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Victoria K. L. Cardoso Suporte básico de vida ………………Introdução……………… Parada cardiorrespiratória: cessação súbita da função mecânica cardíaca com consequente colapso hemodinâmico. ● Chance de sobrevivência: depende do rápido reconhecimento e do início imediato de manobras adequadas de ressuscitação cardiopulmonar. ● Componentes mais importantes da ressuscitação cardiopulmonar: compressões torácicas e desfibrilação. Morte súbita cardiovascular: casos que evoluem para óbito ou quando a ressuscitação cardiopulmonar não foi executada. ………………Diagnóstico……………… Verificar: 1. Ausência de resposta. 2. Ausência de respiração ou respiração irregular (gasping - pode durar vários minutos). 3. Ausência de pulso central: ● Checar pulso carotídeo ou femoral. ● Se houver dúvida ou pulso não detectado em até 10s, inicia-se a RCP. Após a identificação do PCR: ● Iniciar o atendimento do suporte básico de vida (BLS). ● Vítima com pulso e respiração normal: apenas aguardar a emergência. ● Vítima com pulso e respiração ausente ou irregular: ○ Fazer 1 ventilação de resgate a cada 6 segundos. ○ Checar o pulso a cada 2 minutos. ○ Administrar naloxone, se houver suspeita de intoxicação por opióides. Após diagnóstico da PCR: ● Instalar um monitor para verificar o ritmo cardíaco, seja com o DEA ou não. ○ Objetivo: identificar se o ritmo é chocável ou não. ○ Ritmos que podem ser encontrados: ■ Taquicardia ventricular - sem pulso. ■ Atividade elétrica sem pulso. Victoria K. L. Cardoso ■ Fibrilação ventricular. ■ Assistolia. Obs: as pupilas dilatam após 1 minuto de PCR e se tornam mióticas após o início da RCP. Causas de parada cardiorrespiratória: ● Principal causa cardíaca: IAM. ● Causa metabólica mais comum: hipercalemia. ○ Muito observada em pacientes com insuficiência renal. ● Algumas outras causas relacionadas aos sintomas: ○ Palidez e distensão abdominal: (ex., aneurisma de aorta abdominal roto) podem indicar hemorragia e, portanto, hipovolemia como causa. ○ Distensão jugular: pode indicar tromboembolismo pulmonar, tamponamento cardíaco ou pneumotórax hipertensivo. ○ Via aérea com secreções: pode indicar obstrução de via aérea superior. ○ Lesões perfurativas de pele: podem indicar uso de drogas. ○ Queimaduras de região distal: indicam eletrocussão. Obs: não se utiliza a temperatura como preditor confiável do tempo de PCR, pois não diminui significativamente durante as primeiras horas. Exames laboratoriais: ● Gasometria ou análise bioquímica → uso limitado durante a PCR. ● Eletrólitos → para descartar causas reversíveis de PCR como a hipercalemia. ○ Na suspeita clínica, a terapia deve ser iniciada de forma empírica. ● Outros exames laboratoriais não costumam estar disponíveis durante uma PCR, mas devem ser feitos depois para confirmar o diagnóstico. …..…………Condução da PCR………….. Suporte básico de vida: 1. Reconhecimento imediato da parada cardiorrespiratória. 2. Ativação imediata do sistema de resposta a emergências. 3. Manuseio básico de vias aéreas. 4. RCP precoce e de alta qualidade. 5. Desfibrilação rápida com um desfibrilador externo automático (DEA). Victoria K. L. Cardoso Segurança da cena: ● Antes de avaliar a vítima e iniciar qualquer atendimento, é imprescindível garantir a segurança da cena. Checagem de pulso: ● Checagem de pulso (carotídeo ou femoral) em até 10s. ○ No atendimento inicial para diagnóstico e após 2 minutos ou 5 ciclos de RCP. Chamar ajuda: ● Caso a vítima não responda após chamado vigoroso, deve-se acionar o serviço médico de emergência: ○ 192 – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). ○ 193 – Corpo de Bombeiros. Técnica das compressões torácicas: ● Rápido início das compressões torácicas: para obter retorno da circulação espontânea (RCE) e recuperação neurológica. ● Local: 1/2 inferior do esterno, com a palma da mão não dominante sobre o dorso da mão dominante. ● Dedos entrelaçados e braços completamente estendidos, perpendiculares ao tórax do paciente. ● Velocidade: 100 a 120 por