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O que é um hormônio? É uma molécula mediadora liberada em alguma parte do corpo que regula a atividade celular em outras partes do corpo, sendo levado através do interstício ou até mesmo pelo sangue. Normalmente, é liberado em um local distante da célula alvo, pode afetar até mesmo todas as células do corpo, e tem uma duração mais lenta entre dias ou meses. Como os hormônios funcionam? Basicamente, os hormônios atuam se conectando a receptores específicos, em cada célula alva em que aquele hormônio atua, sendo assim, pode estar na membrana, no núcleo, em organelas, dependendo do objetivo do hormônio. Em relação ao caminho do hormônio, como ele é dividido? De acordo com a composição química, como os hormônios são classificados? Sistema endócrino Sistema endócrino= glândulas endócrinas + células secretoras + hormônios ● Infrarregulação- se a concentração de um hormônio estiver muito elevada, o número de receptores na células alvo pode diminuir, tornando a célula alvo menos sensível ao hormônio. ● Suprarregulação- quando a concentração de um hormônio é muito baixa, o número de receptores pode aumentar,tornando a célula mais sensível a um hormônio. ● Hormônio circulante- passam das células secretoras que os produzem para o líquido intersticial e depois disso para o sangue. ● Hormônio local- atuam em células vizinhas ou nas mesmas células que os secretam sem, primeiro, entrar na corrente sanguínea. - Parácrinos - locais que atuam nas células vizinhas - Autócrinos - atuam na mesma célula que secreta Lipofílico- tem afinidade lipídica - Hormônios esteróides- derivados do colesterol - Hormônios da tireoide- sintetizado a partir do iodo, com anéis de benzeno - Óxido nítrico- também é neurotransmissor Hidrofílico- tem afinidade com a água - Hormônios aminados- sintetizados da descarboxilação ou modificação de A hipófise, também chamada de glândula pituitária, é constituída por um lobo anterior e um lobo posterior, que diferem em sua origem embriológica, modo de desenvolvimento e estrutura. O lobo anterio r, também conhecido como adeno-hipófise , esta uma estrutura altamente vascularizada , constituída por células epiteliais. As células hipofisárias que revestem os capilares produzem os hormônios tróficos, e aqueles que induzem a produção de outros hormônios. As células da adeno-hipófise são denominadas de acordo com o hormônio que produzem . A produção de hormônios tróficos pela hipófise é regulada diretamente pelos neuro-hormônios hipotalâmicos liberados nas terminações neuronais na eminência mediana . Os neuropeptídeos hipotalâmicos são transportados pelas longas veias porta hipofisárias até a adeno-hipófise , onde se ligam a receptores específicos de superfície celular acoplados à proteína G , ativando cascatas intracelulares de segundos mensageiros que levam à liberação dos hormônios hipofisários pelas respectivas células-alvo. A liberação dos hormônios adeno-hipofisários é de natureza cíclica , sendo esse padrão cíclico de liberação hormonal governado pelo sistema nervoso. Os ritmos são, em sua maioria, impulsionados por um relógio biológico interno localizado no núcleo supraquiasmático do hipotálamo . Tanto o sono quanto os efeitos circadianos interagem para produzir o padrão rítmico global de liberação dos hormônios hipofisários e as respostas associadas. Alguns dos ritmos hormonais de 24 horas dependem do relógio circadiano (i.e., ACTH, cortisol e melatonina), enquanto outros estão relacionados com o sono (i.e., Prl, GH e TSH). Hipotálamo→ hormônios liberadores e inibidores Sistema porta hipofisário determinados aminoácidos. - Hormônios peptídicos e protéicos- são polímeros de aminoácidos. - Hormônios eicosanóides- derivado do ácido araquidônico. Eixo hipotálamo hipófise Basicamente os hormônios liberadores e/ou inibidores liberados pelo hipotálamo chega a adeno hipófise por meio do sistema porta, que nada mais é que um conjunto de vasos que tem uma função de transporte. Ramos das carótidas internas, surgem as artérias hipofisárias superiores que levam o sangue para o hipotálamo, na união entre a eminência mediana e o infundíbulo, essas artérias se dividem em uma rede capilar que chamamos de plexo primário desse sistema porta, neste ocorre a drenagem para as veias porta hipofisárias, e na adenohipófise se dividem novamente em plexo secundário. Isso faz com que fique tudo pronto para que os neurônios especializados chamados de células neurossecretoras acima do quiasma óptico, os hormônios são então produzidos e liberados no plexo primário, que rapidamente seguem para o plexo secundário, onde se encontra com as células adeno diafisárias e se ligam a receptores específicos de superfície celular acoplados à proteína G , ativando cascatas intracelulares de segundos mensageiros que levam à liberação dos hormônios hipofisários pelas respectivas células-alvo. Induzindo a produção e liberação dos hormônios que se tornaram circulantes e seguiram para os seus tecidos alvo. Na adeno hipófise a secreção é regulada de duas maneiras - Feedback negativo na forma de hormônios liberados pelas glândulas-alvo diminui a secreção de 3 tipos de células da adeno-hipófise. - Hipotálamo secretam cinco hormônios liberadores, que estimulam a secreção de hormônios da adeno hipófise, e dois hormônios inibidores, que suprimem a secreção de hormônios da adeno hipófise Já a neuro hipófise, não produz hormônios, mas armazena e libera dois, a ocitocina e o ADH (Hormônio antidiurético). É composta por axônios e terminais axônicos de mais de 10.000 células hipotalâmicas neurossecretoras. Os corpos celulares das células neurossecretoras se encontram nos núcleos paraventricular e supraóptico do hipotálamo; seus axônios formam o trato hipotálamohipofisial. Os terminais axônicos na neuro hipófise são associados à neuróglia especializada chamada de pituitócitos . O sangue chega à neuro hipófise pelas artérias hipofisárias inferiores, ramos da artéria carótida interna. Na neurohipófise, as artérias hipofisárias inferiores drenam para o plexo capilar do infundíbulo, uma rede capilar que recebe a ocitocina e o hormônioantidiurético secretados. Desse plexo, os hormônios passam para as veias porto hipofisárias posteriores para serem distribuídos às células alvo em outros tecidos. Anatomia, embriologia e histologia da hipófise e hipotálamo Acidófilas Somatotrófico (hormônio do crescimento (GH) e Mamotróficos (prolactina) Basófilas Corticotróficos (ACTH), Tirotrofos (TSH) e Gonadotrofos (FSH e LH) Quais hormônios podem ser produzidos pelas células cromófilas e pelas basófilas? As células cromófilas são constituídas de dois subtipos, as acidófilas e as basófilas, os hormônios formados indicados na pergunta acima. - Tanto a adenohipófise quanto a neuro hipófise são unidas e encapsuladas em uma glândula única, cápsula essa que é constituída por tecido conjuntivo e é contínua com uma rede de fibras reticulares. - Cada subdivisão tem uma origem embriológica diferente, os constituintes celulares e as funções de cada uma também são diferentes. - A hipófise se origina do folheto embrionário ectoderma, sendo importante considerarmos duas fontes: A dupla origem da hipófise explica o fato de a hipófise ser composta de dois tipos de tecidos diferentes – o t ecido glandular e o tecido nervoso . ● Lobo anterior (adenohipófise): composto de tecido glandular e derivado do divertículo hipofisário. ● Lobo posterior (neuro hipófise): composto de tecido nervoso e derivado