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Fichamento - O Alienista

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O livro ‘’O Alienista’’ de Machado de Assis conta a história de um alienista, Simão 
Bacamarte, durante o período de Brasil Colônia na cidade de Itaguaí no Rio de 
Janeiro. Alienista era o termo utilizado para designar as pessoas que tratavam de 
alienados (loucos). Ao voltar ao Brasil, Bacamarte vem com a ideia de criar uma Casa 
de Orates (casa de loucos), na qual seria utilizada uma forma moderna de tratamento 
e dando um lugar aos que eram deixados de lado pela sociedade, conseguindo assim, 
descobrir as causas e a até a cura da loucura. Ele tinha o objetivo de estudar 
profundamente a loucura, em diversos graus, classificações, casos e descobrir a 
origem do fenômeno. Por conta disso, da formação acadêmica e do intelecto de 
Bacamarte, ninguém na cidade ousou ser contrário a essa ideia, pois, vinha de um 
médico e cientista renomado. 
No começo algumas pessoas foram recolhidas a Casa Verde por realmente 
serem loucos, na visão de um senso comum. Porém, houve um momento em que 
todos eram recolhidos, sem distinção, tudo era loucura. Por conta do cientificismo, o 
mínimo gesto, fala ou comportamento que fossem minimamente contrários a uma 
conduta ‘’normal’’ eram vistos pelo alienista como loucura, como uma desorganização 
das faculdades mentais, e isso era socialmente ‘’aceito’’ ou entendido – até mesmo 
por medo de ser uma oposição – pelos cidadãos pois eram usados de discursos onde 
a ciência explicaria tudo. Chegou um momento que 4/5 da população da cidade estava 
dentro da Casa Verde seguindo de tratamentos e estudos. Os padrões de normalidade 
eram construídos pelo próprio Bacamarte, e se não fossem seguidos, eram usados 
como motivo de internamento. 
Por conta dessa grande internação que estava acontecendo na cidade, algumas 
pessoas começaram a estranhar e questionar esse comportamento. Um barbeiro 
organiza uma revolução na qual o objetivo era o fechamento da Casa Verde, essa 
revolta ficou conhecida como ‘’Revolta dos Canjicas’’. 
Após a revolução, Bacamarte se recolhe aos aposentos e reflete sobre seu 
método de tratamento. Ele entende que um individuo ter algum desvio de conduta e 
personalidade pode ser algo normal, que apenas o conjunto de sintomas podem 
justificar uma patologia, e não resquícios de comportamentos tidos como 
inapropriados. Após essa reflexão, o alienista assume que estava errado e faz uma 
nota de repudio justificando seu posicionamento e decretando novas regras que 
seriam seguidas para recolher pessoas à Casa Verde, então, ele libera grande parte 
dos internados para voltarem as suas casas e vidas. Porém, nesse momento, Simão 
Bacamarte entende que ele próprio é louco, pois, não tem desvio algum de conduta 
(padrão esse que ele mesmo criou), então, se tranca na Casa Verde para se entregar 
aos estudos da sua própria loucura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referência 
ASSIS, Machado de. O Alienista. São Paulo: Penguin Classics Companhia das 
Letras, 2014.

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