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CONTRATOS
CLASSIFICAÇÃO
Contratos de direito comum: são regulados pelo direito civil. São considerados contratos paritários, em decorrência do princípio da igualdade formal que informa o direito civil.
 Contratos de consumo: são contratos cuja polarização se dá entre consumidor e fornecedor. Os contratos de consumo são regulados pelas normas do Código de Defesa do Consumidor (Lei n° 8.078/90).
Quanto à qualidade dos sujeitos contratantes
O CDC, em seus arts. 2° e 3°, assim define consumidor e fornecedor:
Art. 2°. Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.
 Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo.
Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
 
Assim, sempre que restar caracterizada relação de consumo (fornecimento de produto e/ou serviço a um consumidor), o contrato será de consumo e, por isso, reger-se-á pelas regras consubstanciadas no CDC.
Contratos de consumo
 Contratos consensuais: são aqueles que se aperfeiçoam simplesmente pela declaração da vontade dos contratantes. Ex: contrato de compra e venda.
 Contratos reais: são aqueles que, para se aperfeiçoarem, precisam da efetiva entrega da coisa (traditio rei). A declaração de vontade é elemento necessário, porém insuficiente, devendo ocorrer a entrega do bem para que o contrato seja celebrado. Ex: contrato de mútuo-art.586,CC.
Quanto ao momento do aperfeiçoamento do contrato
Solenes: aqueles cuja forma é determinada pela lei. Ex: compra e venda de imóvel cujo valor supere em trinta vezes o maior salário mínimo vigente no país (art. 108, CC/2002).
Insta observar que a desobediência à forma prevista em lei gera invalidade do negócio jurídico.
 
 Não solenes: aqueles em que não há forma especial para sua celebração, seguindo, pois, o princípio da liberdade das formas (princípio do consensualismo). Ex: contrato de mandato.
Obs: parte da doutrina diferencia o contrato solene do contrato formal. Segundo esta linha de pensamento, os contratos solenes são aqueles em que há exigência de escritura pública para a sua celebração, como o contrato de compra e venda de imóvel cujo valor é supere em trinta vezes o maior salário mínimo vigente no país. Por outro lado, os contratos formais são aqueles em que há regras especiais para sua formação, como a exigência de forma escrita. Neste sentido, Silvio Venosa.
Quanto à forma
Típicos: regulamentados por lei. Ex: contrato de transporte.
 
 Atípicos: não regulamentados por lei. Ex: contratos eletrônicos.
Nominados: os que tem designação própria
Inominados: os que não as tem
Misto: é o resultado da combinação de um contrato típico com cláusulas criadas pela vontade das partes.
Coligado: é uma pluralidade, em que vários contratos celebrados pelas partes se apresentam ligados. Ex. compra de automóvel e arrendamento de vaga de garagem.
Quanto à Designação
Há parte da doutrina que não identifica como sinônimas as expressões típico e nominado, admitindo hipóteses de contratos nominados e atípicos, como p.ex. o contrato de locação de garagem ou estacionamento, previsto no art. 1°, parágrafo único, da Lei n° 8.245/90 (Lei de Locação).
Contratos de Direito Público: são os contratos em que a Administração Pública figura em um dos pólos. São regidos pelas normas de direito público e, subsidiariamente, por normas de direito privado, no que não lhe for incompatível. Ex: contratos administrativos, contratos de gestão.
Contratos de Direito Privado: travados entre particulares e regidos pelas normas de direito privado. Os contratos de direito privado podem ser de direito comum, mercantis ou de consumo.
Quanto à presença da Administração Pública
Principais: são independentes, existindo por si só. Ex: contrato de compra e venda. 
Acessórios: são aqueles que guardam uma relação de dependência com outro contrato, existindo em função dele. Ex: contrato de fiança, que é acessório a um contrato de mútuo.
 Obs: contratos coligados. Os contratos coligados constituem situação intermediária entre os contratos principais e acessórios, pois se tratam de dois contratos principais por natureza, mas que, por vontade das partes, estão unidos por um nexo funcional. Ex: A compra de um terreno com imóvel para moradia (contrato principal) e a compra de outro terreno, vizinho, para área de lazer (contrato secundário). 
O STJ tem entendido que, em sede de contratos coligados, o inadimplemento do contrato principal não enseja, necessariamente, a resolução do contrato secundário, como ocorreria se fosse contrato acessório, em consonância com o princípio da gravitação jurídica.
