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JONAS FEITOSA DOS SANTOS IMPERMEABILIZAÇÃO PALMAS-TO, 2021 JONAS FEITOSA DOS SANTOS IMPERMEABILIZAÇÃO Trabalho solicitado como nota parcial da disciplina Sistemas Construtivos 2, ministrado pelo Dr. Gilson Marafiga Pedroso. PALMAS-TO, 2021 1 INTRODUÇÃO A impermeabilização é de suma importância na construção civil devendo ser feita em todos os locais que sofrem com a presença de fluídos. A impermeabilização é uma operação efetuada em todo local de uma construção sujeito a penetração de fluidos. A principal incumbência dessa camada é inibir a atuação deletéria da umidade e de todas as substâncias que podem ocasionar a degradação das estruturas da edificação. O sistema de impermeabilização é um item indispensável para a durabilidade da construção. A ação da umidade e de outros fluidos presentes na atmosfera possuem a capacidade de provocar danos irreversíveis a estrutura da edificação. Sendo assim a aplicação do impermeabilizante evitar custos econômicos relacionados a manutenção ou até a construção de toda a estrutura devido ao seu estado irreversível de deterioração. Diante disso é possível inferir que que impermeabilização é item imprescindível para a segurança da edificação e para a integridade física do usuário. A impermeabilização é indispensável para integridade de uma construção. A implantação do sistema requer um planejamento minucioso, isso é importante porque qualquer detalhes assumem um papel importante e onde a mínima falha, mesmo localizada, pode comprometer todo o serviço. Para evitar qualquer equívoco que possa comprometer a integridade da edificação e garantir o êxito dessa operação, a impermeabilização deve ser planejada e incluída já no projeto da construção. O projeto deve ser elaborado por um engenheiro civil que tenha capacitação na área e a impermeabilização deve ser executada por profissionais qualificados. A escolha do sistema de impermeabilização deve ser efetuada considerando as características do local aonde essa operação será implantada. Uma construção é feita com inúmeros materiais, aonde cada um possui uma determinada capacidade de absorver a umidade e outros fluidos que comprometem a integridade da edificação. Diante disso o impermeabilizante escolhido deve ser capaz de impedir a infiltração de fluidos que acarretam a deterioração das estruturas da construção. Os sistemas de impermeabilização costumam serem classificados em rígidos e flexíveis. O primeiro não tolera a movimentação da estrutura, devido a esse fato esse tipo de impermeabilização costumam ser adotada em estruturas não sujeitas à fissuração ou a grandes deformações. O segundo é empregado principalmente em estruturas que estejam sujeitas a fissuração ou grandes deformações. Esse tipo de impermeabilização é adequado para essa situação por causa de sua capacidade de se alongar em função da exigência estrutural e de absorver a fissuração se forem adequadamente especificados. 2 IMPERMEABILIZAÇÃO De acordo com a NBR 9575 ( 2003) o sistema de impermeabilização é o “Conjunto de produtos e serviços destinados a conferir estanqueidade as partes de uma construção.”, sendo esta estanqueidade definida, na referida norma, como a ”Propriedade de um elemento (ou conjunto de componentes) de impedir a penetração ou passagem de fluidos através de si”. A impermeabilização é uma camada de proteção feita de um conjunto de componentes e serviços que possuem a finalidade de proteger as construções contra a ação deletéria de fluidos, de vapores e da umidade. De acordo com Picchi (1986) a implantação de um sistema de impermeabilização requer preparo e experiência. Isso é importante porque qualquer detalhes assumem um papel importante e onde a mínima falha, mesmo localizada, pode comprometer todo o serviço. A operação de impermeabilização é importante e sua concepção e execução deve ser efetuada por mão de obra qualificada. A impermeabilização é um item importante para a durabilidade das construções, pois os agentes trazidos pela água e os poluentes existentes no ar causam danos irreversíveis a estrutura e prejuízos financeiros difíceis de serem contornados. A impermeabilização é fator importantíssimo para a segurança da edificação e para a integridade física do usuário. A escolha do sistema de impermeabilização deve ser efetuada conhecendo todos os parâmetros técnicos e ações físicas e químicas envolvidas no processo. Esse sistema possui um custo baixíssimo de implantação, em edificações esse gasto representa em torno de 1 a 3% do custo total da obra. A impermeabilização é feita geralmente sobre outros materiais complementares, como argamassa e pisos cerâmicos, caso ocorra uma falha na impermeabilização, acaba-se por perder todos os materiais complementares cujos custos superam, e muito, o custo original, sem se considerar os custos de recuperação estrutural. A execução do sistema de impermeabilização requer um acompanhamento de um profissional qualificado para que a obra atenda aos requisitos mínimos de qualidade e conforto. Essa operação deve ser efetuada durante a obra devido ao custo econômico inferior do que depois da obra concluída, quando surgirem os inevitáveis problemas com a umidade, os quais tornam os ambientes insalubres e com aspecto desagradável, apresentando eflorescências, manchas, bolores, oxidação das armaduras e outros. 