minuto. ● Profundidade: entre 5 e 6 cm. ● Oxigenação: na ausência de uma via aérea avançada, faz-se 30 compressões para cada 2 ventilações. ○ Pode-se fazer ventilações assíncronas com as compressões, com 1 ventilação a cada 6s, mesmo sem uma via aérea avançada. ○ Após estabelecer via aérea avançada: obrigatoriamente as compressões torácicas devem ser contínuas e simultâneas às ventilações, a cada 6 segundos. Obs: por mais perfeita que seja a compressão, ela gera no máximo um terço do débito cardíaco fisiológico, que é o necessário para perfusão adequada de coração, rins e cérebro. Possíveis complicações das compressões torácicas: ● Fratura de arcos costais. ● Fratura do esterno Contusão pulmonar. ● Pneumotórax. ● Contusão miocárdica. ● Derrame pericárdico. ● Laceração esplênica. ● Laceração hepática. Indicações para o uso de dispositivos de compressão mecânica: ● Classe IIB; nível C. ● Pouca disponibilidade de profissionais. ● RCP com hipotermia. Victoria K. L. Cardoso ● RCP prolongada. ● RCP durante transporte. ● RCP na sala de angiografia. ● RCP durante preparo para RCP extracorpórea (ECPR). Objetivo da desfibrilação: terminar a fibrilação e restaurar o ritmo sincronizado. Técnica no atendimento pré-hospitalar: ● Desfibrilação por desfibrilador externo automático (DEA). ○ O DEA analisa o ritmo e indica se o choque é necessário. 1. Verificar se o paciente está consciente e se não estiver, chamar por ele ou tentar manuseá-lo para o despertar. 2. Verificar se o paciente tem pulso → pulso carotídeo ou femoral por 10s. 3. Verificar se há respiração → ver, ouvir ou sentir. a. Estender a cabeça do paciente com a manobra de chin lift. 4. Iniciar as compressões. 5. Realizar 5 ciclos de 30 incursões e ao final de 5 ciclos, checar o pulso. a. Se houver pulso = parar as compressões. b. Se não houver pulso = realizar ou choque ou realizar novo ciclo de compressões. 6. Colocar as pás do DEA (não precisa reposicionar a cada ciclo). 7. Verificar se o ritmo é chocável. ● Fibrilação ventricular. ● Taquicardia ventricular sem pulso. ● Obs: não chocáveis → atividade elétrica sem pulso e assistolia. ● Choque monofásico = 360J → adulto; em criança = 4J por kg. 8. Primeiro choque → não há administração de drogas; se continuar sem pulso, realiza mais 1 ciclo de massagem; se ainda continuar sem pulso, verificar se o ritmo é chocável e se for, chocar de novo. Victoria K. L. Cardoso ● No segundo choque, usa-se 1 mg de adrenalina → se o pulso não voltar, realizar todo o passo a passo de novo, com ciclo de massagem e verificação do ritmo. ● No terceiro choque usa-se 300 mg de amiodarona. ● No quarto choque, usa-se 150 mg de amiodarona e 1 mg de adrenalina. ● No quinto choque, não se usa nada. Posicionamento das pás: ● Posição anteroapical: uma em ápice cardíaco e a outra em região infraclavicular direita. ○ Posição de escolha para pacientes em posição supina. ● Posição anteroposterior: uma pá em região paraesternal esquerda e a outra em região infraescapular esquerda. ● Posição posteroapical: uma pá em região precordial e a outra em região infraescapular esquerda. Precauções: ● Verificar se não há ninguém em contato com o paciente no momento do choque. ● Secar o paciente, caso ele esteja molhado. Possíveis complicações da desfibrilação: ● Queimadura de pele. ● Choque inadvertido em outra pessoa. ● Lesão miocárdica. …..…Vias aéreas e ventilação…..… Abertura da via aérea: ● Manobra jaw thrust (elevação da mandíbula): elevar a mandíbula para a frente pelo ângulo da mandíbula. ● Manobra head tilt-chin lift: elevação do queixo e extensão da cabeça. Técnica de ventilação e tipos: ● Técnica: duas ventilações (1 segundo cada) a cada 30 compressões, com volume de 500 a 600 mL → 2 ventilações a cada 60 compressões. Victoria K. L. Cardoso ● Tipos: ○ Ventilação boca-máscara. ○ Ventilação pela traqueostomia. ○ Ventilação por bolsa-válvula-máscara (BVM). ■ Essa permite uma melhor ventilação e oxigenação davítima. ■ Colocar-se atrás da vítima.
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