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Resumo de Civil III

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: É o negócio jurídico bilateral que visa à criação, modificação ou extinção de direitos 
e deveres com conteúdo patrimonial. 
Elementos essenciais à formação: 
• Estrutural: presença de pelo menos duas pessoas (alteridade). 
• Funcional: composição de interesses contrapostos. 
• Natureza Jurídica: ela leva ao objetivo por que aquilo existe. 
Contratos: 
1. Típico; 
2. Atípico; 
OBJETIVAS: se observa que está ligado ao acordo, ao contrato, as cláusulas. Ele não fala dos 
sujeitos! 
• Teoria normativa (HANS KELSEN): acordo de vontades que possui a função criadora do 
direito. 
• Teoria preceptiva (OSCAR VON BULOW): as cláusulas contratuais têm natureza de 
preceito jurídico. 
SUBJETIVAS: 
• Teoria voluntarista (SAVIGNY): a vontade é o fundamento dos contratos. 
• TEORIA DECLARATIVA (SAILLELES): a vontade declarada por ambas as partes é o 
fundamento dos contratos. Essa teoria é a mais completa. 
 CONDIÇÕES DE VALIDADE DO CONTARTO: os contratos são negócios jurídicos e por essa 
razão desdobra-se nos 3 planos da escada ponteada. 
Negócio jurídico e a Escada Ponteana: 
1. Existência; 
- Agente 
- Objeto 
- Forma 
- Vontade: não pode ter vícios. Ela gera finalidade negocial. 
2. Validade; 
- Capaz 
- Lícito, possível, determinado ou determinável 
- Prescrita ou não defesa em lei 
- Livre, consciente e voluntária 
3. Eficácia; 
- Condição: suspensiva/resolutiva 
- Termo: inicial/final 
- Encargo 
 
Contrato 
Direito civil II I 
Finalidade Negocial: 
• Modificar; 
• Adquirir 
• Resguardar 
• Transmitir 
• Extinguir direito 
Plano de validade do contrato 
CC, art. 104 A validade do negócio jurídico requer: 
I. agente capaz; 
II. objeto licito, possível, determinado ou determinável; 
III. forma prescrita ou defesa em lei. 
 
 Uma vez ferido um desses requisitos, o negócio se tornará nulo ou anulável. E, para saber se a 
aplicação é de anulabilidade ou de nulidade, é necessário fazer a leitura dos arts. 166 e 171 do 
Código Civil. 
 Anulado o negócio jurídico, então, as partes deverão retornar ao seu status anterior. 
Contudo, nos casos em que a reversão for impossível, deve-se proceder à indenização do 
equivalente. 
I. Capacidade 
 Acerca da capacidade para a validade do negócio jurídico, contudo, é importante observar o 
texto do art. 105, CC, que assim dispõe: 
 “Art. 105. A incapacidade relativa de uma das partes não pode ser invocada pela outra em 
benefício próprio, nem aproveita aos cointeressados capazes, salvo se, neste caso, for 
indivisível o objeto do direito ou da obrigação comum.” 
 É o que ocorre, por exemplo, nos casos de menor relativamente incapaz que realiza negócio 
jurídico, mas invoca a idade para sua anulação, quando ocultou-a de má-fé no momento da 
obrigação. 
 
II. Objeto 
 No tocante ao objeto, Objeto lícito é o que não atenta contra a lei, a moral ou os bons 
costumes, por sua vez, o art. 106, CC, estabelece, assim: 
 
 “Art. 106. A impossibilidade inicial do objeto não invalida o negócio jurídico se for relativa, ou 
se cessar antes de realizada a condição a que ele estiver subordinado.” 
 
III. Forma 
 Quanto à forma, o art. 107 dispensa forma especial, exceto quanto previsto em lei. Desse 
modo, são exemplos de negócio jurídico solene: o pacto antenupcial e o testamento público. 
Dessa forma: 
 “Art. 107. A validade da declaração de vontade não dependerá de forma especial, senão 
quando a lei expressamente a exigir.” 
 
 Além disso, a escritura pública é essencial a algumas espécies de negócio jurídico, conforme 
se observa da redação do art. 108, CC, e do art. 109, CC: 
 “Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos 
negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos 
reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País. 
Macete: MARTE 
 
https://blog.sajadv.com.br/emancipacao-de-menor/
 Art. 109. No negócio jurídico celebrado com a cláusula de não valer sem instrumento público, 
este é da substância do ato.” 
 
IV. Possibilidade física ou jurídica do objeto 
 O objeto deve ser, também, possível. Quando impossível, o negócio é nulo. A 
impossibilidade do objeto pode ser física ou jurídica. 
 Impossibilidade física é a que emana das leis físicas ou naturais. Ocorre impossibilidade 
jurídica do objeto quando o ordenamento jurídico proíbe, expressamente, negócios a respeito 
de determinado bem, como a herança de pessoa viva, de alguns bens fora do comércio, como 
os gravados com a cláusula de inalienabilidade etc. A ilicitude do objeto é mais ampla, pois 
abrange os contrários à moral e aos bons costumes. 
 
V. Liberalidade 
 Acerca da liberalidade das partes no negócio jurídico e da manifestação de vontade, é 
disposto no art. 110 ao art. 114, CC: 
 
 “Art. 110. A manifestação de vontade subsiste ainda que o seu autor haja feito a reserva 
mental de não querer o que manifestou, salvo se dela o destinatário tinha conhecimento. 
 Art. 111. O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e 
não for necessária a declaração de vontade expressa. 
 Art. 112. Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do 
que ao sentido literal da linguagem. 
 Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar 
de sua celebração. 
 Art. 114. Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretam-se estritamente.” 
 