do divertículo neuro-hipofisário. É uma substância que diminui a produção de urina, ou seja, promove a reabsorção principalmente de água dentro da unidade funcional do rim. Na falta da vasopressina o débito urinário aumenta mais de 10 vezes. O álcool é um dos componentes mais conhecidos que inibem a secreção de vasopressina. Além da reabsorção de água com diminuição do volume renal, também diminui a perda de água pela sudorese e causa constrição das arteríolas, o que eleva a pressão do sangue. ● A pressão osmótica sanguínea alta devido a desidratação ou um declínio no volume sanguíneo em decorrência de hemorragia, diarreia ou sudorese excessiva – estimula os osmorreceptores presentes no hipotálamo. • Ectoderma oral ( a partir do desenvolvimento do teto ectodérmico do EMBRIOLOGIA DO SISTEMA ENDÓCRINO 5 estomodeu ) – dará origem ao divertículo hipofisário ( Bolsa de Rathke ) • Neuroectoderma– dará origem ao divertículo neuro-hipofisário ADH- Hormônio antidiurético ou vasopressina ● Os estímulos recebidos pelos osmorreceptores ativam as células hipotalâmicas neurosecretoras e sintetizam o hormônio ADH. ● Quando as células neurossecretoras recebem estímulo excitatório dos osmorreceptores, elas geram impulsos nervosos que promovem a exocitose das vesículas cheias de hormônio antidiurético nos seus terminais axônicos na neurohipófise. ● O sangue transporta hormônio antidiurético para três tecidos alvo: rins, glândulas sudoríparas (suor) e musculatura lisa das paredes dos vasos sanguíneos. A secreção de HAD também pode ser alterada por dor, estresse, trauma, ansiedade, acetilcolina, nicotina e substâncias como morfina, tranquilizantes e alguns anestésicos estimulam a secreção de HAD. A hipossecreção de HAD ou receptores não funcionais de HAD causam diabetes insípidos. O GH, diferentemente dos outros hormônios da adeno-hipófise, tem a ção em tecidos alvos não glandulares , exercendo efeito direto sobre quase todos os tecidos do organismo. Este hormônios (hormônio somatotrópico ou somatotropina ) é uma pequena proteína, que promove o aumento do tamanho das células e do n úmero de mitoses , causando a multiplicação e diferenciação de alguns tecidos. Os efeitos metabólicos gerais do GH envolve o aumento da síntese de proteínas, uma maior mobilização de ácidos graxos para os tecidos e consequentemente aumentando o nível de ácidos graxos no sangue, pois irá utilizá-la como fonte de energia, buscando assim a diminuição do uso da glicose sérica como combustível energético. O GH tem um efeito similar à insulina, aumentando o transporte de aminoácidos para o interior das células, controlando o transporte de glicose, estimulando a síntese Hormônio do crescimento proteica, e como ele está sintetizando, ele diminui o catabolismo dos mesmos. Então, o GH faz com que os lipídios sejam utilizados como principal fonte de energia. Todavia, a mobilização de gordura no organismo, sob efeito do GH, muitas vezes fica tão acentuada, que grande quantidade de ácido acetoacético é formada pelo fígado e liberada nos líquidos orgânicos, dando origem, assim, a quadro de cetose, além de também poder ocasionar em deposição de gordura no fígado. Essas alterações resultam em resistência à insulina , que atenua as ações da insulina para estimular a captação e utilização de glicose pelos tecidos músculo esquelético e adiposo e para inibir a produção de glicose (gliconeogênese) no fígado. E quando falamos em tecido ósseo o GH facilita a deposição de novo tecido ósseo. OBS! O GH necessita da insulina e do carboidrato para promover o crescimento do organismo. O GH atua diretamente nos tecidos alvo, além de no fígado para que ele produza proteínas somatomedinas, também chamadas de fatores de crescimento semelhantes à insulina ( IGFs) , que atuam nos tecidos diretamente. O GH apresenta meia vida curta, de apenas 20 min , devido às suas fracas ligações com proteínas plasmáticas. O GH tem uma secreção pulsátil, e sua regulação além dos inibidores e estimuladores supracitados, está o eixo hipotálamo-hipófise. Os hormônios são o Hormônio liberador do hormônio do crescimento (GHRH) e o Hormônio inibidor do hormônio do crescimento (somatostatina); esses compostos são secretados no núcleo ventromedial do hipotálamo, que é o mesmo local do hipotálamo sensível à concentração de glicose sanguínea, levando à saciedade, nos estados hiperglicêmicos, e à sensação de fome, nos estados hipoglicêmicos → os sinais dos impulsos alimentares podem estar relacionados com alterações na secreção do GH. Além disso,administração exógena de GH diminui a secreção endógena, tratando-se de um mecanismo de feedback negativo, mas não se sabe exatamente os seus componentes. Estimula o GH Inibe o GH Diminuição dos ácidos graxos livres Diminuição da glicose no sangue Aumento dos aminoácidos no sangue Jejum Trauma Exercício Testosterona e estrogênio Sono profundo GHRH Grelina Glicose sérica aumentada Aumento de ácidos graxos livres Envelhecimento Obesidade Somatostatina O próprio GH Somatomedinas As mamas são estruturas localizadas entre a segunda e sexta costela, e sua principal função é a produção de leite. Outrossim, no desenvolvimento feminino principalmente na puberdade, as mamas se desenvolvem e crescem para indicar sua maturação sexual e a possibilidade do início da vida reprodutiva, esse desenvolvimento é estimulado pelos estrogênios do ciclo sexual feminino mensal. Quando ocorre a gravidez, o óvulo é fecundado, transformando-se em zigoto e logo após a nidação, que é a implantação deste zigoto na parede do endométrio no útero, liberando a Gonadotrofina coriônica humana (HCG), este que é percebido na urina quando é realizado exame de farmácia. Depois de algumas semanas, o índice de HCG decai e começa o aumento da produção de estrogênio e progesterona, estes que desenvolve as mamas, com deposição de gordura no estroma mamário e uma intensa ramificação dos ductos, preparando para a produção suficiente de leite para bebe. Outros hormônios que estimulam o desenvolvimento mamário é o hormônio do crescimento, que é secretado pela placenta, e o cortisol, fornecendo energia para a síntese proteica. Prolactina Logo após o nascimento, ocorre a queda súbita de secreção de estrogênio e progesterona, permitindo o efeito lactogênico. Logo, assim que ocorre a sucção do mamilo, percebido pelos mecanorreceptores, é enviado uma informação sensorial para o hipotálamo que faz um efeito inibitório do Hormônio inibitório da prolactina (PIH), fazendo com que a prolactina seja produzida e liberada pela adeno-hipófise, este hormônio chega na mama através do sangue e estimula a produção de leite. Porém, para que o leite seja excretado, as células mioepiteliais que compõem os lóbulos mamários precisam se contrair. Portanto, o mesmo estimulo mecânico de sucção anterior, estimula a produção de ocitocina pelo hipotálamo, permitindo essa ejeção do leite e contração do músculo liso mamário. Em suma, a ocitocina também auxilia no retorno ao tamanho normal do útero, chamada involução uterina. Glândula tireóide Anatomia da glândula tireóide Localização Abaixo da laringe e anterior à traquéia, imediatamente inferior à cartilagem cricóide Morfologia Com aproximadamente 30g aparência de uma borboleta, ela tem dois lobos, um direito e um esquerdo, conectados pelo istmo . Algumas, apresentam um terceiro lobo, denominado piramidal por conta do seu formato, e se localiza superiormente ao istmo. Vascularização Artéria tireóidea superior e inferior, Veias tireóideas