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ROTEIRO LMF/ACT VIAS SENSORIAIS - GUSTAÇÃO E OLFAÇÃO

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LABORATÓRIO MORFOFUNCIONAL 
UC2 – PERCEPÇÃO, CONSCIÊNCIA E EMOÇÃO 
 
 
AULA 1: VIAS SENSORIAIS - GUSTAÇÃO E OLFAÇÃO 
 
1. Explicar a organização geral das vias sensoriais (aferentes): receptor, trajeto periférico, trajeto central, área de projeção cortical; 
Receptor sensorial: estrutura neuronal ou epitelial capaz de transformar estímulos físicos ou químicos em atividade bioelétrica 
(transdução de sinais) para ser interpretada no sistema nervoso central. Pode ser um terminal axônico ou células epiteliais 
modificadas conectadas aos neurônios, como as células ciliadas da cóclea. 
Classificação morfológica dos receptores: receptores especiais e receptores gerais. 
Receptores especiais: são mais complexos, relacionando-se com um neuroepitélio e fazem parte dos chamados órgãos especiais 
do sentido: visão, audição e equilíbrio, gustação e olfação, todos localizados na cabeça. 
Receptor: é sempre uma terminação nervosa sensível ao estímulo que caracteriza a via. Existem receptores especializados para 
cada uma das modalidades de sensibilidade. A conexão deste receptor, por meio de fibras específicas, com uma área específica 
do córtex, permite o reconhecimento das diferentes formas de sensibilidade (discriminação sensorial); 
Trajeto periférico: compreende um nervo espinhal ou craniano e um gânglio sensitivo anexo a estes nervos. De modo geral, nos 
nervos que possuem fibras com funções diferentes, elas se agrupam aparentemente ao acaso; 
Trajeto central: em seu trajeto pelo sistema nervoso central, as fibras que constituem as vias aferentes se agrupam em feixes (tratos, 
fascículos, lemniscos), de acordo com suas funções. O trajeto central das vias aferentes compreende ainda núcleos relés, onde se 
localizam os neurônios (II, III e IV) da via considerada; 
Área de projeção cortical: está no córtex cerebral ou no córtex cerebelar; no primeiro caso, a via nos permite distinguir os diversos 
tipos de sensibilidade, e é consciente; no segundo caso, ou seja, quando a via termina no córtex cerebelar, o impulso não determina 
qualquer manifestação sensorial e é utilizado pelo cerebelo para realização de sua função primordial de integração motora; a via é 
inconsciente. 
Receptores gerais: ocorrem em todo o corpo, fazem parte do sistema sensorial somático que responde a diferentes estímulos, tais 
como tato, temperatura, dor e postura corporal ou propriocepção. 
 
 
 
2. Descrever o trajeto da via olfatória identificando: 
a. Componentes microscópicos do epitélio olfatório e sua localização; 
Área olfatória: uma região situada na parte superior das fossas nasais, responsável pela sensibilidade olfatória. É revestida pelo 
epitélio olfatório, que contém os quimiorreceptores da olfação. 
Epitélio olfatório: neuroepitélio colunar pseudoestratificado, formado por três tipos celulares: células de sustentação, células basais 
e células olfatórias. 
Células de sustentação: são prismáticas, largas no seu ápice e mais 
estreitas na sua base; apresentam, na superfície, microvilos que se 
projetam para o interior da camada de muco que cobre o epitélio. Essas 
células têm um pigmento acastanhado que é responsável pela cor 
amarelo-castanha da mucosa olfatória. 
Células basais: são pequenas, arredondadas e situam-se na região basal 
do epitélio, entre as células olfatórias e as de sustentação; são as 
células-tronco (stem cells) do epitélio olfatório. As células desse epitélio 
renovam-se constantemente. 
Células olfatórias: são neurônios bipolares que se distinguem das 
células de sustentação porque seus núcleos se localizam em uma 
posição mais basal. Suas extremidades voltadas para a cavidade nasal 
(dendritos) apresentam dilatações de onde partem seis a oito cílios imóveis, que contêm quimiorreceptores excitáveis pelas 
substâncias odoríferas. Os cílios ampliam enormemente a superfície receptora de odorantes. Os axônios que se originam na porção 
basal desses neurônios sensoriais reúnem-se em pequenos feixes. O conjunto dos feixes atravessa o osso pela lâmina crivosa, e 
seus axônios estabelecem sinapses com outros neurônios cujos axônios se dirigem para o sistema nervoso central (SNC) em forma 
do nervo olfatório. Esse é um nervo diferente, pois não constitui um cilindro compacto como os demais, mas sim um leque de 
filetes separados que vão terminar no bulbo olfatório, no encéfalo. 
Na lâmina própria (tecido conjuntivo frouxo) dessa mucosa, além de abundantes vasos e nervos, observam-se glândulas ramificadas 
tubuloacinosas alveolares, as glândulas de Bowman (serosas). Os ductos dessas glândulas levam a secreção para a superfície 
epitelial, criando uma corrente líquida contínua que limpa os cílios das células olfatórias, facilitando o acesso de novas substâncias 
odoríferas. 
 