Princípios fundamentais contratual 
 Liberdade de contratar/ autonomia da vontade: Art. 425, CC: O princípio da autonomia da 
vontade se alicerça na ampla liberdade contratual, no poder dos contratantes de 
disciplinar os seus interesses mediante acordo de vontades, suscitando efeitos tutelados 
pela ordem jurídica. Têm as partes a faculdade de celebrar ou não contratos 
 CC, art.421 “A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do 
contrato”. 
 O princípio da autonomia da vontade serve de fundamento para a celebração dos contratos 
atípicos. 
• Contratos atípico: Contrato atípico é o que resulta de um acordo de vontades não 
regulado no ordenamento jurídico, mas gerado pelas necessidades e interesses das 
partes. É válido, desde que estas sejam capazes e o objeto lícito, possível, 
determinado ou determinável e suscetível de apreciação econômica. 
• Contrato típico: suas características e requisitos são definidos na lei, que requer 
muitas cláusulas explicativas de todos os direitos e obrigações que o compõem. 
 
 Consensualismo: 
 De acordo com o princípio do consensualismo, basta, para o aperfeiçoamento do 
contrato, o acordo de vontades. Decorre ele da moderna concepção de que o contrato 
resulta do consenso, do acordo de vontades, da liberdade da forma independentemente 
da entrega da coisa. 
 Supremacia da ordem pública: 
 A ideia de ordem pública, entende-se que o interesse da sociedade deve prevalecer 
quando colide com o interesse individual. 
 O princípio da autonomia da vontade, não é absoluto. É limitado pelo princípio da 
supremacia da ordem pública, em que ampla liberdade de contratar provoca 
desequilíbrios e a exploração do economicamente mais fraco. a noção de ordem pública e 
o respeito aos bons costumes constituem freios e limites à liberdade contratual. 
 
 Função social e econômica do contrato: Norma que não estabelece o significado do termo, 
bem como a consequência jurídica. A ideia é estabelecer uma pauta de valor a ser 
preenchida. 
 Art. 421, CC, A liberdade contratar será exercida em razão e nos limites da função social 
do contrato. 
 Enunciado 22 - A função social do contrato, prevista no art. 421 do novo Código Civil, 
constitui cláusula geral que reforça o princípio de conservação do contrato, assegurando 
trocas úteis e justas. 
 Enunciado 23 - A função social do contrato, prevista no art. 421 do novo Código Civil, não 
eliminao princípio da autonomia contratual, mas atenua ou reduz o alcance desse 
princípio quando presentes interesses metaindividuais ou interesse individual relativo à 
dignidade da pessoa humana. 
 Relatividade dos efeitos do contrato 
 Funda-se tal princípio na ideia de que os efeitos do contrato só se produzem em relação 
às partes, àqueles que manifestaram a sua vontade, vinculando-os ao seu conteúdo, não 
afetando terceiros nem seu patrimônio. 
 Obrigatoriedade ou intangibilidade dos contratos- Princípio da força vinculante da força 
vinculante dos contratos. 
 A ordem jurídica concede a cada um a liberdade de contratar e definir os termos e objeto 
da avença. 
 
 Revisão dos contratos ou onerosidade excessiva 
 Opõe-se tal princípio ao da obrigatoriedade, pois permite aos contraentes recorrerem ao 
Judiciário, para obterem alteração da convenção e condições mais humanas, em 
determinadas situações. 
 A teoria da imprevisão consiste, portanto, na possibilidade de desfazimento ou revisão 
forçada do contrato quando, por eventos imprevisíveis e extraordinários, a prestação de 
uma das partes tornar-se exageradamente onerosa o que, na prática, é viabilizado pela 
aplicação da cláusula rebus sic stantibus, já referida. 
 
 Princípio da Boa-fé 
 “Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua 
execução, os princípios de probidade e boa-fé.” 
 Constitui um conjunto de padrões éticos de comportamento, modelo ideal de conduta que se 
espera de todos os integrantes de determinada sociedade. 
 Pressupõem a boa-fé objetiva, que impõe ao contratante um padrão de conduta, de agir com 
retidão, ou seja, com probidade, honestidade e lealdade, nos moldes do homem comum, 
atendidas as peculiaridades dos usos. 
 Enunciado 24 → Em virtude do princípio da boa-fé, positivado no art. 422 do novo Código Civil, a 
violação dos deveres anexos constitui espécie de inadimplemento, independentemente de culpa. 
 Enunciado 25 → O art. 422 do Código Civil não inviabiliza a aplicação pelo julgador do princípio da boa-
fé nas fases pré-contratual e pós-contratual. 
 Enunciado 26 → A cláusula geral contida no art. 422 do novo Código Civil impõe ao juiz interpretar e, 
quando necessário, suprir e corrigir o contrato segundo a boa-fé objetiva, entendida como a exigência 
de comportamento leal dos contratantes. 
1. Quando a qualidade dos sujeitos contratantes 
a. Contrato de direito comum: São regulados pelo direito civil, considerados contratos paritários. 
 
b. Contratos de consumo: São regulados pelo CDC, cujo a polarização se dá entre consumidor e 
fornecer (art. 2 e 3 CDC). 
 
2. Quanto ao momento de aperfeiçoamento do contrato 
a. Consensuais: são aqueles que se formam unicamente pelo acordo de vontades (solo consensu)/ 
consenso , independentemente da entrega da coisa e da observância de determinada forma, 
ou seja, afeiçoados pela declaração de vontade, não dependem da entrega da coisa, exemplo, 
compra e venda de bem móvel -Art. 482. 
 
b. Reais: são os que exigem, para se aperfeiçoar, além do consentimento, a entrega (tradição) da 
coisa que lhe serve de objeto, ou seja precisam da efetiva entrega da coisa, exemplo, contrato 
de comodato, mutuo, depósito e estimatório. 
 