inferiores e superiores Inervação Nervo laríngeo recorrente e nervo laríngeo superior *inervação é vasomotora Drenagem linfática Linfonodos pré-laringeos, pré-laríngeos e paratraqueais Composta de milhares de folículos tireoidianos , que são pequenas esferas de 0,2 a 0,9 mm de diâmetro, sendo esta a unidade funcional da glândula. A parede dos folículos é um epitélio simples , cujas as células se denominam tireócitos, dentro da cavidade folicular há o colóide, que é uma substância gelatinosa. A Histologia da glândula tireóide glândula é revestida por tecido conjuntivo frouxo, que se prolongava pelo parênquima. É uma glândula altamente vascularizada, os capilares que aumentam a glândula, e suas células são fenestradas , permitindo a passagem hormonal. Além das células que compõe o folículo, há as células parafoliculares ou células C, que pode se inserir no epitélio folicular, estas produzem a calcitonina, ou tirocalcitonina, cujo o efeito é inibir a reabsorção do tecido ósseo, diminuindo o cálcio do plasma. É a primeira glândula endócrina a se desenvolver, por conta de fatores de crescimento do fibroblasto, ela começa a se desenvolver com 24 dias após a fecundação (4º semana), a partir do espessamento endodérmico mediano no assoalho da faringe primitiva , que forma uma pequena evaginação, o primórdio da tireoide. Quando o embrião vai crescendo, a glândula vai crescendo para o pescoço. Por um curto período a glândula está ligada a língua por um ducto, chamado de ducto tireoglosso. No início a tireóide é oca, mas logo ocorre a proliferação das células, tornando-se maciça. Por volta da 7º semana a tireoide assume sua forma definitiva, o ducto tireoglosso já desapareceu, persistindo uma abertura na língua chamada de forame cego. Como já dito, a glândula tireoide inicialmente é um aglomerado de células endodérmicas, esse agregado logo se rompe, em uma rede de cordões epiteliais, e é invadido por mesênquima vascular. - Com 10 semanas, os cordões se dividem em grupos celulares, onde se forma o lúmen. - Com 11º semanas, o colóide começa a ser produzido. Embriologia da glândula tireóide - Por volta da 20º semana, os níveis do hormônio estimulante da tireoide (TSH) aumenta, alcançando os níveis adultos de tiroxina na 35º semana (8 meses) Distúrbios congênitos Hipotireoidismo congênito É um distúrbio mais comum, denominado heterogêneo por envolver vários fatores de genes, podendo ser defeito no receptor, no fator de transcrição e demais, e causam distúrbios de neurodesenvolvimento e infertilidade. Cistos do ducto tireoglosso Quando o ducto tireoglosso persiste, formando um cisto da língua ou abaixo do osso hióide, normalmente é notada até os 5 anos. Normalmente é notada se há infecção no local, é uma massa indolor, de crescimento progressivo e móvel, uma perfuração na pele pode se desenvolver, formando o seio do ducto tireoglosso. Agenesia da glândula tireóide A ausênciada glândula tireóide ou de um dos lobos é raro, e metade se chama de hermogenesis da tireoide e o lobo esquerdo é mais comum. Fisiologia da glândula tireóidea SÍNTESE 1. As células dos folículos já comentadas, contém iodeto (I-), por conta do transporte ativo do sangue para a célula. Transportado para o lúmen através da PEDRINA . A membrana basal das células tireoidianas tem a capacidade específica de bombear ativamente o iodeto para o interior da célula. - essa ação é realizada pela ação de simporte de sódio-iodeto (NIS) , que cotransporta um íon iodeto com dois íons sódio NA+ , através da membrana basolateral para a célula. - a energia para que essa ação ocorra contra o gradiente de concentração advém da bomba de sódio-potássio- ATPase , que bombeia sódio para fora da célula, instituindo desse modo baixa concentração de sódio intracelular e gradiente de difusão facilitada para dentro da célula. - esse processo de iodeto na célula é chamado de captação de iodeto . Essa captação pela tireóide é influenciada por diversos fatores, dos quais o mais relevante é o TSH, esse hormônio estimula a atividade da bomba de iodeto nas células tireoidianas. 2. Ao mesmo tempo que ocorre a retenção de iodeto, o retículo endoplasmático rugoso produz uma grande glicoproteína chamada de Tireoglobulina (TGB), armazenadas em vesículas secretoras, sofrendo exocitose para o lúmen do folículo. 3. Quando essa glicoproteína adentra, para que o iodeto se ligue a ela, é necessário uma oxidação da mesma, deixando de ficar negativa, e sendo transportada do citosol das células foliculares para o lúmen do folículo. 4. Os aminoácidos componentes do TGB, se ligam aos iodos, formando (T1) monoiodotirosina e (T2) diiodotirosina. Esta união forma uma substância viscosa chamada de COLOIDE. 5. Depois desse processo ocorre um acoplamento de duas de T2 para formar a tiroxina, e uma de T1 mais uma de T2, para formar a Tri-iodoironina. 6. Agora na teoria, esse TGB tá tudo junto, então por pinocitose, ele é englobado, novamente para as células foliculares, dentro delas se encaminha para o lisossomos, onde enzimas digestivas separam a T3 e T4. Em geral a T é em maior quantidade, porém quando fora, normalmente é degradada para T3, até mesmo por este ser mais potente dos dois. 7. Estes hormônios, por serem lipossolúveis, atravessam a membrana, vão para o interstício, e em seguida para o sangue onde em grande parte a globulina transportadora de tiroxina (TBG) o carrega. AÇÃO NA CÉLULA O efeito dos hormônios tireoidianos consiste se baseia em induzir a TRANSCRIÇÃO NUCLEAR DE GRANDE NÚMERO DE GENES . Sendo Essa oxidação da tirosina é promovida pela enzima PEROXIDASE , acompanhada de peróxido de hidrogênio, os quais constituem potente sistema capaz de oxidar iodetos. A peroxidase localiza-se na MEMBRANA APICAL DA CÉLULA ou ligada a ela, produzindo, assim, o iodo oxidado, exatamente no ponto da célula em que a molécula de tireoglobulina surge, vinda do aparelho de Golgi e através da membrana celular, sendo armazenada no colóide da tireoide. Após o final da síntese dos hormônios tireoidianos, cada molécula de tireoglobulina contém CERCA DE 30 MOLÉCULAS DE TIROXINA e algumas de tri-iodotironina. Nessa forma, os hormônios tireoidianos são armazenados nos folículos em quantidade suficiente para suprir as necessidades normais do organismo por 2 A 3 MESES . Portanto, quando a síntese de hormônios tireoidianos é interrompida, os efeitos fisiológicos de sua deficiência só são observados vários meses depois. Pequenas quantidades de T3 reverso (RT3 ) são formadas pelo acoplamento de di-iodotirosina com monoiodotirosina, mas RT3 não parece ter significância funcional em humanos assima produtividade geral do organismo ativada, esses hormônios exercem efeitos em basicamente todo o corpo, pela sua ampla gama de receptores. Aumentando a Taxa metabólica basal (TMB) , ou seja, vai aumentar o consumo de oxigênio em condições basais, estimulando o uso deste para produção de ATP. 1. Ativação de células-alvo por hormônios tireoidianos. A tiroxina (T4) e triiodotironina (T3) difundem-se rapidamente pela membrana celular. 2. Como já sabemos a maior parte da T4 é convertida em T3 que é o hormônio mais metabolicamente ativo da tireóide. Antes de agir nos genes, aumentando sua transcrição, um átomo de iodo é removido de quase todas as moléculas de tiroxina, formando tri-iodotironina, por meio das DESIODINASES . 