Buscar

Resumo TOC (G1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Resumo TOC – Castro Neves (G1)
Capítulo 4 – Obrigação Natural
Obrigação Natural dívida que não pode ser exigida. Ex.: dívida de jogo ou dívida prescrita ou juros não convencionados. Apesar da pretensão estar encoberta, o direito subjetivo permanece íntegro, ou seja, ainda é existente. Esta é desprovida de pretensão. 
Obligatio poder de exigir o adimplemento. Nas obrigações naturais há a falta de obligatio, pois a obrigação existe, mas o credor não pode exigir o adimplemento. 
Prescrição X Decadência
Prescrição faz com que a pessoa perca a pretensão de exigir seu direito, mas o direito continua a existir.
Decadência faz com que a pessoa perca o direito, a pretensão e a ação.
Situação hipotética pessoa não paga o IPTU a 5 anos, visto que o Município não cobrou o mesmo. Sendo assim, o direito caiu em prescrição. O devedor, contudo, decide pagar a dívida espontaneamente. Posteriormente, arrepende-se e pede o dinheiro de volta, alegando que o direito havia caído em prescrição. O Município, no entanto, não o devolve o dinheiro, pois ao pagar a dívida o devedor renunciou a prescrição. Caso, houvesse passados 10 anos e o direito houvesse caído em decadência, o Município serio obrigado a devolver o dinheiro. 
Obrigações naturais a dívida prescrita difere das demais, pois ela nasce com força jurídica, mas por um fator posterior a sua origem ela passou a ser uma obrigação natural. Os demais casos são “juridicamente inexigíveis”. 
Capítulo 5 – Obrigação Propter Rem 
Direitos Reais X Direitos Obrigacionais (slides)
	Direito reais 
	Direitos obrigacionais
	1) absoluto – erga omnes
	1) relativo – inter partes
	2) atributivo – um sujeito
	2) cooperativo – conjunto 
	3) imediatividade
	3) mediatividade
	4)permanente
	4) transitoriedade
	5)direito de sequela
	5) apenas tem o patrimônio como garantia
	6) numerus clausus
	6) numerus apertus
	7) jus in re
	7) jus ad rem
	8) objeto: A coisa
	8) objeto: A prestação 
Absoluto é eficaz, ou oponível, em relação a todos. A relativa é, somente, em relação a determinados sujeitos. Resulta quanto a eficácia do negócio jurídico
Direito atributivo atribui uma titularidade ao sujeito. Já o direito obrigacional é cooperativo, por que implica sempre em uma atividade pessoal (sujeito ativo, sujeito passivo e prestação). 
Imediatividade o titular age diretamente sobre o bem sem interferência ou auxílio de terceiros. Já nas obrigações o titular de crédito necessariamente dependerá do devedor para a sua satisfação (mediatividade).
Princípio de sequela pessoa permanece sendo titular de objeto, mesmo não estando na posse física do mesmo. 
Numerus clausus rol taxativo. Quando legislador limita a extensão da lei, restringindo aquela lei àqueles casos, e somente aqueles. 
Numerus apertus rol exemplificativo. Legislador oferece os parâmetros, mas fica a nosso cargo completar as lacunas.
Objeto direito real deve ser coisa certa!
PRINCIPIOS:
Princípio do absolutismo relativo aos direitos naturais. Este exige dos não proprietários dois comportamentos negativos a abstinência e a tolerância. 
Princípio da publicidade relativo aos bens imóveis. O direito real só será considerado se for publicizado, e o meio para tal é o registro. Tal princípio é de extrema importância, pois os direitos reais incidentes sobre bens imóveis afetam diversas relações jurídicas, cujo atores não podem ser surpreendidos. Além disso, tem-se a segurança jurídica como valor constitucional de boa aplicação dos direitos. 
Princípio da preferência espacial: num conflito entre um direito real e um obrigacional, o primeiro tem primazia. Temporal: num conflito entre direitos reais, aquele que registrar primeiro prevalecerá.
Princípio da taxatividade não é possível criar novos direitos reais, se não houver previsão legal. Desse modo, a taxatividade impede que a autonomia privada de conceber direitos reais que produzam consequências erga omnes.
Obs: muitas vezes os direitos reais se integram a situações obrigacionais, constituindo assim situações complexas. Sendo assim, nota-se que não há uma separação total dos direitos reais dos direitos obrigacionais.
