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Universidade Federal de Santa Maria Curso de Medicina Andre Costa Beber 2010 Dermatozooses Dermatozoonoses Escabiose Demodicidose Pediculose Pulíase Tungíase Miíase Larva Migrans Escabiose “sarna” Ácaro: Sarcoptes scabiei var. hominis Transmissão: contato pessoal Fêmea: penetra a camada córnea (túnel) e deposita ovos Todo o ciclo biológico no homem Ciclo completo ovo – adulto: 2 semanas Escabiose Manifestações Clínicas: prurido noturno exame físico: túnel (saliência linear menor de 1cm, com vésico-pápula na extremidade) distribuição característica Crianças: palmas, plantas, face, couro cabeludo Adultos: interdígitos, axilas, cintura, nádegas, mamas, pênis Escabiose Crostosa “Sarna Norueguesa” Formação de crostas Ocorre em imunodeprimidos ou mal-nutridos Forma muito contagiosa Tratamento: mesmo da escabiose, associado a queratolítico Escabiose Lesões secundárias Escabiose impetiginizada (impetigo, foliculite, furúnculo, ectima) Escabiose eczematizada (eczema atópico, eczema de contato) Escabiose Diagnóstico Clínica Exame físico Exame de contatos Pesquisa direta do ácaro ( bisturi + lâmina): exame negativo não exclui o diagnóstico Escabiose Dificuldades Diagnósticas: Higiene excessiva: “sarna limpa” Crianças: localização característica Idosos: quadro menos intenso Iatrogenia: quadro mascarado por tratamento inadequado Escabiose Nodular: lesões pápulo-nodulares (regiões inguinais, genital, axilares) * Contaminação de familiares: pessoas da mesma casa são atingidas Escabiose Tratamento Tópico Permetrina 5%: indicado para gestantes, lactantes Monossulfiram, Benzoato de benzila 25%, Enxofre Precipitado 5%: em desuso Tratar contatos com lesões e contatos muito próximos mesmo sem lesões Não usar sabonetes escabicidas (eczematização) Escabiose Tratamento Sistêmico Ivermectina: 6µg/30kg – repetir em 1 semana 1 cp / 30 kg de peso Menor eficácia que o tratamento tópico Demodicidose Causada pelo Demodex folliculorum (ácaro que habita o folículo pilossebáceo) papel patogênico não esclarecido Pode ocorrer nos pacientes com rosácea e em HIV + Pediculose Pediculus humanus capitis e Pediculus humanus corporis: pediculose Medem em torno de 3mm Phtirus pubis: ftiríase Medem de 1 a 1,5mm Pediculose do Couro Cabeludo Prurido intenso no couro cabeludo (crianças) Escoriações Infecção secundária (foliculite, impetigo, furunculose) linfadenomegalia Lêndeas: ovóides, esbranquiçadas, aderentes a haste do cabelo Presença do parasita: região occipital e periauricular Pediculose do Corpo Prurido corporal Pápulas eritematosas e escoriações localizadas nos ombros, região interescapular, axilas e nádegas Parasitas encontrados nas roupas DDX com escabiose: ausência de túneis e de lesões nas mãos e pés Pediculose Pubiana ou Ftiríase Púbis e região genital Contaminação por relação sexual Prurido localização característica Parasitas e lêndeas Escoriações infecção secundária Tratamento Pediculose Examinar e tratar contactantes Tratar infecção secundária (remoção de crostas + antibiótico tópico) Pediculose do Couro Cabeludo Xampu permetrina 1%, deltametrina 0,02%, deixar por 10 minutos e enxaguar, dose única, repetir em 1 semana Ácido acético diluído ½ em água + pente fino Tratamento Pediculose Pediculose Corpo Higiene + lavagem das roupas Ftiríase Loção permetrina 5%, deltametrina 0,02%, por 2 – 3 dias, repetir em 1 semana Pulíase Pulex irritans (pulga): mede 2-4mm Hospedeiro definitivo: homem e animais domésticos Vivem quase 2 anos com alimento e 4 meses sem alimento Urtica de tamanho variável no local da picada e pode haver lesões a distância Causa prurigo (estrófulo) em crianças Tratamento: controle ambiental e de animais domésticos, corticóide tópico Tunguíase Tunga penetrans Mede 1 mm Fêmea: penetra na pele e produz os ovos Encontrada na zona rural: chiqueiros e currais Hospedeiro definitivo: homem e suínos Tunguíase Prurido Pápula amarelada com ponto escuro central geralmente nos pés Tratamento Retirada com agulha Ivermectina 1 cp / 30kg – dose única Tiabendazol 25mg/kg 2x/dia por 3-5 dias Miíase Primária: miíase furunculóide = BERNE Causada pela larva da mosca Dermatobia hominis Penetra pele e permanece por 1 a 2 meses Nódulo furunculóide com ponto central com secreção serosa a expressão leve Indolor ou dor em ferroadas Miíase Secundária Cutânea Depósitos de ovos de Cochliomya macellaria (mosca varejeira) em ulcerações da pele com desenvolvimento de larvas que alimentam-se de tecido necrosado Cavitária Intestinal Larva Migrans Penetração na pele de larvas do Ancylostoma braziliensis (parasita do cão e do gato) Ovos desenvolvem-se em terrenos arenosos Erupção de trajeto linear e sinuoso, com pápula na porção terminal Larva Migrans Tratamento tópico Tiabendazol 5% 2x/dia por 2 semanas Crioterapia com N2 líquido Larva Migrans Tratamento Sistêmico Albedazol 400mg, repetir em 2 dias Ivermectina 200mcg/kg dose única Evitar contato de cães e gatos com areia!
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