3. Os receptores de hormônio tireoidiano estão ligados às fitas genéticas de DNA ou se localizam próximos a elas. Em geral, forma heterodímero com o RECEPTOR DE RETINOIDE X (RXR) nos elementos específicos de resposta hormonal tireoidiana no DNA. 4. Após se ligarem ao hormônio tireoidiano, os receptores são ativados e iniciam o PROCESSO DE TRANSCRIÇÃO . Então, é formado um grande número de diferentes tipos de RNA mensageiro que, após alguns minutos ou horas, são traduzidos nos ribossomos citoplasmáticos, formando centenas de novas proteínas intracelulares. *existem ações não genômicas do hormônios tireoidianos, que incluem a regulação de canais iônicos e fosforilação oxidativa e parecem envolver a ativação de mensageiros secundários intracelulares, tais como monofosfato de adenosina cíclico (AMPc) ou as cascatas de sinalização das proteinocinases. Aumentam a atividade metabólica celular A velocidade de utilização dos alimentos para a produção de energia é muito acelerada, a velocidade do seu catabolismo também se eleva, simultaneamente. Ação nas mitocôndrias Quando o animal recebe tiroxina ou triiodotironina, as mitocôndrias, em suas células, aumentam em tamanho e em número. Aumentando a formação de trifosfato de adenosina para fornecer energia para as funções celulares. Aumentam o transporte ativo de íons através das membranas celulares Uma das enzimas, cuja atividade aumenta em resposta ao hormônio tireoidiano, é a Na+-K+-ATPase.Como esse processo utiliza energia e aumenta a quantidade de calor produzido pelo organismo,torna as membranas celularesda maioria das células mais permeáveis a íons sódio, o que aumenta a ativação da bomba de sódio e a produção de calor. Efeito do hormônio tireoidiano no crescimento Promover o crescimento e desenvolvimento do cérebro durante a vida fetal e nos primeiros anos de vida pós-natal. Estimulação do metabolismo de carboidratos Estimula quase todos os aspectos do metabolismo de carboidratos, incluindo a captação rápida de glicose pelas células, o aumento da glicólise, da gliconeogênese, da absorção pelo trato gastrointestinal e, até mesmo, da secreção de insulina, com seus efeitos secundários resultantes no metabolismo de carboidratos Estimulação do metabolismo das gorduras Os lipídios são rapidamente mobilizados a partir do tecido adiposo, o que reduz os acúmulos de gordura no organismo de modo mais acentuado que os de qualquer outro elemento tecidual. A mobilização dos lipídios do tecido adiposo também aumenta a concentração de ácidos graxos livres no plasma e acelera, de forma acentuada, sua oxidação pelas células. Um dos mecanismos pelos quais o hormônio tireoidiano reduz a concentração plasmática de colesterol é o aumento significativo da secreção de colesterol na bile e, consequentemente, sua perda nas fezes. Necessidade aumentada de vitaminas Aumenta a quantidade de muitas enzimas corporais e como as vitaminas formam partes essenciais de algumas das enzimas ou coenzimas, o hormônio tireoidiano aumenta a necessidade de vitaminas Aumento do Fluxo Sanguíneo e do Débito Cardíaco O aumento do metabolismo nos tecidos provoca a utilização mais rápida de oxigênio que o normal e a liberação de quantidades aumentadas de produtos metabólicos. Esses efeitos provocam vasodilatação na maioria dos tecidos, elevando o fluxo sanguíneo. Aumento da Frequência Cardíaca A frequência cardíaca aumenta consideravelmente mais sob a influência do hormônio tireoidiano do que seria esperado pelo aumento no débito cardíaco. Aumento da Força Cardíaca Aparentemente, a elevação da atividade enzimática, provocada por apenas ligeiro aumento da secreção do hormônio tireoidiano, já é capaz de aumentar a força da contração cardíaca. Aumento da Respiração Um maior metabolismo aumenta a utilização de oxigênio e a formação de dióxido de carbono; esses efeitos ativam todos os mecanismos que elevam a frequência e a profundidade da respiração. Aumento da Motilidade Gastrointestinal Além do apetite maior e da ingestão alimentar, já discutidos, o hormônio tireoidiano aumenta tanto a produção de secreções digestivas como a motilidade do trato gastrointestinal. Efeitos Excitatórios no Sistema Nervoso Central Aumenta a velocidade da atividade cerebral, embora os processos do pensamento possam estar dissociados; por outro lado, sua falta reduz a velocidade da atividade cerebral. Efeito na Função dos Músculos Um leve aumento do hormônio tireoidiano faz com que os músculos reajam com vigor, mas, quando a quantidade de hormônio fica excessiva, os músculos são enfraquecidos, devido ao excesso do catabolismo proteico. Efeito do sono Causa efeito exaustivo na musculatura e no SNC, ocorrendo o cansaço constante. E devido aos efeitos REGULAÇÃO HORMONAL Para atingir esse nível ideal de secreção, ocorre uma regulação por feedback através do hipotálamo e da hipófise anterior, para controlar a secreção tireoidiana. O TSH ou tireotrofina , é um hormônio secretado pela hipófise anterior, e por meio dele, se aumenta a secreção de tiroxina e tri-iodotironina pela tireóide. Mas afinal, como ele aumenta essa produção? Primeiramente, ele aumenta a proteólise da tireoglobulina já armazenada nos folículos, consequentemente aumentando a liberação dos hormônios tireoidianos para o sangue. Além disso, aumenta a atividade da bomba de iodeto que aumenta a captação de iodeto pelas células foliculares, levando a uma maior iodização da tirosina. Essa estimulação, aumenta o tamanho das células foliculares, mudando de células cubóides para colunares, com um aumento em número significativo. excitatórios dos hormônios tireoidianos nas sinapses, dificultando o sono. Efeito em Outras Glândulas Endócrinas Aumenta a secreção de várias outras glândulas endócrinas, mas também aumenta as necessidades teciduais pelos hormônios. - Aumenta a necessidade de paratormônio, ou seja, de formação óssea. - Aumenta a inativação de glicocorticóides adrenais pelo fígado, e por feedback, induz a produção de ACTH, e portanto o aumento da produção da mesma. Efeito do Hormônio Tireoidiano na Função Sexual Para que a função sexual seja normal, é necessária a secreção normal do hormônio tireoidiano. Não é possível determinar qualquer função específica do hormônio tireoidiano sobre as gônadas; sua ação resulta, provavelmente, da combinação de efeitos metabólicos diretos nas gônadas e de efeitos excitatórios e inibitórios por feedback através dos hormônios da hipófise anterior que controlam as funções sexuais. 1. ligação do TSH a seus receptores específicos na superfície da membrana basal das células tireoidianas. 2. ativação da adenilil ciclase na membrana, que aumenta a formação de AMPc no interior da célula. *O efeito precoce mais importante, após a administração de TSH, é o início da proteólise da tireoglobulina, que provoca a liberação de tiroxina e triiodotironina no sangue, depois de 30 minutos. Os demais efeitos levam horas ou até mesmo dias e semanas para se desenvolver plenamente. PORÉM Para que o TSH seja liberado, ele é controlado por um hormônio hipotalâmico, o THR (hormônio liberador de tireotropina), secretado por terminações nervosas na eminência mediana do hipotálamo. Este é transportado para a hipófise anterior pelo sangue portal hipotalâmico-hipofisário. 3. Finalmente, o AMPc atua como segundo mensageiro, ativando a proteinocinase, que provoca fosforilações múltiplas em toda a célula. 4. O resultado é o aumento imediato da secreção de hormônios tireoidianos e o crescimento prolongado do próprio tecido glandular. 1. O TRH provoca a produção de TSH pelas células secretoras da hipófise anteriorconsiste na ligação a receptores de TRH na membrana das células hipofisárias. 