3. Quanto a maneira de afeiçoamento do contrato- forma. 
a. Solenes: são os contratos que devem obedecer à forma prescrita em lei para se aperfeiçoar, ou 
seja e uma forma determinada por lei, e com a inobservância da forma acarreta invalidade do 
negócio jurídico, exemplo: compra e venda de bem imóvel (art. 108, CC). 
 “Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos negócios 
jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre 
imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País.” 
 
b. Não solenes: os de forma livre, basta o consentimento para a sua formação, ou seja, não há 
forma especial para sua celebração, seguem o princípio da liberdade das formas. 
 
4. Quanto a tipicidade 
a. Típico: regulamentado por lei, ex.: contrato de aluguel, contra e venda. 
 
b. Atípico: são os que resultam de um acordo de vontades, não tendo, porém, as suas 
características e requisitos definidos e regulados na lei não regulamentados por lei, ex.: 
contrato de estacionamento oneroso em shopping center. 
Art. 425, CC: “É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas 
neste Código”. 
5. Quanto a presença da administração pública 
a. Contrato de direito público: a administração pública configura em um dos polos. São regidos 
pelas normas de direito público e subsidiariamente, por normas de direito privado no que não 
lhe for incompatível, ex.: licitação. 
 
b. Contratos de direito privado: travados entre particulares e regidos por normas de direito 
privado. Podem ser de direito comum, mercantis ou de consumo. 
Obs.: Nas regras aplicadas de interesse público se sobrepõem sobre as regras do direito privado. 
6. Quanto a reciprocidade 
a. Unilateral: impõem deveres apenas a uma das partes, ex.: doação pura (da algo para alguém 
sem nada em troca). 
 
b. Bilateral ou sinalagmáticos: impõem deveres recíprocos às partes, ex.: compra e venda. 
 
c. Contratos plúrimos ou plurilaterais: 
 
d. Contratos bilaterais imperfeitos: é um contrato que inicia unilateral, mas haverá uma 
circunstância aleia ao contrato, que vai gerar obrigação para o contratante que não se 
comprometera. Pode ocorrer com o depósito e o comodato quando, por exemplo, surgir para o 
depositante e o comodante, no decorrer da execução, a obrigação de indenizar certas despesas 
realizadas pelo comodatário e pelo depositário. 
 “Art. 643. O depositante é obrigado a pagar ao depositário as despesas feitas com a coisa, e os 
prejuízos que do depósito provierem.” 
 
7. Quanto às vantagens patrimoniais das partes. 
a. Gratuitos ou benéficos: há vantagem ou benefício de uma das partes. Há uma prestação sem 
que haja uma contra prestação a ela correlata e proporcional, exemplo: comodato, mutuo e 
doação pura. 
“Art. 579. O comodato é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis. Perfaz-se com a tradição do 
objeto.” 
“Art. 586. O mútuo é o empréstimo de coisas fungíveis. O mutuário é obrigado a restituir ao 
mutuante o que dele recebeu em coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade.” 
 
b. Onerosos: a vantagem e sacrifício patrimonial de ambas as partes, exemplo: troca/ permuta. 
Obs.: 
• Todo contrato bilateral é oneroso. 
• Todo contrato unilateral é presumidamente gratuito. 
 
8. Quanto a determinação do objeto contratual 
a. Comutativo: aquele que o objeto é determinado e as partes sabe com exatidão suas prestações 
e contra prestações, assim não envolvendo nenhum risco, exemplo: compra e venda. 
 
b. Aleatórios: há a presença de incerteza um risco, e esse risco pode recai sobre a existência da 
coisa ou sobre a quantidade da coisa, exemplo: contrato de esperança, quanto na quantidade 
da coisa (contrato de coisa esperada, exemplo: safra), o objeto é determinável. Exemplo: 
contrato de jogo, seguro e aposta. 
 
9. Quanto as relações intra contratuais 
a. Contratos principais: são independentes, são os que têm existência própria, autônoma e não 
dependem, pois, de qualquer outro, como a compra e venda e a locação, por exemplo. 
 
b. Contrato Acessórios: são aqueles que guardam uma relação de dependência com outro 
contrato, existindo em função dele, como o penhor, a hipoteca convencional, a fiança e 
similares (princípio da gravitação jurídica). 
Importante: nulo o contrato principal, nulo será também o negócio acessório. 
 
c. Contrato coligado: são contratos principais por natureza, mas que por vontade das partes, 
estão unidos por um nexo funcional, apresentando uma pluralidade, em que vários contratos 
celebrados pelas partes se apresentam interligados, exemplo: compra e vendade dois terrenos 
para um único fim ou contrato de locação de veiculo com seguro. 
 
10. Quando ao momento do seu cumprimento: 
a. Contrato de execução imediata (instantâneos): o vencimento ocorre concomitantemente 
como aperfeiçoamento do contrato, exemplo: entregar o celular e pagar à vista. 
 
b. Contratos de execução diferida: São contratos a temos que deveram ser adimplidos em sua 
totalidade na data do vencimento ajustado, ou seja, se faz em um ato só, porem um ato futuro, 
exemplo: compra e venda a prazo. 
 
c. Contrato de execução continuada (trato sucessivo): São aqueles cujo execução se dará de 
forma periódica. Obrigações que, pela sua própria natureza, se arrastam pelo tempo, exemplo: 
mensalidade. 
 
11. Quanto ao agente: 
a. Contrato personalíssimos (intuito personae): São aqueles que só podem ser cumpridos pela 
pessoa constante no contrato. 
 
b. Contrato impessoais: São contatos cujo a prestação pode ser cumprida indiferentemente por 
qualquer pessoa, a qualidade da pessoa não importa, exemplo: qualquer pintor para pintar 
minha casa). 
 
c. Contratos de adesão: uma parte adere a um contrato padrão já formulado, exemplo: 
(telefonia móvel, internet residencial) Art. 54. Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas 
tenham sido aprovadas pela autoridade competente ou estabelecidas unilateralmente pelo 
fornecedor de produtos ou serviços, sem que o consumidor possa discutir ou modificar 
substancialmente seu conteúdo. 
 Sujeitos: 
1. predisponentes ou estipulante: é aquele que estipula as cláusulas contratuais. 
2. Aderente: é aquele que adere ao contrato. 
 
