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Postagem de Atividade Estruturada - Sociologia - aula 2

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ATIVIDADES ESTRUTURADAS 
	NOME DA DISCIPLINA:
	SOCIOLOGIA JURÍDICA E JUDICIÁRIA
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	CÓDIGO:
	CCJ0008
	TÍTULO DA ATIVIDADE ESTRUTURADA: 
	 Fichamentos sobre textos sobre Judicialização da política e politização do judiciário encontrados nos seguintes endereços eletrônicos:  http://www.ces.uc.pt/opiniao/bss/078.php, www.aslegis.org.br/uploads/cad_29_31.pdf e www.scielo.br/pdf/ensaio/v16n58/a02v1658.pdf
	PRODUTO/RESULTADO:
	
1º FICHAMENTO
1 – Indicação bibliográfica: A Judicialização da Política por Boaventura de Souza Santos
2 – Resumo:
O sistema judicial e o sistema político atravessam um momento de tensão em que sua natureza é a judicialização da política que conduz a politização da justiça. Isso ocorre sempre que os tribunais no desempenho de sua função típica afeta as ações políticas. Quanto às formas, são:
De baixa intensidade – quando membros isolados da classe política sofrem investigações e eventualmente julgados por atividade criminosa que pode ter a ver ou não com o poder ou a função que sua posição em destaque lhe confere;
De alta intensidade – quando parte da classe política não conseguindo resolver a luta pelo poder e pelos mecanismos habituais do sistema político, transfere aos tribunais seus conflitos internos através de denúncias cruzadas objetivando enfraquecer seu adversário pela exposição social, não há interesse público no ato. 
Não é possível saber se quando acontece um determinado processo de judicialização da política é de baixa ou alta intensidade, somente depois por conta do impacto no sistema político e judicial será possível graduar. A judicialização de baixa intensidade retira a sua importância da notoriedade dos investigados e a de alta intensidade retira-a da natureza dos conflitos que aflora judicialmente. A de alta intensidade é a que causa maior dano no sistema político.
A politização da justiça consiste numa discussão sobre a justiça, sua funcionalidade e credibilidade pois atribui-lhes desígnios que violam as regras da separação dos poderes dos órgãos de soberania.
A maneira de administrar a politização da justiça determinará a fraqueza ou a força do Judiciário.
Ainda não é possível saber qual dos resultados atenderá a credibilidade dos órgãos e a consolidação da nossa democracia será a força do Judiciário. Para alcançar essas características ele terá de atuar com celeridade e mostrar ao país que mesmo em situações de stress é possível atuar de acordo com os melhores critérios técnicos e com prudência e por isso não cede a pressão e não se deixa manipular.
Podemos analisar as manifestações da politização da justiça que deriva da judicialização da política:
As relações entre os meios de comunicação social e o sistema judicial - a politização da justiça transforma a serena obscuridade dos processos judiciais na agitada ribalta dos dramas judiciais. Isso é problemático pois há diferenças entre a lógica da ação da mídia que tem o predomínio dos tempos instantâneos e a lógica da ação judicial dominada pelo tempo processual lento. Para os dois existe a dicotomia drástica entre ganhadores e perdedores.
Segredo de Justiça – Nesse caso o problema é sua violação. O que ocorre atualmente é vergonhoso, é um paradoxo que nesse momento político-judicial que demonstra uma luta contra a impunidade dos poderosos e quem tem o poder para violar o segredo de justiça o faça impunemente. O objetivo do segredo de justiça é proteger os interesses da investigação criminal e também o bom nome e a privacidade dos indiciados. A fraqueza do segredo é que os interessados em destruir o bom nome dos indiciados tem cumplicidade daqueles que querem comprometer a credibilidade das investigações
A prisão preventiva – a mesma importância que o segredo de justiça mas, este não tem substituto e a prisão preventiva pode e deve ser substituída por medidas alternativas sempre que possível. A prisão preventiva praticada em excesso é resultado de uma justiça morosa.
3 – Citações:
As relações entre o sistema judicial e o sistema político atravessam um momento de tensão sem precedentes cuja natureza se pode resumir numa frase: a judicialização da política conduz à politização da justiça. Há judicialização da política sempre que os tribunais, no desempenho normal das suas funções, afetam de modo significativo as condições da ação política.
A politização da justiça coloca o sistema judicial numa situação de stress institucional que, dependendo da forma como o gerir, tanto pode revelar dramaticamente a sua fraqueza como a sua força.