2.1 Mecanismos de atuação da água nas edificações Soares ( 2015, p.16) afirma que: “ A umidade sempre foi um grande desafio para a construção civil, desde muitos anos atrás, o homem procura constantemente combatê-la. As edificações sofrem com o fenômeno do intemperismo, que causa a intermitência cíclica (ora mais carbono, ora mais oxigênio) causando a deterioração do mesmo. Com isso essa situação é agravada água da chuva, que traz elementos agressivos (iônicos, aniônicos, básicos, ácidos) pela atmosfera depois que ela é lavada pela água.” De acordo com Soares ( 2015) os inúmeros materiais empregados numa construção dispõe de capacidades distintas de absorções de umidade. Essa umidade é caracterizado pela presença de água nos poros que se locomover por toda dimensão do material, fazendo com que o ambiente fique com teor de água fora do normal, ou seja, úmido. “A água é um dos maiores causadores de patologias, de forma direta ou indireta, quer se encontre no estado de gelo, no líquido ou mesmo enquanto vapor de água. Pode ser vista como um agente de degradação ou como meio para a instalação de outros agentes”. (QUERUZ, 2007). Com isso existem diversos tipos de umidades, cujos principais são: • Umidade de infiltração A infiltração é forma mais corriqueira de umidade encontrada numa edificação. A ocorrência desse fenômeno está diretamente relacionados com à forma e a facilidade dessa patologia se desenvolver, seja por água proveniente de chuvas, ou por fluídos decorrentes de dentro da própria construção. Queruz ( 2007, p.88 ) afirma que: A umidade passa das áreas externas às internas por pequenas trincas, pela alta capacidade dos materiais absorverem a umidade do ar ou mesmo por falhas na interface entre elementos construtivos, como planos de parede e portas ou janelas. Em geral, é ocasionada pela água da chuvae, se combinada com o vento, pode agravar a infiltração com o aumento da pressão de infiltração. Figura 1 : Infiltração em laje de concreto. Fonte: SOARES, F. F., 2014 • Umidade ascensional A umidade ascensional é um processo marcado pela subida da água proveniente do solo para a estrutura da edificação. Essa umidade é proveniente tanto por fenômenos sazonais de aumento de umidade quanto por presença permanente de umidade de lençóis freáticos superficiais. Esse fenômeno é visualizado em interiores de paredes e pisos e água pode atingir até 0,8m de altura. A ascensão da água em paredes ocorre pela existência do fenômeno de capilaridade. Os vasos capilares pequenos permitem a água subir até o momento em que entra em equilíbrio com a força da gravidade. A altura que a água ascende pelo vaso capilar depende principalmente do seu diâmetro: quanto menor, maior a altura. ( QUERUZ, 2007, p.88 ). Figura 2: Patologia na área inferior da parede devido umidade ascensional. Fonte: OLIVEIRA, Sisleine. (2012) • Umidade por condensação Para LERSH (2003, p.71) este tipo de umidade é classificado como “a condensação do vapor de água, presente no ambiente, que ocorre quando a superfície do material apresenta temperatura mais baixa do que a temperatura correspondente ao ponto de orvalho”. A ocorrência desse fato possuem relação com perda de capacidade de absorção de umidade pelo ar quando é resfriado, na interface da parede, precipitando-se. A incidência desse fenômeno possuem frequência bastante heterogênea devido as características distintas dos materiais empregados na construção do edifício ou seja o teor desta umidade causado por condensação pode variar de acordo com o material utilizado no local. Segundo BAUER (2012, p.455) “Quanto menores forem os poros do material de construção, mais alta será a quantidade de umidade por condensação capilar”. Figura 3: Umidade por condensação em casa de máquinas. Fonte: SOARES • Umidade de obra Queruz (2007) caracteriza como a umidade que ficou interna aos materiais por ocasião de sua execução e que acaba por se exteriorizar em decorrência do equilíbrio que se estabelece entre material e ambiente. Essa situação ocorre através de umidade retida em materiais no processo de execução da obra, como exemplo a umidade da argamassa que acaba sendo transferida para o interior da alvenaria. Figura 4: Exemplo de umidade contida nos materiais na fase de construção da obra. Fonte: ROCHA, Aline - 2012 • Umidade acidental A umidade acidental é acarretada devido a falhas nos sistemas de tubulações, como águas pluviais, esgoto e água potável, e que geram infiltrações. A existência de umidade com esse tipo de origem tem uma importância especial quando se trata de edificações que já possuam um longo tempo de existência, pois pode haver presença de materiais com tempo de vida já excedido, que não costumam ser contempladas em planos de manutenção predial. Figura 5: Umidade acidental após falha na execução da instalação hidráulica. . Fonte: SABINO, Rafaela. - 2014 2.2 Sistemas Impermeabilizantes O principal intuito dos sistemas de impermeabilização é proteger as edificações dos malefícios de infiltrações, eflorescências e vazamentos causados pela água. Segundo a NBR 9575/2003, os sistemas impermeabilizantes podem ser divididos em rígidos e flexíveis, que estão relacionados às partes construtivas sujeitas ou não a fissuração. 2.3 Impermeabilização rígida De acordo com a NBR 9575/2003, é chamada impermeabilização rígida como o conjunto de materiais ou produtos aplicáveis nas partes construtivas não sujeita à fissuração. Isso ocorre devido sua baixa capacidade de absorver deformações da base da estrutura a ser impermeabilizada, principalmente deformações concentradas como fissuras e trincas (SOARES, 2014) A impermeabilização rígida, por não suportar a movimentação da estrutura, é utilizada em estruturas não sujeitas a grandes deformações como exemplos: subsolos, muros de arrimo, piscinas e reservatórios de água que sejam enterradas e baldrames. Dentre os tipos de impermeabilização rígida, três se destacam, sendo eles: argamassa polimérica, argamassa impermeável com aditivo e cristalizantes. 