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Trabalho de parto prématuro TPP

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FAME/FUNJOBE 2021/2 ART
Trabalho de parto prematuro 
• Gestante com idade gestacional entre 22-37 semana incompletas. 
‣ Etiologia 
• Maioria desconhecida. 
• Conhecidos → fator social, pacientes com menor poder aquisitivo, desnutrição, baixa ingestão 
de nutrientes, consumo de drogas ilícitas, estresse, extremos de idades. 
• Obstétricos → história de TPP, incompetência cervical, de sangramentos genitais de 2º e 3º 
trimestre, malformações fetais, rotura prematura de membranas prévia, alterações hormonais, 
gemelaridade e polidramnio. 
• Ginecológicos → amputações do colo uterino, malformações uterinas, miomas, além dos 
fatores clínicos-cirurgicos, como as doenças maternas, infecções geniturinárias e procedimentos 
cirúrgicos na gravidez. 
‣ Maior causa de morbidade e mortalidade neonatal. 
‣ Fatores de risco 
• Parto prematuro prévio 
• Colo curto 
• Síndromes hipertensivas da gestação 
• Gestação múltipla 
• Polidramnio 
• Macrossomia 
• Anomalia uterina 
• Procedimentos invasivos (como amniocentese e cordocentese) 
• Outros: tabagismo, alcoolismo, atividade física excessiva. 
‣ Preditores do TPP: 
• Avaliação do comprimento do colo uterino fatores: ausência de assistência pre-natal adequada, 
variáveis demográficas como extremos de idade. 
• Medida do comprimento longitudinal → Colo menor que 2,5 cm ou 25mm → curto → mais 
risco de desenvolver TPP. 
• Teste da dosagem de fibronectina: 
• Negativo → chance da paciente ter um TPP é muito pequena. 
• Positivo → 50ng/ml, positividade não confirma nada. 
• Estriol na saliva: aumenta cerca de 2-3 semanas antes do parto (VR > 2,1 ng/ml), não confirma 
nada. 
‣ Diagnóstico 
• Atividade uterina regular com contrações em intervalos de 5 a 8 min, e duração mínima de 20s, 
mantendo esse padrão por no mínimo 30 min. 
• Alteração progressiva de cérvice uterina com dilatação de 2 cm ou mais, apagamento cervical 
de 80%. 
‣ Conduta: avaliação inicial e internação 
• Internação 
• Repouso 
• Hemograma, EAS, cultura urinária, bacterioscopia e antibiograma. 
• Avaliar a vitabilidade fetal → US obstétrica, Cardiotocografia e perfil biofísico fetal. 
• Exame a fresco do conteúdo vaginal. 
‣ Tocólise 
• Paciente em TPP, sem infecção, sem sofrimento fetal 
• Descartar fatores infecciosos, deve ser avaliado pela posição do colo, apagamento do colo, 
dilatação, altura da apresentação, bolsas das águas e contrações uterinas. 
Internato de UEE
FAME/FUNJOBE 2021/2 ART
• Tem condições de inibição do parto? avaliar o feto e as 
demais situações. 
• Índice de tocólise: 
• Entre 5 e 10 → inibição medicamentosa com uterolíticos. 
• <5 → observação: reavaliar condições do colo. 
• >10 → Condução do parto. 
• Deve ser feita entre 22-34 semanas → até 36 em locais sem 
UTI neonatal e sem possibilidade de transferência. 
• Dura um período de 48 horas e permite corticoterapia. 
• Nifedipina → Bloqueadores de canais de cálcio(Adalat) 
- Dose de ataque: 10mg VO a cada 20 minutos, no máximo 3 doses 
- Dose de manutenção: 10-20 mg VO de 6-6 horas → por 72 horas. Dose máxima 60mg. 
- Efeitos colaterais: taquicardia, flushing, cefaleia, hipotensão leve. 
- Avaliar hidratação da mãe, prevenir risco de hipotensão → evitar em pacientes hipovolêmicas, 
desidratadas, cardiopatas e com disfunção hepática. 
• Antagonista de ocitocina → Atosiban (Tractocile) → 1ª Linha 
1. 01 Ampola de 0,9 ml EV em bolus, em 1 min sem diluir 
2. Infusão de solução a 24 ml/h por 3 horas (72ml) → 28 ml restantes a 8 ml/h, até terminar o 
produto 
3. Infusão subsequente 90 ml de SF + 10 ml de Atosiban 8 ml/h, até terminar o produto. 
• Beta-adrenérgicos → Terbutalina (Tervutil, Bricanyl) 
Opções de exceção: 
• Inibidores de PGL (Indocid) 
• Sulfato de magnésio em menores de 32 semanas → evitar hemorragias intracranianas. 
• Beta-miméticos → terbutalina (glicanil) e salbutamol (aerolin) são muito utilizados no SUS. 
- DA: 5 ampolas em 500ml de SG 5% com gotejamento inicial de 20-40 gotas/minuto (máximo 
100 gotas/min), mantendo a infusão venosa por 12-18 horas. 
- Contraindicação: glaucoma de ângulo agudo, cardiopatia materna, anemia falciforme, relato 
prévio de edema agudo de pulmão. 
- Suspensão quando: FC materna > 130 bpm, PAS < 80, FC fetal > 180 bpm. 
• Contraindicação de tocólise 
• Absolutas: Óbito fetal, sofrimento fetal, Anomalias incompatíveis com a vida, infecção ovular, 
Eclâmpsia e PE grave, DPP, PP com hemorragia DCV ou DRC grave. 
• Relativas: HAS crônica, DRC, DM de difícil controle, CIUR fetal, Polidrâmnia, Aminiorexe 
prematura, Dilatação > 4 cm. 
‣ Prevenção após a tocólise 
• Progesterona (evidência A) → manter a quiescência uterina dose 100mcg/200mcg → vaginal/
oral até 36 semanas. 
Internato de UEE

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