LIVRO:
Obrigação propter rem relaciona a obrigação ao titular de um direito real, isto é, se funda na existência de uma situação jurídica do proprietário. Desse modo, se o titular do direito real o abandona, cessa a obrigação, ou seja, sem a coisa essa obrigação não existiria (ex: condomínio).
Ambulatoriedade as obrigações propter rem acompanham o direito real. O novo proprietário, logo, responde pelas obrigações da coisa em relação ao credor dela. Este, contudo, tem o direito de reaver o que pagou para o antigo proprietário, se a origem da dívida ocorreu antes da transferência do domínio. (art. 502 CC)
Obrigação propter rem X ônus real para a satisfação de uma obrigação propter rem o devedor responde com todo o seu patrimônio, enquanto que no ônus real a satisfação do débito restringe-se ao limites da coisa onerada. 
Responsabilidade ambiental é uma obrigação propter rem, o que significa dizer que tal responsabilidade vai incidir sobre o novo ocupante da área onde se encontra o dano, não sendo discutida a boa ou má-fé do adquirente. 
Obrigação propter rem X hipoteca O crédito condominial tem preferência sobre o
crédito hipotecário por constituir obrigação propter rem, constituído em função da utilização do próprio imóvel ou para evitar-lhe o perecimento.
Capítulo 6 – As espécies das obrigações quanto ao objeto
Fontes obrigacionais a) contratos (obrigações contratuais); b) atos ilícitos (obrigações extracontratuais); c) atos unilaterais (obrigações unilaterais).
Obs.: 
todas as obrigações são efeitos de fatos jurídicos. 
atos unilaterais = promessa de recompensa. Ex.: Big Brother, ou cartaz que oferece R$ 1000,00 para quem devolver cachorro perdido. 
todos os danos devem ser reparados, apesar de não gerarem sempre imputação de responsabilidade à alguém. 
não é o dano a fonte da obrigação, mas o fato jurídico que se constituiu com a violação do dever de não causar dano, do qual derivou a relação jurídica obrigacional entre o credor. 
Autonomia privada novas espécies de contratos, não previstos em lei, podem ser criados desde que observem as normas gerais, inclusive os princípios da função social, da boa-fé e da equivalência material. 
Obrigação de dar 
 entrega ou coloca a disposição do credor certo bem. O objeto da dívida é a prestação de dar. Este objeto pode ser coisa certa ou incerta, mas a incerteza nunca é total porque a coisa será indicada ao menos o gênero. 
Coisa certa X coisa incerta art. 313 CC. A distinção é importante, pois o artigo 313 determina que o credor de coisa certa não é obrigado a receber outra, ainda que mais valiosa.
Direito obrigacional X direito real no direito obrigacional há direito à coisa (ius ad rem), ao passo que no real sobre a coisa (ius in re). O credor não é proprietário, apenas tem direito de crédito. 
Bem imóvel para que ocorra a transferência de propriedade o devedor deve promover a transcrição no competente registro. Se o bem for móvel, no entanto, basta o devedor entrega-lo ao credor, que este deixa de ser proprietário da coisa. 
Tradição significa juridicamente a entrega da prestação.
Perda da coisa certa a fim de solucionar tal problema será averiguado se o devedor teve culpa ou não pela perda. Caso, não tenha tido culpa a obrigação se extinguirá, diante da inexistência do objeto. Se o devedor tiver culpa, contudo, deverá responder pelas perdas e danos causadas ao credor.
Deterioração A culpa do devedor também será verificada. Se não houver culpa, o credor tem direito à resolução da obrigação ou a receber a coisa com abatimento de preço. Caso haja culpa, o credor tem direito ao equivalente (valor da coisa antes de deteriorada) ou a receber a coisa com abatimento de preço mais perdas e danos (art. 236 CC). 
Coisas incertas Aquele a quem tocar a escolha da coisa não pode dar o melhor, nem o pior (art. 244 CC). Em vista disso, cumpre ao interessado identificara coisa, dentro do seu gênero da melhor forma possível. 
Obs.: 
O momento crucial da obrigação de dar coisa incerta é quando a coisa é determinada a partir do gênero e da quantidade, tornando-se coisa certa.
