma ferramenta de controle que descreve o projeto a partir da métrica das etapas, através do tempo, e se apresenta como uma boa ferramenta de controle e monitoramento para o PLS. Veja a seguir, um exemplo de cronograma executivo preenchido. 55 Elaboração de Plano de Logística Sustentável Acesse na Biblioteca do curso online o Modelo de cronograma executivo. Com base nos exercícios 5 e 6, monte um cronograma executivo que relacione a Matriz preenchida e os passos de implantação que você elencou. Veja uma sugestão de resposta para este exercício no link disponível no curso online. Exercício 07 Saiba mais! Leia o texto complementar denominado "Business Intelligence como ferramenta de gestão", que se encontra na Biblioteca Virtual deste curso. 56 Elaboração de Plano de Logística Sustentável Aula 8 Relatório de avaliação de desempenho do PLS O Relatório de Avaliação de Desempenho do PLS deverá apresentar o resultado das ações. Nesta aula, você aprenderá como produzir um relatório e conhecerá os mecanismos que podem ser adotados para corrigir eventuais falhas no processo de monitoramento. Ao final do prazo de vigência do PLS, o Relatório de Desempenho deverá ser publicado. É novamente hora de a Comissão se reunir, pois, o processo de definição de novos objetivos ações, bem como a revisão de metas e prazos continua, ou seja, ele se retroalimenta. 57 Elaboração de Plano de Logística Sustentável Os objetivos e as ações que estabelecemos e foram cumpridas precisam ser avaliadas. O que não foi cumprido deverá ser sinalizado, e as razões do não cumprimento explicitadas pela unidade responsável. Um dos principais resultados da execução de um monitoramento eficiente é a percepção dos “desvios de rota” que as ações podem sofrer ao longo do tempo de sua execução. Ao monitorar de perto a ação, o gestor percebe com clareza o momento desse desvio e pode acionar os Mecanismos de Feedback Corretivos, que são outras ações criadas para compensar os “desvios” e trazer de volta a ação original para o “caminho” que estava ante- riormente definido. Considerando os exercícios 5, 6 e 7, faça uma simulação de uma possível mudança passível de ocor- rer que altere as metas e os prazos do objetivo proposto. Após a proposição, estabeleça novas metas e novos prazos, elencando as novas ações que serão necessárias. Veja uma sugestão de resposta para este exercício no link disponível no curso online. Exercício 08 Saiba mais! Relatórios do Plano de Logística Sustentável do Senado Federal acesse: https:// www12.senado.leg.br/transparencia/gestgov/planejamento-estrategico-1/plano- -de-gestao-de-logistica-sustentavel-do-senado-federal/pdf/relatorio-de-desempe- nho-de-metas-plano-de-gestao-de-logistica-sustentavel-2015-2016-pgls Relatório do Plano de Logística Sustentável da Câmara dos Deputados acesse: https://www2.camara.leg.br/a-camara/estruturaadm/gestao-na-camara-dos-de- putados/responsabilidade-social-e-ambiental/ecocamara/o-ecocamara/noticias/ publicado-relatorio-do-plano-de-logistica-sustentavel-2018 Relatório do Plano de Logística Sustentável do Tribunal de Contada da União acesse: https://portal.tcu.gov.br/lumis/portal/file/fileDownload.jsp?fileId=8A8182 A15CB2BBE1015CC207F3483483 58 Elaboração de Plano de Logística Sustentável Aula 9 Revisão e nova publicação Nesta aula vamos apresentar como organizar a revisão do PLS e elaborar a nova versão que deverá ser publicada de forma concomitante a publicação do relatório. Revisão do PLS 59 Elaboração de Plano de Logística Sustentável O monitoramento vai possibilitar o acompanhamento do alcance dos resultados da execu- ção das ações no tempo proposto. Ou seja, permitirá averiguar, no decorrer do processo, se as metas planejadas estão sendo alcançadas ou não. As