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Você Pergunta 
Aprenda com a Geração Y 
Danilca Galdini, da Next-View, parceira na pesquisa “A empresa dos sonhos dos jovens” 
explica como somar as competências entre todas as gerações e reter os novos talentos. 
Confira! 
A pesquisa “A empresa dos sonhos dos jovens”, realizada pela Cia de Talentos, em parceria 
com a NextView, empresa especializada em mapear tendências para a área de recursos 
humanos e com a TNS, aponta as 10 empresas mais desejadas pelos jovens e o que eles 
pensam sobre liderança e carreira. Publicada com exclusividade pela revista HSM 
Management de Julho/Agosto 2010 (disponível apenas para assinantes), o estudo apresenta as 
seguintes empresas como as mais desejadas: 
1º - Google 
2º - Petrobras 
3º - Unilever 
4º - Vale 
5º - Natura 
6º - Nestlé 
7º - Itaú 
8º - Rede Globo 
9º - Microsoft 
10º - AmBev 
A pesquisa realizada via internet por meio de um formulário distribuído para mais de 35 mil 
brasileiros das cinco regiões, com idade média de 24 anos, estudantes e recém-formados de 
134 cursos (28% da área de administração), aponta algumas informações que podem desafiar 
as atuais práticas de gestão de pessoas. 
Para 36% dos jovens, fazer aquilo que gosta é o fator mais importante quando se fala em 
sucesso. Poder fazer as coisas acontecer é para 20% uma das maiores vantagens em ser líder. 
Em contrapartida, 21% acredita que uma das maiores desvantagens da liderança está ligada a 
sofrer forte pressão e as cobranças. 
A convite do Portal HSM, Danilca Galdini, sócia-diretora da Next-View People, empresa 
parceira da Cia de Talentos, é a convidada desta edição do Você Pergunta. Confira abaixo a 
entrevista completa. 
Sobre Danilca Galdini 
Graduada em Psicologia pela PUC –SP. Atua há 13 anos na área de Recursos Humanos. 
Atuou por 12 anos no Grupo DMRH, em diferentes Unidades de Negócio. Atualmente é 
sócia-diretora da NextView People, empresa especializada em realizar estudos e pesquisas 
com o objetivo de identificar tendências para o segmento de Recursos Humanos. 
HSM Online 
20/07/2010 
1 - Quais são os receios que uma empresa de maior porte tem em contratar um jovem da 
geração Y? O que eles esperam de nós? E o que realmente é avaliado na hora da 
entrevista? Enviado por Francini Azevedo, estudante de turismo da UFJF (Universidade 
Federal de Juiz de Fora). 
Danilca Galdini - As empresas desejam contratar profissionais da Geração Y, pois são 
íntegros, sabem trabalhar em equipe, são rápidos para aprender, são inovadores. Mas também 
são exigentes, valorizam a liberdade de trabalhar onde e quando quiserem, valorizam a 
coerência e transparência, necessitam de feedbacks constantes e querem rápido crescimento 
profissional. Diante deste cenário, o grande receio das empresas é não conseguir reter os 
profissionais da Geração Y. As empresas já começaram a rever seus processos de atração, 
retenção e desenvolvimento de profissionais para se adequarem a algumas das novas 
exigências desta Geração, mas algumas mudanças não são feitas do dia para a noite. Por 
exemplo, os jovens da Geração Y valorizam horário flexível de trabalho, mas a legislação 
trabalhista brasileira é bastante rigorosa quanto a isto. As mudanças no mundo do trabalho já 
começaram, mas algumas ainda não são possíveis de serem vistas. 
 
2 - Quais são as medidas que as empresas estão tomando para lidar com anseios e 
expectativas dessa nova geração? Você acredita que as empresas estão se adaptando a 
geração Y ou ainda existe muita resistência? Enviado por Viviene Ferreira, aluna de 
Administração da Universidade Estadual de Maringá. 
Danilca Galdini - As empresas já começaram a repensar seus modelos de gestão, para 
acompanhar as novas exigências do mundo moderno (e da Geração Y), mas também ainda 
existe muita resistência. Algumas pessoas encaram estas mudanças como um carimbo de que 
tudo que fizeram até hoje estava errado, o que definitivamente não é verdade (e parte da 
responsabilidade disto é dos profissionais da Geração Y, que entram nas empresas acreditando 
que sabem tudo). Acredito na grande contribuição da Geração Y para a sociedade e para uma 
nova forma de organização, assim como cada Geração contribui em sua época (Veteranos, 
Baby Boomers e X). Se conseguirmos entender isso, que cada geração contribuiu com algo 
para que chegássemos até aqui, podemos entender que a Geração Y tem algo novo a trazer. 
Diminuir a resistência das empresas e pessoas depende do processo de reconhecimento e 
aceitação dos pontos fortes de cada geração. 
 