Nas obrigações de dar coisa incerta o risco do devedor é maior, pois o credor não sofre qualquer risco de ficar sem a coisa, mesmo se esta se perdeu, pois pode obter outra para satisfazer a obrigação. 
2)Obrigações de fazer
 devedor fica sujeito a realizar uma atividade ao credor. O objeto dessa obrigação é um serviço, trabalho, ação que o devedor deve participar, seja ela intelectual ou física. 
Obrigação personalíssima só pode ser realizada por determinada pessoa. O credor tem o interesse que a obrigação de fazer seja realizada apenas pelo devedor. 
Inadimplemento Se a obrigação for personalíssima o devedor deverá indenizar o credor por perdas e danos (art. 247 CC). Se não for essencial que o devedor realize a prestação, o credor pode obter o cumprimento de terceiro às custas do devedor. 
Obs.: 
O devedor não terá que reparar o devedor se ficar provado que não teve culpa por não cumprir a obrigação. Da mesma forma, se a realização da obrigação se tornar impossível ao devedor sem sua culpa, o vínculo se extinguirá (ex: obrigação se tornar posteriormente ilícita). Esta resolução será automática. Caso, entretanto, a obrigação de torne impossível por culpa do devedor este deverá arcar com perdas e danos (art. 248 CC). 
A urgência para o credor é presumida, invertendo-se o ônus da prova para o devedor (art. 249 CC). 
Inadimplemento o devedor não pode preferir indenizar em vez de realizar a prestação. Desse modo, o juiz pode utilizar as multas cominatórias diárias (astreinte) para compelir o devedor à prestação. 
Obrigação de não fazer
 devedor deve abster-se de realizar uma atividade que, a rigor, poderia adotar. Esta pode consistir numa abstenção, devedor se compromete a deixar de realizar tal ato, ou numa tolerância, devedor se obriga a não se opor a certa atividade do credor ou de terceiros. A fonte mais abundante desta é a lei. 
Impossibilidade da prestação se a prestação de não fazer for impossível o ato é nulo (art. 104 II CC).
Razoabilidade é importante apreciá-la em todos os casos. Ex: condomínio proíbe animais no prédio. Tal proibição pode ser interpretada apenas a animais que criem problemas com os demais condôminos.
Prazo prescricional inicia-se no momento que a obrigação de não fazer é descumprida. 
Obs.: muitas vezes as obrigações de não fazer decorrem naturalmente da essência do negócio. Ex: trabalhador da Coca-Cola é despedido e leva consigo o segredo da fórmula. Ainda que não tenha contratado expressamente em manter sigilo, de acordo com o princípio da boa fé deve se portar de maneira correta e leal. 
Capítulo 8 – Obrigações de meio e resultado 
Obrigação de resultado
 obrigação legal de atingir aquela finalidade específica. São consideradas de resultado: as obrigações de dar e restituir uma coisa, certas obrigações de reparação de coisas, obrigações de enviar ou transportar pessoas e coisas, obrigações de segurança e, ainda, as obrigações de não fazer e as de fazer que não se enquadrem como obrigações de meio. Ex: cirurgias plásticas. 
Obs.: as obrigações de resultado constituem a regra e as de meio as exceções. 
Obrigações de meio 
 devedor dessa obrigação deve apenas fazer o melhor, sem garantir nenhum resultado. Ex: médico que opera pacientes em estado de saúde crítico.
Obrigações de meio./ result. 
 não há uma separação clara de ambas as obrigações. Existem casos que podem ser uma obrigação de meio e resultado, como por exemplo o serviço de um advogado para a redação de algum ato jurídico que tem por finalidade evitar que algum problema futuro venha a lhe causar prejuízo. 
Ônus há a inversão do mesmo nesses casos. Presumindo, assim, a culpa do devedor em razão de não se alcançar o resultado, tendo este que provar o contrário. 
Capítulo 9 – Obrigações puras, condicionais, a termo e modais 
Puras Negócios jurídicos podem estar sujeitos às modalidades: condição, termo ou modo (encargo). Puras são aquelas que não possuem qualquer modalidade.
Condicionais sua eficácia ficará subordinada à ocorrência de um fato futuro e incerto. Ex: quando o Brasil ganhar novamente a copa darei meu apartamento à minha filha. Desse modo, verificada a condição suspensiva o credor adquire o direito. 