Efeitos perante terceiros 
Efeitos perante terceiros 
 
 Essa estipulação em favor de terceiro tem relação com o princípio da relatividade dos efeitos 
do contrato 
Exemplo: contrato de seguro, seguro de vida. 
 Conceito: credor convenciona com o devedor de que este realizar determinada prestação em 
benefício de outrem alheio à relação jurídica contratual. 
 Efeito: tanto o estipulante quanto o terceiro podem exigir o cumprimento da obrigação, mas 
o terceiro não pode inovar/modificar os termos da obrigação. 
 
 Estipulação em favor de terceiro: O estipulante pode substituir o terceiro beneficiário sem a 
anuência/concordância deste ou do outro contratante por ato intervivos ou por disposição de 
última vontade. 
Sujeitos: 
1. Estipulante: aquele que serve seu benefício contratual a terceiro; 
2. Promitente: devedor da obrigação em favor da obrigação; 
3. Beneficiado: é o terceiro que vai receber a obrigação, que não participa do pacto 
contratual. 
 Art. 436. O que (aquele que) estipula em favor de terceiro pode exigir o cumprimento da 
obrigação. 
 Parágrafo único. Ao terceiro, em favor de quem se estipulou a obrigação, também é permitido 
exigi-la, ficando, todavia, sujeito às condições e normas do contrato, se a ele anuir, e o 
estipulante não o inovar nos termos do art. 438. 
 Art. 437. Se ao terceiro, em favor de quem se fez o contrato, se deixar o direito de reclamar-
lhe a execução, não poderá o estipulante exonerar o devedor. (estipula no contrato que o 
beneficiário pode pedir o cumprimento da obrigação). 
 Art. 438. O estipulante pode reservar-se o direito de substituir o terceiro designado no 
contrato, independentemente da sua anuência e da do outro contratante. (senão for previsto 
no contrato o direito apontado do 437 o estipulante poderá exonerar o devedor e substituir o 
terceiro beneficiado). 
 Parágrafo único. A substituição pode ser feita por ato entre vivos ou por disposição de última 
vontade. 
 Conceito: Também chamando por contrato por outrem, contratante declara que determinado 
praticado por terceiro alheio à relação jurídica. 
Obs.: Não se confunde com mandato, pois não existe representação(procuração). 
Torna-se responsável: 
a. Se terceiro não aceitar, o declarante responde por perdas e danos. 
b. Se o terceiro aceitar e não executar o ato, ele (terceiro) será responsável pelas perdas 
e danos que causar (art.440). 
c. Se a promessa for feita por conjugue, casado em regime que não seja separação de 
bens e o terceiro não anuir, não caberá perdas e danos. 
 Se depois que o promitente pactuar e o terceiro ratificar/confirmar o contrato o promitente 
está isento das perdas e danos, caso a promessa não se concretize. O terceiro que confirmou 
será o responsável pelas perdas e danos. 
1. Promitente: aquele que faz a promessa, sendo ele o outro contratante que promete 
obrigação de terceiro em favor do credor. 
2. Promissário/credor: aquele que vai se beneficiar com a promessa. 
3. Terceiro: vai realizar a promessa (obrigado pelo promitente ao cumprimento da obrigação). 
 Art. 439. Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá por perdas e danos, quando 
este o não executar. 
 Parágrafo único. Tal responsabilidade não existirá se o terceiro for o cônjuge do promitente, 
dependendo da sua anuência o ato a ser praticado, e desde que, pelo regime do casamento, a 
indenização, de algum modo, venha a recair sobre os seus bens. 
 Art. 440. Nenhuma obrigação haverá para quem se comprometer por outrem, se este, depois 
de se ter obrigado, faltar à prestação. 
 Vícios redibitórios 
 Conceito: são defeitos ocultos que tornam a coisa imprópria para o uso a que é destinada ou 
que, se fossem conhecidos, impediriam a realização do contrato. Autorizam o comprador a 
rejeitar coisa recebida e redibir o contrato (ação redibitória) ou pedir o abatimento do preço 
pago (ação estimatórias ou quanti minoris). 
✓ O comprador pode rejeitar a coisa ou reclamar abatimento no preço da coisa. 
✓ Alienante conhecia: devolve o valor recebido pelo objeto + perdas e danos. 
✓ Alienante não conhecia: devolve o valor que recebido pelo objeto + despesas do 
contrato. 
 As ações destinadas a combater os vícios redibitórios são também chamadas de ações 
edilícias (redibitórias ou estimatórias). 
Sujeitos: 
1. Alienantes: vendedor 
2. Adquirente: comprador 
 Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou 
defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor. 
 Parágrafo único. É aplicável a disposição deste artigo às doações onerosas. → “cavalo dado 
não se olha os dentes”. 
 Art. 442. Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato (art. 441), pode o adquirente reclamar 
abatimento no preço. 
 Art. 443. Se o alienante conhecia o vício ou defeito da coisa, restituirá o que recebeu com 
perdas e danos; se o não conhecia, tão-somente restituirá o valor recebido, mais as despesas 
do contrato. 
 Art. 444. A responsabilidade do alienante subsiste ainda que a coisa pereça em poder do 
alienatário, se perecer por vício oculto, já existente ao tempo da tradição. 
 Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo 
de trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já 
estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade. 
 § 1º Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo contar-se-
á do momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e oitenta dias, em se 
tratando de bens móveis; e de um ano, para os imóveis. 
 §2º Tratando-se de venda de animais, os prazos de garantia por vícios ocultos serão os 
estabelecidos em lei especial, ou, na falta desta, pelos usos locais, aplicando-se o disposto no 
parágrafo antecedente se não houver regras disciplinando a matéria. 
 Art. 446. Não correrão os prazos do artigo antecedente na constância de cláusula de garantia; 
mas o adquirente deve denunciar o defeito ao alienante nos trinta dias seguintes ao seu 
descobrimento, sob pena de decadência. 
 Os prazos para o ajuizamento das ações edilícias – redibitória e quanti minoris – são 
decadenciais: trinta dias, se relativas a bem móvel, e um ano, se relativasa imóvel, contados, 
nos dois casos, da tradição. Se o adquirente já estava na posse do bem, “o prazo conta-se da 
alienação, reduzido à metade” (CC, art. 445). 
 
