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Resumo Medula Espinhal

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@santana.isabelaa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
Anatomia Macroscópica da Medula Espinhal e seus Envoltórios 
 
 
 Envoltórios: dura-máter;pia-máter e aracnoide 
 Espaços meningicos: epidural, subdural e subaracnóideo 
 
 
Estrutura da Medula Espinhal 
 substância cinzenta- tecido nervoso constituído de neuróglia, corpos de neurônios e fibras 
predominantemente amielínicas; 
 substância branca - tecido nervoso formado de neuróglia e fibras predominantemente mielínicas; 
núcleo — massa de substância cinzenta dentro de substância branca, ou grupo delimitado de 
neurônios com aproximadamente a mesma estrutura e mesma função; 
 formação reticular — agregado de neurônios separados por fibras nervosas que não correspondem 
exatamente às substâncias branca ou cinzenta e ocupa a parte central do tronco encefálico; 
 córtex - substância cinzenta que se dispõe em uma camada fina na superfície do cérebro e do 
cerebelo; 
 trato - feixe de fibras nervosas com aproximadamente a mesma origem, mesma função e mesmo 
destino. As fibras podem ser mielínicas ou amielínicas. 
 fascículo — usualmente o termo se refere a um trato mais compacto. Entretanto, o emprego do termo 
fascículo, em vez de trato, para algumas estruturas deve-se mais à tradição do que a uma diferença 
fundamental existente entre eles; 
 lemnisco — o termo significa fita. É empregado para alguns feixes de fibras sensitivas que levam 
impulsos nervosos ao tálamo; 
INCONSCIENCIA 
@santana.isabelaa 
 
 funículo - o termo significa cordão e é usado para a substância branca da medula. Um funículo 
contém vários tratos ou fascículos; 
 decussação - formação anatômica constituída por fibras nervosas que cruzam obliquamente o plano 
mediano e que têm aproximadamente a mesma direção. 
 comissura - formação anatômica constituída por fibras nervosas que cruzam perpendicularmente o 
plano mediano e que têm, por conseguinte, direções diametralmente opostas 
 fibras de projeção - fibras de projeção de uma determinada área ou órgão do sistema nervoso 
central são fibras que saem fora dos limites desta área ou deste órgão; 
 fibras de associação — fibras de associação de uma determinada área ou órgão do sistema nervoso 
central são fibras que associam pontos mais ou menos distantes desta área ou deste órgão sem, 
entretanto, abandoná-lo. 
 modulação - mudança da excitabilidade de um neurônio causada por axônios de outros neurônios 
não relacionados com a função do primeiro. 
 neuroimagemfuncional - técnica que permite estudar o estado funcional de áreas do SNC em 
indivíduos sem anestesia. Baseia-se no fato de que quando os neurônios são ativados há aumento do 
metabolismo e do fluxo sanguíneo, o que é detectado pelo equipamento. 
 
 CLASSIFICAÇÃO DOS NEURÔNIOS MEDULARES 
 Neurônios radiculares: Os neurônios radiculares recebem este nome porque seu axônio, 
muito longo, sai da medula para constituir a raiz ventral. 
 Neurônios cordonais: Neurônios cordonais são aqueles cujos axônios ganham a substância 
branca da medula, onde tomam direção ascendente ou descendente, passando a constituir as 
fibras que formam os funículos da medula. 
 Neurônios de axônio curto (ou internunciais): Em razão de seupequeno tamanho, o axônio 
destes neurônios permanece sempre na substância cinzenta. 
 
 VIAS ASCENDENTES: 
As fibras que formam as vias ascendentes da medula relacionam-se direta ou indiretamente com as 
fibras que penetram pela raiz dorsal do nervo espinhal, trazendo impulsos aferentes de várias partes 
do corpo. 
 Condução dos impulsos nervosos: Os impulsos nervosos sensitivos são conduzidos do 
prolongamento periférico para o central, e admite-se que não passam pelo corpo celular. Os 
impulsos nervosos motores são conduzidos do corpo celular para o efetuador. Levando-se em 
conta certas características eletrofisiológicas, mas sobretudo a velocidade de condução, as 
fibras dos nervos foram classificadas em três grupos principais: A, B e C, que correspondem 
às fibras de grande, médio e pequeno calibres. 
 