2.3.1 Argamassa impermeável com aditivo hidrófugo É um método de impermeabilização de argamassa de cimento que adquirem propriedades impermeáveis, com a mistura de aditivos que repelem a água. A DENVER (2010) define como “Aditivo líquido e de pega normal impermeabilizante por hidrofugação, indicado para uso em concretos e argamassas. Esse impermeabilizante é formado por sais metálicos e silicatos que promovem a redução da permeabilidade e absorção capilar, através do preenchimento de vazios nos capilares na pasta de cimento hidratado, tornando os concretos e argamassas impermeáveis à penetração de água e umidade. (SIKA, 2008) De acordo com Cunha e Neumann (1979) a aplicação do aditivo hidrófugo é efetuada em argamassas de revestimento que esteja livre de movimentações estruturais, que ocasionariam a formação de trincas e fissuras. Esse sistema não é indicado para locais com exposição ao sol que possa ocorrer algum tipo de dilatação no substrato. Para RIGHI (2009) “A principal desvantagem é que deve ser aplicado em conjunto com outro sistema impermeabilizante, assim garante-se a estanqueidade, pois esse sistema é muito suscetível a movimentações dos elementos” O aditivo deve ser dissolvido na água de amassamento a ser utilizada. A aplicação da argamassa aditivada deve ser feita em duas ou três camadas de aproximadamente 1 cm de espessura, desempenando a última camada, cuidando para não alisar com desempenadeira de aço ou colher de pedreiro (SIKA, 2008). Figura 6 – Preparação da argamassa com o aditivo hidrófugo. (VIEIRA, 2005, p. 76) Para Ferreira ( 2018, p.40) “a utilização de aditivos hidrófugos em argamassa é uma metodologia simples e de baixo custo para combater infiltrações. Todavia, é de fundamental importância que a impermeabilização deve ser feita durante a obra, para diminuir os potenciais danos causados pela umidade”. 2.3.2 Cristalizantes De acordo com FERREIRA (2012) esse tipo impermeabilização “São compostos químicos de cimentos aditivados, resinas e água. O produto é aplicado diretamente sobre a estrutura a ser impermeabilizada” . Ao entrar em contato com a água de infiltração, cristaliza-se e preenche os poros do concreto, constituindo uma barreira impermeável. A DENVER (2010) ressalta que esse produto é indicado para “Tamponamento de infiltrações e jorros de água sob pressão em subsolo, galerias e outras estruturas submetidas à infiltração por lençol freático e também para chumbamento rápido de peças e como aditivo acelerador de pega de argamassa” Os impermeabilizantes cristalizantes estão disponíveis em dois tipos que se diferenciam pelo método de aplicação do produto e também por sua constituição química. Os cimentos cristalizantes é marcado pela sua aplicação em formato de pintura diretamente sobre as superfícies de concreto, argamassa ou alvenaria, previamente saturadas com água. Além disso a outra técnica desse impermeabilizante são os cristalizantes líquidos à base de silicatos e resinas. Nessa técnica a aplicação é efetuada por meio de um injeção do impermeabilizante que acaba se cristalizando, esse material promove o preenchimento dos poros das alvenarias de tijolos maciços, bloqueando a umidade ascendente (VIAPOL, 2008). Figura 7 – Aplicação de cristalizante na forma de pintura. Finte: (NAKAMURA, 2006, p. 28). A aplicação deve ser efetuada com a retirada de todo o reboco desde o piso até uma altura de 1m da área que será submetida a esse tratamento. Após a retirada do reboco o processo de aplicação tem prosseguimento com a execução de linhas de furos intercaladasentre si, sendo a primeira a 10 cm do piso e a segunda a 20 cm. Os furos devem ser com uma inclinação de 45° e estar saturados com água para a aplicação do produto. Aplica-se o produto por gravidade, sem necessidade de pressão e, sim, de saturação (ABATTE. 2003). Figura 8 – Injeção de cristalizantes em parede com umidade ascendente. Fonte: (ABATTE, 2003, p. 52). Esse impermeabilizante é utilizado em todas as áreas sujeitas à infiltração por lençol freático e infiltrações de contrapressão, tais como: subsolos, lajes, poços de elevadores, reservatórios enterrados, caixas de inspeção e outros. O produto utiliza a própria água da estrutura para se cristalizar, isto elimina a necessidade de rebaixamento do lençol freático e não altera a potabilidade da água. A desvantagem do sistema é que se deve tomar cuidado na aplicação do produto e o mesmo é restrito a algumas situações particulares de infiltrações. 2.3.3 Cimento impermeabilizante de pega ultra-rápida De acordo com SIKA (2008) o cimento impermeabilizante de pega ultra-rápida é um sistema de impermeabilização formado por uma solução aquosa de silicato modificado. A reação desse impermeabilizante com água e cimento possuem como produto o hidrossilicato, a formação desse composto ocorre devido a alcalinidade do cimento. O hidrossilicato formado pela mistura do cimento impermeabilizante de pega ultra-rápida juntamente com água e o cimento é um cristal insolúvel em agua, esse sistema de impermeabilização tem a finalidade de preencher os poros da argamassa. O emprego desse impermeabilizante é efetuada como um aditivo liquido de pega ultra-rápida em pastas de cimento. Essa pasta possui uma aderência bastante elevada, isso é um item fundamental para inibir a infiltração de umidade. Além disso esse produto possui um poder de tamponamento grande ou seja os fluidos terão muita dificuldade em penetrar a superfície aonde esse impermeabilizante foi aplicada. Essa pasta apresenta inicio de pega entre 10 e 15 segundos e fim entre 20 e 30 segundos. Para SIKA ( 2008) esse sistema de impermeabilização é uma solução adequada para o para tamponamento de infiltrações e jorros de água sob pressão em subsolos, poços de elevadores, cortinas, galerias e outras estruturas submetidas à infiltração