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CCJ0009-WL-RA-02-TP na Narrativa Jurídica-Gênero e Tipologia Textuais (03-08-2012)

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Turma A – Manhã - 2012.1�� HYPERLINK "http://portal.estacio.br/" \o "Estácio" �� INCLUDEPICTURE "http://portal.estacio.br/img/logo.png" \* MERGEFORMATINET ������Teoria e Prática da Narrativa Jurídica
Prof.: Francysco Pablo Feitosa Gonçalves�Disciplina:
CCJ0009��Aula:
002�Assunto: Tipologia Textual, Gênero Textual e Macroestrutura das Peças Processuais�Folha:
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	Plano de Aula: 2 - Teoria e Prática da Narrativa Jurídica
TEORIA E PRÁTICA DA NARRATIVA JURÍDICA
Título
2 - Teoria e Prática da Narrativa Jurídica
Número de Aulas por Semana
Número de Semana de Aula
2
Tema
Gênero e tipologia textuais nas peças processuais.
Objetivos
O aluno deverá ser capaz de:
- Reconhecer as peças processuais como “gênero textual” distinto;
- Identificar os tipos textuais narrativo, descrito, dissertativo argumentativo e injuntivo nas peças processuais;
- Compreender a interdependência desses tipos textuais e qual a sua contribuição para a competência redacional das peças processuais.
Estrutura do Conteúdo
1. Gênero textual
2. Tipologia textual
2.1. Texto narrativo
2.2. Texto descritivo
2.3. Texto argumentativo
2.4. Texto injuntivo
3. Peças processuais e utilização dos diversos tipos textuais
Aplicação Prática Teórica
No Direito, é de grande relevância o que se denomina tipologia textual: narração, descrição, dissertação. O que torna essa questão de natureza textual importante para o direito é sua utilização na produção de peças processuais como a petição inicial, que apresenta diferentes tipos de texto, a um só tempo. Para melhor compreender essa afirmação, observe o esquema da petição inicial e perceba como essa peça pertence a um tipo textual híbrido do discurso jurídico, o que exige do profissional do direito o domínio pleno desse conteúdo.
INSERIR AQUI O ANEXO 1
Questão 1
Identifique a tipologia textual predominante em cada um dos fragmentos listados e justifique sua resposta com elementos do próprio texto.
Fragmento 1
O apelado moveu Ação de Execução por Quantia Certa em face dos ora apelantes, fundando-se na existência de um contrato de locação firmado com Antônio Claudio (autos em apenso).
Em tal ação, consta uma planilha de débitos em que se encontram discriminados os valores supostamente devidos pelos apelantes, planilha essa que será adiante questionada.
Existem relevantes pontos que não podem ser deixados à margem da apreciação deste D. Juízo:
O apelado é possuidor do contrato de locação acima aludido. Tal contrato, que teve à época de sua assinatura os apelantes como garantidores, foi celebrado por prazo determinado, iniciado em 11/01/2007 e findo e 11/01/2008.
Durante o prazo de vigência do referido contrato, os aluguéis e demais encargos da locação vinham sendo quitados pontualmente pelo locatário, sempre sob a vigilância de perto dos fiadores, ora apelantes, que sempre foram diligentes em acompanhar o cumprimento de uma obrigação pela qual respondiam solidariamente.
(Disponível em: http://www.uj.com.br/publicacoes/pecas/1427/APELACAO.
Acesso em: 10 de dezembro de 2010)
Fragmento 2
O "rol familiar" constante da Lex Fundamentalis brasileira não é exaustivo. O legislador se limitou a citar expressamente as hipóteses mais usuais, como a família monoparental e a união estável entre homem e mulher. Todavia, a tônica da proteção não se encontra mais no matrimônio, mas sim na família. O afeto terminou por ser inserido no âmbito de proteção jurídica. Como afirma Zeno Veloso, "num único dispositivo o constituinte espancou séculos de hipocrisia e preconceito".
Dessa forma, mais uma vez, deve-se dizer que o panorama constitucional não deve ser tido como taxativo, mas sim exemplificativo. Assim, o caput do art. 226 da Carta Magna brasileira deve ser vislumbrado como cláusula geral de inclusão, devendo-se impedir a exclusão de qualquer entidade que ateste os pressupostos de ostensibilidade, estabilidade e afetividade.
Para além disso, o Direito das Famílias possui o escopo primordial de proteger toda e qualquer família. As uniões homoafetivas, para além de não serem proibidas no ordenamento brasileiro, estão consagradas dentro do conceito de entidade familiar, por lei infraconstitucional.
(Disponível em: http://jus.uol.com.br/revista/texto/17988/a-guarda-compartilhada-e-as-familias-homoafetivas). Acesso em: 10 de dezembro de 2010.
Fragmento 3
Uma pessoa trafegava com sua moto em alta velocidade por uma avenida, a mais ou menos 100 km/h. Essa avenida fica dentro de um bairro movimentado e cheio de sinais. O condutor estava drogado e totalmente alcoolizado, sem qualquer condição de discernir e reagir a eventos que ocorressem na pista.
(Disponível em: http://forum.jus.uol.com.br/42825/acidente-de-moto-urgente/.
Acesso em: 10 de dezembro de 2010).
Fragmento 4
"De acordo com a inicial de acusação, ao amanhecer, o grupo passou pela parada de ônibus onde dormia a vítima. Deliberaram atear-lhe fogo, para o que adquiriram dois litros de combustível em um posto de abastecimento. Retornaram ao local e enquanto Eron e Gutemberg despejavam líquido inflamável sobre a vítima, os demais atearam fogo, evadindo-se a seguir.
Três qualificadoras foram descritas na denúncia: o motivo torpe porque os denunciados teriam agido para se divertir com a cena de um ser humano em chamas, o meio cruel, em virtude de ter sido a morte provocada por fogo e uso de recurso que impossibilitasse a defesa da vítima, que foi atacada enquanto dormia.
A inicial, que foi recebida por despacho de 28 de abril de 1997, veio acompanhada do inquérito policial instaurado na 1ª Delegacia Policial. Do caderno informativo constam, de relevantes, o auto de prisão em flagrante de fls. 08/22, os boletins de vida pregressa de fls. 43 a 45 e o relatório final de fls. 131/134. Posteriormente vieram aos autos o laudo cadavérico de fls. 146 e seguintes, o laudo de exame de local e de veículo de fls. 172/185, o exame em substância combustível de fls. 186/191, o termo de restituição de fls. 247 e a continuação do laudo cadavérico, que está a fls. 509.
O Ministério Público requereu a prisão preventiva dos indiciados. A prisão em flagrante foi relaxada, não configurada a hipótese de quase flagrância, por não ter havido perseguição, tendo sido os réus localizados em virtude de diligências policiais. [...]
(Disponível em: http://jus.uol.com.br/revista/texto/16291/o-caso-do-indio-pataxo
-queimado-em-brasilia. Acesso em: 10 de dezembro de 2010)
Fragmento 5
O Assédio moral, ou seja, a exposição prolongada e repetitiva do trabalhador a situações humilhantes e vexatórias no trabalho, atenta contra a sua dignidade e integridade psíquica ou física. De modo que é indenizável, no plano patrimonial e moral, além de permitir a resolução do contrato ("rescisão indireta"), o afastamento por doença de trabalho e, por fim, quando relacionado à demissão ou dispensa do obreiro, a sua reintegração no emprego por nulidade absoluta do ato jurídico.
(Disponível em: http://jus.uol.com.br/revista/texto/14748/assedio-moral-e-seus-
efeitos-juridicos. Acesso em: 10 de dezembro de 2010)
Fragmento 6
Segundo o dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, a palavra "assédio" significa "insistência impertinente, perseguição, sugestão ou pretensão constantesem relação a alguém". [...]
Segundo a médica Margarida Barreto, médica do trabalho e ginecologista, assédio moral no trabalho é "a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, sendo mais comuns em relações hierárquicas autoritárias e assimétricas, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e aéticas de longa duração, de um ou mais chefes dirigida a um ou mais subordinado(s), desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização, forçando-o a desistir do emprego".
(Disponível em: http://jus.uol.com.br/revista/texto/7767/identificando-o-assedio-
moral-no-trabalho. Acesso em: 10 de dezembro de 2010).
Questão 2
Acesse o site do STJ e transcreva trecho de um voto em que a narração está a serviço da argumentação e outro em que a descrição está a serviço da narração.
==XXX==
Resumo de Aula (Waldeck Lemos)
	
