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e gerenciar os processos de fabricação, permitindo o controle efetivo de consumo de insumos, recursos fabris, mão de obra, ferramentas e processos de cada etapa produtiva. Existem várias necessidades e vantagens na implantação do MRP, entre elas: Reduzir os custos de armazenagem e movimentação. Controlar série e lote de fabricação, modelos, tamanhos, cores, ciclo de vida e validade dos produtos. Agilidade na produção e no controle de qualidade dos itens produzidos. Aumentar a produtividade, com controle efetivo da disponibilidade de materiais, equipe, equipamentos, tempo de preparação, entre outros. Garante a previsão para a manutenção dos equipamentos, a necessidade de compras e controla os prazos da produção. Atendimento a pré-requisitos necessários para as demandas do cliente. Redução nos custos de materiais, transporte, horas extras e perdas. Redução do custo do produto para o cliente. A implantação de um sistema de planejamento das atividades de produção permite: um controle antecipado sobre os recursos necessários para a fabricação; o acompanhamento das atividades, prevendo qualquer deficiência ou mesmo permitindo avaliar os impactos de uma reprogramação por desvios na produção − como, por exemplo, a quebra de equipamento causando parada de linha −; e a consolidação dos dados para análise entre planejado e executado. O controle da demanda de materiais permite uma gestão eficiente sobre o estoque, evitando compras desnecessárias e possibilitando reposição programada e estoques equilibrados, melhorando o fluxo de caixa. Com a aumento da demanda de gestão fabril, o MRP sofreu diversas adaptações e absorveu alguns elementos de gestão sobre compras, finanças e área comercial. Evoluiu, assim, nos anos 1980, para uma nova versão chamada de MRP II, que passou a disponibilizar ferramentas para o planejamento e o controle de operações de produção, entre os quais destacamos os módulos e funções que incluem: Planejamento completo da produção. Planejamento das necessidades da fábrica (recursos). Cronograma geral de produção. Planejamento dos materiais necessários. Gerenciamento diário da rotina (Shop Floor Control − SFC). Planejamento de compras e gestão de estoque. As principais vantagens do MRP II podem ser: Gestão e redução de estoques. Rotação dos itens de estoque. Assertividade nos prazos de entrega ao cliente. Diminuição nos custos de aquisição de materiais. Otimização de mão de obra. O MRP II seguiu ganhando atributos e funcionalidades e permitindo que novos setores fossem gerenciados pela solução. O Gartner Group chamou essa solução de MRP II com escopo ampliado de ERP no início dos anos 1990. Considera-se ERP um sistema de informação que consolida em seu sistema os dados e processos de uma organização, provendo a automação e o armazenamento de todas as informações de negócios em um só lugar. O ERP possibilita a integração funcional dos diversos setores da organização, como contabilidade, recursos humanos, finanças, compras, armazenagem, fabricação, comercial, entre outras. Permite também a integração entre os sistemas de lançamentos e transações, de informações gerenciais, de análise de negócio, entre outros. Imagem: Shutterstock.com ERP. Mas qual é a diferença entre MRP e ERP? Vamos entender: MRP Se limita ao planejamento e à gestão da fabricação, do controle de materiais e dos pedidos do negócio. ERP Concentra todos os softwares de gerenciamento de negócios. Armazena e organiza seus dados para atender à demanda de gestão empresarial de forma abrangente e integrada, possibilitando um fluxo de informações internas e externas para uma gestão eficiente dos negócios. VANTAGENS E DESVANTAGENS DA INTEGRAÇÃO DE SISTEMAS ERP E MRP Um ERP que possui integrado em si um MRP de alta qualidade possui vantagens e desvantagens que veremos a seguir. VANTAGENS DA INTEGRAÇÃO DE SISTEMAS ERP E MRP As vantagens da integração de um ERP com um MRP ultrapassam a gestão eficiente dos processos