A termo Obrigação ganhará eficácia somente com a ocorrência de certo termo, este é um fato futuro e certo. Ex: No próximo eclipse daria um carro para meu sobrinho. 
Modais tal modalidade nasce com o negócios gratuitos, onerados de alguma forma pelo seu instituidor. Ex.: alguém doa um jardim, porém estipula que o donatário terá o encargo (veja-se: uma obrigação) de cuidar das flores. Se o encargo for ilícito ou impossível, ele deve ser desconsiderado e a obrigação deve ser tida como pura (art. 137 CC). Contudo, se o encargo for o motivo do negócio, este será invalidado.
Alternativas contem duas ou mais prestações, mas apenas uma pode ser cumprida, mediante escolhe do devedor ou do credor. O momento crucial nessas obrigações é aquele no qual se escolhe a prestação que será efetivamente devida, nomeado concentração. A partir desse momento, a obrigação perde sua característica de alternatividade, para torna-se uma obrigação simples.
Obs.: 
ambas as alternativas devem satisfazer o valor do crédito da mesma maneira. 
Exercida a escolha não pode ser revogada.
Caso a prestação seja periódica é permitido que a escolha da obrigação de altere (art. 252 p. 2).
Alternativa X Genérica em ambas o objeto é indeterminado, mas na alternativa a indeterminação reside somente até o momento da escolha. Logo, há uma diferença no grau de indeterminação, que é maior na genérica.
Alternativa X facultativa A obrigação alternativa tem multiplicidade de objetos e todos são devidos até que se entregue um deles, mas apenas um será cumprido como pagamento. Já a facultativa é aquela cujo objeto da prestação é único, mas confere ao devedor o direito excepcional de substituí-lo por outro.
Direito de escolha se não for expresso, a escolha cabe ao devedor (art. 252 CC).
Obrigações divisíveis a indivisibilidade da obrigação consiste em não se poder fracionar a prestação. Desta maneira, na obrigação divisível é a prestação que se divide. 
Prestação divisível X objeto divisível ex.: alguém deve 100 reais. A prestação é divisível, mas a nota (objeto) não. 
Caução garantia real ou fidejussória que o credor dá ao devedor, que adimpliu sua dívida, de ratificação dos outros credores. Tal situação ocorre quando o devedor tem mais de um credor, na obrigação indivisível, mas paga a prestação total a um só dos credores (art. 260 II). 
Solidariedade não se presume (art. 265 CC).
Conversão a obrigação indivisível passa a ser divisível sempre que se resolver em perdas e danos, principalmente pelo não cumprimento da prestação. (art. 263 CC)
Capítulo 13 – Solidariedade 
Solidariedade conceito: há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigação, à dívida toda. (art. 264 CC). A solidariedade é uma forma de segurança de crédito. Para a existência da mesma deve haver interesse comum. 
Elementos multiplicidade de partes, a unidade de prestação e a co-responsabilidade dos interessados. 
Ativa, passiva e mista A solidariedade é passiva, se cada um dos co-devedores respondem pela dívida por inteiro; ativa, se cada um dos co-credores tem o poder de exigir a integralidade do pagamento; ou mista, na qual, havendo pluralidade de credores e devedores, quaisquer deles podem cobrar ou pagar a dívida integralmente. 
Obs.: o código do consumidor possui solidariedade, impondo responsabilidade solidária, perante o consumidor, de toda a cadeia dos fornecedores do produto (fabricante, produtor, vendedor, etc.), por quaisquer danos sofridos pelo consumidor, decorrentes do vício de qualidade ou quantidade do produto. 
Debitum X obligatioO devedor solidário tem a obligatio sobre a inteireza da dívida, não obstante o seu verdadeiro débito (debitum) ser menor. 
Expressa ou tácita a solidariedade pode ser tanto expressa, como tácita. Um exemplo de tácita é a conta conjunta, na qual cada correntista pode movimentá-la livremente, configurando solidariedade ativa em face daquela. 
Obs.: 
Quando o co-credor recebe a prestação nasce uma nova obrigação, na qual este passa a ser devedor dos demais co-credores. Esta nova obrigação não é solidária, porque solidariedade não se presume.