2. Ativando o sistema de segundo mensageiro da fosfolipase no seu interior, produzindo grande quantidade de fosfolipase C, o que é seguido por cascata de outros segundos mensageiros, incluindo íons cálcio e diacilglicerol, que, finalmente, provocam a liberação de TSH Estímulos do TRH Exposição ao frio- excitação dos centros hipotalâmicos de controle da temperatura corporal. A elevação do hormônio tireoidiano nos líquidos corporais reduz a secreção de TSH pela hipófise anterior. Quando a secreção do hormônio tireoidiano eleva-se para 1,75 do normal, a secreção de TSH cai praticamente para zero. É provável que essa inibição ocorra, principalmente, por efeito direto do hormônio tireoidiano na própria hipófise anterior. As mais conhecidas drogas antitireoidianas são o TIOCIANATO , o PROPILTIOURACIL e as ALTAS CONCENTRAÇÕES DE IODETOS INORGÂNICOS . Reações emocionais- condições que estimulam intensamente o sistema nervoso simpático causam redução aguda da secreção de TSH, talvez porque esses estados aumentam o metabolismo e a temperatura corporal e, portanto, exercem efeito inverso sobre o centro de controle da temperatura. Tiocianato- A mesma bomba ativa que transporta íons iodeto para dentro das células da tireoide também pode bombear íons tiocianato, perclorato e nitrato. Por isso, a administração de tiocianato (ou um dos outros íons), em concentração suficientemente alta, pode provocar a inibição competitiva do transporte de iodeto para a célula — isto é, a inibição do mecanismo de captação de iodo. Essa deficiência de hormônios tireoidianos, por sua vez, leva à maior secreção de TSH pela hipófise anterior, provocando o supercrescimento da tireoide, que, apesar disso, continua incapaz de formar quantidade adequada de hormônios. Propiltiouracil- impede a formação de hormônio tireoidiano a partir de iodeto e tirosina. Parte de seu mecanismo de ação consiste em bloquear a enzima peroxidase, necessária para a iodização da tirosina, e outra parte consiste em bloquear a conjugação de duas tirosinas iodadas para formar tiroxina ou triiodotironina. A ausência de tiroxina e tri-iodotironina, na tireoglobulina, pode levar a grande aumento, por feedback, da secreção de TSH pela hipófise anterior, promovendo, assim, o crescimento do tecido glandular e a formação de bócio. Altas Concentrações de Iodetos Reduzem a Atividade Tireoidiana e o Tamanho da Tireoide- efeito consiste na diminuição da captação de iodeto, de modo que a iodização da tirosina, para a formação de hormônios tireoidianos, também se reduz. Efeito ainda mais importante, causado pela alta concentração de iodeto, é a paralisação da endocitose normal de coloide, a partir dos folículos, pelas células glandulares da tireoide. Como esse é o primeiro estágio da liberação dos hormônios tireoidianos a partir do coloide de armazenamento, ocorre interrupção quase imediata da secreção de hormônio tireoidiano Semiologia da tireóide Anamnese Seguindo anamnese, as doenças tireoidianas são mais frequentes em MULHERES , sem faixa etária certa. Queixa frequente→ O paciente costuma procurar o médico, queixando se de “problema da tireoide”, “cansaço”, “nervosismo” ou apresentando sintomas relacionados com o aparelho cardiovascular, tais como dispneia e palpitações. Outras vezes, o próprio paciente ou seus familiares notam o aumento de volume da tireoide, relatando, então, “caroço no pescoço” ou aparecimento de “papo”. *O aparecimento súbito desses sintomas em um paciente com bócio pode indicar a presença de câncer da tireoide, principalmente do tipo anaplásico, cujo crescimento é rápido. É de suma importância a caracterização do tempo de evolução, pois há pacientes que sabem da presença de um nódulo por vários anos. Entretanto, um crescimento rápido, em semanas ou poucos meses, levanta sempre a suspeita de câncer. Podem ser divididos em dois grandes grupos: sintomas e sinais de hiperfunção, e os de hipofunção da glândula . A naturalidade e a procedência do paciente precisa ser conhecida, pois o paciente pode ser proveniente de áreas que ocorre o predomínio de pobreza de iodo, chamada de REGIÕES DE BÓCIO ENDÊMICO. A profissão do paciente também tem sua importância no raciocínio diagnóstico, principalmente quando há manipulação de MATERIAL QUE CONTENHA IODO , antissépticos iodados ou hormônios tireoidianos. *Podem surgir nessas pessoas o chamado hipertireoidismo factício e o hipertireoidismo com captação baixa de por contaminação com iodetos O uso de medicamentos é de particular interesse no diagnóstico das doenças da tireoide, pois não se pode concluir o exame de um paciente suspeito de sofrer de uma tireoidopatia sem que se esclareça se ele usou medicamentos antes do início da doença, ou realizou outros tratamentos. Sinais e sintomas Dor Sua causa principal é a tireoidite aguda ou subaguda As principais características semiológicas da dor de origem tireoidiana são: - piora com a deglutição ou com a palpação; - irradiação para os arcos mandibulares ou ouvidos - acompanhada de aumento do volume da glândula. - sintomas de hipertireoidismo, febre baixa e malestar geral. Dispneia, disfonia e disfagia - A dispneia é uma manifestação incomum, causada pela compressão da traqueia, principalmente quando o paciente flete a cabeça. - A disfonia ou rouquidão é provocada pela compressão ou infiltração do nervo laríngeo recorrente. - A disfagia decorre da compressão ou invasão neoplásica do esôfago. Sinais e sintomas de hiperfunção tireoidiana - aumento do metabolismo basal, causado pelo excesso de hormônio tireoidiano. - hipersensibilidade ao calor, o aumento da sudorese corporal e a perda de peso. - aumento do apetite, mesmo assim, o paciente emagrece. - nervosismo, irritabilidade, ansiedade, insônia, tremores, choro fácil e hiperexcitabilidade. Sistema cardiovascular- taquicardia, fibrilação atrial, palpitações e dispneia de esforço, que são produzidas por ação direta dos hormônios tireoidianos sobre as fibras cardíacas, já se conhecendo aexistência de receptores para esses hormônios no coração.As ações inotrópicas e cronotrópicas dos hormônios tireoidianos provocam aumento do volume de ejeção e da frequência cardíaca, assim como vasodilatação periférica, reproduzindo o quadro da síndrome hipercinética, ou seja, hiperatividade cardíaca, bulhas hiperfonéticas, aumento da pressão arterial sistólica e queda da diastólica (pressão diferencial aumentada), pulso rápido, com frequência entre 100 e 160 bpm. É comum o encontro de ritmo irregular causado por fibrilação atrial e de sopro sistólico na área pulmonar. *Quando o hipertireoidismo é intenso e de longa duração, o trabalho cardíaco exagerado, o aumento do consumo de oxigênio e as lesões das miofibrilas ocasionam a chamada miocardiopatia tireotóxica, cujas características clínicas são semelhantes às das outras miocardiopatias Sistema digestório - aumento da motilidade intestinal, ocasionando maior número de dejeções diárias ou diarreia franca. Sistema genital- provoca alterações menstruais, provavelmente por causa do aumento da velocidade de metabolização dos esteróides ou da degradação de proteínas transportadoras dos hormônios sexuais. Pode haver oligomenorreia (mais frequente), amenorreia ou polimenorreia. No homem, perda da libido e ginecomastia. Sistema locomotor- Uma das queixas mais frequentes no hipertireoidismo é a fraqueza muscular. Acomete principalmente musculatura proximal, cinturas pélvica e escapular. Sintomas oculares- O principal sintoma ocular do hipertireoidismo é a