ações cumpridas podem sair do Plano. Muitas vezes, essas ações podem ser incorpo- radas à rotina e se tornar um processo. Como por exemplo, a padronização de itens de compra com critérios de sustentabilidade, onde couber. Para a revisão do PLS, teremos então dois tipos de ações: as emergentes, que surgiram durante o período de vigência do primeiro plano e ainda não foram descritas no PLS, e as ações que não puderam ser concluídas por algum motivo e precisam ser reeditadas no novo plano. O que fazer com os objetivos não alcançados e as ações não cumpridas? São várias as causas que podem ser responsáveis pelo não cumprimento das ações do PLS. Destacamos as quatro principais: • Mudança no planejamento estratégico da Instituição; • Falta de maturidade para aquela ação; • Falta de recursos técnicos e/ou financeiros; ou • Tempo de execução insuficiente. O perfeito entendimento dessas causas irá direcionar a decisão de excluir ou reeditar a ação para o próximo Plano, bem como o conteúdo da ação: redação, prazos e indicadores. Como proceder a revisão? Cada um dos objetivos propostos deverá ser analisado na revisão. A análise deverá verificar se: • As metas foram atingidas; • As ações foram realizadas e os prazos foram cumpridos integralmente. Se não, quais as possíveis causas para o não cumprimento; • Os indicadores foram adequados para demonstrar o avanço rumo ao objetivo e, caso necessário, propor mudanças; 60 Elaboração de Plano de Logística Sustentável • O desempenho da Comissão Gestora, verificar as dificuldades do processo de gestão e, caso necessário, propor inclusões e/ou substituição de membros efetivos e titulares. Como podemos chamar o novo plano? O resultado final da revisão será um novo plano que poderá se chamar: Plano de Logística Sustentável – segunda edição (2020/2021) Observe que é importante incluir os anos de vigência. Esse novo Plano, assim como o primeiro, seguirá para a aprovação e publicação através dos mecanismos gerenciais da Instituição. Estude o Portfóliode Ações que está disponível para download na aula 4 e faça uma lista de dez ações que você considera que podem se transformar em processos após a sua conclusão. Veja uma sugestão de resposta para este exercício no link disponível no curso online. Exercício 09 Saiba mais! Leia o texto complementar denominado "Reflexões sobre a capacidade de mudar em gestão de projetos", que se encontra na Biblioteca Virtual deste curso. 61 Elaboração de Plano de Logística Sustentável Aula 10 Considerações Finais Considerações Finais 62 Elaboração de Plano de Logística Sustentável Estamos chegando ao final do nosso curso! Então, que tal revisarmos todas as etapas de elaboração do PLS cumpridas até aqui? 1. Uma Comissão Gestora foi constituída e nomeada. 2. Um inventário de bens e materiais foi elaborado, considerando a possibilidade de inser- ção de critérios de sustentabilidade. 3. Um levantamento de ações de sustentabilidade foi realizado. As ações foram classifi- cadas de acordo com os objetivos e conforme Eixos Temáticos. E novas ações foram propostas. 4. Os Planos de Ação foram organizados num único documento que deu forma ao PLS. 5. A estrutura de apresentação do documento foi definida pela Comissão Gestora. 6. O documento consolidado foi encaminhado à alta gestão organização (Presidência ou Diretoria-Geral) para aprovação e publicação. 7. O PLS aprovado foi amplamente divulgado pela Instituição. 8. No âmbito do prazo de vigência, a Comissão Gestora monitorou as ações. 