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Exame físico do Tórax

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Anna Laura Silva Oliveira – Turma XXIV 
Semiologia do Tórax 
Referência: 
O exame físico – Portinho; 
 INTRODUÇÃO 
Exame físico do tórax: Avaliação das 
mamas, dos pulmões, coração, 
mediastino e estruturas componentes 
da caixa torácica: pele, tecido 
subcutâneo, linfonodos, panículo 
adiposo, musculatura, sistema vascular 
superficial, ossos e cartilagens; 
➢ É Importante conhecer os pontos de 
referência anatômicos, linhas e 
regiões torácicas, e a projeção dos 
órgãos na parede do tórax; 
OBS: Exame da pele → busca por 
lesões elementares, alteração de 
relevo, pigmentação e outras 
modificações. 
 REGIÕES TORÁCICAS 
 
 LINHAS TORÁCICAS 
 
Ex: Linha interescapular; linha 
medioesternal; linha paraesternal; linha 
hemiclavicular. 
 PULMÕES 
 
Cissura horizontal: Lobo superior – 
lobo médio; 
Cissura oblíqua: Lobo médio – lobo 
inferior; 
INSPEÇÃO DO TÓRAX 
INSPEÇÃO ESTÁTICA: Não há 
observação da movimentação do tórax. 
Avalia-se a forma do tórax, presença ou 
não de abaulamentos e/ou depressões; 
INSPEÇÃO DINÂMICA: Avalia-se o tipo 
respiratório, ritmo e frequência da 
respiração, amplitude dos movimentos 
respiratórios, presença ou não de 
tiragem (sinal de esforço respiratório – 
retração de alguma área do tórax) e a 
expansibilidade dos pulmões. 
➢ FORMA DO TÓRAX 
 
Anna Laura Silva Oliveira – Turma XXIV 
• Tórax chato: Achatamento, 
redução do diâmetro ântero-
posterior. 
É mais comum em longilíneos e não 
possui significado patológico; 
• Tórax em tonel ou barril: 
Aumento do diâmetro ântero 
posterior, que praticamente chega 
a igualar-se ao diâmetro 
transversal. 
Causa mais comum: enfisema 
pulmonar; 
Quando acontece a inspiração, o 
diafragma e os músculos intercostais 
puxam o pulmão. Na expiração, a 
contração elástica trás o pulmão de 
volta. Em fumantes e pessoas que 
trabalham com poeira, as fibras 
elásticas são destruidas de forma 
gradual, de forma que quando ocorre a 
expiração, o tórax puxa os pulmões mas 
parte do ar continua retido dentro deles. 
• Tórax infundibuliforme (pectus 
excavatum): Há presença de 
depressão ao nível do terço inferior 
do esterno. 
Pode ser congênito ou adquirido. 
Quando muito acentuado, pode produzir 
distúrbio pulmonar restritivo; 
• Tórax cariniforme (pectus 
carinatum): Saliência ao nível do 
esterno, em forma de peito de 
pombo ou quilha de navio. 
Pode ser congênito ou adquirido, mas 
não compromete a ventilação pulmonar. 
Principal causa: raquitismo infantil; 
• Tórax em sino ou piriforme: 
Porção inferior alargada; 
Surge nas grandes hepatomegalias e na 
ascite volumosa; É visto com maior 
frequência em pessoas obesas. 
• Tórax cifótico: Decorrente do 
encurvamento posterior da coluna 
torácica. 
Pode ser devido a defeito de postura ou 
lesão de vértebras torácicas; 
• Tórax escoliótico: Desvio lateral 
da coluna vertebral; 
A causa mais comum é congênita; 
• Tórax cifoescoliótico: Pode ser 
congênito ou adquirido, podendo 
produzir restrição grave da 
expansão torácica; 
OBS: Ângulo de Charpy (Â=90°) 
 
OBS: Tórax instável traumático: 
fratura de várias costelas, provocando 
movimentos torácicos paradoxais: na 
inspiração o tórax “afunda” para dentro, 
na expiração para fora, provocando 
deformação do tórax; 
➢ ABAULAMENTOS E 
DEPRESSÕES; 
 
➢ TIPOS RESPIRATÓRIOS: 
Observar com atenção a 
movimentação do tórax e abdome. 
Em condições normais, observa-se dois 
tipos de respiração: 
• Costal superior: deslocamento do 
tórax para cima e para frente (mais 
comum em mulheres); 
• Toracoabdominal: É 
predominantemente diafragmática 
(comum em crianças e predomina 
no sexo masculino); 
 
