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Dimensionamento da rede coletora de esgoto através da planilha 1- Vazão de esgoto Inicial 𝑄𝑒𝑠𝑔i = 𝑄𝑑𝑜𝑚i + 𝑄𝑖𝑛𝑑 + 𝑇𝑖𝑛𝑓 Final 𝑄𝑒𝑠𝑔f = 𝑄𝑑𝑜𝑚f + 𝑄𝑖𝑛𝑑 + 𝑇𝑖𝑛𝑓 1.1- Vazão domiciliar Inicial 𝑄𝑑𝑜𝑚𝑖 ( 𝑙 𝑠 ) = 𝑃 𝑖(ℎ𝑎𝑏) × 𝑞 ( 𝑙 ℎ𝑎𝑏. 𝑑𝑖𝑎 ) × 𝐶 × 𝑘2 86400 Final 𝑄𝑑𝑜𝑚𝑓 ( 𝑙 𝑠 ) = 𝑃𝑓 (ℎ𝑎𝑏) × 𝑞 ( 𝑙 ℎ𝑎𝑏. 𝑑𝑖𝑎 ) × 𝐶 × 𝑘1 × 𝑘2 86400 1.2- Vazão industrial (Qind) Ela é fornecida por órgão responsáveis pela coleta desta informação, ou coletada pelo projetista nas industrias locais. 1.3- Taxa de infiltração 𝑇𝑖𝑛𝑓 ( 𝑙 𝑠 ) = 𝑇𝐼 ( 𝑙 𝑠. 𝑘𝑚 ) × 𝐿𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 (𝑘𝑚) TI (Taxa de contribuição de infiltração) NBR 9649/1986 – 0,05 a 1,00 l/s.km NBR 14486/2000 – 0,01 a 1,00 l/s.km 2- Trechos É uma informação de planta, segue-se uma sequência lógica de escoamento, normalmente se usa a numeração “1.1, 1.2, 1.3 ...”. Quando se tem mais que uma cabeceira, muda-se o primeiro número da sequência, “2.1”. 3- Comprimento dos trechos Também é uma informação de planta, a cada trecho corresponde um L, sendo que para a tabela, usa-se a unidade em m. 4- Cota do terreno É uma informação de planta, tem-se a cota montante e jusante da tubulação. Sendo assim, é só preencher na tabela nas posições correspondentes. 5- Taxa de contribuição linear Inicial 𝑇𝐶𝐿𝑖 ( 𝑙 𝑠. 𝑚 ) = 𝑄𝑒𝑠𝑔𝑖 𝐿𝑡(𝑚) Final 𝑇𝐶𝐿𝑓 ( 𝑙 𝑠. 𝑚 ) = 𝑄𝑒𝑠𝑔𝑓 𝐿𝑡(𝑚) 6- Vazão Montante Se o trecho é de cabeceira, Qmon será igual a 0. E, se o trecho não for de cabeceira, segue- se a soma das contribuições de Qjus para o trecho. Inicial 𝑄𝑚𝑜𝑛𝑖 = 0 𝑄𝑗𝑢𝑠𝑖 = 𝑄𝑚𝑜𝑛𝑖 𝑄𝑗𝑢𝑠 1𝑖 + 𝑄𝑗𝑢𝑠 2𝑖 + ⋯ = 𝑄𝑚𝑜𝑛𝑖 Final 𝑄𝑚𝑜𝑛𝑓 = 0 𝑄𝑗𝑢𝑠𝑓 = 𝑄𝑚𝑜𝑛𝑓 𝑄𝑗𝑢𝑠 1𝑓 + 𝑄𝑗𝑢𝑠 2𝑓 + ⋯ = 𝑄𝑚𝑜𝑛𝑓 7- Vazão trecho Inicial 𝑄𝑡𝑟𝑒𝑐ℎ𝑜𝑖 = 𝑇𝐶𝐿𝑖 × 𝐿𝑡𝑟𝑒𝑐ℎ𝑜(𝑚) Final 𝑄𝑡𝑟𝑒𝑐ℎ𝑜𝑓 = 𝑇𝐶𝐿𝑓 × 𝐿𝑡𝑟𝑒𝑐ℎ𝑜(𝑚) 8- Vazão jusante Inicial 𝑄𝑗𝑢𝑠𝑖 = 𝑄𝑚𝑜𝑛𝑖 + 𝑄𝑡𝑟𝑒𝑐ℎ𝑜𝑖 Final 𝑄𝑗𝑢𝑠𝑓 = 𝑄𝑚𝑜𝑛𝑓 + 𝑄𝑡𝑟𝑒𝑐ℎ𝑜𝑓 9- Vazão de projeto NBR 9649/1986 – se Qjus < 1,5 l/s, adota-se 1,5 l/s para Qproj. Inicial 𝑄𝑗𝑢𝑠𝑖 = 𝑄𝑝𝑟𝑜𝑗𝑖 Final 𝑄𝑗𝑢𝑠𝑓 = 𝑄𝑝𝑟𝑜𝑗𝑓 10- Declividade 10.1- Declividade do terreno 𝐼𝑇 = 𝐶𝑇𝑚𝑜𝑛 − 𝐶𝑇𝑗𝑢𝑠 𝐿𝑡𝑟𝑒𝑐ℎ𝑜(𝑚) 10.2- Declividade da Norma É a declividade mínima que a norma aceita para a instalação do pv. NNBR 9649/1986 – fórmula para Coeficiente de Manning = 0,013, Q em l/s 𝐼𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎 = 0,0055 × (𝑄𝑝𝑟𝑜𝑗𝑖) −0,47 NNBR 9649/1986 – fórmula para Coeficiente de Manning = 0,010, Q em l/s 𝐼𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎 = 0,0035 × (𝑄𝑝𝑟𝑜𝑗𝑖) −0,47 10.3- Declividade de projeto Usa-se inicialmente a declividade de norma, mínima, para o projeto. Porém, isso depende do recobrimento, que para vias o mínimo é de 0,90 metros e para passeio é de 0,65 metros na NBR 9649/1986. Se o recobrimento não for atendido, deve-se mexer no terreno (muda-se a cota do terreno), ou usar a declividade de terreno (It) para o projeto. E, isso tudo, deve ser justificado no projeto. 