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Trabalho dissertativo

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Dissertação do Capítulo I
Livro: Apologia da História
Autor: Marc Bloch
Aluna: Tatiana Borges Machado
Matricula: 201202346911
Professor: Rafael Peçanha
Disciplina: Introdução ao Estudo da História
Capitulo I
A História, os homens e o tempo
1 - A escolha do historiador
O conteúdo da palavra história vem mudando bastante desde seu surgimento há dois milênios atrás. Diante da complexa realidade em que se encontra o historiador, ele deve selecionar a forma de aplicação de suas ferramentas, como conseqüência disso, será um grande problema de ação nela fazer uma escolha.
 
2 - A história e os homens
 	É um grande erro se dizer que o passado possa ser objeto de ciência, ele não pode ser nem mesmo da história. Antigamente, lá no inicio da historiografia, os operadores desse oficio narravam os acontecimentos de um mesmo momento de forma desordenada, misturando fatos de caráter diferente, trovoadas, grandes batalhas, posses de reis, eclipses e etc. Se tratando de um conhecimento racional, não se pode fazer de matéria deste, sem antes fazer uma separação, fenômenos que tem como uma única característica em comum serem da mesma época. Com o passar do tempo, essa separação, classificação necessária, foi ocorrendo aos poucos, surgindo por exemplo a geologia, a astronomia, e etc. Entretanto, nos dias atuais, na historiografia, é fundamental a junção de duas disciplinas ou mais na busca de certas explicações. O objeto de estudo da historia é o homem. Por traz dos fatos, das paisagens, das fontes históricas, é no homem que a historia esta interessada. 
3 – O tempo histórico
Naturalmente, não é só no homem que a história pensa, o seu pensamento está centrado na categoria de duração. A história é a ciência dos homens no tempo. A natureza do tempo possui dois atributos, que o é o de continuidade, em que os costumes e as ideias vão se passando de geração a geração, ao mesmo tempo em que eles se propagam em constante mudança, que é o segundo atributo, que entra em contradição com primeiro, e dessa contradição surge os grandes problemas da pesquisa histórica. Como, em que medida, se deve considerar o conhecimento do passado como necessário ou desnecessário para compreensão do presente?
4 – O ídolo das origens
Muitos historiadores têm obsessão pelas origens, fazem do passado seu principal objeto de pesquisa, usando ele como explicação para o presente. No vocabulário corrente origem significa um começo que explica, porém, isso é um equivoco as coisas não funcionam bem assim. Origem significa começo sim, mas não explica as causas. Até porque, se explicassem não existiriam dificuldades na pesquisa histórica. Confundir uma filiação com uma explicação é um erro presente em qualquer atividade humana que se associe com seu estudo. Na verdade o passado é usado para condenar, ou melhor, justificar o presente, sendo muitas vezes apenas um disfarce para o costume de julgar. É importante concluir que é impossível se explicar um fenômeno por completo, fora do estudo de seu momento. 
5 – Passado e “presente”
Há cada momento de seu ser, o presente é transformado em ciência do passado. Em uma linguagem corrente, presente significa passado recente, é um instante que nasce e já morre. Existem concepções diferentes, na verdade paradoxais, ao estudo sobre o presente. Um professor de Marc Bloch o ensinou que o historiador deve analisar o presente de fora, de forma mais calculista e precisa, sendo que escrever sobre ele era trabalho da política, sociologia e jornalismo. Contrária a essa concepção, vários cientistas analisam o presente como perfeitamente capaz de servir de estudo para o conhecimento histórico. Eles se limitam a apenas algumas décadas atrás, se isolando do resto da história. A falta de conhecimento sobre o passado compromete inclusive a ação no presente, não se limitando a prejudicar apenas a compreensão. O conhecimento do presente pode ser fundamental para compreensão do passado, ou seja, partir do mais recente para chegar ao mais remoto, pois a ordem das investigações históricas não devem necessariamente seguir a mesma ordem dos acontecimentos, após as investigações o historiador é livre para organizar a história em seu movimento verdadeiro.

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