 
 
 
 
b. Número de neurônios envolvidos na cadeia neuronal, localização do corpo destes neurônios e trajeto de sua fibra nervosa 
(discriminar componentes periféricos e centrais); 
 
Via olfatória 
 
Neurônios I: são as próprias células olfatórias, neurônios bipolares localizados na mucosa olfatória (ou mucosa pituitária), situada na 
parte mais alta das fossas nasais. Estes neurônios são renovados a cada 6 a 8 semanas, através de proliferação celular. Os 
prolongamentos centrais dos neurônios são amielínicos, agrupam-se em feixes formando filamentos que, em conjunto, constituem 
o nervo olfatório. Estes filamentos atravessam os pequenos orifícios da lâmina crivosa do osso etmoide e terminam no bulbo 
olfatório, onde suas fibras fazem sinapse com os neurônios II. 
Neurônios lI: são as chamadas células mitrais, cujos dendritos, muito ramificados, fazem sinapse com as extremidades ramificadas 
dos prolongamentos centrais das células olfatórias (neurônios 1), constituindo os chamados glomérulos olfatórios. Os axônios 
mielínicos das células mitrais seguem pelo trato olfatório e ganham as estrias olfatórias lateral e medial. Admite-se que os impulsos 
olfatórios conscientes seguem pela estria olfatória lateral e terminam na área cortical de projeção primária para a sensibilidade 
olfatória situada no úncus, correspondendo ao chamado córtex piriforme. Este tem projeção para o tálamo que, por sua vez, projeta-
As grandes vias aferentes podem ser consideradas como cadeias neuronais unindo os receptores ao córtex. No caso das vias 
inconscientes (cerebelares), esta cadeia é constituída apenas por dois neurônios (I, II). Já nas vias conscientes (cerebrais), estes 
neurônios são geralmente três, sobre os quais podem ser estabelecidos os seguintes princípios gerais: 
Neurônio I: localiza-se geralmente fora do sistema nervoso central, em um gânglio sensitivo (ou na retina e mucosa olfatória, 
no caso das vias óptica e olfatória). É um neurônio sensitivo, em geral pseudounipolar, cujo dendraxônio se bifurca em "T", 
dando um prolongamento periférico e outro central. Em alguns casos o neurônio pode ser bipolar. O prolongamento periférico 
liga-se ao receptor, enquanto o prolongamento central penetra no sistema nervoso central pela raiz dorsal dos nervos espinhais 
ou por um nervo craniano; 
Neurônio II: localiza-se na coluna posterior da medula ou em núcleos de nervos cranianos do tronco encefálico (fazem exceção 
as vias óptica e olfatória). Origina axônios que geralmente cruzam o plano mediano logo após sua origem e entram na formação 
de um trato ou lemnisco; 
Neurônio III: localiza-se no tálamo e origina um axônio que chega ao córtex por uma radiação talâmica (faz exceção a via 
olfatória). 
se para o córtex orbitofrontal (giros 
reto e olfatórios), também 
responsável pela percepção olfatória 
consciente. Estudos de ressonância 
magnética funcional no homem 
mostraram a existência de projeções 
olfatórias para o sistema límbico, o 
que explica situações em que os 
odores são associados a emoções 
diversas como a aversão (amígdala) 
ou o prazer (núcleo accumbens). 
 