	2ª AULA – Gênero e Tipologia Textuais nas Peças Processuais
	
	Tipologia Textual, Gênero Textual e Macroestrutura das Peças Processuais
Tipologia Textual: Predominantes em textos Jurídicos.
-Descritivo => Detalhes Característicos.
-Narrativo => Tempo (cronológico e Acronológico).
-Argumentativo => Defende uma Tese = Dissertativo (Faculdade Estácio de Sá).
-Injuntivo => Prescreve algo.
Gêneros Textuais X Tipos Textuais.
Petição:
Art. 282 do CPC – A petição inicial indicará:
Art. 282 do CPC – A petição inicial indicará:
Inciso I
o juiz ou tribunal, a que é dirigida;
Inciso II
os nomes, prenomes, estado civil, profissão, domicílio e residência do autor e do réu;
Inciso III
o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
Inciso IV
o pedido, com as suas especificações;
Inciso V
o valor da causa;
Inciso VI
as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
Inciso VII
o requerimento para a citação do réu.
Exemplo:
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da ___ Vara da Comarca de __________________.
Ação de _____________________.
(Qualificação das Partes) (Texto com caracteres Descritivos).
DOS FATOS (Texto com caracteres Narrativos).
DO DIREITO (Texto com caracteres Argumentativos).
DO PEDIDO (Texto com caracteres Injuntivos).
	FAZER
	Ler: Capítulo: Gênero e Tipologia Textuais – Néli Luiz Cavalieri Fetzner, do livro Interpretação e Produção de Textos Aplicadas ao Direito (Néli Luiz Cavalieri Fetzner).
==XXX==
Resumo de Aula (Professor - Aula Mais - Estácio)
	