➢ RITMO RESPIRATÓRIO: Observar 
sequência, forma e amplitude das 
incursões respiratórias; 
Anna Laura Silva Oliveira – Turma XXIV 
Em condições normais: ritmo 
respiratório normal (sucessão regular de 
movimentos respiratórios, de 
profundidade mais ou menos igual); 
Ritmos respiratórios anormais: 
provenientes de alterações na forma ou 
amplitude dos movimentos 
respiratórios; 
 
• Dispnéia: movimentos 
respiratórios amplos e rápidos, 
quase sempre desconfortáveis 
para o paciente. 
Surge em condições cardíacas, 
pulmonares, anemias graves; 
• Respiração de Cheyne-Stokes: 
dispnéia periódica – o paciente 
apresenta de modo cíclico 
incursões respiratórias que 
aumentam de amplitude e depois 
diminuem podendo ocorrer 
períodos de apnéia. 
Ocorre em insuficiência cardíaca grave, 
AVCs, TCEs, nas intoxicações; 
Representam uma lesão no centro 
respiratório. 
• Respiração de Biot: nítidas 
variações na amplitude dos 
movimentos respiratórios, com 
períodos de apnéia. 
Ocorre na meningite, processos 
expansivos (neoplasias), hematoma 
extradural, no estado comatoso e 
afecções em que há grave 
comprometimento do encéfalo. 
Traduz lesão no centro respiratório e 
indica mau prognóstico. 
• Respiração de Kussmaul: 
amplas e rápidas inspirações 
interrompidas por curtos períodos 
de apnéia, após as quais ocorrem 
expirações profundas e ruidosas 
sucedidas por pequenas pausas 
de apnéia. 
Observada na cetoacidose diabética, 
insuficiência renal com uremia, e outras 
acidoses. – acidose. 
O sangue ácido se mistura ao 
bicarbonato – CO2 + H2O. 
• Respiração suspirosa: 
movimentos respiratórios 
normais interrompidos por 
“suspiros” – inspirações 
profundas seguidas de 
expirações mais demoradas; 
Os “suspiros profundos” em indivíduos 
saudáveis quase sempre estão 
relacionados com tensão emocional. Se 
ocorre com muita frequência, a 
respiração suspirosa, pode fazer parte 
do quadro de transtorno de ansiedade. 
RITMO RESPIRATÓRIO: 
• Platipnéia: dificuldade para 
respirar na posição ereta, que se 
alivia na posição deitada. É o 
contrário da dispnéia de decúbito. 
• Ortopnéia: é a dificuldade para 
respirar mesmo na posição 
deitada; 
• Trepopnéia: dispneia em 
decúbito lateral. 
 
➢ AMPLITUDE DA RESPIRAÇÃO 
(profunda x superficial); 
 
 
Anna Laura Silva Oliveira – Turma XXIV 
➢ FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA: 
Frequencia respiratória normal para a 
idade: 
• 0 – 2m: <60irpm; 
• 2m – 12m: <50irpm; 
• 1a – 5a: < 40irpm; 
• 6a – 8a: < 30irpm; 
• >8a: <20irpm 
Traquipnéia: FR acima dos valores 
normais; 
Bradipnéia: FR inferior aos valores 
normais; 
Apnéia: parada respiratória; 
Eupnéia: FR normal sem dificuldade 
respiratória; 
➢ TIRAGEM: Depressão / retração 
durante a inspiração → pode ser 
localizada em uma área, restrita ou 
ser unilateral, visível em todo um 
hemitórax, ou bilateral, dependendo 
da altura da obstrução; 
• Intercostal → retração nos 
espaços intercostais, que 
acompanha a respiração. 
• Subcostal → abaixo do gradil 
costal, afundamento na região 
abaixo das costelas quando o 
paciente respira. 
• De fúrcula → região da fúrcula 
esternal, sinal de desconforto 
respiratório. 
➢ EXPANSIBILIDADE PULMONAR 
 
➢ INSPEÇÃO DO PESCOÇO: 
Observar se a respiração é auxiliada 
pela ação dos músculos acessórios 
→ sinal precoce de obstrução das 
vias respiratórias. 
 