exoftalmia com exoftalmopatia. A exoftalmopatia é uma condição de fundo autoimune, quase sempre acompanhada de disfunção tireoidiana, mas não é manifestação de doença da tireoide. Em geral, ao deflagrar o distúrbio tireoidiano, há também produção de anticorpos antitecido retroorbitário, com infiltração do espaço retrobulbar e dos músculos motores extraoculares por uma substância mucopolissacarídica, edema e células inflamatórias. Com isso, o globo ocular é empurrado para fora. O paciente relata lacrimejamento, fotofobia, sensação de areia nos olhos, dor retro ocular, edema subpalpebral e diplopia, esta causada pela infiltração e paralisação dos músculos extraoculares. Sistema nervoso - O paciente mostra-se inquieto, hipercinético, fala rapidamente, demonstra apreensão e costuma segurar firmemente as mãos entre os joelhos, além de apresentar tremores finos nas mãos. Observa-se também hiper reflexia, sendo o reflexo aquileu o que melhor traduz essa alteração. Pele e fâneros- - A pele é fina, sedosa, úmida e quente , devido à vasodilatação. - As mãos são quentes e úmidas, diferentes das mãos úmidas e frias do estado de ansiedade. - As unhas podem apresentar se descoladas do leito, denotando onicólise (unhas de Plummer ). - Os cabelos são finos e lisos. - O tecido adiposo escasso é consequência do emagrecimento, geralmente intenso. Nos casos mais graves, há ausência da bola de Bichat e aparência caquética. Sintomas e sinais de hipofunção tireoidiana - diminuição do metabolismo - cansaço, hipersensibilidade ao frio e tendência para engordar. - desânimo e dificuldade de raciocínio. - o tecido adiposo tem distribuição universal, sendo frequente a obesidade. Sistema cardiovascular- Quase não há queixas referentes ao sistema cardiovascular; contudo, em alguns pacientes, pode haver angina. Sistema digestório- A constipação intestinal é comum no hipotireoidismo, e as fezes tornam-se secas e endurecidas, podendo evoluir para fecaloma. Sistema genital- Também podem ocorrer galactorreia, amenorreia, infertilidade, diminuição da libido e ginecomastia, em virtude do aumento da secreção da prolactina e do hormônio hipofisário que sofre influência do hormônio liberador da tireotrofina (TRH). Sistema locomotor- Parestesias (formigamento, dormência), dores musculares e dores articulares, sem caráter específico e acometendo todas as articulações, são frequentes. Os músculos podem sofrer infiltração de mucopolissacarídeos e, nas articulações, pode ocorrer derrame sinovial. Há aumento da reabsorção de cálcio nos ossos, levando à osteoporose e à hipercalcemia, cujas manifestações podem ser náuseas, vômito e anorexia. Pele e fâneros- diminuição da sudorese, a pele é seca e descamada, as unhas são fracas e quebradiças, os cabelos ressecados e também quebradiços, com queda abundante. Havendo diminuição da calorigênese e hipotrofia das glândulas sudoríparas e sebáceas, os pelos e os cabelos escasseiam, tornam-se secos, sem brilho e quebradiços. As unhas ficam frágeis e aparecem sulcos transversos múltiplos. A pele assume coloração pálida, cérea, em consequência do acúmulo de caroteno devido ao retardo metabólico da sua transformação em vitamina A e à própria anemia. Em função da hipocalorigênese, além da atrofia das glândulas sebáceas e sudoríparas, a pele torna-se ressecada, áspera, descamada e fria, podendo adquirir o aspecto de “pele de papiro”. Sistema nervoso- O exame do sistema nervoso mostra lentidão dos reflexos profundos, mais evidente no reflexo aquileu. Frequentemente surge edema nos membros inferiores e periorbital, em virtude da retenção hídrica consequente à diminuição da filtração glomerular. A aparência do paciente torna se tanto mais característica quanto mais grave for a hipofunção tireoidiana. Nos casos avançados, surge a fácies mixedematosa, caracterizada por fisionomia apática, pele infiltrada, com bolsas subpalpebrais, enoftalmia e, às vezes, língua protrusa (macroglossia). Exame físico O exame físico da tireóide tem como base a inspeção, a palpação e a ausculta . Por meio da inspeção e da palpação, pode-se definir a forma e o tamanho da glândula. Se houver aumento, deve-se esclarecer se é global ou localizado . Para a palpação da tireoide, usam se três manobras: ■ Paciente sentado e o examinador de pé atrás dele (abordagem posterior). As mãos e os dedos rodeiam o pescoço, com os polegares fixos na nuca e as pontas dos indicadores e médios quase a se tocarem na linha mediana. O lobo direito é palpado pelos dedos da mão esquerda, enquanto os dedos da outra mão afastam o esternocleidomastóideo. Para o loboesquerdo, as coisas se invertem. ■ Paciente sentado ou de pé e o examinador sentado ou de pé, postado à sua frente (abordagem anterior). São os polegares que palpam a glândula, enquanto os outros dedos apoiam se nas regiões supraclaviculares ■ Paciente e examinador nas mesmas posições da abordagem anterior, fazendo se a palpação com uma das mãos, que percorre toda a área correspondente à tireoide. A flexão do pescoço, ou a rotação discreta do pescoço para um lado ou para o outro, provoca relaxamento do músculo esternocleidomastóideo, facilitando a palpação da tireoide. - Ao inspecionar e palpar a tireoide, solicita-se ao paciente que realize deglutições “em seco”, o que permite caracterizar melhor o contorno e os limites da tireóide, a qual se eleva durante o ato de deglutir. DOIS ACHADOS MERECEM REFERÊNCIA ESPECIAL: a oftalmopatia e o mixedema pré tibial. Oftalmopatia. No exame dos olhos, devemos observar se há edema palpebral e da conjuntiva, protrusão ocular (exoftalmia), hiperemia e edema conjuntival e quemose. Tais alterações, que constituem a oftalmopatia tireotóxica, podem ser agrupadas em classes Algumas manobras ajudam na detecção das alterações oculares: ■ Ao fechar os olhos, por exemplo, o paciente pode deixar à mostra a porção inferior da íris – lagoftalmia (classe 3) ■ Ao solicitar ao paciente que acompanhe com os olhos os movimentos do dedo indicador e mantenha a cabeça em posição fixa, as paralisias da musculatura ocular tornam se evidentes (classe 4). O movimento de olhar para dentro (convergência) é, com frequência, o mais comprometido. Mixedema pré tibial. No mixedema pré tibial, as lesões cutâneas afetam a face anterolateral da perna, mas não ficam necessariamente limitadas a esta área. Essas lesões são placas brilhantes, vermelhas acastanhadas e rugosas. Assemelha Se à “pele de porco”. São indolores, mas, algumas vezes, podem determinar sintomas compressivos com insuficiência vascular. O mecanismo fisiopatológico é desconhecido. A glândula tireoide está situada na parte anterior do pescoço, sobre a parte superior da traquéia, possui dois lobos laterais conectados por uma ponte mediana chamada istmo. Se denomina como uma glândula de secreção interna singular e sítio frequente de diversas doenças passíveis de tratamento clínico, cirúrgico ou a combinação de ambos. É responsável pela produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), que atuam em todos os sistemas do nosso organismo (MARIEB, 2009). A tireoidectomia total, a glândula é removida totalmente, sendo assim as funções que seus hormônios exercem no corpo são interrompidas. Logo, cuidados são necessários no pós-operatório e no dia a dia,mediante essa ausência estrutural. A reposição com cálcio via oral se faz necessária no período pós-operatório de cirurgia de tireóide, pelo fato de, apesar das para paratireoides serem preservadas de rotina, uma boa parte de sua vascularização vem