por lençol freático. É importante salientar que que impermeabilizante de pega ultra-rápida não deve ser encarado como uma solução definitiva, esse produto é um tratamento temporário e pontual ou seja esse impermeabilizante só deve ser aplicado para reduzir os danos acarretados pela infiltração excessiva de umidade. A solução para um problema dessa magnitude é a aplicação de outra técnica de impermeabilização na estrutura danificada pela infiltração de água. Figura 9 – Cimento impermeabilizante de pega ultra-rápida. Fonte: (Adaptado de DENVER, 2008). O emprego desse impermeabilizante requer o alargamento e aprofundamento dos pontos que estão submetidos a infiltração em até cerca de duas vezes o seu diâmetro. Para aplicar esse produto é necessário prepara-lo, a preparação desse sistema de impermeabilização é efetuada com a mistura de uma uma parte do produto e uma parte de água. Esse produto é lançado diretamente nos pontos aonde tem infiltração, a pega é praticamente instantânea ou seja não demora muito tempo para formar um tampão e comprimir contra a infiltração, aguardando alguns segundos até o completo endurecimento (SIKA, 2008) 2.3.4 Argamassas poliméricas As argamassas poliméricas são materiais compostos por cimentos e resinas sintéticas, que são aplicadas sob forma de pintura, formando uma camada impermeável com excelente aderência em estruturas de concreto, alvenarias e argamassas (SIKA, 2015). Esse sistema de impermeabilização é uma solução propicia para locais sem exposição direta dos raios solares. O emprego da argamassa polimérica ocorre principalmente em banheiros e paredes, mas, por terem a característica de serem resistentes quando confinadas, as mesmas são recomendadas para lajes, marquises e sacadas que receberão revestimento cerâmico. Esse produto resiste a pressões positivas e negativas e acompanha de maneira satisfatória, pequenas movimentações das estruturas, e que a impermeabilização decorre da formação de um filme de polímeros que impede a passagem da água e da granulometria fechada dos agregados contidos na porção cimentícia. Para SAYEGH ( 2001) a argamassa polimérica é um sistema de impermeabilização multifuncional devido a suas inúmeras características positivas. Esse impermeabilizante possuem uma elevada capacidade de resistir a pressões hidrostáticas positivas, fácil aplicação, não altera a potabilidade da água, é uma barreira contra sulfatos e cloretos, uniformiza e sela o substrato, reduzindo o consumo de tinta de pinturas externas. A aplicação desse impermeabilizante pode ser efetuada na forma de pintura com trincha ou brocha, ou ser aplicado na forma de revestimento final com desempenadeira, nesse caso requer uma diminuição da quantidade de componente liquido da mistura. A aplicação da argamassa polimérica ocorre diretamente sobre as superfícies de concreto, alvenaria ou argamassa. Esse impermeabilizante demanda um substrato úmido para ser aplicado, a primeira demão só pode ser efetuada se essa condição for satisfeita, caso contrário pode comprometer a aderência do produto. A demão costuma ser aplicada por meio de trincha, finalizando essa primeira parte da aplicação é necessário aguardar a secagem do produto para lançar a segunda demão. Após a secagem da primeira demão é necessário aplicar a segunda que deve ser feita em sentido contrário da demão anterior. A conclusão da aplicação da segunda demão deve ser sucedida com a incorporação de uma tela industrial de poliéster resinada, essa tela é um dos principais elementos responsável pelo sucesso da impermeabilização, a não incorporação dessa estrutura pode acarretar inúmeros danos e comprometer a integridade do impermeabilizante. A aplicação da argamassa polimérica tem prosseguimento com o lançamento das demãos subsequentes, aguardando os intervalos de secagem entre demãos até atingir o consumo necessário. Após a finalização da aplicação das demão é necessário um intervalo de no mínimo de 3 dias para realizar a cura úmida da superfície submetida ao processo de impermeabilização. Figura 10 – Aplicação de argamassa polimérica na forma de pintura. (SAYEGH, 2001, p. 44) Figura 11 – Aplicação de argamassa polimérica na forma de revestimento. (SAYEGH, 2001, p. 44) 2.4 Impermeabilização Flexível “Sistema de impermeabilização no qual é visto como um conjunto de materiais e serviços capazes de impermeabilizar locais dos edifícios que ficam mais expostos a grandes deformações como fissuras e trincas”( Soares, 2015, p.38). A impermeabilização flexível é normalmente moldada no próprio canteiro de obras, mas também é encontrada na forma pré-fabricada. Quando a moldagem dessa impermeabilização é efetuado no canteiro de obras esse impermeabilizante recebe a denominação de membranas; já quando esse material é industrializado recebe a nomenclatura de manta ou membranas De acordo com CUNHA e NEUMANN (1979) classificam esse sistema como “impermeabilizações feitas com lençóis termoplásticos, lençóis de borracha butílica, membranas de asfalto com elastômeros e outras combinações de materiais, sempre sem intercalação de tecidos rígidos ou lâminas metálicas” 2.4.1 Membrana de polímero modificado com cimento Para LWART (2009, p.59) a membrana de polímero modificado com cimento é um “composto de cimento asfáltico enriquecido com polímeros de geração avançada e que confere ao produto excelente elasticidade e aderência. Apresenta alta performance quanto á intempérie e resistência a fadiga”, ou seja esse impermeabilizante é formado à base de resinas termoplásticase cimento aditivado, resultando numa membrana de polímero que é modificada com cimento. Não é incomum que esse produto tenha adições de fibras de polipropileno que ampliam sua flexibilidade. De acordo com