Quanto às relações recíprocas
Quanto aos efeitos do contrato:
UNILATERAIS
BILATERAIS
PLURILATERAIS
Quanto às vantagens patrimoniais
GRATUITOS
ONEROSOS: A) COMUTATIVOS
 B) ALEATÓRIOS: B1.POR NATUREZA
 B2.ACIDENTALMENTE ALEATÓRIOS
	CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS QUANTO AOS EFEITOS
SÃO OS CONTRATOS QUE CRIAM OBRIGAÇÕES UNICAMENTE PARA UMA DAS PARTES, COMO A DOAÇÃO PURA.
“ É UNILATERAL SE, NO MOMENTO EM QUE SE FORMA, ORIGINA OBRIGAÇÃO, TÃO SOMENTE, PARA UMA DAS PARTES – EX UNO LATERE” – ORLANDO GOMES
UNILATERAIS
São os que geram obrigações para ambas as partes, sendo as obrigações recíprocas (sinalagmáticas= reciprocidade de obrigações).
Exs. Locação, transporte, compra e venda- art. 481, CC.
Bilaterais imperfeitos: são os contratos que nascem unilaterais, mas que por alguma circunstância acidental no curso da execução, gera alguma obrigação para o contratante que não se comprometera. Ex. depósito e comodato – quando surge para o depositante ou comodante o dever de indenizar despesas do depositário e comodatário.
BILATERAIS OU SINALAGMÁTICOS
São os contratos que contêm mais de duas partes, como no consórcio ou na sociedade.
OBS. na venda, assim como na locação, ainda que estejam presentes vários vendedores e compradores/locatários, eles agrupam-se em dois pólos: ativo e passivo, continuando a ser bilaterais.
PLURILATERAIS
São aqueles em que apenas uma das partes aufere benefício ou vantagem, como ocorre na doação pura, no comodato e no reconhecimento de filho.
Nesta modalidade há vantagens para uma das partes sem haver contraprestação para a outra parte.
A doutrina os sub divide em:
Gratuitos propriamente ditos: há diminuição de patrimônio para uma das partes.
Desinteressados: não há diminuição patrimonial (comodato). 
GRATUITOS OU BENÉFICOS
Nesta espécie contratual ambos os contratantes ou contraentes obtêm proveito.
Ambos buscam um proveito ao qual corresponde um sacrifício.
Ex. compra e venda de imóvel
Comprador- benefício: a coisa, sacrifício: entrega do valor
Vendedor- benefício: o recebimento do valor; sacrifício: a entrega da coisa.
ONEROSOS
São os que contêm prestações certas e determinadas, podendo as partes antever as vantagens e os sacrifícios, que geralmente se equivalem, pois não envolvem nenhum risco.
TODO CONTRATO COMUTATIVO SERÁ ONEROSO E BILATERAL, POIS QUE CADA CONTRAENTE PODE ALÉM DE RECEBER A PRESTAÇÃO DO OUTRO, EQUIVALENTE À SUA, PODE VERIFICAR DE IMEDIATO ESSA EQUIVALÊNCIA.
ONEROSOS COMUTATIVOS
São os contratos bilaterais e onerosos em que pelo menos um dos contraentes não pode antever a vantagem que receberá em trocada prestação fornecida. Caracteriza-se pela INCERTEZA para as partes sobre as vantagens e sacrifícios que podem advir do contrato. Estão dispostos nos artigos 458 a 461 do CC. 
A lesão nos contratos aleatórios só poderá ser alegada quando a vantagem que obtém uma das partes é excessiva, desproporcional em relação à álea normal do contrato.ex. contratos de jogo, aposta e seguro.
ONEROSOS ALEATÓRIOS OU ALEATÓRIOS POR NATUREZA
CONTRATOS PARITÁRIOS
CONTRATOS DE ADESÃO
CONTRATOS
TIPO OU EM SÉRIE (CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA)
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À FORMAÇÃO
São os contratos tradicionais, em que as partes discutem livremente as condições. As partes encontram-se em situação de igualdade (par a par). 
Aqui há uma fase de negociações preliminares, em que as partes, estando em pé de igualdade, discutem as cláusulas e as condições do negócio.
CONTRATOS PARITÁRIOS
	Há a preponderância da vontade de um dos contratantes, que elabora todas as cláusulas. Ao outro contratante cabe aderir ao modelo de contrato previamente elaborado, não podendo modificá-lo.
Afasta-se qualquer alternativa de discussão.
Em regra é regido pelo Código de Defesa do Consumidor, pois em regra é celebrado nas relações de consumo. Há desigualdade econômica entre os contratantes.