 
 Destino das fibras da raiz dorsal: As fibras que formam as vias ascendentes da medula 
relacionam-se direta ou indiretamente com as fibras que penetram pela raiz dorsal do nervo 
espinhal, trazendo impulsos aferentes de várias partes do corpo. 
 
 Destino das fibras da raiz dorsal: Cada filamento radicular da raiz dorsal, ao ganhar o 
sulco lateral posterior, divide-se em dois grupos de fibras: um grupo lateral e outro 
medial. Antes de penetrar na coluna posterior, cada uma dessas fibras se bifurca, 
dando um ramo ascendente e outro descendente sempre mais curto, além de grande 
número de ramos colaterais mais finos. Estes ramos constituem as fibras dos 
fascículos grácil e cuneiforme, que ocupam os funículos posteriores da medula e 
@santana.isabelaa 
 
terminam fazendo sinapse nos núcleos grácil e cuneiforme, situados, respectivamente, 
nos tubérculos do núcleo grácil e do núcleo cuneiforme do bulbo. 
 
 Sistematização das vias ascendentes da medula: 
 
 Vias ascendentes do funículo posterior: No funículo posterior existem dois 
fascículos grácil, situado medialmente, e cuneiforme, situado lateralmente, 
separados pelo septo intermédio posterior. Como já foi visto, estes fascículos 
são formados pelos ramos ascendentes longos das fibras do gmpo medial da 
raiz dorsal, que sobem no funículo para terminar no bulbo. Na realidade, estas 
fibras nada mais são que os prolongamentos centrais dos neurônios sensitivos 
situados nos gânglios espinhais. 
 
 
O fascículo grácil inicia-se no limite caudal da medula e é formado por fibras que penetram na medula pelas 
raízes coccígea, sacrais, lombares e torácicas baixas, terminando no núcleo grácil, situado no tubérculo 
do núcleo grácil do bulbo. Conduz, portanto, impulsos provenientes dos membros inferiores e da metade 
inferior do tronco e pode ser identificado em toda a extensão da medula. O fascículo cuneiforme, evidente 
apenas a partir da medula torácica alta, é formado por fibras que penetram pelas raízes cervicais e torácicas 
superiores, terminando no núcleo cuneiforme, situado no tubérculo do núcleo cuneiforme do bulbo. Conduz, 
portanto, impulsos originados nos membros superiores e na metade superior do tronco. 
a) propriocepção consciente ou sentido de posição e de movimento (cinestesia)- após lesão do funículo 
posterior, faz com que o indivíduo seja incapaz de localizar, sem ver, a posição de seu braço ou de 
sua perna. 
b) tato discriminativo (ou epicrítico) 
c) sensibilidade vibratória – A perda da sensibilidade vibratória é um dos sinais precoces da lesão do 
funículo posterior; 
d) estereognosia 
 
 Vias ascendentes do funículo anterior: No funículo anterior localiza-se o 
trato espinotalâmico anterior, formado por axônios de neurônios cordonais de 
projeção situados na coluna posterior. Estes axônios cruzam o plano mediano 
e fletem-se cranialmente para formar o trato espinotalâmico anterior, cujas 
fibras nervosas terminam no tálamo e levam impulsos de pressão e tato leve 
(itato protopático). 
 
@santana.isabelaa 
 
 Vias ascendentes do funículo lateral: Trato espinotalâmico lateral-neurônios 
cordonais de projeção, situados na coluna posterior, emitem axônios que 
cruzam o plano mediano na comissura branca, ganham o funículo lateral, onde 
se fletem cranialmente para constituir o trato espinotalâmico lateral, cujas 
fibras terminam no tálamo. Trato espinocerebelar posterior-neurônios 
cordonais de projeção, situados no núcleo torácico da coluna posterior, emitem 
axônios que ganham o funículo lateral do mesmo lado, fletindo-se 
cranialmente para formar o trato espinocerebelar posterior. As fibras deste 
trato penetram no cerebelo pelo pedúnculo cerebelar inferior, levando 
impulsos de propriocepção inconsciente originados em fusos neuromusculares 
e órgãos neurotendinosos; Trato espinocerebelar anterior – neurônios 
cordonais de projeção, situados na coluna posterior e a substância cinzenta 
intermédia, emitem axôniosque ganham o funículo lateral do mesmo lado ou 
do lado oposto, fletindo-se cranialmente para formar o trato espinocerebelar 
anterior. As fibras deste trato penetram no cerebelo, principalmente pelo 
pedúnculo cerebelar superior. Admite-se que as fibras cruzadas na medula 
tomam a se cruzar ao entrar no cerebelo, de tal modo que o impulso nervoso 
termina no hemisfério cerebelar situado do mesmo lado em que se originou. 
Informam também eventos que ocorrem dentro da própria medula, 
relacionados com a atividade elétrica do trato corticoespinhal. 
 