MELLO (2005, p.24) as principais características desse produto são “Melhor resistência às tensões mecânicas, maior coesão entre partículas, excelente elasticidade/plasticidade, sensível melhora a resistência à fadiga e envelhecimento”. Esse sistema de impermeabilização é usado principalmente em torres de água e reservatórios de água potáveis elevados ou apoiados em estrutura de concreto armado. Esse impermeabilizante é de fácil aplicação, não altera a potabilidade da água, sendo atóxico e inodoro e acompanha as movimentações estruturais e fissuras previstas nas normas brasileiras (DENVER, 2008) A aplicação desse sistema de impermeabilização é iniciada com o preparo da mistura. Essa preparação deve ser feita de maneira mecânica até alcançar o estado de uma pasta cremosa, homogênea e lisa. A membrana de polímero modificado com cimento é aplicado diretamente sobre a superfícies de argamassa ou concreto. O lançamento do produto requer um substrato úmido, isso é importante para que impermeabilizante possam se fixar a base. A aplicação desse sistema de impermeabilização é efetuada com uma trincha. Esse equipamento auxiliará o aplicador a passar as demão. Com a trincha o aplicador deve aplicar a primeira demão e esperar a sua secagem para dar prosseguimento a essa operação. Após a secagem da primeira demão é necessário aplicar a segunda demão em sentido contrário da anterior e instalar uma tela industrial de poliéster resinada. Aplicar as demãos subsequentes, aguardando os intervalos de secagem entre demãos até atingir o consumo recomendado. Proceder à cura úmida por, no mínimo, três dias. 2.4.2 Membranas asfálticas São membranas que usam como materiais impermeabilizantes produtos derivados do CAP (Cimento Asfáltico de Petróleo). A aplicação desse impermeabilizante é normalmente efetuada pelo método a frio. Nessa técnica a membrana asfáltica é aplicada como se fosse uma pintura e essa operação é realizada , com o auxílio trincha, rolo ou escova. A aplicação só deve ser iniciada com substrato com pouca umidade, quando essa condição estiver disponível a primeira demão pode ser aplicada diretamente no substrato. A aplicação da segunda demão só deve ser iniciado com secagem da membrana asfáltica recém aplicada e o sentido de aplicação deve ser o contrário da primeira. A aplicação da membrana asfáltica deve ser feita de acordo com o consumo recomendado desse impermeabilizante para adquirir a capacidade de estanqueidade. Diante disso a aplicação desse sistema de impermeabilização requer sucessivas demão que deve obedecer um intervalo de secagem entre cada uma. Além disso a demão deve ter sentido contrário da demão que foi implantada anteriormente. A aplicação pelo método a frio é mais comum devido a facilidade desse método que não requer uma força de trabalho qualificada para executar essa atividade. Apesar disso essa operação deve ser efetuada com muito cuidado e com o acompanhamento de um engenheiro civil, esse profissional tem o intuito de fiscalizar e orientar a equipe a fazer um trabalho. Figura 12 – Execução de membrana de asfalto a frio. (LWART, 2009, p. 6). Além do método a frio a membrana asfáltica pode ser aplicada pela técnica a quente. A principal desvantagem desse método é necessidade de uma força de trabalho qualificada para executar essa operação. Diante disso fica fácil compreender porque a aplicação a quente é pouco utilizado. A demanda por mão de obra capacitada para desempenhar essa atividade está diretamente relacionados com a necessidade de utilizar uma caldeira. O uso desse método de aplicação deve ser desestimulado em locais mal ventilados, essa restrição acontece devido a insegurança que a manipulação do produto e risco de fogo acarretam na segurança e saúde do aplicador. Figura 13– Execução de membrana de asfalto a quente. (LWART, 2009, p. 32). De acordo com LWART (2009, p.45) a membrana asfáltica é indicada para “lajes horizontais, banheiros, cozinhas, área de serviço, terraço, sacada, alicerce, calha e entre outros” . O sistema não deve ser utilizado em locais sujeitos a pressão negativa. De acordo com Sabbatini (2006) existem inúmeros tipos membranas asfálticas podem ser divididas em relação ao tipo de asfalto utilizado e apresentam-se três tipos mais utilizados: Emulsão asfáltica: É um produto resultante da dispersão de asfalto em água, através de agentes emulsificantes. São produtos baratos e de fácil aplicação para áreas e superfícies onde não haverá empoçamento ou retenção de água. É aplicado a frio e geralmente sem a adição de estruturantes. Asfalto oxidado: É um produto obtido pela modificação do cimento asfáltico de petróleo, que se funde gradualmente pelo calor, de modo a se obter determinadas características físico- químicas. É executado devidamente estruturado, é aplicado a quente. Asfalto modificado com adição de polímero elastomérico: É um produto obtido pela adição de polímeros elastoméricos, no cimento asfáltico de petróleo em temperatura adequada. É executado devidamente estruturado, pode ser aplicado tanto a quente quanto frio. 2.4.3 Membrana acrílica “Este método de impermeabilização possui vários benefícios não só na parte de proteção da área, mas também no quesito de estética do local onde será utilizado, pois o produto proporciona ótimo acabamento final e constitui de membrana acrílica formulada à base de polímeros acrílicos dispersos em meio aquoso”. ( Soares, 2015, p.41) A membrana acrílica é formada à base de resinas acrílicas dispersas. Esse sistema de impermeabilização é usado em de lajes de cobertura com expostas , marquises, telhados, pré-fabricados e outros. (DENVER, 2008). De acordo com Venturini (2014) as membranas acrílicas são aplicadas a frio e, por serem aplicadas sem