O co-credor solidário pode tanto receber a prestação por inteiro, como tem o direito de perdoá-la integralmente, mas se o fizer terá que pagar aos outros co-credores a parte que lhes caiba (art. 272 CC).
na solidariedade ativa, caso algum credor cobrar o devedor judicialmente, este somente se livrará da dívida se pagar a este credor, não podendo adimplir a dívida com outro credor solidário (art. 268 CC). 
Exceções pessoais o devedor não pode fazer uso de uma defesa, que tem contra um dos co-credores, a outro co-credor (art. 273 CC). 
Mora pode ser tanto do credor como do devedor. Na solidariedade ativa se um dos credores constituir em mora o devedor, este ficará em mora somente em relação aquele. Em contrapartida, se o devedor constituir em mora um dos credores, pela recusa deste em receber a dívida, a mora alcança todos os credores, uma vez que a prestação é da dívida toda. 
Pagamento parcial o fato de um credor receber de um co-devedor o pagamento parcial não significa que o perdoou de pagar o restante. O credor não poderá cobrar, apenas, se tiver dado uma quitação total àquele co-devedor, excluindo o da relação. (art. 282 CC) 
Impossibilidade de adimplemento sem culpa, leva à extinção da obrigação, liberando todos os devedores. A impossibilidade por culpa de um dos devedores, contudo, não libera os demais, tendo todos que pagar o equivalente, sendo as perdas e danos suportada apenas pelo culpado (art. 279 CC).
Capítulo 14 – Transmissão das obrigações 
Cessão de crédito transferência de um situação obrigacional. Nesta, ocorre a alteração no sujeito ativo da relação. 
Assunção de dívidas o devedor passa a ser outro, ocorrendo alteração no polo passivo da relação (art. 299 CC).
Obs.: Nestas duas espécies de transmissão de obrigação o interesse do credor é preferenciado, condicionando a assunção de dívida a seu consentimento expresso e admitindo que a cessão do crédito possa ser feita sem consentimento do devedor, bastando a notificação.
Cessão pode ser total ou parcial e onerosa ou gratuita. O crédito passa ao cessionário com todos seus atributos, positivos e negativos. Cedente = quem transfere o crédito. Cessionário = quem recebe o crédito. Cedido = devedor. 
Restrições à cessão caso haja uma restrição em decorrência da natureza da prestação (ex.: obrigação personalíssima), existir impedimento legal ou as partes da relação tenham convencionado no sentido de não permitir a cessão (art. 286 CC). 
Notificação a cessão de crédito só tem eficácia se o devedor é notificado, entretanto seu consentimento não é essencial ao negócio.
Cessão legal esta não necessita de notificação formal (ex.: credor morre e filho passa a ser o novo credor. O devedor não deve ser notificado, basta que tenha conhecimento da morte.). 
Obs.: 
mesmo se a cessão for pública não se dispensa a notificação do devedor.
Caso várias pessoas se apresentem como credoras, o devedor deverá ir ao banco ou ao judiciário para estes lhe dizer quem é o verdadeiro credor.
O crédito pode ser penhorado, ou seja, pode ser usado como garantia para pagamento de dívida.
Eficácia perante terceiros depende de celebração mediante instrumento público, perante notário, ou instrumento particular assinado pelas partes, com dispensa de testemunhas, e registrado no registro civil de títulos e documentos (art. 221 CC).
Exceções pessoais o devedor que tinha esta defesa contra o credor primitivo não pode usá-la contra o novo credor, mas pode suscitá-las no momento que toma ciência da notificação, mantendo a sua defesa. O art. 294 CC visa impedir que um credor, ciente de que seu crédito poderia ser esvaziado com uma defesa pessoal, transfira seu direito, a fim de frustrar a oposição do devedor. 
Responsabilidade O cedente é responsável, perante o cessionário, pela existência do crédito, ao tempo em que foi celebrado o contrato de cessão. Se não havia crédito o negócio de cessão é inexistente pela ausência de objeto. 
Cessão de posição contratual transmissão por via negocial da situação jurídica complexa de que era titular o cedente em virtude de um contrato celebrado com outrem. Neste caso, opera-se a transferência não apenas de um específico crédito, mas de um conjunto de direitos e obrigações. 
Obs.: a não notificação da assunção afeta a validade no negócio jurídico, enquanto que a não notificação na cessão afeta a eficácia. 
 
1

Outros materiais