 
 
 
 
 
 
A via olfatória apresenta as seguintes peculiaridades:possui apenas os neurônios I e II; o neurônio I localiza-se em uma mucosa e 
não em um gânglio; impulsos olfatórios conscientes vão diretamente ao córtex sem um relé talâmico; a área cortical de projeção é 
do tipo alocórtex e não isocórtex, como nas demais vias; é totalmente homolateral, ou seja, todas as informações originadas nos 
receptores olfatórios de um lado chegam ao córtex olfatório do mesmo lado. 
 
c. Área de córtex cerebral olfatório (consciente e inconsciente); 
Córtex olfatório: uma pequena região do lobo temporal, recebe 
aferências dos quimiorreceptores do nariz. O córtex orbitofrontal 
recebe impulsos sensitivos da área olfatória primária. Esta área 
cortical permite identificar e discriminar vários odores. 
Córtex olfatório consciente: a partir do bulbo olfatório, a 
informação segue direto para o córtex cerebral, inervando uma 
extensa área chamada córtex olfatório primário ou 
córtexpiriforme. 
Córtex olfatório inconsciente: os axônios terminam em outras 
regiões prosencefálicas, como o núcleo olfatório anterior, o 
tubérculo olfatório, a área entorrinal e o complexo amigdaloide. 
Esse conjunto de regiões aloja neurônios de terceira ordem que 
projetam para o hipotálamo e o hipocampo, conectando o 
sistema olfatório com o chamado sistema límbico 
 
 
 
 
3. Descrever o trajeto da via gustativa identificando: 
a. Os aspectos histofisiológicos das diversas papilas gustativas e sua localização. 
Papilas linguais: papilas são elevações do epitélio oral e da 
lâmina própria que assumem diversas formas e funções. 
Existem quatro tipos: filiformes, fungiformes, foliadas e 
circunvaladas. 
Papilas filiformes: têm formato cônico alongado, são 
numerosas e estão sobre toda a superfície dorsal da língua; 
têm a função mecânica de fricção. Seu epitélio de 
revestimento, que não contém botões gustativos, é 
queratinizado. 
Papilas fungiformes: assemelham-se a cogumelos, tendo a 
base estreita e a porção superior mais superficial dilatada e 
lisa. Essas papilas, que contêm poucos botões gustativos na 
sua superfície superior, estão irregularmente distribuídas 
entre as papilas filiformes. 
Papilas foliadas: são pouco desenvolvidas em humanos. Elas consistem em duas ou mais rugas paralelas separadas por sulcos na 
superfície dorsolateral da língua, contendo muitos botões gustativos. 
Papilas circunvaladas: são 7 a 12 estruturas circulares grandes, cujas superfícies achatadas se estendem acima das outras papilas. 
Elas estão distribuídas na região do V lingual, na parte posterior da língua. 
Existem pelo menos cinco qualidades na percepção humana de sabor: salgado, azedo, doce, amargo e o saboroso. Todas essas 
qualidades podem ser percebidas em todas as regiões da língua que contêm botões gustativos. Esses botões são estruturas em 
forma de cebola, cada uma contendo 50 a 100 
células. O botão repousa sobre uma lâmina 
basal, e, em sua porção apical, as células 
gustativas têm microvilosidades que se 
projetam por uma abertura denominada poro 
gustativo. Muitas das células têm função 
gustativa, enquanto outras têm função de 
suporte. Células basais indiferenciadas são 
responsáveis pela reposição de todos os tipos 
celulares. 
 
b. Número de neurônios envolvidos na cadeia neuronal, localização do corpo destes neurônios e trajeto de sua fibra nervosa 
(discriminar componentes periféricos e centrais); 
Os receptores são as células gustativas 
situadas em botões gustativos distribuídos 
na parede das papilas da língua e nas 
paredes da faringe, laringe e esôfago 
proximal. As fibras nervosas aferentes 
fazem sinapses com a base das células 
gustativas. Estas células epiteliais são 
quimiorreceptores sensíveis a substâncias 
químicas com as quais elas entram em 
contato, dando origem a potenciais 
elétricos que levam à liberação de 
neurotransmissores que, por sua vez, 
desencadeiam potenciais de ação que seguem pelas fibras nervosas aferentes dos nervos facial, glossofaríngeo e vago. Os impulsos 
originados nos receptores situados nos 2/3 anteriores da língua, após um trajeto periférico pelos nervos lingual e corda do tímpano, 
chegam ao sistema nervoso central pelo nervo intermédio (VII par). Os impulsos do terço posterior da língua e os da epiglote e do 
esôfago proximal penetram no sistema nervoso central, respectivamente, pelos nervos glossofaríngeo (IX) e vago (X). 
 
