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cirurgias gastrointestinais procedimento cirúrgicos: ✓ laparotomia ✓ gastrectonia ✓ cirurgia bariátrica ✓ colostomia ✓ apendicectomia laparotomia é uma abertura feita através da parede abdominal para dentro da cavidade peritoneal. indicações: reparar ou remover tecidos traumatizados, curar processos de doença pela remoção de órgãos ou para examinar por biópsia ou visualizar de algum outro modo órgãos internos para diagnóstico. incisão exploradora a maioria das laparotomias envolvem os órgãos do canal alimentar. considerações gerais: › uso de instrumentos básicos de laparotomia; › unidade de eletrocirurgia; › aspiração; › posicionamento decúbito dorsal; › anestesia geral é a escolha usual, embora possa ser feita com anestesia espinhal ou epidural; › instalação de cateterismo vesical de demora › bandagem compressiva e de aquecimento dos membros inferiores. gastrectomia → gastrectomia parcial billroth I anastomose estômago-duodeno) e billroth II (anastomose estômago-jejuno). gastrectomia billroth I é a ressecção de uma parte doente do estômago através de uma incisão abdominal paramediana direita ou na linha mediana e o estabelecimento de uma anastomose entre o estômago e o duodeno. ela é realizada para remover uma lesão benígna ou malígna localizada no piloro, ou na metade superior do estômago. gastrectomia billroth II – é uma ressecção da porção distal do estômago através de uma incisão abdominal e o estabelecimento de uma anastomose entre o estômago e o jejuno. ela é efetuada para remoção de lesão benigna ou maligna no estômago ou duodeno. considerações gerais: billroth I e billroth II › instrumentais de laparotomia e instrumentos para cirurgias intestinais, incluindo grampeadores lineares; › instalação de cateterismo vesical de demora; › posicionamento do paciente em decúbito dorsal; › uso de eletrocirurgia; › aspiração; › anestesia geral; › sonda nasogástrica após entubação orotraqueal. → gastrectomia total é a remoção completa do estômago e o estabelecimento de uma anastomose entre o jejuno e o esôfago. considerações gerais: › instrumentais de toracotomia, laparotomia e instrumentos para cirurgias intestinais; › dispositivos para grampeamento linear; › decúbito dorsal e anestesia geral; › unidade de eletrocirurgia e aspiração; › sondagem vesical e sondagem nasogástrica. a síndrome de dumping é caracterizada por dor abdominal, diarréia, taquicardia, hipoglicemia (queda da glicose no sangue), mal estar e queda de pressão. entretanto, apenas cerca de 25 a 50% dos pacientes apresentam esta sintomatologia ou mesmo algum sintoma após a gastrectomia. cirurgia bariátrica é o tratamento cirúrgico da obesidade, também chamada de cirurgia de perda de peso ou cirurgia de redução do peso. indicações › índice de massa corpórea acima de 35kg/m2 ; › diabetes, doenças cardiopulmonares, apnéia do sono obstrutivo, cálculos biliares, hipertensão arterial, lipidemia, problemas articulares. › insucesso de terapia por dieta; › estabilidade psicológica e motivação; › riscos operatórios aceitáveis; › disposição para mudanças quanto ao estilo de vida. gastroplastia endoscópica › indicada para obesidade grau 1 e 2 › anestesia geral. › tempo cirúrgico 1 hora. › sem hospitalização. › volta as atividades em 15 dias. › perda média de 20% do peso inicial. › 20 a 25kg de perda do peso. marcapasso gástrico: estimula os nervos do órgão fazendo parecer a pessoa ser saciado. os resultados dos testes do marcapasso de estômago demonstraram 22% dos pacientes perderam massa corporal em um ano e alguns chegaram a perder 38%. implantado do mg é feito através de video laparoscopia abdominal, e o mg é colocado na parte de externa do estômago. equipado com um eletrodo, o aparelho estimula o estômago quando a pessoa inicia uma refeição e evita que limites de algumas dietas sejam ultrapassados. • possíveis complicações da cirurgia bariátrica:: queda de cabelo, fraqueza, anemia, intolerância à glicose, flacidez e excesso de pele. contra-indicações: › doenças cardíacas e pulmonares em estágios finais; › pacientes com peso acima de 272 kg; › pacientes com incapacidade de deambular; › crianças ou idosos acima de 65 anos. considerações gerais: › instrumentos especiais para vídeo cirurgia, afastadores