Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 PEDIATRIA – SEMIOLOGIA DO APARELHO RESPIRATÓRIO Emanuel Antonio Lopes Domingos – Medicina UFES – Turma 103 PARTICULARIDADES NA CRIANÇA: As crianças vão possuir de diferente em relação ao adulto: - Língua maior; - Mandíbula menor; - Respiração nasal; - Formado da laringe (“funil”); - Musculatura menos desenvolvida; - Diafragma horizontal; - Maior frequência respiratória; - Maior suscetibilidade a fadiga: em decorrência de todos os itens acima. É notável no exame físico do aparelho respiratório de crianças que todas as caraterísticas semiológicas estarão mais evidentes, como o murmúrio vesicular mais audível, mais rude, tonalidade mais alta que no adulto. As vias aéreas condutoras são proporcionalmente maiores que as respiratórias. Os principais sinais e sintomas relacionados ao aparelho respiratório são: (Os sublinhados são os mais frequentes em relação aos outros): - Tosse; - Taquipneia; - Dispneia; - Apneia; - Expectoração; - Estridor 2 TOSSE: É um dos sintomas mais comuns observados em crianças com doença pulmonar. Consiste em uma manobra expiratória forçada, a qual expele o muco e material estranho das vias aéreas. Ocorre a partir da estimulação por inflamação, corpo estranho, gases nocivos, odores e causas psicogênicas. Ela pode ser classificada quanto: À frequência: - Aguda - Crônica; - Recorrente; À presença de expectoração: - Seca (irritação); - Produtiva (eliminação de secreção); Ao horário de predomínio: - Matutina; - Noturna. EXPECTORAÇÃO: As vias aéreas (VA) saudáveis produzem muco diariamente (100 mL), que é normalmente deglutido ou expectorado. Doenças da VA podem aumentar anormalmente a produção de muco, o qual estimula os receptores da tosse, gerando uma tosse úmida e produtiva. É importante detalhar a tosse quanto ao volume, cor, odor, transparência, consistência. O roteiro padrão para o exame físico do aparelho respiratório é: Inspeção → palpação → percussão → ausculta. INSPEÇÃO: Tipos de Tórax: 3 Padrão respiratório: Lembrar sempre de observar e descrever: cicatriz de BCG, Cornetos nasais e tonsilas palatinas. PALPAÇÃO 4 PERCUSSÃO: AUSCULTA: Deve ser realizada, sempre que possível, com a criança no colo da mãe. 5 FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA: 6 DISPNEIA: É muito importante saber caracterizá-la. As designações são: “cansaço”, “falta de ar”, “folêgo curto”, “fadiga” ou “respiração difícil”. Ocorre por trabalho respiratório excessivo para o nível de atividade do paciente. Atenção: nesse momento é muito importante observar se o RN apresenta dispneia ao mamar (esforço). Se isso ocorrer, deve-se se atentar para cardiopatia congênita. Além disso, a dispneia pode ocorrer por estreitamento das VA ou dificuldade de expansão dos pulmões; A dispneia pode-se apresentar através de: - Aprofundamento ou aceleração dos movimentos respiratórios (↑ FR); - Participação ativa da musculatura acessória; - Batimentos de asas no nariz; 7 - Tiragens subcostais e intercostais: Retrações intermitentes da pele que recobre a caixa torácica durante a inspiração (esforço muscular) Classificação da Dispneia: APNEIA: 8 RESUMO DA DESCRIÇÃO DO EXAME DO APARELHO RESPIRATÓRIO: Tórax atípico, eupneico (FR X IPM), sem esforço respiratório (tiragens ou uso de musculatura acessória), com expansibilidade preservada bilateralmente. FTV uniformemente palpável bilateralmente. Som claro à percussão. Murmúrio Vesicular universalmente audível s/ ruídos adventícios (MVUA s/ RA)
Compartilhar