 
 
Grandes Vias Aferentes 
 o receptor - é sempre uma terminação nervosa sensível ao estímulo que caracteriza a via. 
 o trajeto periférico – compreende um nervo espinhal ou craniano e um gânglio sensitivo anexo a 
estes nervos. 
 o trajeto central- em seu trajeto pelo sistema nervoso central, as fibras que constituem as vias 
aferentes se agrupam em feixes (tratos, fascículos, lemniscos), de acordo com suas funções. 
 o área de projeção cortical— está no córtex cerebral ou no córtex cerebelar; no primeiro caso, a via 
nos permite distinguir os diversos tipos de sensibilidade, e é consciente; no segundo caso, ou seja, 
quando a via termina no córtex cerebelar, o impulso não determina qualquer manifestação sensorial e 
é utilizado pelo cerebelo para realização de sua função primordial de integração motora; a via é 
inconsciente. 
 
 VIAS DE DOR E TEMPERATURA: Os receptores de dor são terminações nervosas livres. Existem 
duas vias principais através das quais os impulsos de dor e temperatura chegam ao cérebro: uma via 
filogeneticamente mais recente, neoespinotalâmica, constituída pelo trato espinotalâmico lateral, que 
vai diretamente ao tálamo; e outra, mais antiga, paleoespinotalâmica, constituída pelo trato 
espinoreticular, e pelas fibras retículo-talâmicas (via espino--retículo-talâmica). 
@santana.isabelaa 
 
 
 Via neoespinotalâmica: Trata-se davia “clássica” de dor e temperatura, constituída 
basicamente pelo trato espinotalâmico lateral, envolvendo uma cadeia de três neurônios. 
a) Neurônios I- localizam-se nos gânglios espinhais situados nas raízes dorsais. O 
prolongamento periférico de cada um destes neurônios liga-se aos receptores através dos 
nervos espinhais. 
b) Neurônios II- os axônios do neurônio II cruzam o plano mediano pela comissura branca, 
ganham o funículo lateral do lado oposto, inflectem se cranialmente para constituir o trato 
espinotalâmico lateral. Ao nível da ponte, as fibras desse trato se unem com as do 
spinotalâmico anterior para constituir o lemnisco espinhal, que termina no tálamo fa 
zendo sinapse com os neurônios III. 
a) Neurônios III - localizam-se no tálamo, no núcleo ventral posterolateral. 
Através dessa via, chegam ao córtex cerebral impulsos originados em receptores térmicos e 
dolorosos situados no tronco e nos membros do lado oposto. 
 
 Via paleoespinotalâmica: É constituída de uma cadeia de neurônios em número maior que 
os da via neoespinotalâmica. 
a) NeurôniosI— localizam-se nos gânglios espinhais, e seus axônios penetram na medula do 
mesmo modo que os das vias de dor e temperatura, estudadas anteriormente. 
b) Neurônios II- situam-se na coluna posterior. Seus axônios dirigem-se ao funículo lateral do 
mesmo lado e do lado oposto, inflectem-se cranialmentepara constituir o trato espino-
reticular. 
c) NeurôniosIII- localizam-se na formação reticular e dão origem às fibras retículotalâmicas 
que terminam nos núcleos do grupo medial do tálamo, em especial nos núcleos intralaminares 
(neurônios IV). 
 