proteção mecânica, são indicadas para coberturas, lajes em balanço, entre outros locais com inclinações mínimas de 2% onde não haja tráfego de pessoas e veículos. Para SIKA (2015) a aplicação desse impermeabilizante requer o substrato seco e livre de qualquer contaminação que possa comprometer a aderência da resina; também se faz necessário o arredondamento dos cantos, para que haja um alívio de tensões nos pontos críticos da impermeabilização. Figura 14 – Execução de membrana acrílica Fonte: (SABBATINI, 2006, p.3). Para atuar como camada primária, recomenda-se iniciar o sistema impermeabilizante aplicando sobre a superfície úmida duas demãos de argamassa polimérica em sentidos cruzados, este procedimento visa uma melhoria na aderência e no consumo (DENVER, 2008). É aplicado em demãos cruzadas, colocando uma tela industrial de poliéster como reforço após a 1ª demão. Aplicar as demãos subsequentes, aguardando os intervalos de secagem entre demãos até atingir o consumo recomendado. A principal vantagem desse sistema é que não necessita de uma camada de proteção mecânica sobre a membrana, somente será necessário se o uso da laje for de tráfego muito intenso de pessoas ou existir tráfego de automóveis. A desvantagem é que, por não ter camada de proteção mecânica, necessita de reaplicação do produto periodicamente. 2.4.4 Mantas asfálticas De acordo com a VEDACIT “as mantas asfálticas são feitas à base de asfaltos modificados com polímeros e armados com estruturantes especiais. O asfalto modificado presente na composição da manta é o responsável pela impermeabilização”. Existem mantas asfálticas dos mais variados tipos, que dependem da sua composição, do estruturante interno, do acabamento externo e da sua espessura. Segundo a NBR 9952/2007, os tipos de asfalto a serem utilizados nas mantas são os seguintes: Elastoméricas: São mantas que apresentama adição de elastômeros em sua massa. Usualmente é usado SBS (Estireno-Butadieno-Estireno). Plastoméricas: São mantas que apresentam a adição de plastômeros em sua massa. Usualmente é usado APP (Polipropileno Atático) Oxidado: São mantas de asfalto oxidado, policondensado, ou com a adição de uma mistura genérica de polímeros. A mesma norma classifica as mantas asfálticas, em relação ao estruturante interno, nos seguintes tipos: Filme de polietileno. Véu de fibra de vidro. Não tecido de poliéster. Tela de poliéster. O desempenho da manta asfáltica ou seja a capacidade desse impermeabilizante impedir a infiltração de umidade estabelece uma relação direta com a espessura desse sistema de impermeabilização. Sendo assim quando maior for a espessura da manta maior será a sua capacidade de reter umidade; já uma manta com uma espessura menor, geralmente usada para diminuir os custos com impermeabilização, terá uma capacidade limitada de inibir a infiltração da água na estrutura que recebeu esse impermeabilizante. A espessura da manta asfáltica deve obedecer o intervalo de 3 mm até 5 mm. Já quanto ao acabamento aplicado na superfície, as mantas podem ser classificadas em granular, metálico e antiaderente. A aplicação da manta asfáltica deve ser precedida pela regularização da superfície e que receberá esse impermeabilizante. Quando essa condição estiver satisfeita e a superfície estiver livre de umidade a aplicação é iniciada com uma demão de primer. Essa operação possui prosseguimento após um intervalo de tempo suficiente para ocorrer a secagem da demão primer, finalizado o período de secagem a manta é finalmente aplicada. O êxito da aplicação da manta asfáltica está diretamente relacionado com acompanhamento da operação por profissional qualificado. A principal incumbência desse profissional é a verificação da aderência entre a manta e o substrato, caso essa aderência seja boa a impermeabilização cumprirá o seu intento que inibir a passagem de água. Se porventura a aderência entre o substrato e a manta for fraca isso pode desencadear o aparecimento de bolhas ou outros problemas que possam comprometer o desempenho do sistema. A impermeabilização com manta asfáltica é um procedimento pouco complexo e de fácil execução. Apesar disso essa operação deve ser efetuada com cuidado para que tenha êxito. A principal preocupação em relação a esse sistema de impermeabilização são as emendas, se essa atividade não feita da maneira apropriada pode comprometer a qualidade e danificar toda estrutura impermeabilizada. A execução das emendas devem ser efetuada com uma sobreposição de 10 cm entre as mantas e essa operação pode ser feita com maçarico a gás, asfalto aplicado a quente ou elastômero especial de poliuretano. A aplicação da manta asfáltica na superfície geralmente é efetuado por colagem com maçarico de gás (CMG) ou por colagem com asfalto quente (CAQ). “O processo CMG é mais seguro, a rapidez na execução é maior pelo fato de depender apenas do tipo de proteção antiaderente na fabricação da manta e menor numero de funcionários quando comparados a CAQ, isso também influencia no preço, tornando-as mais econômicas. Já os CAQ, são métodos mais resistentes do que CMG, nesse tipo de execução são incluídos uma camada a mais de asfalto, que é derretido em um equipamento conhecido como caldeira, isso o torna recomendado para área que sofrem maiores esforços como lajes de estacionamento exposta ao tempo, essas lajes não são recomendadas ao método CMG, mas esse sistema além de ser mais caro e exigir maior número de funcionários para execução é necessário grande atenção pelo risco que ele pode proporcionar por alta temperatura durante a execução”. ( Soares, 2015, p. 47) Figura 15 – Execução de manta asfáltica com maçarico. Fonte: (VIAPOL, 2008). A impermeabilização é executada com auxílio da chama de maçarico à gás. Após a colocação da manta deve ser feito um teste de estanqueidade com uma lâmina d´água, por 72 horas, a fim de detectar qualquer falha na impermeabilização (NBR 9574/2008). 