da glândula tireóide, fazendo com que abruptamente haja um corte de sua oxigenação, além do edema pós-operatório (SILVERTHORN, 2017). Diante descrito por Guyton (2011) A paratireóide, em estado fisiológico, é responsável pelo controle hormonal de cálcio no organismo, que é estabilizado de forma fina. Seu déficit causa uma deficiência temporária na produção e liberação de seu hormônio, que é o paratormônio (PTH). O PTH é responsável pelo metabolismo do cálcio, e em função disto, o paciente pode apresentar sintomas de hipocalcemia, com formigamento nas mãos, lábios e pés, podendo até evoluir para câimbras, em situações mais severas. Por isso faz-se a reposição com o cálcio via oral por um período mínimo de 7 dias, sendo que o risco maior de se observar estes sintomas ocorre no 3º dia pós-operatório. A reposição hormonal com levotiroxina já é iniciada na alta hospitalar e a reposição hormonal para quem faz a cirurgia de tireoidectomia total é realizada por toda a vida (SILVERTHORN, 2017). Os principais riscos relacionados à tireoidectomia são: Lesões de estruturas nobres, tais como vasos sanguíneos, nervos laríngeos e glândulas paratireoides. Infecções de pele e de região cervical também podem ocorrer. A mais comum destas são as glândulas paratireóides lesadas, levando a hipocalemia apresenta como uma de suas principais complicações o desenvolvimento de hipocalcemia, que ocorre devido a hipoparatireoidismo transitório, que por vezes pode se tornar permanente. Uma das manifestações mais importantes da hipocalcemia é a hiperexcitabilidade neuromuscular, que se manifesta como parestesias e eventualmente contrações musculares em punhos, o que é denominado de sinal de Trousseau (BRANDÃO NETO, 2009). A hipocalcemia pode ser assintomática, mas eventualmente pode representar condição com risco de vida. A intensidade de suas manifestações é dependente principalmente de seu nível, mas também da velocidade em que se instala. Os sintomas TIC’s- Tireoidectomia são principalmente de hiperexcitabilidade neuromuscular e também podem ocorrer alterações de dentes e anexos, cardíacas e oftalmológicas estas ocorrendo em pacientes com hipocalcemia crônica e não esperadas em nosso paciente (BRANDÃO NETO, 2009) Resumo Cada paratireóide é envolvida por uma cápsula de tecido conjuntivo, e estas partem trabéculas para o interior da glândula. O parênquima dessa glândula é formado por células epiteliais dispostas em cordões separados por capilares sanguíneos. E os dois tipos celulares componentes são- Glândula paratireóide Anatomia da paratireóide Localização Face posterior da glândula tireóide Morfologia Pequenas glândulas paratireoides de cor castanho-amarelada. A maioria das pessoas tem dois pares de glândulas paratireoides, mas o número exato varia entre os indivíduos. Vascularização Artérias tireóideas superiores, inferiores, ima e podem envolver as laríngeas e esofágicas Inervação É abundante, sendo derivada de ramos tireóideos do gânglios (simpático) cervicais. Durante as intervençõescirúrgicas na tireoide, a localização das glândulas paratireóides não se mostra tarefa fácil, pois muitas vezes elas se parecem com um outro lóbulo da glândula tireóide. A retirada de metade das glândulas paratireoides não costuma provocar grandes anormalidades fisiológicas. Todavia, a remoção de três das quatro glândulas normais causa hipoparatireoidismo transitório. Histologia da paratireóide O cálcio é um cátion importante na formação de estruturas e mantêm homeostase de diversas reações incluindo a contração dos músculos esqueléticos, cardíacos e lisos, a coagulação sanguínea e a transmissão de impulsos nervosos, citando apenas alguns deles, sua regulação é feita de forma precisa para evitar descompensação. Ademais, este íon está presente de 3 formas dentro do organismo, dentro do plasma, ligado a proteínas e unido a ânions. Os valores usuais da ingestão são em torno de 1.000 mg/dia de cálcio e fósforo , separadamente, o que corresponde às quantidades Células principais- está em maioria, têm forma poligonal, núcleo vesicular e citoplasma fracamente acidófilo; essas células são secretoras do hormônio das paratireóides, o paratormônio. Células oxífilas- aparecem por volta dos 7 anos de idade, são poligonais, maiores e mais claras que as células principais, e sua função é desconhecida. Regulação de cálcio presentes em 1 litro de leite. Por volta de 10% (100 mg/dia) do cálcio ingerido são excretados na urina. Cerca de 41% do cálcio plasmático estão ligados às proteínas plasmáticas e, portanto, não é filtrado pelos capilares glomerulares. O restante é combinado aos ânions como fosfato (9%) ou ionizado (50%), sendo filtrado pelos glomérulos para os túbulos renais. Normalmente, os túbulos renais reabsorvem 99% do cálcio filtrado e em torno de 100 mg/dia são excretados na urina. A vitamina D tem potente efeito de aumentar a ABSORÇÃO DE CÁLCIO NO TRATO INTESTINAL ; além disso, apresenta efeitos significativos na DEPOSIÇÃO E ABSORÇÃO ÓSSEAS. SÍNTESE VITAMINA D 1. Colecalciferol (Vitamina D3) é formado na pele, em consequência da irradiação do 7-dehidrocolesterol , substância presente normalmente na pele pelos raios ultravioleta provenientes do sol. 2. O Colecalciferol é convertido em 25-Hidroxicolecalciferol no fígado, é restrito, já que o 25-hidroxicolecalciferol apresenta efeito inibidor por feedback nas reações de conversão, evitando excessos e “economizando’’ substrato de conversão para o futuro. 3. Ocorre a conversão do 25-hidroxicolecalciferol em 1,25-di-hidroxicolecalciferol nos túbulos proximais dos rins. Indubitavelmente, essa última substância é a forma mais ativa da vitamina D, portanto, a vitamina D perde quase toda a sua eficácia na ausência dos rins. Esta conversão requer a presença do PTH , pois da ausência deste a conversão não acontece. *Uma vez convertida a vitamina D3 , o 25-hidroxicolecalciferol persiste no corpo por apenas algumas semanas. Na forma de vitamina D, no entanto, ela pode ficar armazenada no fígado por muitos meses. *Quanto maior concentração de cálcio, menor a quantidade disponível de 1,25-di-hidroxicolecalciferol, pois o cálcio iônico, por si só, apresenta ligeiro efeito de impedir a conversão de 25-hidroxicolecalciferol em 1,25-di-hidroxicolecalciferol. Além de que a secreção do PTH é muito suprimida, sendo assim, causa uma inibição em massa da conversão ocorrida nos rins. Sendo assim, em concentrações mais elevadas do cálcio ao suprimir o PTH, o 25- hidroxicolecalciferol é convertido em composto diferente — o 24,25-dihidroxicolecalciferol — que tem efeito quase nulo de vitamina D. ATUAÇÃO Uma queda da concentração de cálcio, causa um aumento na formação de vitamina D ativa, levando a intensa absorção de cálcio nos intestinos. - Receptores de vitamina D estão presentes na maioria das células do corpo e localizados, principalmente, no núcleo das células-alvo . Este receptor tem forma complexo com outro receptor intracelular, o receptor de renitoide X, e esse complexo se liga ao DNA e ativa a transcrição na maioria dos casos. Em alguns casos, porém, a vitamina D suprime essa transcrição. - Apesar de o receptor de vitamina D ligar diversas formas de colecalciferol, sua afinidade com 1,25-di-hidroxicolecalciferol é mais ou menos 1.000 vezes maior que a do 25-hidroxicolecalciferol, o que explica suas relativas potências biológicas. O 1,25-di-hidroxicolecalciferol atua como um tipo de “hormônio” para promover a absorção intestinal de cálcio . - Favorece essa absorção, em