Toxoplasmose: Parasita Intestinal de Felinos

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Profª Drª Thaís Dalzochio
 Filo:Apicomplexa
 Classe: Sporozoa
 Protozoário parasito intestinal de felinos com vários hospedeiros intermediários, incluindo o homem.
 Infecção oportunista causada por um parasito intracelular obrigatório.
MORFOLOGIA
Descrição
Taquizoíto Forma de arco com pólo anterior mais afilado e posterior mais arredondado. Geralmente apresenta um
núcleo central, organelas celulares e o complexo apical. Divisão celular se dá por endodiogenia – duas
células-filhas são geradas dentro das membranas da célula-mãe.
Bradizoíto Semelhantes aos taquizoítos, apresentando apenas depósitos maiores de glicogênio, alguns vacúolos e
núcleo localizado mais proximamente ao polo posterior.
Cisto Forma de resistência do T. gondii que contém bradizoítos. Podem conter de 10 a milhares de bradizoítos.
Geralmente encontrados em células do sistema nervoso, cardíaco e muscular.
Oocisto e esporozoíto Forma infectante produzida no intestino do gato
MORFOLOGIA
Taquizoítos
Cisto tecidual contendo 
bradizoítos
CICLO BIOLÓGICO
 Heteroxênico
 HI: cão, porco, coelho, gado, homem, etc.
 HD: gato
 Ciclo sexuado e assexuado
 HD: taquizoítos, bradizoítos, merozoítos, gametócitos e oocistos maduros
 HI: taquizoítos, bradizoítos e merozoítos (ciclo assexuado)
 Oocistos são liberados nas fezes do gato.
https://www.youtube
.com/watch?v=q9Tp7
nyUFQ8&t=13s
https://www.youtube.com/watch?v=q9Tp7nyUFQ8&t=13s
TRANSMISSÃO
 Ingestão de carne crua, oocistos fecais por mãos sujas de fezes e/ou carne
 Transfusão de sangue
 Placenta
SINTOMATOLOGIA
 O tempo entre o contágio e o aparecimento dos primeiros sintomas varia de 5 a 23 dias.
 Formas subclínicas sem febre.
 Sintomas parecidos com os da gripe: dor de cabeça, no corpo, febre, fadiga, dores articulares e musculares.
 Distúrbios visuais (toxoplasmose ocular congênita ou adquirida)
 Casos graves: febre alta, meningocefalite, hepatite, miocardite.
 Em imunocomprometidos: febre, infecções oculares, alteração de consciência, déficit motor, convulsões e óbito.
 Forma congênita: pode causar morte fetal e abortamento → calcificações intracranianas, hidrocefalia, microcefalia,
alterações psicomotoras, convulsões, comprometimento visceral e muscular.
 Tratamento materno: espiramicina e sulfadiazina.
DIAGNÓSTICO
 Pesquisa de anticorpos específicos
 Fase aguda: presença de IgM, IgA, IgE e IgG
 Fase de transição: altos títulos de IgG, IgM baixa, sem IgA e IgE
 Fase crônica: por décadas, baixa titulação de IgG
 DNA de T. gondii por PCR em líquido amniótico de recém nascidos.
TRATAMENTO
 Sulfadiazina (2-4 semanas ou mais), pirimetamina + sulfa, clindamicina.
 Toxoplasmose em gestantes
 Paciente com sorologia e PCR positiva (amniocentese): terapia tripla com sulfadiazina, pirimentamina e ácido fólico
conforme estágio gestacional.
 Paciente com apenas sorologia positiva: terapia com espiramicina.
PROFILAXIA
 Cozimento das carnes
 Evitar contato com as fezes de gatos
 Um gato pode liberar até 20 milhões de
oocistos/evacuação
 Oocistos podem permanecer viáveis no solo por até 
18 meses
 Bradizoítos morrem se carne for congelada durante 3 
dias.
REFERÊNCIAS
 CIMERMAN, B.; CIMERMAN, S. Parasitologia humana. 2 ed. São Paulo: Atheneu, 2010.
 FERREIRA, M. U. Parasitologia contemporânea. 2ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021.
 REY, L. Bases da parasitologia médica. 3ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
 ZEIBIG, E. A. Parasitologia clínica: uma abordagem clínico-laboratorial. 2 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.
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