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APS - Farmácia Clinica e Hospitalar

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Atividade Supervisionada (APS)
ATIVIDADE 1. Leia o caso clínico abaixo e respondas as questões.
J.M.V., 45 anos, masculino, divorciado e casado pela segunda vez, motorista, negro, residente em Candelária, RS. História de doença anterior (HDA): Paciente rastreado como suspeito de ser hipertenso durante a visita do agente comunitário de saúde. Embora fosse completamente assintomático foi agendado para uma consulta. Na consulta informou que eventualmente sentia um pouco de tontura, mas não valorizava o fato já que eventualmente bebia e pensava que era alguma coisa relacionada com o “fígado”. A pressão arterial medida na consulta foi de 180 X 106 mmHg (média de 3 medidas). Antecedentes pessoais: Fumante de 20 cigarros por dia (está tentando abandonar o vício). Faz uso moderado de bebida alcoólica. No momento é sedentário, mas até dois meses atrás fazia caminhadas 2 vezes na semana. Não sabe se é diabético mas informa que já teve colesterol alto. Antecedentes familiares: Pai diabético e hipertenso (vítima de AVC). Mãe morreu de infarto aos 76 anos. Tem um irmão de 20 anos com problemas no coração. Exame físico geral: Altura/peso: 1,65m/86Kg; Pulso: 82 bps (cheio e regular); PA 200 x 110 (média de 3 medidas); Mucosas normocoradas. Ictus cordis: deslocado para baixo e para esquerda. Exame dos pulsos periféricos: O pulso era irregular e a freqüência em torno de 96 bpm. Na ausculta do coração era possível perceber que o ritmo era irregular em 2 tempos e não normofonéticas em foco aórtico período sistólico. Solicitou-se exames de urina (bioquímico e de sedimento) – sem alterações, creatinina – 1 mg/dl (0,3-1,3), postássio – 4,1 mEq/L (3,5 – 5,5), glicemia – 118mg/dl, colesterol – 258 mg/dl, HDL – 35 mg/dl, triglicerídeos – 250 mg/dl, hematológico e eletrocardiograma de repouso – normal. O diagnóstico foi de hipertensão arterial primária severa. Exame abdominal: palpação hepática dolorosa. Exame de MMII: edema de MMII, com pele seca e hiperpigmentada. Prescrição: Orientações gerais e prescrição de Hidroclorotiazida 50mg; ½ comprimido ao dia e Propranolol 40mg, 2 comprimidos ao dia.
1. Quais os fatores de risco para hipertensão notadas neste paciente?
O paciente já apresenta pressão arterial alta, é sedentário, já tem caso na família de hipertensão, esta com obesidade grau II de acordo com IMC, o colesterol total esta alto acima de 190 mg/dl e triglicerídeos acima de 150 mg/dl, sendo um fator de risco para problemas cardiovasculares, além disso apresenta risco por sua idade e etnia, faz uso de bebidas alcoólicas e é fumante.
1. Como estas medicações tratariam a hipertensão?
A Hidroclorotiaziada é utilizada para tratamento da hipertensão, pode ser ainda utilizado no tratamento dos edemas e para cirrose hepática.
O Propranolol é um betabloqueador indicado para controle de hipertensão e controle das arritmias cardíacas (alterações no ritmo dos batimentos cardíacos).
1. O paciente apresenta-se dislipidêmico? Explique.
Sim, pois tem histórico de colesterol alto e pelos dados apresenta colesterol elevado e triglicérideos elevados também, sendo que os valores de referência para colesterol é abaixo 190 mg/dl e triglicerideos abaixo de 150 mg/dl. 
1. Quais os riscos que estas medicações podem trazer? 
A Hidroclorotiazida pode aumentar o risco de câncer de pele não-melanoma e câncer de lábio, podem causar desequilíbrio do volume de fluidos ou eletrólitos, o risco de hipocalemia é maior em pacientes com cirrose hepática e se parar de tomar subitamente pode resultar inclusive em eventos cardiovasculares graves, como infarto, AVC ou problemas renais.
O Proponolol - os efeitos colaterais mais comuns que podem ocorrer com este medicamento são insuficiência cardíaca congestiva, agravamento dos distúrbios de condução atrioventricular; broncospasmo, bradicardia intensa e hipotensão, sobretudo em aplicação intravenosa, infarto do miocárdio ou cardiotireotoxicose em consequência do rebote causado pela supressão brusca do tratamento, disfunção sexual e distúrbios gastrintestinais.