3 - Quais são os valores buscados por esta geração quando o assunto é 
trabalho/carreira? A falta de equilíbrio entre carreira e família foi uma característica da 
geração X (nascidos entre 1960 a 1980). Como a geração Y lida como os assuntos 
carreira e família? Enviado por Janaína Iziquiel. 
Danilca Galdini - Em 2009 fizemos um levantamento sobre quais eram os valores e 
expectativas que os jovens da Geração Y tinham em relação ao a vida profissional e nos 
surpreendemos como identificamos que não são diferentes dos valores das demais Gerações. 
Os jovens da Geração Y desejam ter oportunidade de crescimento, sensação de realização, 
utilizar seus conhecimentos, ter estabilidade financeira e ter um bom ambiente de trabalho. 
Quando conversamos sobre isto com profissionais de outras gerações, a frase mais comum foi 
“E quem não quer isso?” Concordo, todos nós queremos, mas talvez a Geração Y esteja muito 
perto de conseguir pois entendem a importância do trabalho (e por conta disso se envolvem e 
realmente se engajam naquilo que acreditam) mas entendem também a importância de outras 
esferas da vida. 
 
4 - Como nós gestores, devemos lidar com essa geração? O que ela tem a nos oferecer de 
aprendizado? Quais são seus valores para a vida? O que as empresas devem oferecer 
para reter esses talentos? Enviado por Isis Boostel. 
Danilca Galdini - Acredito que a primeira coisa a ser feita é tentar conhecer a Geração Y por 
ela mesma e não a partir de um referencial, ou seja, conhecer o que pensam os jovens da 
Geração Y e não o que pensam diferente ou igual as demais gerações. A Geração Y se 
construiu em um mundo muito diferente, em que a globalização não era promessa, mas sim 
única possibilidade. Mas se formos focar no nosso papel de gestor, acredito que o primordial é 
repensarmos nosso modelo de autoridade, entendermos que no mundo atual hora ensinamos e 
hora aprendemos (se não os dois ao mesmo tempo). Também considero importante nos 
colocarmos no papel de facilitadores, apontando os objetivos e dando espaço para que 
construam o como chegar lá, mas este processo exige nossa atenção e nosso feedback 
constante. 
 
5 - Como você enxerga a participação da Geração Y que poderia ser sucessora de 
milhares de pequenas e micros empresas, mas que encontra dificuldades em implantar 
uma nova cultura de gestão ou dificuldades em entender um negócio de décadas? Como 
atrair a geração Y para a sucessão desses pequenos e micros negócios? Enviado por 
Marcio Goulart Jr. 
Danilca Galdini - Os Jovens da Geração Y não desejam apenas trabalhar em empresas de 
grande porte. Muitos dos jovens que atendo (no programa de orientação de carreira) tem o 
objetivo de ter um negócio próprio ou mesmo de atuar em empresas menores. A questão é que 
eles querem trabalhar com algo que faça sentido para eles. Não irão dar continuidade a uma 
empresa por obrigação, mas sim por compartilhar dos seus valores e objetivos. 
 