 VIA DE PRESSÃO E TATO PROTOPÁTICO: Os receptores de pressão e tato são tanto os 
corpúsculos de Meissner como os de Ruffini. Também são receptores táteis as ramificações dos 
axônios em tomo dos folículos pilosos. 
a) Neurônios I— localizam-se nos gânglios espinhais cujo prolongamento periférico liga-se ao 
receptor, enquanto o central divide-se em um ramo ascendente,muito longo, em um ramo 
descendente, curto, terminando ambos na coluna posterior, em sinapse com os neurôniosII 
b) Neurônios II— localizam-se na coluna posterior da medula. Seus axônios cruzam o plano 
mediano na comissura branca, atingem o funículo anterior do lado oposto, onde se inflectam 
cranialmente para constituir o trato espinotalâmico anterior. 
c) Neurônios III- localizam-se no núcleo ventral posterolateral do tálamo. 
 
Por este caminho chegam ao córtex os impulsos originados nos receptores de pressão e de tato situados 
no tronco e nos membros. Entretanto, como no caso anterior, estes impulsos tomam-se conscientes já em 
nível talâmico. 
 
 VIA DE PROPRIOCEPÇÃO CONSCIENTE, TATO EPICRÍTICO E SENSIBILIDADE 
VIBRATÓRIA: Os receptores de tato são os corpúsculos de Ruffini e de Meissner e as ramificações 
dos axônios em tomo dos folículos pilosos. Os receptores responsáveis pela propriocepção 
consciente são os fusos neuromusculares e órgãos neurotendinosos. Já os receptores para a 
sensibilidade vibratória são os corpúsculos de Vater Paccini. 
 
 
@santana.isabelaa 
 
Considerações Anatomoclínicas sobre a Medula e o Tronco Encefálico 
 ALTERAÇÕES DA SENSIBILIDADE: As principais alterações da sensibilidade são: 
a) anestesia - desaparecimento total de uma ou mais modalidades de sensibilidade após estimulação 
adequada. O termo emprega-se mais frequentemente para a perda da sensibilidade tátil, reservando-
se o termo analgesia para a perda de sensibilidade dolorosa; 
b) hipoestesia- diminuição da sensibilidade; 
c) hiperestesia- aumento da sensibilidade; 
d) parestesia-aparecimento, semestimulação, de sensações espontâneas e mal definidas como, por 
exemplo, o “formigamento”; 
e) algias - dores, em geral. 
 
 HEMISSECÇÃO DA MEDULA: 
A hemissecção da medula produz no homem um conjunto de sintomas conhecido como síndrome de 
Brown-Séquard. Os sintomas mais característicos resultam da interrupção dos principais tratos, que 
percorrem uma metade da medula. Os sintomas resultantes da secção dos tratos que não se cruzam 
na medula aparecem do mesmo lado da lesão. Já os sintomas resultantes da lesão de tratos que se 
cruzam na medula manifestam-se no lado oposto ao lesado. Todos os sintomas aparecem somente 
abaixo do nível da lesão. Assim temos: 
1. Sintomas que se manifestam do mesmo lado da lesão (tratos não cruzados na medula): 
a) síndrome do neurônio motor superior, ou seja, paralisia espástica, com aparecimento do 
sinal de Babinski, em virtude da interrupção das fibras do trato corticoespinhal lateral; 
b) perda da propriocepção consciente e do tato epicrítico em virtude da interrupção das 
fibras dos fascículos grácil e cuneiforme 
2. Sintomas que se manifestam do lado oposto ao lesado (tratos cruzados): 
a) perda da sensibilidade térmica e dolorosa apartir de um ou dois dermátomos abaixo do 
nível da lesão, em consequência da interrupção das fibras do trato espinotalâmico lateral 
b) ligeira diminuição do tato protopático e da pressão, por comprometimento do trato 
espinotalâmico anterior. Este comprometimento, em geral, é pequeno, porque as fibras da raiz 
dorsal, que levam esta modalidade de sensibilidade, dão ramos ascendentes muito grandes, 
que emitem colaterais em várias alturas antes de fazer sinapse na coluna posterior e cruzar 
para o lado oposto 
 
 
 
Fonte: MACHADO, Angelo B. M.. Neuroanatomia funcional. 2 ed. São Paulo: Atheneu Editora, 2007.

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