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ORGANOFOSFORADOS X SNC

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João Estrela 
 AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE 
 
 
São considerados agrotóxicos orgânicos da classe dos inseticidas. O 
mecanismo de ação dos dá-se pela inibição das enzimas esterases, 
especialmente a acetilcolinesterase que atua degradação do neurotransmissor 
acetilcolina, que está presente na fenda durante a sinapse nervosa, é 
importante salientar que essa ligação com a enzima é irreversível. Os 
pacientes acometidos pela intoxicação por esse agente apresentam sintomas 
muscarínicos, nicotínicos e neurológicos e isso ocorre devido a uma 
característica desse composto que é a sua lipossolubilidade, o que faz serem 
absorvidos pelo organismo pelas vias cutânea, respiratória e digestiva, sendo 
as vias respiratória e cutânea as mais comuns nos casos acidentais e o trato 
gastrointestinal é comum em casos de tentativa de suicídio ou na ingestão de 
água e alimentos contaminados. A contaminação pode acontecer durante a 
pulverização, transporte, armazenamento, preparo das caldas, manuseio e 
limpeza dos equipamentos. Esse composto pode causar alterações no sistema 
nervoso central como nível alterado de consciência e ataques apopléticos. 
Alguns estudos relacionam o maior numero de depressão e suicídio entre 
trabalhadores rurais ao uso de agrotóxicos que atuam no SNC como é o caso 
dos organofosforados. 
No encéfalo existem estruturas responsáveis pela circulação do liquor 
cefalorraquidiano, esse liquor que é produzido por células do plexo coroíde 
(presente em todos os ventrículos) epitélio ventricular e espaço subaracnóide 
presentes nos ventrículos, e que têm dentre as suas funções a retirada dos 
metabólitos para o sistema venoso e a chegada de substâncias pelo sistema 
arterial (gases, alguns aminoácidos, glicose) que serão distribuídos pelo liquor 
e posteriormente para o sistema nervoso, lembrando que os capilares também 
podem levar e retirar substâncias, porém esse também é papel do liquor. Existe 
a necessidade da constante circulação desse liquor devido a possibilidade de 
aumento de pressão intracraniana caso ocorra algum problema com essa 
dinâmica. Quando ocorre algum problema na drenagem desse liquor e ainda 
não existe a consolidação das fontanelas do crânio, ocorre a expansão da 
massa dentro da caixa craniana podendo ocorrer a hidrocefalia, nó adulto a 
massa óssea limita a expansão o que causa lesões neurológicas expressivas 
(problemas na visão, fala) que ocorre por conta de tumores por exemplo. A 
circulação do liquor se inicia após a produção nos ventrículos laterais, seguem 
para o forame de Moron do terceiro ventrículo, depois para o aqueduto do 
mesencéfalo (ou de Sylvius) e segue para o quarto ventrículo acessando 
posteriormente o forame de Luschka que promove o contato com o espaço 
subaracnóideo (que se localiza acima da membrana pia-máter e abaixo da 
membrana aracnóide). O líquor segue, uma pequena quantidade desce para a 
medula e a maior parte segue nesse espaço até chegar a uma estrutura 
conhecida como granulações aracnóides conhecida como uma “porta de saída” 
da aracnóide para o sistema venoso, vale ressaltar que nesse ponto também 
ORGANOFOSFORADOS X SNC 
 João Estrela 
ocorre uma espécie de filtração por células especializadas que controlam a 
passagem de substâncias antes de chegar aos seios venosos presentes no 
crânio. 
OBS- Juncão pia-máter e aracnóide se chama leptomeninge. Os ventrículos 
craniais são delimitados por uma camada de células epiteliais cuboides ou 
cilíndricas, no seu interior encontramos o plexo coroide que tem como função a 
produção do líquido cefalorraquidiano e a também a sua movimentação. A 
formação da estrutura do plexo coróide se deu por uma junção entre a pia-
máter e a aracnoide. Esse plexo é formado pela invaginação das meninges. As 
células ependimárias fazem parte do grupo de células da glia junto com os 
oligodendrócitos, micróglia, astrócitos, e células ependimárias. O corpo dispõe 
de várias barreiras além da hematoencefálica, hematoliquorica, hemato-
labirintica, hemato-retiniana, barreira hematomedular, hemato-nervosa.

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