Num contexto de politização da justiça, o problema do segredo de justiça é o problema da violação do segredo de justiça. O que se está a passar neste domínio é uma vergonha nacional.
4 – Comentários:
Em seu livro “O Espírito das Leis” Montesquieu diz: “os juízes são a boca que pronuncia as palavras da lei...”, constata-se que atualmente os 3 Poderes estão distantes do propósito do autor. Não há mais a independência dos poderes pos um poder usa o outro poder para alcançar objetivos diversos daquele que lhe cabe, e o objetivo é o bem comum, o bem coletivo, e perde o povo, como sempre!!!
2º FICHAMENTO
1 – Indicação bibliográfica: A Judicialização das Relações Escolares por Álvaro Crispino e Raquel Crispino
2 – Resumo:
Tem sido muito comum a violência escolar relatada através de jornais e mesmo de pessoas próximas. Escolas são fechadas devido ao confronto entre policiais e traficantes, balas-perdida alcançam estudantes que vivem infelizes momentos de violência no universo escolar.
Os direitos das crianças e adolescentes são garantidos pela justiça e a cada dia é mais difícil proceder com as ações educacionais. Os educadores sentem-se abandonados pois não foram preparados para conviver com essa relação escolar que se estabeleceu.
Cada vez mais gestores são surpreendidos com a realidade de que um aluno buscou seu direito na justiça e “ganhou” e aqueles são obrigados a recuar da decisão tomada.
A educação passou por um processo de massificação trazendo muitos alunos para a escola e esta manteve-se inerte em as rotina e em seu relacionamento com os alunos o que fez surgir uma “desproporção” entre o aluno real e o aluno que se imagina ter. A escola não foi capaz de acompanhar a mudança do tipo dos alunos que são distintos e os professores não foram preparados para lidar com os conflitos que surgem dessa relação.
O fato dos indivíduos conhecerem todos os seus direitos ainda que não saibam indicar os deveres que decorrem desse direito e quando esses direitos não são alcançados são obtidos na Justiça e é isso que chamamos de judicialização e deriva-se daí outro fenômeno chamado judicialização das relações escolares em que a justiça é chamada a sanar dúvidas relacionadas a direitos não atendidos ou deveres não cumpridos no mundo das relações escolares. Ocorre também a judicialização da política, judicialização da saúde, etc.
A judicialização das relações escolares é um fato real e acontece em um nº grande porque os profissionais da educação não tiveram um preparo para lidar com essa demanda e desconhecem suas obrigações na relação educador X aluno que expressam direitos e deveres, quando muito participaram de curso sobre LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, uma lei com teor ideológico e fora da realidade das salas de aula. Outro problema é que os gestores são escolhas políticas e de indicação de algum conhecido e não é levado em conta a capacidade de gestão para a direção de uma escola.
O assunto responsabilidade civil das escolas, dos gestores, etc. é de grande importância em países como Argentina e França e já é tempo de sistematizá-lo no Brasil.
O novo Código Civil em seu art. 932 declara quem são os responsáveis pela reparação civil.
A doutrina já consagrou que as escolas convivem com concorrência de situações entre a responsabilidade dos pais e a do professor ou educador.
Então quando o aluno ingresso na escola para atividades de ensino, recreação, excursão, visitas guiadas, etc. seja unidadede ensino pública ou privada está investida no dever de vigiar e guardar, tendo o dever de preservar a integridade física e moral do aluno e tem de utilizar todos os meios disponíveis e eficazes para a proteção daqueles que mantém sob sua guarda.
O respeito devido ao aluno é algo real, não é expressão inútil usada pelo legislador e não é uma possibilidade para o educador é um dever.
Existe uma grane discussão sobre o ECA e os direitos garantidos às crianças e adolescentes. Em geral a discussão é ampliada quando ocorre alguma infração grave envolvendo menores e estes recebem a proteção dada pelo ECA.
Essas pessoas desconhecem que os direitos garantidos possuem “mão-dupla” ou seja, é devido a criança e ao adolescente, mas também aos educadores, professores, diretores, etc. e devem ser respeitados pelos alunos.
O respeito mútuo é um imperativo nessa relação.
Importante lembrar que a instituição de ensino é um prestador de serviços e essa relação é disciplinada também pelo CDC.
