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Decidido a aproveitar sua recente aposentadoria, o Sr. B fez questão de passar a jogar tênis
o maior número de vezes possível no ano passado. Nos últimos 3 meses, entretanto,
começou a sentir crescente fadiga. Além disso, hoje em dia, não consegue mais terminar
uma refeição, apesar de seu apetite particularmente voraz. Preocupado e imaginando o que
esses sintomas significavam, o Sr. B marcou uma consulta com seu médico. No momento
do exame físico, o médico percebeu aumento no baço, que se estendia até cerca de 10 cm
abaixo do arco costal esquerdo; nos demais aspectos, o exame físico do Sr. B
encontrava-se dentro dos limites normais. O exame de sangue revelou aumento na
contagem total de leucócitos (70.000 células/mm3), com aumento absoluto no número de
neutrófilos, bastonetes, metamielócitos e mielócitos, porém sem células blásticas (células
precursoras indiferenciadas). A análise citogenética das células em metáfase demonstrou
que 90% das células mieloides do Sr. B apresentavam o cromossomo Filadélfia (indicando
uma translocação entre os cromossomos 9 e 22), o que confirmou o diagnóstico de
leucemia mieloide crônica. O médico iniciou o tratamento com imatinibe, inibidor altamente
seletivo da proteína de fusão BCR-Abl tirosina quinase, codificada pelo cromossomo
Filadélfia. No mês seguinte, as células contendo esse cromossomo desapareceram por
completo do sangue circulante, e o Sr. B começou a sentir-se bem o suficiente para
competir em um torneio tenístico de seniores. Ele continua tomando imatinibe diariamente,
e as contagens hematológicas estão totalmente normais. O Sr. B não sente mais fadiga. Ele
não tem certeza do que o futuro lhe reserva, porém está feliz por ter tido a chance de
aproveitar sua aposentadoria de maneira saudável.
Questões
1. Como o imatinibe interrompe a atividade da proteína de fusão BCR-Abl tirosina quinase
do receptor?
2. Ao contrário do imatinibe, a maioria das terapias mais antigas de leucemia mieloide
crônica (como a interferona-α) provoca significativos efeitos adversos “gripais”. Por que
essas abordagens terapêuticas produzem tais efeitos em quase todos os pacientes,
enquanto (como no caso do Sr. B) o imatinibe o faz em pouquíssimos?
3. Por que o imatinibe é uma terapia seletiva para leucemia mieloide crônica? Essa
seletividade relaciona-se com a ausência de efeitos adversos associada à terapia com
imatinibe?
4. Como a proteína BCR-Abl influencia as vias de sinalização?

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