2.4.5 Manta de PVC De acordo com Cimino (2002) mantas de PVC é constituída por duas lâminas de PVC, com espessura final que varia de 1,2 mm a 1,5 mm, e uma tela trançada de poliéster. A manta de PVC é similar a um carpete de borracha, sendo utilizada, principalmente, em toda e qualquer piscina, reservatórios de água, cisternas, caixas d'água, independentemente de formato ou tipo, bem como em coberturas, tanto planas como curvas. As emendas são feitas por termofusão com equipamentos apropriados, que tem controle de temperatura e de velocidade de deslocamento, de forma a garantir uniformidade e perfeita qualidade da solda. Como as soldas são duplas, paralelas e com um vazio entre elas, é possível realizar um teste de pressão ou vácuo e verificar durante a instalação a estanqueidade. Figura 16 – Processo de solda com equipamento automático. Fonte: (SILVA E OLIVEIRA, 2006, p. 77). A operação de soldagem nem sempre pode ser feita com o auxílio de um equipamento automático porque essa máquina não possuem a capacidade de soldar todos os locais. O acabamento de uma superfície demanda a execução de arremates e a soldagem de locais poucos acessíveis. Para soldar nesses locais é necessário a utilização de um equipamento de solda manual. Figura 17 – Processo de solda com equipamento manual Fonte: (SILVA E OLIVEIRA, 2006, p. 77). De acordo com ( SILVA E OLIVEIRA, 2006) a execução desse sistema de impermeabilização é efetuado com a fixação das mantas de PVC na estrutura que será submetida a operação de impermeabilização. A fixação desse impermeabilizante é realizada com parafusos e arruelas especiais. Com o término desse procedimento é necessário efetuar a aplicação de outra camada de manta, essa aplicação acontece em cima da primeira camada e é feita por meio de equipamentos de termofusão. Figura 18 – Fixação automática com parafusos e arruelas especiais. Fonte: (SILVA E OLIVEIRA, 2006, p. 77). Estruturas enterradas e piscinas são instalações que costuma possuir um percentual razoável de irregularidades em sua superfície. Para atenuar esse problema e possibilitar a instalação da manta de PVC é necessário implantar uma camada de 3,5 mm de espessura manta geotêxtil, essa camada tem a finalidade de corrigir os desníveis da superfície. A manta de PVC é instalada em cima da camada de manta geotêxtil. A execução desse sistema de impermeabilização é efetuado com a fixação dos perfis metálicos do tipo cantoneira, que são rebitados ou parafusados na estrutura. Figura 19– Fixação com perfis tipo cantoneira em reservatório. Fonte: (BADEN, 2009). De acordo com Loturco (2005) as obras enterradas e as coberturas são os locais mais indicados para receber esse sistema de impermeabilização. A aplicação desse impermeabilizante é efetuada numa única camada, aonde é dispensável a construção de um sistema de proteção mecânica devido a enorme dureza superficial da manta de PVC. Esse impermeabilizante é um dos poucos que podem ser aplicados em cima de um piso existente, esse fato é importante porque possibilita uma enorme economia de recursos ao não ser necessário muito preparo do substrato para implantar a manta de PVC. A manta de PVC é um sistema de impermeabilização que um uma elevada resistência contra a ação de raios ultravioletas, devido é bastante requisitado em ambientes que possuem exposição a luz solar. Esse impermeabilizante não inflamável, sendo assim é possível inferir que a manta de PVC é uma ótima alternativa para a impermeabilização de coberturas, principalmente daqueles estabelecimentos que recebem muito público como uma boate. A principal característica desse sistema de impermeabilização é a não aderência a um substrato. Isso é importante porque praticamente eliminam qualquer o risco de rompimentosfrente à movimentações da estrutura, no entanto a aplicação é mais trabalhosa. Apesar de operação de aplicação ser bem complexa, a instalação desse impermeabilizante é vantajosa em virtude da rapidez de aplicação e limpeza na execução. A colocação das mantas de PVC é uma operação que deve ser efetuada por uma força de trabalho qualificada, isso ocorre devido a complexidade dessa tarefa. Essa fator é o principal condicionante que dificulta a ampliação do uso desse impermeabilizante. Além disso outro limitante desse sistema de impermeabilização é sua incapacidade de detectar com precisão a ocorrência de possíveis infiltrações, esse condicionante acontece devido as mantas de PVC ser um impermeabilizante não aderido ou sejam sistema não é fixado diretamente num substrato. Um ponto frágil deste sistema são os flanges a ser executados nas tubulações em reservatórios, devendo-se executar com cuidado essa etapa. 3. PROJETO DE IMPERMEABILIZAÇÃO O projeto de impermeabilização deve detalhar os produtos e a forma de execução dos sistemas de impermeabilização para cada caso numa obra. Sendo assim a escolha do sistema de impermeabilização mais adequada a cada situação é um item indispensável para o sucesso do empreendimento, ou sejam um bom projeto que contenha as especificidades do edifício evitará patologias no futuro. Para Souza e Melhado (1998) o projeto de impermeabilização deve conter as seguintes informações: - Os sistemas a serem adotados em cada uma das áreas; - A espessura total do sistema de impermeabilização (incluindo-se a regularização); - As alturas e espessuras necessárias dos eventuais rebaixos necessários na alvenaria para a execução dos rodapés; - Desníveis necessários para a laje; - Corte típico de cada sistema a ser empregado, identificando as camadas