Via gustativa 
 
Neurônios I: localizam-se nos gânglios geniculado (VII), inferior do IX e inferior do X. Os prolongamentos periféricos destes 
neurônios ligam-se aos receptores; os prolongamentos centrais penetram no tronco encefálico, fazendo sinapse com os neurônios 
II, após trajeto no trato solitário. 
Neurônios II: localizam-se na porção gustativa do núcleo do trato solitário. Originam as fibras solitário-talâmicas, que terminam 
fazendo sinapse com os neurônios III no tálamo do mesmo lado e do lado oposto. 
Neurônios lll: localizam-se no tálamo, no mesmo núcleo aonde chegam os impulsos que penetram pelo trigêmeo, ou seja, no 
núcleo ventral posteromedial. Originam axônios que, como radiações talâmicas, chegam à área gustativa do córtex cerebral, situada 
na parte posterior da ínsula. 
c. Área de córtex cerebral gustativo; 
Córtex gustativo primário: a informação gustatória chega ao córtex cerebral, 
em uma região situada dentro do sulco lateral do encéfalo ou próxima a ele, 
chamada córtex ínsula. Essa é a principal via gustatória, aquela que veicula as 
informações que produzirão a percepção dos sabores. Entretanto, há outras 
vias gustatórias envolvidas com os reflexos e os comportamentos motivados 
que participam da regulação do meio interno. Para isso são essenciais as 
informações gustatórias que se obtêm dos alimentos. Assim, o núcleo do trato 
solitário se conecta com os núcleos motores de alguns nervos cranianos, um 
circuito que participa de reflexos de deglutição, tosse e vômito, fenômenos 
destinados a aceitar alimentos apropriados (agradáveis) e rejeitar os 
inapropriados (desagradáveis). O núcleo do trato solitário também se conecta 
indiretamente com o hipotálamo e a amígdala regiões límbicas relacionadas 
com a fome, suas reações e suas emoções 
 
 
 
 
4. Descrever as afecções, lesões e doenças mais comuns de vias aéreas e cavidade oral capazes de interferir na olfação e gustação; 
Os transtornos do paladar e do olfato podem ser divididos em categorias locais, sistêmicas e neurológicas. Os botões gustativos e 
a porção receptora especializada das células olfatórias bipolares são constantemente renovados, e o processo de renovação pode 
ser afetado por estados nutricionais, metabólicos e hormonais, assim como por radiação terapêutica, medicamentos e pela idade. 
Inúmeras condições locais, como resfriados e alergias, sinusite crônica e polipose nasal, podem influenciar a sensação olfatória, por 
restringir a patência das vias respiratórias. Contusões acidentais do crânio podem lacerar os finos axônios dos neurônios olfatórios 
bipolares, resultando em perda do olfato. As lesões do quinto, do sétimo (corda do tímpano) e do nono par craniano podem levar 
à sensação desordenada do paladar. Os distúrbios olfatórios e gustativos podem servir como sinais diagnósticos importantes de 
lesões neurológicas focais (p. ex., tumores do lobo frontal). Alucinações olfatórias e do paladar ocorrem em pessoas com lesões 
epileptogênicas, afetando o lobo temporal medial e a região insular, respectivamente. Por fim, distúrbios e alucinações olfatórias 
ocorrem com várias enfermidades psiquiátricas (particularmente doença depressiva e esquizofrenia). 
 Sabor Cheiro 
 
Local 
Radioterapia, infecções orais, próteses dentárias, 
procedimentos dentários 
 
Polipose nasal, rinite alérgica, sinusite, infecção respiratória superior 
 
Sistêmica 
Câncer, insuficiência renal, insuficiência hepática, deficiência 
nutricional (vitamina B13, zinco), síndrome de Cushing, 
hipotireoidismo, diabetes melito,infecção (viral), medicamentos 
(antirreumáticos e antiproliferativos, 
p. ex., corticosteroides, cisplatina, carboplatina, ciclofosfamida, 
doxorrubicina e metotrexato) 
Insuficiência renal, insuficiência hepática, deficiência nutricional 
(vitamina B12), síndrome de Cushing, hipotireoidismo, diabetes 
melito, infecção (hepatite 
viral, gripe), medicamentos (sprays nasais, anti-histamínicos, 
descongestionantes, antibióticos e antirreumáticos e drogas 
antiproliferativas que afetam o paladar) 
 
