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CONCEITO ➢ Hemorragia é toda a perda de sangue que o organismo possa sofrer, seja ela rápida (aguda) ou de forma lenta (crônica); ➢ A perda de grande quantidade de sangue provoca uma parada cardíaca, devido a pouca quantidade se liquido a ser bombeado; HEMORRAGIAS EXTERNAS: • Fácil visualização, são hemorragias superficiais, geralmente causadas por cortes, perfurações ou brigas entre animais; • Em casos de hemorragia, o principal objetivo é o controle da perda sanguínea para evitar que ocorra um choque hipovolêmico e consequentemente uma parada cardíaca; • Em casos de jorros de sangue, uma artéria foi atingida e este caso é uma emergência que precisa de atendimento imediato; TRATAMENTO: ▪ Compressão do ferimento com gazes até o sangramento estancar; ▪ O uso superficial de adrenalina faz com que ocorra uma vasoconstrição e ajuda a estancar o sangramento; ▪ O principal objetivo é encontrar o vaso danificado e pinça-lo com a pinça hemostática, para que daí se faça uma sutura afim de cessar a hemorragia; ▪ Ao controlar o sangramento, deve-se realizar a desinfecção e suturar o corte. VASOS SANGUÍNEOS ➢ Se um vaso é atingido, seja uma veia ou artéria, o sangramento pode ser fatal, e deve ser controlado imediatamente; ➢ Os vasos mais fáceis a serem atingidos são: • Patas; • Cauda; • Orelha; • Pescoço. ➢ Em casos de danos em extremidades como patas e cauda, é possível a utilização de garrotes e torniquetes para o impedimento da circulação até o local; CORTES PROFUNDOS • Ocorrem por inúmeros fatores, e podem ser controlados facilmente TRATAMENTO: ▪ Estancar a hemorragia fazendo pressão com gazes; ▪ Localizar de houve lesão em vasos, caso o sangramento não pare por um tempo; ▪ Ao localizar o vaso atingido pinça-lo e liga-lo com um fio de sutura; ▪ Após controlar o sangramento, é necessário realizar uma tricotomia e limpar o local com soro fisiológico e povidine tópico (Antisséptico tópico a base de iodo usado para limpeza tópica, antibacteriano e fúngico, não indicado para o uso em feridas abertas); ▪ Após limpeza, fazer um curativo com gaze e ataduras para evitar Infecções por parasitas ectópicos ▪ Um ferimento só pode ser suturado até 6 horas após o ocorrido, caso contrário, muitos componentes inflamatórios e fatores de cicatrização se encontram presentes no local afetado, dificultando à sutura, é necessário que se faça uma curetagem; ▪ Ferimentos não suturados podem deixar cicatrizes muito profundas e aumentam o risco de miíase; SANGRAMENTO DE TÓRAX E ABDOMÊN TRATAMENTO: ▪ Se há ferimento no tórax e se ouve um som de sucção, é necessário que se faça um curativo afim de evitar a entrada de ar: Utilizar compressas estéreis; Bandagem firme ao redor do ponto de entrada; Fazer toracocentese (punção do liquido da cavidade) para verificar a ruptura da cavidade torácica, entrada de ar ou se há sangue na cavidade; Fazer radiografia torácica. ▪ Se houver lesão em pleura ou parênquima pulmonar, corrigir a causa primária por toracocentese ou toracotomia; ▪ Em caso de ferimento abdominal, deve se fazer uma punção, abdominocentese, para verificar presença de líquidos, caso haja liquido, realizar uma laparotomia exploratória para identificar a origem deste; SANGRAMENTO NA ORELHA TRATAMENTO: ▪ Cobrir ferimento com compressa estéril; ▪ Colocar curativo dos dois lados da orelha; ▪ Dobrar a orelha por cima da cabeça e segurar firme até estancar o sangue; ▪ Enrolar a cabeça e as orelhas com bandagem; SANGRAMENTO NAS UNHAS TRATAMENTO: ▪ Comprimir com gaze estéril; ▪ Jogar adrenalina ou pó hemostático em cima do ferimento para promover vasoconstrição; HEMORRAGIA INTERNA ➢ Uma hemorragia interna é sempre uma emergência; SINAIS: • Gengiva pálida ou branca indicam que o animal está em estado de choque e pode estar sofrendo de hemorragia interna; Quando utilizar um torniquete, folga-lo de 15 em 15 minutos para evitar a perda de um membro por falta de sangue. Toracocentese: Punção de liquido da cavidade torácica; Toracotomia: abertura da cavidade torácica por entre as costelas; Abdominocentese: Punção de liquido abdominal; Curetagem: Raspagem superficial por uma cureta; Laparotomia exploratória: Corte abdominal para análise dos órgãos internos; • Batimento cardíaco e/ou respiração acelerada; • Sangramento pelas orelhas, nariz, boca ou reto; • Determinar batimento cardíaco contar batimentos cardíacos em 10 segundos e multiplicar por 6, caso esteja em choque, o animal estará com mais de 150 BPM; • Coloque o animal em decúbito lateral com a cabeça estendida; • Puxe a língua do animal para manter a via respiratória livre; • Eleve a parte traseira para permitir a gravidade levar o sangue até o cérebro; PARADA CARDÍACA E PULMONAR ➢ Podem ocorrer separadas ou em conjunto; ➢ Sempre necessitarão de medidas imediatas de ressuscitação devido a evolução aguda; ETIOLOGIA • Choque ao morder fio elétrico, atropelamento, quedas ou