 
➢ Se vicio, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde: Previsto do art.445, §1. 
 
Entendimentos doutrinários: 
 
1. Primeiro entendimento: Gustavo Tepedino; Marcos Jorge Catalan; Leonardo Roscoe Bessa: 
Enunciado- 174 
 Em se tratando de vício oculto, o adquirente tem os prazos do caput do art. 445 para obter 
redibição ou abatimento de preço, desde que os vícios se revelem nos prazos estabelecidos no 
§ 1º, fluindo, entretanto, a partir do conhecimento do defeito. 
a. Móvel: 30 dias que começa a conta a partir da ciência do vicio dentro de um prazo de 
180 dias, ou seja, ele terá 30 dias para reclamar no prazo de 180 dias para ter ciência do 
defeito. 
b. Imóvel: 1 ano que começa a contar a partir da ciência do vicio dentro de um prazo de 
um ano. 
 Obs.: Não se aplica redução relativa à posse à previa. 
 
2. Segundo entendimento: Caio Mario da Silva Pereira. 
a. Móvel: 30 dias que começa a conta a partir da ciência do vicio dentro de um prazo de 
180 dias. 
b. Imóvel: 1 ano que começa a contar a partir da ciência do vicio dentro de um prazo de 
um ano. 
 Obs.: Se aplica redução relativa à posse previa. 
 
3. Terceiro entendimento: Flavio Tartuce e Maria Helena Diniz. 
a. Móvel: 180 dias que começa a conta a partir da ciência do vício. 
b. Imóvel: 1 ano que começa a contar a partir da ciência do vício. 
Obs.: não se aplica redução relativa à posse previa. 
 
➢ Se vicio, for encontrado em animais: 
Previsto do art.445, §1. 
a. De acordo com o estabelecido em lei especial: CDC. 
b. Na falta de lei especial, pelos usos locais. 
c. Na ausência de lei especial e lei local, utilizam -se as normas do 445 caput e 1§, CC. 
 
➢ Se houver clausula de garantia (Art.446): 
 
 Não existe necessidade de propositura de ação uma vez que existe a garantia. No entanto, o 
adquirente deve denunciar o defeito em 30 dias do respectivo descumprimento sob pena de 
perder o direito à garantia. 
 Obs. Gerais: todos os prazos são decadenciais. 
 Se o alienante sabia do defeito, o adquirente também terá direito a indenização por perdas e 
danos art. 443, CC. 
 
➢ Qual é a diferença do vício redibitório para erro ou dolo? 
 Erro e dolo têm a ver com a manifestação da vontade diretamente ligada a coisa, não existe a 
princípio o defeito da coisa, eu compro a coisa achando que é uma coisa e na verdade é outra e 
o vício redibitório é vicio próprio da coisa, defeito oculto, um defeito não aparente. 
 Erro e dolo são vícios de consentimento diretamente ligado a coisa ou a uma característica 
diretamente ligada a coisa. Não existe, a princípio, defeito, ex.: compro uma bijuteria achando 
que era joia. 
 Vicio redibitório é um defeito não aparente da coisa, mas não existe a princípio dúvida em 
relação a coisa propriamente dita, ex.: comprou uma bijuteria sabendo que era bijuteria, mas o 
fecho não funcionava 
➢ Uma doação pura de um automóvel tido como perfeito pelo donatário, mas que possui 
diversos defeitos ocultos, pode ser ejetada/lançada quando os vícios forem descobertos? 
 Segundo o parágrafo único do art. 441, doação pura não tem efeitos de vícios redibitórios. 
➢ Defeitos de fácil constatação ensejam redibição? 
 Não, pois a característica principal do vicio redibitório é o vício ou defeitos ocultos (art.441). 
 
Evicção 
 Evicção é a perda total ou parcial de um bem em virtude de sentença judicial, que a atribui a 
outrem por direito anterior ao contrato, ou seja, causa jurídica preexistente ao contrato. O 
dever do alienante é garantir o uso e gozo da coisa, protegendo o adquirente contra os 
defeitos ocultos. 
 A garantia contra a evicção é obrigação do alienante que deriva automaticamente do 
contrato. Assim, nos contratos onerosos pelos quais se transfere o domínio, posse ou uso, o 
alienante deve garantir o adquirente dos riscos da evicção e indeniza-los na eventualidade de 
vim a perder o bem por força de sentença que reconheceu direito de outro. 
 Essa garantia não precisa está expressa, é uma garantia implícita. 
 
Requisitos 
a. A onerosidade da evicção do bem, o que afasta a figura nos contratos gratuitos. 
Não há de se falar em uma garantia da evicção quando o contrato for gratuito. 
 
b. Perda total ou parcial da propriedade ou da posse da coisa alienada pelo 
adquirente. 
A coisa deve estar em perfeito estado de uso. 
 
c. Ignorância, pelo adquirente, da litigiosidade da coisa 
 Dispõe o art. 457 do Código Civil que “não pode o adquirente demandar pela evicção, 
se sabia que a coisa era alheia ou litigiosa”. 
 
d. Anterioridade do direito do evictor. 
Evictor é aquele que tem o direito da coisa. O alienante só responde pela perda 
decorrente de causa já existente ao tempo da alienação. Se lhe é posterior, 
nenhuma responsabilidade lhe cabe. 
 
e. Sentença judicial reconhecendo a evicção. 
 