da obesidade e caixas de instrumentais específicos da cirurgia bariátrica (convencional); › grampeadores lineares; › anel da obesidade; › instalação da sonda de fauchet; › sondagem vesical de demora; › posicionamento tredelemburg reverso; › unidade eletrocirurgia e aspiração; › bandagem compressivo e de aquecimento dos mmiis; › cti geral em pós-operatório imediato (24 horas). colostomia é a mobilização de uma alça de cólon através de uma incisão no reto direito para expor o cólon transverso. uma incisão no reto esquerdo também pode ser feito para expor o cólon descendente e o sigmóide. uma colostomia é realizada para tratar uma obstrução no colo sigmóide resultante de lesão malígna. outra possível indicação é a inflamação ou trauma avançado que causou distensão ou obstrução da porção proximal do cólon. considerações gerais › instrumentos de laparotomia e específicos de cirurgias intestinais; › grampeadores lineares; › posicionamento decúbito dorsal; › sondagem vesical de demora; › unidade de eletrocirurgia; › aspiração; › anestesia geral; › sondagem nasogástrica. intervenções de enfermagem › cuidado com o estoma › dieta › reposição de líquidos › cuidado com a pele › imagem corporal › orientar esvaziamento da bolsa de colostomia com frequência procedendo a limpeza e higiene local da bolsa; › realizar a troca da bolsa de colostomia, se necessário; quando sua capacidade atingir 1/3 de seu volume; › proteger a pele ao redor da bolsa de colostomia, de acordo com a padronização da instituição; complicações: › dermatite › prolapso › deiscência apendicectomia é o seccionamento e remoção do apêndice da sua conexão do ceco. a obstrução do apêndice acompanha-se de infecção, edema e, freqüêntemente, infarto da parede apendicular. a tensão intraluminar se desenvolve rapidamente, com tendência à necrose e perfuração precoce. + comum em indivíduos de 10 a 30 anos e no sexo masculino. sintomas: › dor epigástrica ou periumbilical associada a um ou dois episódios de vômitos. › no período de uma ou duas horas a dor desvia-se para o quadrante inferior direito onde persiste com uma irritabilidade constante agravada pelo andar tossir acompanhada de: anorexia, mal-estar e febre discreta. › normalmente é acompanhada de constipação, porém, ocasionalmente pode ocorrer diarréia. › exame laboratorial: hemograma completo com leucocitose moderada (10.000 a 20.000) e aumento de neutrófilos. considerações gerais › instrumentos de laparotomia ou apendicectomia; ou materiais específicos da video-cirurgia (empregada video-cirurgia em paciente não-complicado); › unidade de eletrocirurgia; › aspiração; › sondagem vesical de demora; › decúbito dorsal ou raquianestesia; atenção: › enema não é indicado, contudo se necessário poderá ser feito (critério médico), já que a introdução da sonda retal e a substância líquida é inserida na porção terminal do tubo digestório. › contra-indicado aplicação de bolsa de água quente, podendo levar a ruptura do apêndice. › indicado decúbito dorsal e não semi-fowler e fowler. › apendicite tem 4 fases: fase 1- inflamatório (edema e avermelhado);fase 2 – área de tecido necrótico; fase 3 – tecido necrótico com pequena supuração; fase 4 – grande supuração com grande derrame de conteúdo intestinal. risco de mortalidade por sepse na fase 2, 3 e 4 devido ao quadro de peritonite. › íleo-paralítico pode ser uma das complicaçõesda apendicectomia diagnóstico de enfermagem › ansiedade e medo relacionada aos evento perioperatório; › déficit no conhecimento relacionado com a cirurgia iminente; › dor relacionado à cirurgia; › distúrbio da imagem corporal relacionada com as derivação intestinal; › risco de desequilíbrio da temperatura corporal; › risco de infecção do sítio cirúrgico; › risco de lesão relacionado ao posicionamento perioperatório; › risco de comprometimento da integridade tecidual relacionados à equipamentos de escleroterapia (laser, eletrocirugia, radiação e outros); › risco de lesão por objetos cirúrgicos retidos, procedimento errado ou administração de medicação errada; › risco de desequilíbrio do volume hídrico; › risco para padrão respiratório ineficaz. prescrição de enfermagem › aferir sinais vitais de 15 em 15 minutos na 1ª hora, 30 em 30 minutos na 2ª hora e conforme protocolo institucional, na 3ª