grande parte, por meio do aumento, em torno de dois dias, da formação de calbindina, uma proteína ligante do cálcio, nas células epiteliais intestinais . Essa proteína atua na borda em escova dessas células para transportar o cálcio para o citoplasma celular. - O cálcio, então, desloca-se através da membrana basolateral da célula por difusão facilitada . A absorção de cálcio é diretamente proporcional à quantidade dessa proteína ligante. Outros efeitos do 1,25-di-hidroxicolecalciferol que podem ter participação no estímulo da absorção de cálcio incluem a formação de (1) adenosina trifosfatase estimulada pelo cálcio na borda em escova das células epiteliais; e (2) fosfatase alcalina nas células epiteliais Embora o fosfato geralmente seja absorvido com facilidade, o fluxo desse elemento através do epitélio gastrointestinal é intensificado pela vitamina D. Acredita-se que essa função seja o resultado de um efeito direto do 1,25-di-hidroxicolecalciferol, mas pode ser secundária à ação desse hormônio na absorção de cálcio, pois esse elemento atua como mediador de transporte para o fosfato. Essa vitamina também aumenta a absorção de cálcio e fosfato pelas células epiteliais dos túbulos renais e, dessa forma, tende a diminuir a excreção de tais substâncias na urina. A vitamina D desempenha papéis relevantes na absorção e na deposição óssea. A administração de quantidades extremas dessa vitamina provoca a absorção do osso . Na ausência da vitamina mencionada, o efeito do PTH na indução da absorçãoóssea é bastante reduzido ou até mesmo impedido. É um hormônio peptídico que é secretado pelas células C da glândula tireóide, e tem como funcionalidade diminuir as concentrações de cálcio, e podemos dizer que é antagônico ao PTH, porém, com um papel mais secundário. Em suma, o principal estímulo para a secreção (de forma muito óbvia), é a elevação da concentração de cálcio iônico no LEC. Em jovens, a calcitonina diminui a concentração sanguínea do cálcio iônico com rapidez, começando dentro de minutos após a injeção desse hormônio peptídico, pelo menos por dois modos. 1. O efeito imediato consiste na redução das atividades absortivas dos osteoclastos e possivelmente do efeito osteolítico da membrana osteocítica por todo o osso, desviando o equilíbrio em favor da deposição de cálcio nos sais cálcicos ósseos intercambiáveis. 2. O segundo e mais prolongado efeito da calcitonina baseia-se na diminuição da formação de novos osteoclastos. 3. A calcitonina tem efeitos secundários no uso do cálcio nos túbulos renais e nos intestinos, aumentando a excreção. Em pessoas adultas a calcitonina não tem muita ação, pois qualquer redução inicial da concentração do cálcio iônico, causada pela calcitonina, leva à potente estimulação da secreção do PTH, dentro de horas, o que acaba quase superando o efeito da calcitonina. Também, a intensidade diária de absorção e deposição do cálcio no adulto é pequena e mesmo após o retardo da velocidade de absorção pela calcitonina, isso se reflete como efeito muito leve na concentração plasmática do cálcio iônico. *O efeito da calcitonina em crianças é muito maior, já que a remodelagem óssea ocorre mais rapidamente nessa faixa etária, com absorção e deposição do cálcio de até 5 gramas ou mais por dia — o equivalente a 5 a 10 vezes a quantidade total desse elemento em todo o líquido extracelular. CALCITONINA A paratireóide produz o paratormônio, que representa um potente mecanismo para o controle das concentrações extracelulares de cálcio e de fosfato, mediante redução da reabsorção intestinal, da excreção renal e do intercâmbio desses íons entre o líquido extracelular e o osso. SÍNTESE 1. Sintetizado primeiro nos ribossomas na forma de pré-pró-hormônio , uma cadeia polipeptídica de 110 aminoácidos. 2. Esse pré-pró-hormônio passa pela primeira clivagem, transformando-se em pró-hormônio com 90 aminoácidos e, em seguida, no próprio hormônio com 84 aminoácidos pelo retículo endoplasmático e pelo complexo de Golgi, e, por fim, o hormônio é armazenado em grânulos secretores no citoplasma das células. 3. Os rins promovem a rápida remoção de todo o hormônio com 84 aminoácidos em minutos, mas não conseguem remover muitos dos fragmentos durante horas, grande parte da atividade hormonal é causada pelos fragmentos. Efeito do paratormônio nas concentrações de cálcio e fosfato no líquido extracelular No início de uma infusão do paratormônio, a concentração do cálcio iônico começa a se elevar e atinge um platô em cerca de 4 horas. A concentração do fosfato, no Fisiologia da paratireóide entanto, tem queda mais rápida em comparação à elevação do cálcio e alcança um nível reduzido dentro de 1 ou 2 horas, mediante o aumento da excreção renal deste elemento. Este aumento da quantidade de cálcio advém do Atuação nos ossos Dois efeitos para mobilizar o cálcio e o fosfato no osso. (1) Fase rápida- inicia em minutos e aumento progressivo por algumas horas, resultando na ativação das células ósseas já existentes (principalmente os osteócitos), para promover a liberação de cálcio e fosfato. O PTH remove esses sais de duas áreas, na matriz óssea nas proximidades dos osteócitos situados no osso, e nas adjacências dos osteoblastos presentes ao longo da superfície óssea. Estas células lançam longos e delgados processos que se estendem de osteócito para osteócito por toda a estrutura óssea, e tais processos também se unem aos osteócitos e osteoblastos da superfície. Esse extenso sistema recebe o nome de sistema da membrana osteocítica , e acredita-se que ele produza uma membrana de isolamento entre o osso e o líquido extracelular. MAS ONDE O PTH ENTRA NISSO? 1. As membranas celulares, tanto dos osteoblastos como dos osteócitos, têm receptores protéicos para a ligação do PTH . 2. Ativando intensamente a bomba de cálcio, causando a rápida remoção dos sais de fosfato de cálcio dos cristais ósseos amorfos, situados junto às células. (2) Fase lenta- exigindo alguns dias ou até semanas para seu pleno desenvolvimento; tal fase provém da proliferação dos osteoclastos, seguida pela reabsorção osteoclástica muito acentuada do próprio osso, e não meramente da absorção óssea dos sais de fosfato cálcico. Os osteoclastos não têm receptores proteicos em suas membranas para o PTH. Em vez disso, acredita-se que os osteoblastos e os osteócitos ativados emitam “sinais” secundários para os osteoclastos. Como já discutido, um sinal secundário importante é o RANKL, que ativa receptores nas células pré-osteoclásticas e as transforma em osteoclastos maduros, que começam sua (1) aumenta a absorção de cálcio e de fosfato a partir do osso; (2) diminui com rapidez a excreção de cálcio pelos rins. tarefa habitual de engolfamento do osso em semanas ou meses. A ativação do sistema osteoclástico ocorre em dois estágios: (1) ativação imediata dos osteoclastos já formados; (2) formação de novos osteoclastos. Os sinais e sintomas que podem estar presentes, depende do distúrbio funcional relacionado, de hipo ou hiper função. Hipoparatireoidismo Pouca secreção ou ação deficiente do PTH, causando a redução dos níveis plasmáticos de cálcio e aumento dos níveis de fosfato, e os sinais e sintomas relacionados a esta síndrome, se dá devidamente a isso, a hipocalemia , causando convulsões, insuficiência cardíaca refratárias, ou espasmo da laringe, diante de uma crise aguda. Já em situações crônicas, ocorre alterações na ectoderme e nos dentes, catarata, calcificação dos
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