9. Quando o prazo de vigência se encerrou, dois novos documentos foram publicados. O primeiro deles foi o Relatório de Desempenho das Metas do PLS. O segundo foi a versão que dará continuidade às ações do PLS. Lembre-se que esse processo se retroalimenta. Algumas ações foram cumpridas; outras poderão surgir; e tudo isso depende daquilo que chamamos de maturidade da organização diante do processo de gestão para sustentabilidade! Enfim, chegamos ao término do nosso curso. Esperamos que, com esse Roteiro de Elaboração de PLS, você possa, em parceria com seus colegas de trabalho e apoio da Direção da sua organização, conduzir um PLS de excelência, capaz de traduzir metas ousadas em prol de uma sociedade mais sustentável. Caso tenha alguma dúvida, consulte novamente o conteúdo deste curso ou solicite ajuda aos demais participantes do curso no Fórum de Debates. Aguardamos você em outros cursos ofertados pelo Instituto Serzedello Corrêa (ISC/ TCU), pelo Centro de Formação, Treinamento e Aperfeiçoamento (Cefor/CD) ou pelo Instituto Legislativo Brasileiro (ILB/SF). 63 Elaboração de Plano de Logística Sustentável 64 Elaboração de Plano de Logística Sustentável BRASIL. Tribunal de Contas da União. Sustentabilidade na Administração Pública Federal/ Tribunal de Contas da União; Relator Ministro-Substituto André Luis de Carvalho. Brasília: TCU: Secretaria de Controle Externo da Agricultura e do Meio Ambiente (SecexAmbiental), 2017. Disponível em: <https://portal.tcu.gov.br/biblioteca-digital/sustentabilidade-na-administracao-publica-federal. htm>. Acesso em: dezembro de 2018. BLIACHERIS, M. Cabe cultura nas licitações sustentáveis, 2019. Disponível em: <https:// www.linkedin.com/pulse/cabe-cultura-nas-licita%C3%A7%C3%B5es-sustent%C3%A1veis- -marcos-weiss-bliacheris/> BLIACHERIS,M. Lugar de Mulher é .... nas licitações púlblicas, 2019. Disponível em: <https://www. linkedin.com/pulse/lugar-de-mulher-%C3%A9-nas-licita%C3%A7%C3%B5es-p%C3%BAbli- cas-marcos-weiss-bliacheris/> BRASIL. Advocacia-Geral da União (AGU). Consultoria-Geral da União. Guia Nacional de Licitações Sustentáveis/Flavia Gualtieri de Carvalho; Maria Augusta Soares de Oliveira e Teresa Villac, Brasília: AGU, 42p. 2016. BRASIL. Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão. Instrução Normativa n°10, de 2010. Brasília, DF, 2010. BRASIL. Conselho Nacional de Justiça. Resolução n°201, de 2015. Brasília, DF, 2015. BRASIL. Tribunal de Contas do Estado do Piauí. Manual para elaboração e implementação dos planos de logística sustentável dos Tribunais de Contas. Teresina, 96p. 2017. Disponível em: <https://irbcontas.org.br/wp-content/uploads/woocommerce_uploads/2019/05/MANUAL_PLS- FINAL_2018-02-02_v2.pdf>. Acesso: dezembro de 2018. CAPRA, F. A Teia da Vida. São Paulo: Cultrix, 1996. Capítulo 4 – a lógica da mente. CHIAVENATO, I. Planejamento estratégico. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. DOERR, J. Avalie o que importa. Rio de Janeiro: Alta Books, 2019. FREITAS, J. Sustentabilidade: Direito ao Futuro. 4 ed. Belo Horizonte: Fórum, 2011. GEUS, A. A empresa Viva. Rio de Janeiro: Elsevier, 1998. KERZNER, HAROLD. Gestão de projetos: as melhores práticas. 3 ed. Porto Alegre. Bookman, 2016. Bibliografia complementar 65 Elaboração de Plano de Logística Sustentável LEUZINGER, M.D. Meio Ambiente: Propriedade e Repartição Constitucional e Competências. Imprenta: Rio de Janeiro, Instituto Brasileiro de Advocacia Pública, Adcoas, 2002. SCRUTON, R. Filosofia verde. São Paulo: É Realizações, 2016. TAMAYO, A., & Gondim, M. G. C. Escala de valores organizacionais. Revista de Administração, 31(2), p. 62-72, 1996. VILLAC, T. Licitações sustentáveis no Brasil: um breve ensaio sobre ética ambiental e desenvolvi- mento. Belo Horizonte: Fórum, 2019, 102 p. Ilustrações: Mário Viggiano. Fotos, vídeos e documentos auxiliares Cedidos pelo Tribunal de Contas da União, pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal.
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