11- Diâmetro Deve ser iniciado pelo D=100 mm de norma (NBR 9649/1986), porém quando for pré- requisito do cliente deve-se iniciar o projeto pelo D=150 mm. Com isso é possível obter os valores de cota do coletor, profundidade e recobrimento. Sendo assim, o próximo passo é obter os valores para saber se atendem ao recobrimento exigido. 12- Cota coletor A ordem de cálculo deve ser feita de acordo com os dados já obtidos, no caso de um trecho de cabeceira, inicia-se com o recobrimento, por já existir o valor mínimo de norma. 12.1- Recobrimento Montante Deve-se iniciar com 0,90 de via ou 0,65 de passeio da NBR 9649/1986, em montante nos trechos de cabeceira. E nos trechos que não são de cabeceira, o recobrimento vai depender profundidade calculada e do diâmetro escolhido. 𝑅𝑒𝑐 = 0,90 𝑜𝑢 0,65 𝑅𝑒𝑐 = 𝑃𝑟𝑜𝑓(𝑚) − 𝐷(𝑚) Jusante Este também deve obedecer a norma, vai depender da profundidade calculada. 𝑅𝑒𝑐 = 𝑃𝑟𝑜𝑓(𝑚) − 𝐷(𝑚) Obs.: se não obedecerem a norma, deve-se mexer no D ou declividade (que é meche nas cotas do terreno). 12.2- Profundidade A profundidade pode ser obtida com 𝑃𝑟𝑜𝑓 = 𝑅𝑒𝑐 + 𝐷 Ou com 𝑃𝑟𝑜𝑓 = 𝐶𝑇 − 𝐶𝐶 Isso tanto para montante quanto para jusante 12.3- Cota do coletor Pode ser obtida quando já se tem a profundidade, para montante e para jusante 𝐶𝐶 = 𝐶𝑇 − 𝑃𝑟𝑜𝑓 Ou quando se tem somente a cota do coletor a montante 𝐶𝐶𝑗𝑢𝑠 = 𝐶𝐶𝑚𝑜𝑛 − (𝐼𝑝 × 𝐿𝑡𝑟𝑒𝑐ℎ𝑜) Todas os valores de norma sendo obedecidos, segue-se para os próximos passos. 13- Relação Qp/ √Ip Calcula-se para início de plano e para fim de plano, usando o mesmo valor de Ip. 𝑄𝑝𝑟𝑜𝑗 𝑖 𝑜𝑢 𝑄𝑝𝑟𝑜𝑗 𝑓 √𝐼𝑝𝑟𝑜𝑗 13.1- Adotada-se Para início e fim de plano: na tabela, obtém-se um valor de Qp/ √Ip aproximado para cima, logo, também se verifica os valores de vf/√Ip e Y/D Obs.: Y/D é a relação da lâmina d’água com o diâmetro A fórmula inicial é 𝑌 = % × 𝐷 A % é o valor que corresponde a quantos porcento do diâmetro se quer para a lâmina d’água. No caso de esgoto, o máximo é de 75% de D. 𝑌 = 0,75 × 𝐷 → 𝑜 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 é 𝑌 𝐷 = 0,75 13.2- Velocidade final Esta também será calculada com os valores correspondentes ao início e fim de plano. 𝑣𝑓 = vf √Ip × √Ip 14- Velocidade crítica 𝑣𝑐 = 6 × √𝑔 × 𝑅ℎ Obs.: Quando a velocidade final vf é superior a velocidade crítica vc, a maior lâmina admissível deve ser 50 % de D (altera-se ou o D ou a Ip). 14.1- B (tabelado) Com a relação Y/D já obtida na tabela 1, procura-se o valor de B na segunda tabela. 14.2- Raio hidráulico (Rh) 𝑅ℎ = 𝐵 × 𝐷(𝑚) 15- Tensão trativa 𝜎𝑇 = 𝛾 × 𝑅ℎ × 𝐼𝑝 Peso específico da água = 103 Para transformar para Pa é só x10 Obs.: Cada trecho deve ser verificado pelo critério de tensão trativa média de valor mínimo σt = 1,0 Pa.
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