hora; › aquecer o paciente com cobertor; › realizar balanço hídrico, em paciente de cirurgias abdominais; › oferecer dietas ricas adequadas de acordo c/ a cirurgia. › administração medicamento para alívio da dor; › instalar oxigenoterapia 3l/min, se necessário; › estimular a deambulação precoce; › avaliar funcionamento gastro-intestinal (atentar para quadro de vômito, distensão abdominal, ausculta abdominal) › orientar o paciente durante todo o tratamento e fazer educação para saúde na alta hospitalar; › realizar 1x/dia, o curativo do sítio cirúrgico e acesso venoso periférico com clorexidina alcoólica à 70%; › orientar quanto a dieta, no caso da cirurgia bariátrica; › colocar coxins para auxiliar na posição de conforto peri-operatório; › reeducação vesical antes da retirada da sonda vesical; alterações musculoesqueléticas no idoso a massa muscular diminui à medida que o tamanho das fibras musculares declina, e isso ocorre ao final da meia-idade em diante. por volta dos 60 anos, a força muscular máxima também declina em 30 a 40%, diminuindo em cerca de 10% por década. perda da massa e força muscular podem prejudicar a mobilidade, gerando a dependência do idoso são os dois tipos de tecido ósseo que compõe ossos de um adulto. ossos da coluna e quadris , por exemplo, apresentam uma proporção maior de esponjosos. a perda óssea se inicia por esse tipo de osso, aproximadamente aos 35 anos de idade, quando o processo de reabsorção e formação de um osso novo, como ocorre nos jovens, está alterado. no avançar da idade a formação do osso é menor do que a reabsorção, tornando-se poroso. em mulheres a perda da massa óssea inicia-se entre 45 anos a 70 anos e no homem por volta dos 50-60 anos. vitamina d essencial para o corpo absorver e estocar o cálcio nos ossos , e também para o desempenho muscular. estimula absorção do cálcio no intestino. cálcio essencial para a mineralização óssea. além disso, os músculos precisam de cálcio para fazer as contrações, essenciais para qualquer movimento do corpo. osteoporose a osteoporose é uma doença multifatorial, caracterizada pela perda de massa óssea e capaz de aumentar o risco de fraturas e as complicações associadas a elas, como dor e incapacidade. de acordo com a oms (organização mundial da saúde), a osteoporose afeta cerca de 200 milhões de pessoas em todo o mundo, principalmente mulheres no período da pós-menopausa. o magnésio tem importante função na prevenção e no tratamento da osteoporose, pois está envolvido com a patogênese dessa doença. estudos mostram que a perda óssea está ligada a vários fatores, como concentração de hormônios, fatores nutricionais, imobilidade, situação da massa óssea na maturidade e genética. sabe-se que essa perda tem relação à nível celular, com a ineficiência dos osteoblastos. cálcio e outros minerais diminuídos também. formação e reabsorção ou remodelação óssea “o processo de formação e de ‘destruição’ do osso é dinâmico e permanente. a princípio há mais formação do que destruição”. no envelhecimento a flexibilidade é afetada, algumas vezes de modo precoce, a partir dos 30 anos (extensão das costas). a articulação dos tornozelos também perdem a flexibilidade, junto com a fraqueza musculatura que o flexiona, a amplitude fica reduzida. quanto maior for a idade, há riscos de queda. queda são as principais causas de lesões, incapacidade, institucionalização, inclusive de morte. segundo a oms, aproximadamente 28 a 35% de idoso com mais de 65 anos sofrem quedas a cada ano, podendo subir para 32 a 42% em pessoas com mais de 70anos. no brasil, a prevalência de quedas entre idoso é de 27,6% com significativa diferença entre regiões, oscilando entre 18,6% na região norte e 30% na região sudeste. as quedas estão relacionadas com a idade e com a fragilidade do idoso e são mais frequentes em mulheres, apesar de que equipara-se com o avanço da idade. 