6 - Como um empresa com aproximadamente meio século de vida, com nível gerencial 
pouco evoluído em termos de estratégia de gestão pode capacitar seus gestores? Ou seja, 
prepará-los para que os atuais possam reter os novos talentos desta geração Y? Enviado 
por Ândrei Britto. 
Danilca Galdini - Sem dúvida alguma este é um grande desafio, pois as pessoas só 
internalizam as mudanças se estiveramabertas para isso. Falamos muito em atrair e reter os 
futuros líderes da Geração Y, mas não podemos esquecer de atrair, reter e desenvolver os 
lideres atuais. Se avaliarmos as mudanças ocorridas no mercado de trabalho nos últimos anos 
veremos que foram muitas e em um curto espaço de tempo, o mundo hoje é globalizado e 
completamente conectado. Alguns gestores entendem os impactos que tais mudanças geram 
no negócio em si, porém nem sempre entendem os impactos que podem causar na formação 
dos jovens. Acredito que prepará-los para atrair e reter os futuros gestores envolva um 
processo de apresentação desta nova geração, com todos os seus pontos a desenvolver, mas 
com todos os seus pontos fortes, pois nenhuma geração é ou foi perfeita! Mas este é um 
processo que leva tempo e que envolve repensar muitos dos conceitos já pré estabelecidos. 
 
7 - Muitos jovens da Geração Y são filhos únicos - com boa parte de suas vontades 
satisfeitas - e tem-se lido bastante a respeito do comportamento desta geração no 
ambiente de trabalho, optando por horários mais flexíveis, aceitando menos imposições 
etc. Como as empresas podem se preparar para receber esta geração e evitar conflitos 
entre os profissionais que foram acostumados com outros hábitos? Enviado por 
Andressa Fabris. 
Danilca Galdini - Acredito que a primeira coisa é entender que o mundo de fato mudou e isso 
traz conseqüências boas e outras nem tanto. Temos jovens antenados, que sabem o que esta 
acontecendo em tempo real, comprometidos, que possuem habilidades de fazer várias coisas 
ao mesmo tempo, preocupados, orientados por desafios, com grande domínio da tecnologia e 
criativos. Porém, eles são rápidos para aprender e desejam que os resultados sejam rápidos 
para aparecer, se doam para o trabalho, mas só se a empresa se doar pra eles. Se não houver 
troca justa ele vai embora. Não pretendo defender a Geração Y, acredito sim que existam 
muitos comportamentos que não são adequados a um ambiente de trabalho, mas considero 
importante que não esqueçamos que esta geração foi educada por nós, portanto precisamos 
entender do que foi que tanto quisemos proteger estes jovens. Talvez tenhamos conquistado 
nossos objetivos, mas erramos na medida. 
Digo isto, pois acredito que para conseguirmos transpor estes conflitos, precisamos entender e 
aceitar as características de cada geração (e usar o estudo das gerações como mais uma 
ferramenta para ajudar no desenvolvimento profissional e não como um carimbo). Quando 
digo aceitar, não me refiro a se conformar, aceitar é entender os motivadores para que então 
possamos encontrar as melhores estratégias para estimular o desenvolvimento. 
As empresas começaram a fazer isto, entender mais sobre as diferentes gerações que a 
compõem, para buscar as melhores estratégias que ajudem na interação. Pela primeira vez na 
história, temos quatro gerações atuando juntas (Veteranos nos Conselhos Administrativos, 
Baby Boomers em cargos de Diretoria, X em cargos diretoria/gerência e Y nos mais 
diferentes cargos). Temos que aproveitar o que cada uma pode dar de melhor com o seu olhar 
e sua forma de ver o mundo do trabalho. 
 
8 - O que garante o compromisso de um jovem empreendedor junto a sua empresa e 
como fidelizar esse jovem executivo com as facetas do desafio e a sua pouca idade, 
dentro da ética? Enviado por Marco Antonio Galceran. 
Danilca Galdini - O que realmente garante o comprometimento do jovem da Geração Y é 
fazê-lo se sentir parte de algo. O compromisso dele está ligado à suas crenças e valores e a 
fazer aquilo no que acredita. Para saber mais sobre o que de fato isto significa para os jovens 
que estão dentro da empresa é preciso estar próximo deles para entender seus motivadores. 
Quando exploramos um pouco mais sobre o que faz com que eles não estabeleçam este 
compromisso com uma empresa, identificamos como fatores decisivos a falta de um ambiente 
de trabalho agradável e de desenvolvimento profissional. 
 