e suas respectivas espessuras mínimas e declividades; - Lista com os pontos críticos dos demais projetos que possam comprometer o sistema de impermeabilização, juntamente com as justificativas e as alterações propostas; O aparecimento de patologias pode ser inibida com a existência de um projeto de impermeabilização, já que permite controlar a execução, além de prever detalhes construtivos como arremates. A NBR 9575/2003 diz que o Projeto executivo de impermeabilização deve conter: desenhos: - Plantas de localização e identificação das impermeabilizações, bem como dos locais de detalhamento construtivo; - Detalhes genéricos e específicos que descrevam graficamente todas as soluções de impermeabilização. textos: - Memorial descritivo de materiais e camadas de impermeabilização; - Memorial descritivo de procedimentos de execução; - Planilha de quantitativos de materiais e serviços; - Metodologia para controle e inspeção dos serviços; - Cuidados sobre a manutenção da impermeabilização. - Escolha da impermeabilização A escolha do impermeabilizante deve ser efetuada levando em consideração a pressão hidrostática, frequência de umidade, exposição ao sol, exposição a cargas, movimentação da base e extensão da aplicação (SABBATINI, 2006). Souza e Melhado (1997) afirmam que a seleção do sistema de impermeabilização deve ter como diretrizes: - Atender aos requisitos de desempenho; - A máxima racionalização construtiva; - A máxima construtibilidade; - A adequação do sistema de impermeabilização aos demais subsistemas, elementos e componentes do edifício; - Custo compatível com o empreendimento; - Durabilidade do sistema. A escolha do sistema de impermeabilização não deve se efetuada levando em consideração apenas o custo da camada impermeável, mas também o custo das demais camadas constituintes do sistema e os custos de utilização e manutenção. Segundo Souza e Melhado (1997), facilidade de execução, produtividade e método construtivo são os parâmetros que devem ser considerados na escolha do sistema impermeabilizante, relacionados com as características de execução da impermeabilização. 4 CONCLUSÃO te DISCUSSÃO sob mais relevantes para da construção O sistema de impermeabilização possuem a finalidade de evitar penetração da umidade nas estruturas de uma construção. A umidade acarretam a deterioração da construção, esse processo possui como principal desdobramento a diminuição da vida útil da edificação. Além disso a umidade pode comprometer saúde dos frequentadores do ambiente. A impermeabilização é uma operação que requer planejamento, o ideal é que esse sistema seja incorporado já ao projeto de construção, tanto é que praticamente não existem restrições quanto ao seu uso, já que qualquer lugar passível de receber líquidos pode ser impermeabilizado. A impermeabilização geralmente é uma camada de produto que tenha a capacidade de inibir a infiltração de água para a estrutura da edificação. Essa camada deve ser aplicada levando em consideração as características de cada parte da obra, a escolha da técnica de impermeabilização apropriada para cada situação deve ser feita por profissional qualificado, normalmente um engenheiro civil. O engenheiro civil deve efetuar essa análise e escolher o sistema de impermeabilização que atenda às necessidades de cada caso específico. É importante mencionar que o método e a forma de execução do impermeabilizante são informações que devem constar no projeto. O sistema de impermeabilização nem sempre recebe a devida atenção da indústria de construção civil. Isso ocorre porque algumas pessoas desse setor econômico considera a impermeabilização como algo secundário e sem muita relevância. A impermeabilização possui um custo baixo quando se compara com outras etapas da construção de uma obra. Mas mesmo assim uma parcela significativa da indústria de construção civil tende a fazer um péssimo serviço de impermeabilização para poder economizar recursos. A implantação de um sistema de impermeabilização de qualidade inferior tende a comprometer a integridade da construção ao deixá-la mais exposta a ação do intemperismo. Essa exposição as intempéries sem um impermeabilizante que possam proteger a edificação acarretam inúmeros problemas na estrutura da construção. Esses problemas demanda reparos e consertos que costuma sair bem caro, ou sejam toda a quantia economizada durante a execução da impermeabilização será consumida na manutenção da estrutura. Um bom sistema de impermeabilização é um item indispensável para o desempenho e qualidade de qualquer construção. O dinheiro empregado nessa operação contribuirá para a diminuição nos custos de reparos e manutenção. Além do investimento financeiro o êxito da impermeabilização está diretamente relacionado com a sua concepção e execução. Essas atividades necessitam serem efetuadas com o auxílio de um engenheiro, esse profissional possui a incumbência de elaborar o projeto, documento que orientará a execução do sistema de impermeabilização, e também de acompanhar e supervisionar os profissionais envolvidos na atividade de execução. 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, R. Manifestações patológicas em prédio escolar: Uma análise qualitativa e quantitativa. 2008. 203f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – UFSM, Santa Maria, 2008. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9575 - Impermeabilização - Seleção e projeto. Rio de Janeiro, 2003. NBR 9952 – Manta asfáltica para impermeabilização. São Paulo, 2007 NBR 9574 – Execução de impermeabilização. São Paulo, 2008. NBR 12170 – Potabilidade da água aplicável em sistema de impermeabilização. São Paulo, 1992. ARANTES, Y.K. 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