Consequências da evicção 
 
 Restituição integral do preço, em qualquer caso; 
 Indenização dos frutos que tiver que restituir; 
 Despesas dos contratos; 
 Custas processuais e honorários advocatícios; 
 Indenização dos prejuízos que resultarem diretamente da evicção. 
 
 Art. 449. Não obstante a cláusula que exclui a garantia contra a evicção, se está se der, tem 
direito o evicto a receber o preço que pagou pela coisa evicta, se não soube do risco da 
evicção, ou, dele informado, não o assumiu. 
 
 Art. 450. Salvo estipulação em contrário, tem direito o evicto, além da restituição integral do 
preço ou das quantias que pagou: 
 I - à indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir; 
 II - à indenização pelas despesas dos contratos e pelos prejuízos que diretamente resultarem 
da evicção; 
 III - às custas judiciais e aos honorários do advogado por ele constituído. 
 
Obs.: Se houver a deterioração da coisa, aplica-se o art. 451 e 452, CC. 
 A deterioração da coisa evicta, em poder do adquirente, não afasta a responsabilidade do 
alienante, respondendo por evicção total, exceto se houver ação dolosa do adquirente 
(deterioração intencional do bem). Não poderá, assim, o alienante invocar a desvalorização da 
coisa evicta, para reduzir o preço a restituir e/ou a indenização por perdas e danos. 
 Caso o evicto já tenha sido compensado pelas deteriorações, então o alienante poderá 
deduzir o valor dessas vantagens da quantia que teria de restituir-lhe. 
 
Renúncia da garantia 
 
 A garantia da evicção pode ser renunciada pelo adquirente. Contudo, a eficácia da cláusula 
que exclui a evicção varia conforme o adquirente tenha ou não o conhecimento do risco da 
evicção. 
 Se o adquirente tinha o conhecimento dos riscos da evicção e concordou com a cláusula, 
exonerando a responsabilidade (Cláusula de irresponsabilidade pela evicção ou cláusula non 
praestenda evictione), deve suportar os riscos. 
 
 Art. 457. Não pode o adquirente demandar pela evicção, se sabia que a coisa era alheia ou 
litigiosa. 
 
➔ Cláusula expressa de exclusão da garantia + ciência específica do risco pelo 
adquirente = isenção do alienante de toda responsabilidade. 
 
Contrato preliminar 
 
Conceito 
 
 Contrato preliminar (ou contrato-promessa ou pactum incontrahendo) é aquele provisório, 
preparatório, no qual as partes prometem, em data futura, complementar o ajuste, 
celebrando o contrato definitivo. O objeto do contrato preliminar é sempre a efetivação de um 
contrato definitivo. 
• Mesmos requisitos objetivos e subjetivos dos contratos de uma forma geral (Art. 104). 
 
Particularidades 
✓ As formalidades exigidas para o contrato definitivo não precisam ser seguidas. Ex.: se o 
contrato definitivo exige escritura pública, isso não se aplica ao contrato preliminar 
(Art. 462). 
✓ Cláusula de arrependimento é possível, com ou sem previsão de multa (Art. 463). 
✓ Registrono cartório (Art. 463 parágrafo único). Trata-se de exigência ou faculdade? Se 
não for registrado em cartório, poderá ser exigido pelo contratante? 
 
 Jones Figueirêdo Alves e Carlos Alberto Dabus Maluf (atualizador do Washington de Barros 
Monteiro): NÃO. (Trata-se de exigência legal que se não for observada não produzirá efeitos 
entre as partes). 
 Silvio Venosa, Caio Mário, Ruy Rosado de Aguiar, Orlando Gomes e C.R. Gonçalves: SIM. (O 
registro em cartório só é necessário para estender efeitos perante terceiros. Sem o registro 
gera efeitos entre as partes). 
 
 Obs1: Sendo possível, ou seja, se não for contrária à natureza da obrigação, o juiz pode suprir 
à vontade do contratante que não celebrou o contrato definitivo conforme o previsto no 
preliminar (Art. 464). 
 Obs2: Além do suprimento contratual por parte do juiz, a parte prejudicada poderá ser 
indenizada (Art.465). 
 Obs3: Contrato preliminar unilateral (Ex. promessa de doação) depende de manifestação do 
credor para se concretizar (Art. 466). 
 
Contrato com pessoa a declarar 
Conceito: 
 Contrato em que um dos contraentes pode reservar-se o direito de indicar outra pessoa para, 
em seu lugar, adquirir os direitos e assumir as obrigações dele decorrentes (GONÇALVES, 2013, 
p. 170) Arts. 467 a 469. 
 
Sujeitos: 
• Estipulante – aquele que cede o contrato a terceiro. 
• Promitente – o outro contratante, que assume o compromisso de reconhecer o 
amicus 
• Eligendo (ou electus) – quem aceita a indicação após ter sido validamente comunicado 
ao promitente 
 
Particularidades: 
• Natureza jurídica de contrato com cláusula condicional suspensiva. 
• Permite que um contratante que não deseja aparecer no momento da celebração do 
contrato possa contratar ou que um imóvel, por exemplo, possa ser comprado e 
passado a terceiro com menos encargos. 
• A nomeação será ineficaz se o electus não aceitar a substituição ou se for insolvente e 
o promitente o desconhecia no momento da indicação (Art. 470). 
Nesse caso, o contrato NÃO se extingue (Art. 471). 
 