5.	Quais as principais interações medicamentosas destes medicamentos. Proponha o que fazer em caso de uma interação ocorrer.
Em caso de interação medicamentosa pediria imediatamente que o paciente retornasse ao médico para que ele passasse um outro medicamento substituto, já que não poderia parar subitamente de tomar os anti-hipertensivos pediria para sempre monitorar os batimentos e a pressão arterial, caso houvesse algum outro sintoma relatar ao médico.
A hidroclorotiazida, assim como outras tiazidas, pode aumentar ou potencializar a ação de outros fármacos anti-hipertensivos. Pode, também, interferir sobre as necessidades de insulina nos pacientes diabéticos e reduzir o efeito de hipoglicemiantes orais. Se houver diabetes latente, ele pode se manifestar durante o tratamento com os tiazídicos. As tiazidas podem aumentar a resposta à d- tubocurarina. Em alguns pacientes a administração de agentes anti-inflamatórios não esteroides pode reduzir os efeitos diuréticos, natriuréticos e anti-hipertensivos das tiazidas. Portanto, quando a hidroclorotiazida e agentes anti-inflamatórios não esteroides são utilizados concomitantemente, o paciente deverá ser observado atentamente para determinar se o efeito desejável do diurético foi obtido.
Cloridrato de propranolol modifica a taquicardia da hipoglicemia. Deve-se tomar cuidado ao se instituir o uso de cloridrato de propranolol concomitantemente a tratamento hipoglicêmico em pacientes diabéticos. O propranolol pode prolongar a resposta hipoglicêmica à insulina. Propranolol/ Metoprolol com Hidroxicloroquina aumenta o efeito hipotensor do propranolol/metoprolol (Recomenda-se monitorar pressão arterial. Considerar ajuste de dose ou troca por beta-bloqueador não interagente. Exceção: Atenolol), Propranolol/ Metoprolol com Clorpromazina causa hipotensão ortostática; delírios; crises convulsivas; hipotensão arterial. (Recomenda-se monitorar pressão arterial e ocorrência de outros sintomas como delírios e crises convulsivas. Considerar troca por beta-bloqueador não interagente. Exceção: Atenolol.); Propranolol/ Metoprolol com AINEs: Diclofenaco/ Ibuprofeno/ Naproxeno diminui o efeito anti-hipertensivo dos betabloqueadores (Recomenda-se monitorar pressão arterial)
6.	Descreva a técnica de ausculta cardíaca.
Identificar cada um dos focos principais de ausculta. Pode ser complementada posicionando-se o estetoscópio nas regiões axilar E, cervical D, interescapular, ou em qualquer ponto do percórdio. 
Deve-se examinar todo o precórdio de maneira sistemática, iniciando-se tipicamente sobre o impulso apical, com o paciente na posição de decúbito lateral esquerdo. O paciente passa para a posição supina e a ausculta continua na borda esternal inferior esquerda, prossegue na direção cefálica com a ausculta de cada espaço intercostal e, em seguida, na direção caudal, a partir da borda esternal superior direita. O médico também ausculta sobre axila esquerda e acima das clavículas. O paciente deve sentar-se para a ausculta do dorso e, a seguir, inclinar-se para frente para permitir a ausculta de sopros diastólicos aórtico e pulmonar ou atrito pericárdico.
Referências: 
Disponível em < https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/doen%C3%A7as-cardiovasculares/abordagem-ao-paciente-card%C3%ADaco/ausculta-card%C3%ADaca#:~:text=O%20paciente%20passa%20para%20a,esquerda%20e%20acima%20das%20clav%C3%ADculas > acessado em 24 de nov. de 2020;
Disponível em < https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/734/o/Guia_de_Interacoes_Medicamentosas.pdf?140905 > acessado em 24 de nov. de 2020;
Disponível em < http://www.grupocimed.com.br/wp-content/uploads/2018/02/CLORIDRATO-DE-PROPRANOLOL.pdf > acessado em 24 de nov. de 2020; 
Disponível em < https://bula.medicinanet.com.br/bula/detalhes/2714/interacoes_medicamentosas_hidroclorotiazida.htm > acessado em 24 de nov. de 2020;
Disponível em < https://coracaoevida.com.br/hidroclorotiazida-pressao-aumenta-risco-de-cancer-de-pele/ > acessado em 24 de nov. de 2020.

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