2/3 dos idosos que já sofreram queda cairão novamente nos seis meses seguintes, formando um ciclo em que as quedas passam a ser um fator de risco para outras novas quedas. considerado como um fator de risco, as quedas são consideradas eventos evitáveis. causas da queda: • fatores intrínsecos do idoso • fatores extrínsecos do idoso • fatores iatrogênicos fatores intrínsecos do idoso com risco de queda ▪ alterações fisiológicas relacionadas com a idade e as patologias: ▪ perda do poder de acomodação e agudeza visual. ▪ alterações na condução nervosa vestibular. ▪ angiosclerose do ouvido interno. ▪ diminuição da sensibilidade proprio-ceptiva. ▪ lentidão dos reflexos ▪ atrofia muscular e de partes moles. ▪ degeneração das articulações. as alterações visuais contribuem com 25 a 50% das quedas. o envelhecimento provoca o aparecimento da catarata, a diminuição da percepção, da agudeza visual e da capacidade de diferenciar as cores e a alteração da adaptação à luz ou à escuridão. patologias (fatores intrínsecos) › alterações do ritmo cardíaco, síncope (hipotensão ortostática), doenças vascular periférica e cardiopatias isquêmicas. › patologias neurológicas/psiquiátricas. › síndrome de disfunção do equilíbrio, avc e ait, hidrocefalia normotensa, depressão e ansiedade. › patologia do aparelho locomotor. › patologia inflamatória e osteoporose. › patologias sensoriais. › patologias oculares, do sistema proprioceptivo e do equilíbrio. fatores extrínsecos ou ambientais na residência: › chão irregular, escorregadio, molhado, com desníveis, tapetes, fios ou objetos soltos. › sapatos inadequados. › iluminação muito intensa ou insuficiente. › escadas sem corrimão, degraus altos ou de altura irregular. › banheiros com pia ou vaso sanitários muito baixos e ausência de barras de apoio. › cama muito baixa ou alta e estreita. › móveis com rodas, cadeiras sem braços. na rua › calçadas estreitas, irregulares, mal conservadas e escorregadias. › ausência de rebaixamento de calçadas para pedestres. › lixo nas calçadas ou nas ruas. › asfalto mal conservado, com buracos. › semáforos de curta duração, bancos de praças muito altos ou baixos. meio de transporte › escadas de acesso muito altas. › movimentos bruscos do veículo. › tempo curto para entrar ou sair do veículo. fatores iatrogênicos: • consumo de determinados medicamentos (psicotrópicos), efeito acumulativo no organismo. • polifarmácia (consumo de quatro ou mais medicamentos). consequências das quedas consequências físicas: › contusões, feridas, fraturas e traumatismos cranioencefálicos, torácicos e abdominais. › até os 75 anos as fraturas mais frequentes são em membros superiores. após essa idade, são as fraturas de membros inferiores. › a fratura de pelve é a principal causa de mortalidade. › o tempo de permanência do idoso no solo, pode determinar a ocorrência de hipotermia, desidratação, rabdomiólise, úlceras por pressão,trombose venosa, infecções e sequelas derivadas da imobilidade. consequências psíquicas › depois de sofrer queda, os principais fatores limitantes da mobilidade são causados pela dor e pelo medo da recorrência de queda, ambos potencializados pela proteção familiar, o repouso e a falta de reabilitação. essa síndrome pode causar transtornos da marcha e do equilíbrio e favorecer uma nova queda. consequências socioeconômicas › custos da queda são elevados: recursos materiais e cuidados. podem acarretar hospitalização, necessidade de cuidadores familiares e externos e, muitas vezes institucionalização. assistência de enfermagem na prevenção de quedas ▪ o enfermeiro deve identificar os principais fatores de risco e adaptar o ambiente de convívio do idoso, tornando-o um lugar seguro. ▪ utilizar escalas de avaliações de risco de queda (morse – 0 a 125 pontos; ▪ estimular a realização de atividades físicas. ▪ estimular o autocuidado e a autonomia. ▪ orientar exposição ao sol antes das 11 horas da manhã, para promover a ativação da vitamina d, que fixa o cálcio nos ossos. ▪ ao despertar, orientar sentar com as pernas pendentes antes de deambular, evitar síncopes. ▪ alimentar-se e hidratar-se adequadamente. ▪ usar calçados antiderrapantes. ▪ não utilizar vestidos ou saias compridas. ▪ se necessário, utilizar dispositivos de apoio para caminhar, como andadores e bengalas. ▪ suprimir a ingestão de bebidas alcoólicas. ▪ subir e descer escadas com as maõs livres, sempre apoiando no corrimão. classificação de risco – escala de morse risco baixo = 0 – 24 - cuidados básicos de enfermagem risco médio = 25 – 44 - implementar plano de prevenção de quedas risco alto = ≥ 45 – implementar medidas extraordinárias de prevenção a quedas.
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