Está conceituado no art. 54 do CDC.
É impresso e não admite modificação por imposição do aderente.
CONTRATOS DE ADESÃO
Também denominado de contrato em série ou por formulários.
Assemelha-se ao contrato de adesão pois é apresentado por uma das partes em forma impressa ou datilografada, e à outra parte cabe subscrevê-lo. 
Não há necessidade da desigualdade econômica entre os contratantes.
Em geral são deixadas lacunas a serem preenchidas pelo concurso de vontades das partes.
As cláusulas não são impostas, mas pré-redigidas.
Destina-se a pessoas ou grupos identificáveis.
Podem ser acrescentadas às impressas cláusulas datilografadas ou manuscritas.
CONTRATO TIPO OU CONTRATO DE MASSA
Contratos de execução instantânea;
Contratos de execução diferida;
Contratos de trato sucessivo.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO MOMENTO DA EXECUÇÃO
Também denominados de execução imediata ou única.
São os que se consumam em um só ato, sendo cumpridos imediatamente após a sua celebração, como por ex. a compra e venda à vista.
A solução se efetua de uma só vez e por prestação única, tendo por efeito a extinção cabal da obrigação.
Contratos de execução instantânea
Também denominados de execução retardada.
São aqueles que também devem ser cumpridos em um só ato, mas em momento futuro. Ex. a entrega do objeto alienado em determinada data.
A prestação de uma das partes não se dá imediatamente após a formação do vínculo, mas a termo.
Contratos de execução diferida
Também denominados de contratos de execução continuada.
São os que se cumprem por meio de atos reiterados, como por exemplo a compra e venda a prazo, a prestação permanente de serviços e fornecimento periódico de mercadorias, assim como a locação.
Contratos de trato sucessivo
1. A TEORIA DA IMPREVISÃO, que permite a resolução do contrato no caso de onerosidade excessiva- arts. 478 a 480, CC, só se aplica aos contratos de execução diferida e continuada.
2. O PRINCÍPIO DA SIMULTANEIDADE DAS PRESTAÇÕES só se aplica aos contratos de execução instantânea, assim sendo, não se permite, em um contrato de execução diferida ou de trato sucessivo, que o contratante, o qual deve satisfazer em primeiro lugar a sua prestação defenda-se pela exceptio non adimpleti contratus, alegando que a outra parte não cumpriu a dela.
INTERESSE PRÁTICO DESTA CLASSIFICAÇÃO
3. NOS CONTRATOS DE EXECUÇÃO INSTANTÂNEA, a nulidade ou resolução por inadimplemento reconduz as partes ao estado anterior, enquanto nos de execução continuada são respeitados os efeitos produzidos ( ex. os aluguéis pagos, o serviço prestado pelo empregado), não sendo possível a restituição ao status quo ante.
4. A PRESCRIÇÃO DA AÇÃO para exigir o cumprimento das prestações vencidas, nos contratos de trato sucessivo, começa a fluir da data de cada prestação.
INTERESSE PRÁTICO DESTA CLASSIFICAÇÃO
A.
PERSONALÍSSIMOS (intiutu personae)
IMPESSOAIS
B.
INDIVIDUAIS
COLETIVOS
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO AGENTE
São os celebrados em atenção às qualidades pessoais de um dos contraentes. O obrigado não pode se fazer substituir por outro, pois as qualidade, sejam culturais, profissionais, artísticas ou de outra espécie tiveram influência decisiva na contratação.
Estas obrigações são intransmissíveis aos sucessores, assim como não podem ser objeto de cessão; são anuláveis por erro essencial sobre a pessoa do contratante.
PERSONALÍSSIMOS (intiutu personae)
São os que a prestação pode ser cumprida, indiferentemente, pelo obrigado ou por terceiro. 
O importante é que seja realizada, pouco importando quem a executa, pois o seu objeto não requer qualidades especiais do devedor.
CONTRATOS IMPESSOAIS
As vontades são individualmente consideradas, ainda que envolva várias pessoas. Ainda que a contratação em grupo seja realizada, o que importa é a emissão de cada vontade.
CONTRATOS INDIVIDUAIS 
São realizados pelo acordo de vontades entre duas pessoas jurídicas de direito privado, representativas de categorias profissionais, sendo denominadas de convenções coletivas.
Segundo Orlando Gomes eles não tem verdadeiramente natureza contratual, pois que não existem relações jurídicas que coloquem as partes nas funções de credor e devedor.
CONTRATOS COLETIVOS

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