9 - Como a empresa contemporânea está se preparando para receber os jovens da 
Geração Y? Até que ponto se dá o comprometimento/envolvimento do jovem Y com a 
empresa em que ele trabalha? E como será a liderança encabeçada pela Geração Y em 
um futuro próximo? Enviado por Renam Timbó, aluno do curso de administração na 
Universidade Estadual do Ceará(UECE). 
Danilca Galdini - Já faz um tempo que as empresas discutem sobre como atrair e reter a 
Geração Y e agora começaram a rever suas práticas de gestão para fazerem as alterações 
necessárias. Mas este é um processo que irá demorar um pouco para sedimentar, pois 
envolvem mudanças culturais. Este é um dos passos necessários para conquistar o 
comprometimento/envolvimento do jovem da Geração Y. 
Algumas pessoas dizem que estes jovens são infiéis, que saem da empresa por qualquer outra 
oportunidade, mas não acredito nisso pois os dados da pesquisa realizada com estes jovens 
mostram que a grande maioria deseja permanecer em uma empresa por mais de 10 anos. Para 
eles o que permeia o comprometimento não é o tempo de empresa, mas sim a troca 
estabelecida. Eles querem aprender e contribuir para o crescimento da empresa e enquanto 
estiverem tendo esta oportunidade vão ficar. Já se a balança desequilibrar, eles não hesitam 
em sair. 
Do meu ponto de vista, o grande problema não é comprometimento, mas sim o fato deles 
muitas vezes não procurarem seus gestores ou RH para falar sobre a insatisfação ou não 
darem tempo para a empresa tentar reequilibrar a balança. 
 
10 - Gostaria de saber como uma faculdade deverá se posicionar frente a esta geração, 
tanto em termos pedagógicos quanto comunicacionais? O que ensinar? Um ensino mais 
técnico ou mais humano ou seja, mais profissionalizante ou mais humanístico? Mais 
generalista ou especialista? Como professores, o que devemos esperar do aluno Y? 
Quais são os grandes desafios da educação superior frente a geração Y? Enviado por 
Maria Eugênia Porém, professora em Bauru/SP. 
Danilca Galdini - Acredito na importância do técnico e do humano, na importância de haver 
um equilíbrio para que possamos contribuir na formação de bons profissionais, que dêem 
conta da rotina do dia a dia mas que seja critico e consciente. Sinto falta de uma maior 
proximidade entre universidade e empresa, para que possamos discutir juntos quais são estes 
possíveis caminhos, para vermos onde estamos acertando e onde precisam ser feitos ajustes. 
Trazer a universidade mais próxima do "mundo real", do mundo que o jovem vai encontrar ao 
se formar é algo fundamental, para que ele possa perceber a importância de uma boa base 
teórica e das práticas proporcionadas pela Universidade. 
 
11 - Gostaria de saber sob seu ponto de vista o que pensa sobre a geração Y de baixa 
renda, cuja família, nos últimos anos, ascendeu à classe C e estão inseridos nas grandes 
estatísticas sobre o desemprego: fazem parte da população analfabeta funcional, 
constituem a maioria da população desempregada e sem qualificação e ainda compõem 
o grupo de vulnerabilidade social. Enviado por Mara Ligia Kiefer. 
Danilca Galdini - De forma geral, os desejos dos jovens de baixa renda não se diferem do 
desejo dos demais. Acredito que a grande diferença esteja relacionada com a dimensão das 
escolhas e a diversidade de formas para ir atrás daquilo que desejam. Mas ainda, há muito que 
se estudar sobre esta transição e o impacto que causam, o que de fato já começamos a fazer 
embora ainda não tenhamos dados conclusivos. Assim, peço para responder esta pergunta 
daqui algum tempo, quando terei mais dados para te passar. 
 
12- Trabalho com o programa Trainee da Gerdau e gostaria de saber o que a empresas 
estão fazendo para atrair a Geração Y. Enviado por Alessandra Ribeiro do Amaral. 
 Danilca Galdini - As empresas estão redesenhando seus processos de atração, retenção e 
desenvolvimento de Talentos. Porem, nos últimos meses temos discutido com as empresas 
que antes de fazeremisto (o que de fato é fundamental), precisam certificar-se de que têm 
uma definição clara sobre o que é Talento para a empresa e de que todos a compreendem, 
para então partirem para a definição de como atrair e reter estes profissionais. Nao pode haver 
um modelo único de atração e retenção, é preciso que ele esteja alinhado com qual Talento 
deseja trazer para a sua empresa.

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