Extinção do contrato de trabalho 
(Arts. 472 a 480) 
 
1. Modo normal de extinção do contrato 
• A extinção do contrato se dá, via de regra, pela execução, seja instantânea (imediata 
ou diferida) ou continuada. O cumprimento da prestação libera o devedor e satisfaz o 
credor. Este é o meio normal de extinção do contrato. 
• Sobre a prova do cumprimento (ou pagamento, como quer a lei civil), consulte o art. 
320 do CC, que trata da quitação. 
 
2. Modos anormais de extinção do contrato. 
 
Causas anteriores ou contemporâneas à formação do contrato. 
 
a. Nulidade absoluta 
• Resulta da ausência de elemento essencial do ato, com transgressão a preceito de 
ordem pública, impedindo que o contrato produza efeitos desde a sua formação (ex 
tunc). (Arts. 166 e 167), tendo efeito retroagido, ou seja, entende-se que não haja. 
 
• Não precisa de confirmação e não convalesce com o tempo. 
 
• Pode ser requerido em juízo a qualquer tempo, por qualquer interessado, podendo ser 
declarada de ofício pelo juiz ou sob provocação do Ministério Público (CC, 168). 
 
• Art. 170. Se, porém, o negócio jurídico nulo contiver os requisitos de outro, subsistirá 
este quando o fim a que visavam as partes permitir supor que o teriam querido, se 
houvessem previsto a nulidade. 
Tradução: aplica-se o princípio do aproveitamento do contrato, se possível, nos casos de 
nulidade. 
 
b. Nulidade relativa (ou anulabilidade) 
• Resulta da imperfeição da vontade: ou porque emanada de um relativamente incapaz 
não assistido, ou porque contém algum dos vícios do consentimento (Art. 171). Como 
pode ser sanada (Art. 172) e até mesmo não arguida no prazo (Art. 178 e 179), não 
extinguirá o contrato enquanto não se mover a ação que a decrete, com efeitos ex 
nunc. 
• Não pode ser arguida por qualquer das partes da relação contratual, nem declarada de 
ofício pelo juiz. 
 
• Legitimado a pleitear a anulação é somente o contraente em cujo interesse foi 
estabelecida a regra, ou seja, a parte prejudicada (CC, 177). 
 
• Resguarda o interesse das partes (normas de ordem privada). 
 
c. Cláusula Resolutiva 
 Previsão no negócio jurídico de um evento futuro e incerto que pode acarretar a extinção do 
pacto. 
• Cada contraente pode pedir a resolução do acordo, se o outro não cumpre as 
obrigações avençadas. 
Pode resultar de estipulação ou de presunção legal. 
 
• Convenção das partes: cláusula resolutiva expressa ou pacto comissório expresso. 
 
• Presunção legal: cláusula resolutiva implícita ou tácita. 
 Obs.: Em todo contrato bilateral ou sinalagmático presume-se a existência de uma cláusula 
resolutiva tácita, autorizando o lesado pelo inadimplemento a pleitear a resolução do 
contrato, com perdas e danos. (Arts. 475). 
 Obs.: Art. 474 - Em ambos os casos, (expressa ou tácita), a resolução deve ser judicial, ou seja, 
precisa ser pronunciada pelo juiz. A sentença que reconhecer a cláusula expressa e o direito à 
resolução terá efeito meramente declaratório, ex tunc, portanto. Sendo a cláusula tácita, a 
sentença tem efeito desconstitutivo, dependendo de interpelação judicial, ou seja, a cláusula 
só produz efeitos após a interpelação. 
 
Clausula expressa: efeitos retroativos 
Clausula tácita: efeitos a partir do momento que há manifestação. 
 
d. Direito de arrependimento 
• Desde que expressamente previsto no contrato, o arrependimento autoriza qualquer 
das partes a rescindir o ajuste, mediante declaração unilateral da vontade, sujeitando-
se à perda do sinal, ou à sua devolução em dobro, sem, no entanto, pagar indenização 
suplementar. Estamos diante das arras penitenciais (Art. 420 CC e Súmula 412 do STF). 
 
• O direito de arrependimento deve ser exercido no prazo convencionado ou antes da 
execução do contrato, se nada foi estipulado a respeito. 
Natureza de ordem pública. 
 O CDC prevê hipótese especial de direito de arrependimento em seu art. 49, para os casos de 
contratação fora do estabelecimento comercial (por telefone, internet). O prazo para o 
consumidor se arrepender é de 7 dias. 
 
Causas supervenientes à formação do contrato 
➢ Resolução 
• Tem como causa a inexecução ou incumprimento por um dos contratantes, que não 
conseguiu cumprir com aquilo que foi avençado, em razão de situações 
supervenientes, que impedem ou prejudicam a execução do contrato. 
• Resolução é um remédio concedido à parte para romper o vínculo contratual 
mediante ação judicial. O inadimplemento pode ser voluntário (culposo) ou 
involuntário (sem culpa) (Orlando Gomes). 
 
➢ Resolução por inexecução voluntária 
• Produz efeitos ex tunc, extinguindo o que foi executado e obrigando a restituições 
recíprocas (salvo em contratos de trato sucessivo, como locação, cujos efeitos 
produzidos pela resolução serão ex nunc). 
• Sujeita o inadimplente ao pagamento de perdas e danos e da cláusula penal. 
• Não é admitida em casos de incumprimento irrelevante ou em venire contra factum 
proprium. 
Obs: Exceção do contrato não cumprido (exceptio non adimpleti contractus) – Art. 476 CC 
• Aplicável a contratos bilaterais ou sinalagmáticos, que envolvem prestações 
recíprocas, atreladas umas às outras. Se uma das prestações não é cumprida, deixa de 
existir causa para o cumprimento da outra. 
• Para que possa ser alegada depende que as prestações das partes sejam simultâneas 
ou sucessivas. 
 