fabris, de tempo e de materiais. Abrangem toda a cadeia produtiva e de negócios, integrando diversos setores e diferentes empresas. Com a integração é possível controlar o pedido do cliente, o planejamento da produção, o processo de fabricação, o controle de estoque, os recursos humanos, o faturamento, as finanças, a contabilidade, a logística e a análise gerencial. Por ser completo e possuir banco de dados único, o ERP fornece ao MRP dados necessários para o planejamento de produção, de força de trabalho, de compras e seu inventário disponível para atender ao cronograma proposto. Com dados de oferta, demanda e os requisitos planejados em um cronograma, o processo de fabricação fica mais eficiente, enxuto, rápido e reduz custos. Com esses dados, o MRP analisa o inventário, a previsão de consumo de materiais, os prazos de reposição, a capacidade produtiva, a quantidade de pedidos e a gestão da mão de obra. Garante, ainda, uma previsibilidade mais assertiva da produção, reduz as perdas e refugos e permite uma produção mais eficiente e com melhor qualidade. Com o MRP integrado ao ERP, os fabricantes podem contar com vários benefícios, entre eles: Garantir que os materiais necessários sejam utilizados nas quantidades certas e estejam disponíveis nos momentos corretos para a produção. Garantir a redução de desperdício com o controle de aquisição e uso de materiais corretos, em processos corretos, por equipe preparadas. Planejamento de produção, envios e processos de compra. Garantir a integridade dos dados, com bloqueio de lançamento incorretos, auditoria de uso do sistema pelo funcionário, de verificações de conformidades e balanços. Controlar em tempo real as movimentações de materiais, produção, financeiras e de pessoas. Diminuir o fluxo de caixa, mantendo estoque mínimo e gastos medidos e controlados, aumentando, assim, a lucratividade. Consolidar, analisar, processar e disponibilizar informações relevantes e relatórios de gestão para todos os processos da empresa. DESVANTAGENS DA INTEGRAÇÃO DE SISTEMAS ERP E MRP A integração entre MRP e ERP traz, porém, algumas desvantagens, exatamente por abrangerem toda a organização: EXIGÊNCIA DE PROCESSOS MAIS ESPECÍFICOS Geralmente, o MRP exige processos mais específicos, com um detalhamento maior no levantamento dos requisitos e um desenvolvimento mais criterioso, para garantir que a implementação do ERP sobre o MRP mitigue os riscos de falhas. Cada área deve ser mapeada, e seus dados e processos devem ser minuciosamente revistos para uma perfeita aderência do sistema legado do MRP para o ERP. Os procedimentos e as atividades devem ser revistos para melhorar o fluxo de informações, possibilitar a redução de tarefas e diminuir a quantidade de personalização necessária para a implantação. Não se pode trazer para o ERP os mesmos erros cometidos no MRP. INTERDEPENDÊNCIA ENTRE OS MÓDULOS Outra desvantagem é a interdependência entre os módulos. Por possuir um banco de dados único e um fluxo de informações interdependentes entre os processos e setores, em tempo real, cada usuário deve garantir a execução de suas tarefas e os lançamentos das informações no tempo correto para que a atividade seguinte possa prosseguir. Um exemplo disso é a folha de pagamentos, que depende do lançamento das horas trabalhadas (ponto) para seguir com o cálculo do valor a ser pago ao funcionário. NECESSIDADE DE EQUIPE DE DESENVOLVIMENTO E CUSTO ELEVADO Outras desvantagens como a necessidade de possuir equipe de desenvolvimento de sistemas ou dependência de um único fornecedor (risco de o fornecedor falir ou descontinuar o sistema), alto custo de customizações na implantação e a real necessidade de mudança nos processos da empresa são comumente encontrados na integração dos sistemas. ERP E OS SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO EMPRESARIAL Como vimos, o ERP é um sistema de informação completo, composto pela integração de outros sistemas de gestão empresarial, de diversos setores e áreas. Em um