Neurológica 
 
Paralisia de Bell, disautonomia familiar, esclerose múltipla 
Traumatismo craniano, esclerose múltipla, doença de Parkinson, 
doença de Alzheimer, tumor frontal 
 
Manifestações clinicas: as causas mais frequentemente encontradas de perda do olfato são doença obstrutiva local, infecções virais, 
lesão craniana e envelhecimento normal. As causas mais comuns de perda da sensação do paladar são infecções virais e ingestão 
de medicamentos, em especial agentes antirreumáticos e antiproliferativos. 
5. Avaliar a identificação de estruturas dos seios da face e da cavidade nasal e seus componentes, nos exames de RX, TC e RM, 
mostrando as indicações de cada um deles. 
A tomografia computadorizada constitui hoje o método indicado para a avaliação dos seios 
paranasais e fossa nasal. A tomografia computadorizada (TC) dos seios da face ou seios 
paranasais é um exame por imagem que serve para auxiliar o médico no diagnóstico de 
várias patologias (doenças) como a sinusite, rinite, desvio do septo nasal (do nariz), entre 
outras. Na tomografia computadorizada (TC) dos seios da face com contraste é avaliado o 
comportamento vascular das estruturas em observação. A denominação “TC dos seios da 
face sem contraste”, como o próprio nome indica, é utilizada para indicarmos que não é 
usado contraste (a maioria dos casos). 
 
Raio-x dos seios da face e cavidade nasal: o uso da radiografia mostrou-se eficaz nas observações dos seios maxilar e frontal, 
possibilitando descrevê-los quanto a sua forma e tamanho. Com menor clareza, o seio esfenoidal também pôde ser observado e 
ter seu tamanho determinado. Devido à sobreposição de estruturas na imagem de radiografia, os seios etmoidais não puderam ser 
observados, sendo recomendado o uso da tomografia computadorizada. 
 
A ressonância magnética (RM) da face é indicado para a detecção de: sinusite crônica; possíveis tumores; complicações de sinusites 
agudas. A RM permite melhor avaliação de tecido com densidade de partes moles e conteúdo líquido, podendo ser indicada no 
estadiamento de tumores, na extensão de processos inflamatórios, notadamente em complicações intracranianas da sinusite e nas 
doenças congênitas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISES CLÍNICAS E TERAPÊUTICAS 
UC2 – PERCEPÇÃO, CONSCIÊNCIA E EMOÇÃO 
 
 
AULA 1: SENSAÇÕES GUSTATIVAS E OLFATIVAS 
 
1. Diferenciar morfologicamente as vias gustativa e olfativa; 
Vias olfatórias: sistema olfatório humano consiste de um epitélio olfatório revestindo a cavidade nasal, no qual estão inseridos os 
neurônios sensoriais primários, chamados de neurônios sensoriais olfatórios. Os axônios dos neurônios sensoriais olfatórios formam 
o nervo olfatório, ou nervo craniano I. O nervo olfatório faz sinapse com neurônios sensoriais secundários no bulbo olfatório, 
localizado na parte inferior do lobo frontal. Os neurônios secundários e de ordem superior se projetam do bulbo olfatório, através 
do trato olfatório, para o córtex olfatório. O trato olfatório, ao contrário da maioria das outras vias sensoriais, não passa pelo tálamo. 
Um processamento adicional ocorre no bulbo olfatório. Algumas vias descendentes de modulação provenientes do córtex terminam 
no bulbo olfatório, e existem conexões moduladoras recíprocas dentro e entre os dois bulbos olfatórios. Vias ascendentes do bulbo 
olfatório também levam à amígdala e ao hipocampo, partes do sistema límbico envolvidas na emoção e na memória. 
 