Após esse processo deseja-se que a política finalmente ocupe seu espaço próprio. Verifica-se que o processo de judicialização atingiu as relações escolares pois as pessoas envolvidas foram incapazes de identificar os problemas que surgiam e de encontrar soluções para esses problemas. Da mesma forma que na política são os atores escolares que devem identificar e conduzir ao acerto esses conflitos e não o judiciário.
3 – Citações:
O assunto violência escolar está na ordem do dia.
A escola não acompanhou a mudança do perfil dos alunos que agora são distintos, diversos e divergentes
A judicialização das relações escolares se dá no mesmo momento em que percebemos a judicialização da política (quando o Poder Judiciário é chamado para interpretar a fidelidade partidária), a judicialização da saúde (quando a Justiça manda que sejam entregues pelo Poder Público os remédios para doentes crônicos, ou transplantados, etc.) e a judicialização das políticas públicas.
4 – Comentários:
Um problema pontual para a judicialização escolar ter acontecido foi a massificação da educação que trouxe um número enorme de alunos e a escola continuou estática. Os profissionais envolvidos quando muito tiveram conhecimento apenas da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, quando deveriam ter sido inseridos no Código Civil, ECA e Código de Defesa do Consumidor, da mesma forma os alunos deveriam conhecer essas leis, pois são um tipo de três em um, pois estudantes são crianças ou adolescentes, os que se relacionam com os educadores e gestores e o consumidor, que são exigentes com a qualidade do serviço prestado, e esses alunos em sua maioria conhecem seus direitos sem terem a compreensão real de que o direito é sempre conjugado com obrigação, dever.
3º FICHAMENTO
1 – Indicação bibliográfica: Considerações sobre a Judicialização Política no Brasil – Amandino Teixeira Nunes Junior
2 – Resumo:
Com a promulgação da Constituição de 1988 a procura por justiça da população brasileira aumentou consideravelmente, isso deveu-se por causa das conquista da democracia e da cidadania e as pessoas se tornaram mais conscientes sobre seus direitos. A Constituição de 1988 também aumentou o número daqueles que podiam ser os sujeitos políticos a decidir o futuro do Brasil.
Então o Poder Judiciário através de seus órgãos (juízes e tribunais), recebe o papel importante de atuar como instância decisória, decidindo questões levantadas e repartindo espaço com os Poderes Legislativo e Executivo. Essa mudança do status do Judiciário o tem colocado em situação estratégica na proteção dos direitos individuais e coletivos e também no controle das políticas públicas e dos poderes constituídos.
Esse papel importante do Judiciário também deu ao STF uma posição de destaque nesse processo, pois este determinou procedimentos para outros poderes, e.g.: limites de atuação das CPI e Décor Parlamentar da Câmara dos Deputados. Em decorrência de sua competência o Poder Judiciário, em especial o STF que tem de proteger a Constituição bem como a tutela dos direitos individuais e coletivos tem-se verificado no Brasil a “judicialização de questões políticas que agora têm nos órgãos jurisdicionais a decisão final de seus conflitos”
A judicialização da política é designada como a atuação política dos órgãos judiciais nas democracias atuais em particular os tribunais constitucionais, essa atuação faz com haja uma interação do sistema judicial com o sistema político. 
Com a judicialização da política, no Brasil, tem ocorrido um padrão de relacionamento entre os poderes. Tem-se verificado uma elevação institucional do Poder Judiciário pois é chamado a pronunciar-se em situações em que a ação do Legislativo e do Executivo se mostrou ineficiente ou contrária à Constituição ou ao direito fundamental.
3 – Citações
Além da abertura de seus preceitos para os novos direitos e as novas ações, a Constituição de 1988 ampliou os sujeito políticos aptos a decidir o futuro do Estado.
A expressão judicialização da política corresponde a um fenômeno observado em diversas sociedade contemporâneas.
4 – Comentários
O que acontece no Brasil faz-no refletir sobre o equilíbrio entre os poderes tão defendido por Montesquieu e pelas democracias contemporâneas. É patente que o Judiciário por causa da judicialização da política está em posição mais elevada que os outros dois poderes. Mais o equilíbrio entre os poderes com isso fica comprometido e poderá em longo prazo causar dano. É preciso que o Legislativo e o Executivo façam uma campanha séria de recuperação da confiança com a população e vença essa crise ética por que passam e o equilíbrio entre os poderes seja restabelecido.

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