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(Hipoglicemia Medicina | Larissa Marzagão Ferreira [ ] Introdução A hipoglicemia é definida na presença da tríade de Whipple: • Sinais e sintomas de hipoglicemia; • Glicemia sérica < 55 mg/dL; • Resolução do sintomas após correção da glicemia. Manifestações clínicas As manifestações iniciais são os sintomas autonômicos adrenérgicos e colinérgicos. Avaliação do risco As hipoglicemias iatrogênicas são muito comuns nas pessoas com DM; por isso, devemos sempre ponderar o risco do tratamento e do paciente de desenvolver hipoglicemia, que pode aumentar liberação de citocinas inflamatórias, ativação de plaquetas e leucócitos, comprometimento da reatividade vascular e resposta simpático-adrenal, induzindo alterações cardiovasculares, arritmias, demência que estão relacionados à maior mortalidade. Risco relacionado ao tratamento: o risco é maior em pacientes em uso de secretagogos (glinidas e sulfonilureia) e/ou insulina. Risco intrínseco do paciente: extremos de idade, alimentação errática e com pequeno conteúdo de carboidratos, hipoglicemia prévia, prática de exercícios, ingestão de álcool, DRC e desnutrição. Tratamento Primeiramente, independente do uso de medicação que justifique aa hipoglicemia, deve-se confirmar os sintomas com o resultado da glicemia capilar. Primeiros sintomas = regra dos 15: • Ingerir 15g de carboidratos simples, aguardar 15 minutos e repetir o procedimento se o alvo glicêmico não for atingido. (Hipoglicemia Medicina | Larissa Marzagão Ferreira [ ] Se estiver confuso ou comatoso, ou internado com recomendação de jejum: administrar 30 a 40 mL de glicose 50% EV. • Neste caso, a glicemia capilar deve ser realizada após 5-15 minutos. Caso não esteja disponível um acesso venoso imediato, deve-se administrar 1 ampola (1 mg) de glucagon IM ou SC. Após o tratamento inicial, alimentos com carboidratos complexos devem ser consumidos ou soro glicosado infundido continuamente, para evitar a recorrência do quadro. Instaurar medidas preventivas para reduzir a frequência de um novo episódio: • Substituição dos secretagogos por outras classes de medicamentos; • Troca de insulina regular por análogos ultrarrápidos de insulina; • Troca da NPH por insulinas lentas (detemir e glargina U-1000) e ultralentas (degludeca e glargina U-300).
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