Obs : Exceção do contrato parcialmente cumprido (exceptio non rite adimpleti contractus) 
• Apesar de não previsto em lei, é aplicável utilizando-se a mesma lógica da exceção 
anterior, quando um dos contraentes cumpriu apenas em parte, ou de forma 
defeituosa, a sua obrigação, quando se comprometera a cumpri-la integral e 
corretamente. 
 
Obs: Exceção de inseguridade – Art. 477 
• Aplicável nas obrigações a prazo (execução diferida) 
• Enunciado 438 da V Jornada de Direito Civil: A exceção de inseguridade,prevista no 
art. 477, também pode ser oposta à parte cuja conduta põe manifestamente em risco 
a execução do programa contratual. 
 
➢ Resolução por inexecução involuntária 
• Decorre de fato não imputável às partes (caso fortuito, força maior ou ato de 
terceiro). 
• Há de ser objetiva, ou seja, não dizer respeito à própria pessoa do devedor, pois deixa 
de ser involuntária se de alguma forma este concorre para que a prestação se torne 
impossível. 
• Deve ser total e definitiva, pois se for parcial ou temporária poderá não extinguir o 
contrato. 
• Produz efeitos ex tunc, extinguindo o que foi executado e obrigando a restituições 
recíprocas (salvo em contratos de trato sucessivo, como locação, cujos efeitos 
produzidos pela resolução serão ex nunc). 
• NÃO sujeita o inadimplente ao pagamento de perdas e danos e da cláusula penal (Art. 
393) salvo se expressamente se obrigou a ressarcir os prejuízos resultantes de caso 
fortuito ou força maior, ou se estiver em mora (Art. 399). 
 
➢ Resolução por onerosidade excessiva 
 [ Decretada por sentença utilizando o princípio da revisão dos contratos (também conhecido 
como princípio da onerosidade excessiva) e da teoria rebus sic stantibus, que presume a 
existência implícita de uma cláusula contratual, pela qual a obrigatoriedade de seu 
cumprimento pressupõe a inalterabilidade da situação de fato dos contratantes. 
Requisitos: 
• Contrato comutativo de execução continuada ou diferida; 
• Fato extraordinário e imprevisível; 
• Considerável alteração da situação de fato existente no momento da execução, em 
confronto com a que existia por ocasião da celebração do contrato; 
• Nexo de causalidade entre o evento superveniente e a consequente onerosidade 
excessiva. 
• O contratante que estiver em mora quando da ocorrência dos fatos não pode invocar, 
em defesa, a onerosidade excessiva, pois, estando naquela situação, responde pelos 
riscos supervenientes, ainda que decorrentes de caso fortuito ou força maior (Art. 
399). 
• A parte beneficiada pelo evento imprevisível pode evitar a resolução propondo 
alternativas (Art. 479). 
• A mesma revisão contratual prevista no Art. 478 pode ser realizada sem os requisitos 
apontados anteriormente se, no contrato, as obrigações couberem a apenas uma das 
partes (Art. 480). 
Exs.:Por exemplo, pagamento de multa em contrato de locação (Art. 572), pagamento a vista 
em contato de fiança. 
 
➢ Resilição (resilire, voltar atrás) 
• Tem como causa manifestação de vontade, que pode ser bilateral ou unilateral. 
• A resilição bilateral é denominada distrato, que é o acordo de vontades que tem por fim 
extinguir um acordo de vontades anteriormente celebrado. 
• A unilateral pode ocorrer somente em determinados contratos, pois a regra é a 
impossibilidade de um contraente romper o vínculo contratual por sua exclusiva vontade. 
 
1. Distrato (Art. 472). 
• Qualquer contrato pode cessar pelo distrato. É necessário, todavia, que os efeitos não 
estejam exauridos, pois o cumprimento é a via normal de extinção. Contrato extinto não 
precisa ser dissolvido. 
• A sua eficácia é ex nunc, operando sem necessidade de pronunciamento judicial. 
• O distrato deve obedecer à mesma forma do contrato a ser desfeito quando este tiver 
forma especial, mas não quando esta for livre. 
 
2. Denúncia (ou revogação, ou renúncia) (Art. 473). 
• - Ocorre nas obrigações duradouras, contra a sua renovação ou continuação, 
independentemente do não-cumprimento da outra parte, nos casos permitidos na lei 
(p.ex., a denúncia do Art. 46, §2º da Lei 8.245/91 - Lei do Inquilinato), ou no contrato, 
quando as partes tenham pactuado a possibilidade de resilição unilateral. 
• A resolução unilateral independe de pronunciamento judicial e produz efeitos ex nunc, não 
Retroagindo. 
• No contrato de mandato, a resilição unilateral denomina-se revogação ou renúncia, 
conforme a iniciativa seja do mandante ou do mandatário. 
• Para valer, precisa ser notificada à outra parte, produzindo efeitos a partir do momento 
em que chega ao seu conhecimento. 
• Não precisa ser justificada, mas em certos contratos exige-se justa causa. Na hipótese, a 
ausência de justa causa não impede a resilição, mas obriga a parte a indenizar perdas e 
danos. 
 
Morte de um dos contratantes: A morte de um dos contratantes só acarreta a dissolução dos 
contratos personalíssimos, que não poderão ser executados pela morte daquele em 
consideração do qual foi ajustado. Subsistem as prestações cumpridas, pois seu efeito é ex 
nunc. 
 
Rescisão: Existe o hábito no meio negocial de utilizar a expressão rescisão englobando as 
figuras da resolução e da resilição. Contudo, tecnicamente falando, a rescisão ocorre nas 
hipóteses de dissolução de determinados contratos, como aqueles em que ocorreu lesão (Art. 
157) ou que foram celebrados em estado de perigo (Art. 156).

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