PALPAÇÃO DO TÓRAX 
Parâmetros para palpação: 
➢ Estrutura da parede torácica (pele, 
tecido subcutâneo, músculos, 
cartilagens e ossos); 
➢ Expansabilidade ou mobilidade – 
avaliar expansibilidade dos ápices e 
das bases pulmonares. Diminuição 
da expansibilidade pode ser 
unilateral ou bilateral; 
Comparar os dois pulmões (ex: colocar 
as mãos nas costas e pedir para o 
paciente inspirar, a análise é feita sobre 
o movimento das mãos, se são 
semelhantes ou não); 
➢ Frêmito toracovocal: o frêmito pode 
estar aumentado, como ocorre por 
exemplo nas pneumonias, ou 
diminuído, por exemplo no derrame 
pleural. 
Quando o paciente emite um som, 
transmite vibrações que podem ser 
sentidas na palpação. Ex: ao colocar a 
mão na região infraclavicular e em 
outras que não contenham projeção 
óssea é analisado a vibraçãodo frêmito 
toracovocal / a ressonância na parede 
torácica quando o paciente repete 
algum som (33, ê). 
O som é reduzido se há separação entre 
o pulmão e a parede da caixa torácica. 
O som é aumentado quando há 
condensação; 
PERCUSSÃO DO TÓRAX: 
O som nos dois pulmões deve ser o 
mesmo → avalia-se a simetria. 
• Área de projeção do coração, do 
fígado e do baço: som maciço ou 
submaciço; 
• Área de projeção de fundo do 
estômago – espaço de Traube: 
som timpânico, semelhante ao 
obtido quando se percute um 
tambor; 
• Sonoridade pulmonar ou som claro 
pulmonar ou som claro atimpânico; 
Alterações na percussão do tórax: 
• Hipersonoridade pulmonar → 
aumento de ar nos alvéolos; 
Anna Laura Silva Oliveira – Turma XXIV 
• Submacicez / macicez → redução 
ou inexistência de ar (derrames 
pleurais extensos ou extensas 
condensações); 
• Som timpânico → ar aprisionado 
no espaço pleural (pneumotórax) 
ou uma grande cavidade 
intrapulmonar (tuberculose). 
AUSCULTA DO TÓRAX: 
Constitui o método semiótico de 
excelência para exploração clínica do 
tórax, tanto para o exame dos pulmões 
como do coração; 
Erro grosseiro e inaceitável é realizar a 
ausculta do tórax por cima da roupa; 
O paciente deve estar 
preferencialmente sentado, com o tórax 
total ou parcialmente descoberto; 
O receptor mais adequado é o 
diafragma (no estetoscópio), usando-se 
os de menor diâmetro no exame de 
crianças. 
➢ Sons pleuropulomares: 
• Sons normais: som traqueal 
(audível na região de projeção 
da traqueia); 
• Respiração brônquica 
(brônquios de maior calibre); 
• Respiração broncovesicular; 
• Murmúrio vesicular (bronquíolos 
→ alvéolos); 
Prolongamento da fase expiratória 
ocorre na asma brônquica, no enfisema 
e na bronquite com broncoespasmo e 
traduz de modo objetivo a dificuldade de 
saída do ar. Nessas condições, a 
respiração torna-se sibilante (sibilos), 
termo popular: “chieira no peito”; 
➢ Sons anormais: 
• Descontínuos: ex: estertores → 
podem ser audíveis na inspiração 
ou na expiração, superpondo-se 
aos sons respiratórios normais. 
Podem ser estertores finos (crepitantes) 
– mais relacionados à alterações no 
parênquima pulmonar, ou estertores 
grossos – mais relacionados à secreção 
na via aéreas dos brônquios; 
• Contínuos: roncos, sibilos, estridor; 
 
➢ Ausculta da voz: 
• Ressonância vocal: são os sons 
produzidos pela voz e ouvidos na 
parede torácica. 
Toda vez que ocorre condensação 
pulmonar – inflamatória, neoplásica ou 
pericavitária –, sucede aumento na 
ressonância vocal ou broncofonia. Ao 
contrário, na atelectasia (fechamento de 
uma área pulmonar), no espessamento 
pleural e nos derrames pleurais, há 
diminuição da ressonância vocal. 
Quando se ouve com nitidez a voz 
falada, chama-se pectorilóquia fônica. 
Quando o mesmo acontece com a voz 
cochichada, denomina-se 
pectorilóquia afônica ou voz 
sussurrada. 
Egofonia é um tipo especial de 
broncofonia, quando esta adquire 
qualidade nasalada e metálica, podendo 
acontecer na parte superior dos 
derrames pleurais, e também na 
condensação pulmonar.

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