traumatismos graves, animais cardíacos, afogamentos entre outros; SINAIS • Ausência de pulso; • Ausência de batimentos cardíacos; • Pupilas dilatadas e fixas; • Inconsciência e falta de reflexo; • Membranas pálidas ou cianóticas; • Respiração agônica ou apneia; • Fluxo sanguíneo pobre; ▪ Não há sangramento em área operatória ou ferimento recente e os tecidos tem aspecto cianótico; PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA • Pacientes com parada respiratória não sobrevivem mais de quatro minutos; • O objetivo principal da ressuscitação é prevenir a lesão cerebral irreversível e restaurar o funcionamento do coração e pulmão; PROCEDIMENTOS BÁSICOS DE RESSUCITAÇÃO CARDIOPULMONAR: ▪ Intubação orotraqueal e ventilação pulmonar; ▪ Fazer cinco movimento insulflatórios antes de iniciar a circulação artificial; ▪ Manter a frequência de 12 movimentos por minuto; ▪ Suspender administração anestésica, elevar os quadris e abaixar a cabeça do paciente; ▪ Se a intubação ocorreu em decúbito dorsal ou esterno abdominal, A cabeça não deve ser elevada acima do plano cardíaco durante a manipulação; ▪ Estabelecer ventilação pulmonar com grandes quantidades de oxigênio; ▪ Massagem cardíaca externa; ▪ Colocar o paciente em decúbito dorsal ou lateral; ▪ Comprimir a parede torácica superior contra a inferior; A compressão deve ser realizada sobre a 6ª costela quando em decúbito lateral; ▪ Se for adotada a bandagem compressiva do abdômen, maior fluxo sanguíneo será direcionado ao cérebro, essa bandagem deve ser colocada ao redor do corpo do animal; ▪ Na massagem cardíaca direta (recomendada em animais acima de 20 kg) clampear (pinçar com uma pinça específica) ou comprimir digitalmente a aorta torácica; ▪ A eficiência da massagem é comprovada pelo pulso femoral correspondente ao movimento; ▪ A frequência dos movimentos compressivos devem ser de 120 por minuto para animais com menos de 5 kg, 80 movimentos por minutos em animais de médio porte e 60 por minutos em animais de grande porte; ▪ A ventilação pulmonar deve ser de uma insuflação a cada 5 compressões se houver um assistente, caso contrário, dois movimentos respiratórios a cada 15 compressões; ▪ Realizar acesso venoso para administração de soro e fármacos; ▪ Após administração dos fármacos, a massagem cardíaca deve continuar para que este percorra a corrente sanguínea e possa ter o efeito desejado; ▪ A menos que ocorra toracotomia ou pericardiotomia, deve evitar a injeção de adrenalina intracárdica; ▪ A injeção de adrenalina acidental no musculo cardíaco pode acarretar em fibrilação irreversível, sendo a injeção intratraqueal, intrapulmonar ou intraóssea mais eficiente que a flebocentese ou intracardíaca; ▪ Administrar de 0,1 a 0,5 ml de adrenalina diluído de 1:10.000 intracárdica e continuar a massagem, cardíaca; A noradrenalina fica em segundo plano pois pode acarretar em uma vasoconstriçãoexagerada e acabar por reduzir a perfusão tecidual periférica; ▪ O bicarbonato de sódio não deve ser usado no início da respiração pois possui relatos que pode aumentar a falência respiratória, acidose celular paradoxal, hipernatremia severa e coma hiperosmolar; ▪ É recomendado a administração de cloreto de cálcio 10 a 30 mg/kg, intracárdico e intravenoso para aumentar a perfusão de cálcio nas células; ▪ Após reestabelecimento dos batimentos cardíacos, é recomendado a introdução de gotejamento de isoproterenol 1mg diluído em glicose 5%. O isoproterenol aumenta a excitabilidade e força contrátil do miocárdio; ▪ É preferível o uso de dopamina para reverter uma bradicardia, dopamina a 50 mg diluída em Ringer lactato 500ml, aumenta débito urinário. MASSAGEM CARDÍACA E RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL DENTRO DE 5 MINUTOS • Deitar o animal em decúbito lateral; • Respiração artificial: ▪ Com intubação orotraqueal, máscara de oxigênio ou respiração boca-a-boca. Com a sua mão, feche a boca do animal segurando firmemente o focinho; • Eleve a cabeça do animal e encoste a boca no focinho, pode ser usado um pano fino para evitar contato direto. Assopre para dentro das narinas até sentir que o peito do animal se eleva; • Deite a cabeça do animal e pressione o peito delicadamente para que o ar saia; • Por um minuto, repita o procedimento de 8 a 10 vezes; • Verifique se o animal volta a respirar. Continue a respiração artificial, caso não esteja respirando; • O animal deve estar deitado sobre o lado direito. Coloque a palma da mão sobre o coração do animal. Faça pressão firme e rápida sobre a região e solte; • Em animais muito pequenos, usar a ponta dos dedos para pressionar o coração; ▪ No caso de realizar conjuntamente a massagem cardíaca e a respiração artificial, faça uma sequência de cinco a seis pressões intercaladas por uma respiração; • Quando o animal voltar a apresentar batimentos, mantenha-o em oxigenioterapia e soroterapia pelo tempo necessário
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