 
Vias gustatórias: os receptores gustatórios estão localizados primariamente nos botões gustatórios, agrupados na superfície da 
língua. Um botão gustatório é composto de 50 a 150 células receptoras gustatórias (CRGs), juntamente com células de sustentação 
e células basais regenerativas. Os receptores gustatórios também estão espalhados em outras regiões da cavidade oral, como o 
palato. Para que uma substância (gustante) seja detectada, ela deve primeiro se dissolver na saliva e no muco da boca. Os ligantes 
gustatórios dissolvidos interagem com uma proteína localizada na membrana apical (receptora ou canal) da célula receptora 
gustatória. A interação do ligante gustatório com a proteína de membrana inicia uma cascata de transdução de sinal, que termina 
com a liberação de um mensageiro químico pela CRG. Os sinais químicos liberados das células receptoras gustatórias ativam 
neurônios sensoriais primários (neurônios gustatórios), cujos axônios seguem nos nervos cranianos VII, IX e X para o bulbo, onde 
fazem sinapse. A informação sensorial, então, vai ao córtex gustatório através do tálamo. O processamento central da informação 
sensorial compara a entrada de várias células receptoras gustatórias e interpreta a sensação gustatória com base nas populações 
neuronais com respostas mais fortes (outro exemplo de código populacional). 
 
2. Caracterizar o mecanismo fisiológico da sensibilidade gustativa e olfativa quanto às 
características dos receptores, adaptação, localização, tipos e transdução do estímulo; 
Transdução do sinal olfatório: a superfície do epitélio olfatório possui os terminais 
protuberantes dos dendritos dos neurônios sensoriais olfatórios, onde de cada protuberância 
emergem vários cílios imóveis. Os cílios estão embebidos em uma camada de muco, produzido 
pelas glândulas olfatórias (glândulas de Bowman) situadas no epitélio e na lâmina própria. As 
moléculas odoríferas devem, inicialmente, se dissolver e penetrar no muco antes que possam 
se ligar a uma proteína receptora olfatória no cílio olfatório. Cada proteína receptora olfatória 
é sensível a uma faixa limitada de substâncias odoríferas. Os receptores para substâncias 
odoríferas são receptores de membrana acoplados à proteína G. A combinação da maioria das 
moléculas odoríferas com seus receptores olfatórios ativa uma proteína G especial, a Golf, que, 
por sua vez, aumenta o AMPc intracelular. O aumento na concentração de AMPc abre canais 
catiônicos dependentes de AMPc, despolarizando a célula. Se o potencial receptor graduado 
resultante for suficientemente forte, ele dispara um potencial de ação que percorre o axônio 
do neurônio sensorial até o bulbo olfatório. 
Transdução gustatória: as substâncias químicas que estimulam as células receptoras gustatórias são dissolvidas na saliva, entraram 
em contato com as membranas plasmáticas das microvilosidades gustatórias, que são os locais da transdução do paladar. O 
resultado é um potencial receptor que estimula a exocitose de vesículas sinápticas a partir da célula receptora gustatória. Por sua 
vez, as moléculas de neurotransmissor liberadas disparam impulsos nervosos nos neurônios sensitivos de primeira ordem que 
formam sinapses com as células receptoras gustatórias. O potencial receptor surge diferentemente para estimuladores diferentes. 
Os íons sódio (Na+) em um alimento salgado entram nas células receptoras gustatórias através de canais de Na+ na membrana 
plasmática. O acúmulo de Na+ dentro da célula causa despolarização, que leva a uma liberação de neurotransmissor. Os íons 
hidrogênio (H+) nos estimuladores azedos podem fluir para dentro das células receptoras gustatórias através de canais de H+. Eles 
também influenciam a abertura e o fechamento de outros tipos de canais iônicos. Novamente, o resultado é a despolarização e a 
liberação de um neurotransmissor. Outros estimuladores, responsáveis pelo estímulo dos sabores doce, amargo e umami, não 
entramnas células receptoras gustatórias. Em vez disso, eles se ligam a receptores na membrana plasmática que estão ligados às 
proteínas G. As proteínas G ativam então várias substâncias químicas diferentes conhecidas como segundos mensageiros dentro 
da célula receptora gustatória. Diferentes segundos mensageiros causam a despolarização de modos variados, mas o resultado é 
sempre o mesmo – a liberação do neurotransmissor. 
 
 
3. Identificar os agentes etiológicos capazes de modificar a sensibilidade gustativa (disgeusia) e olfativa (anosmia). 
Diversas entidades nosológicas cursam com alterações olfatórias e gustativas, podendo ser congênitas ou adquiridas, sendo as 
mais citadas na literatura: doença nasal e sinusal obstrutiva, infecções de vias aéreas superiores, traumatismo cranioencefálico, 
envelhecimento, causa congênita, exposição a tóxicos, algumas medicações, neoplasias nasais ou intracranianas, alterações 
psiquiátricas, doenças neurológicas, iatrogenia e idiopática.

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