	2ª AULA – Gênero e Tipologia Textuais nas Peças Processuais
	
	Teoria e Prática da Narrativa Jurídica
Professor Nelson Tavares
Aula 02
O aluno deverá ser capaz de:
- Reconhecer as peças processuais como “gênero textual” distinto;
- Identificar os tipos textuais narrativo, descrito, dissertativo argumentativo e injuntivo nas peças processuais;
- Compreender a interdependência desses tipos textuais e qual a sua contribuição para a competência redacional das peças processuais.
No Direito, é de grande relevância o que se denomina tipologia textual: narração, descrição, dissertação. O que torna essa questão de natureza textual importante para o direito é sua utilização na produção de peças processuais como a petição inicial, que apresenta diferentes tipos de texto, a um só tempo.
Em geral, classificam-se os textos, quanto à tipologia, sob três nomenclaturas: texto narrativo, texto descritivo e texto dissertativo.
A primeira observação relevante a fazer é que, apesar de a classificação ser didaticamente útil, raramente são produzidos textos puramente narrativos, descritivos ou dissertativos. O que ocorre, na verdade, é uma classificação que considera a predominância das características de um tipo de produção textual em detrimento das demais, menos evidentes, mas não menos importantes.
Na prática redacional de todo texto, é extremamente comum, por exemplo, que uma narrativa seja permeada por trechos descritivos; certas características descritas de uma cena, de um objeto ou de uma pessoa enriquecem de detalhes, de forma inquestionável, os fatos narrados e fornecem material precioso para que essa narrativa possa ser valorada a partir dos interesses de quem conta a história.
Da mesma maneira, fundamentar um determinado ponto de vista exige do argumentador, muitas vezes, que alguns fatos motivadores de sua tese sejam narrados. A descrição de determinadas condutas pode igualmente colaborar para justificar a tese sustentada. A única certeza, enfim, é que narração, descrição e dissertação podem compor, juntas, um só texto e sua separação só se justifica, não raro, por razões acadêmicas.
Enquanto narrar consiste em evidenciar fatos experienciados e desenvolvidos em um determinado tempo e espaço, descrever caracteriza-se por deitar sobre o mundo um olhar estático localizando os elementos da descrição e atribuindo-lhes qualidades que os singularizam. Apesar de se oporem (narração e descrição), são estritamente ligados, pois as ações somente têm sentido com relação às identidades e às qualificações de seus agentes. E mais, o modo descritivo não apenas completa o narrativo – ou o dissertativo – mas dá-lhes sentido.
Não só encontramos dificuldade em separar com clareza os trechos narrativos, descritivos ou dissertativos do texto que compomos, como também desenvolvemos, com esforço, a redação de uma narração imparcial, sem sustentar — tenuamente que seja — uma opinião, ou enfatizar uma característica descrita, por concebê-la mais relevante.
Na verdade, nada impede afirmar, por exemplo, que a descrição do estado psicológico de uma pessoa cujo filho morreu por conta de negligência médica seja o recurso utilizado para persuadir o interlocutor de que o autor de uma ação faz jus à indenização. Essa interdependência entre os tipos de texto pode ocorrer na produção dos textos jurídicos, como também em qualquer outra produção escrita.
-Texto Narrativo - consiste em evidenciar fatos experienciados e desenvolvidos por certos personagens em um certo tempo e espaço.
-Texto Narrativo - consiste em evidenciar fatos experienciados e desenvolvidos por certos personagens em um certo tempo e espaço.
-Texto Dissertativo – consiste em apresentar idéias, analisá-las, defender um ponto de vista sustentado em argumentos. 
-Texto Injuntivo – consiste em exprimir uma ordem ou pedido de execução ou não execução de uma determinada ação.
É importante você saber:
Apesar de a classificação ser didaticamente útil, raramente são produzidos textos puramente narrativos, descritivos, dissertativos ou injuntivos.
O que ocorre, na verdade, é uma classificação que considera a predominância das características de um tipo de produção textual em detrimento dos demais, menos evidentes, mas não menos importantes.
Textos:
Texto: Luiz Ignácio da Costa Filho, ora recorrido, ajuizou ação de indenização por danos morais em face do Hospital São Miguel, objetivando o recebimento de quantia equivalente a 2.000 (dois mil) salários mínimos, “tendo em vista todo o sofrimento experimentado pelo Autor desde o início do sofrimento de seu filho, advindo pela mal sucedida cirurgia, que culminou na hemorragia interna, causadora da morte do menor” (fl. 05).
O Juízo Monocrático julgou parcialmente procedente o pedido inicial e condenou a ré ao pagamento da importância equivalente a 1.000 (hum mil) salários mínimos à época do efetivo desembolso. Irresignados, o Hospital São Miguel e a Associação São Miguel, instituição filantrópica e sua mantenedora, apelaram ao eg. Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, o qual, por maioria, negou provimento ao apelo. [...]
Texto: Um estudo da Nasa revelou que 2005 foi o ano mais quente desde que a temperatura global começou a ser medida, no fim do século XIX.
A medição, feita por satélites e estações meteorológicas instaladas na terra e no mar, mostrou que os termômetros apresentaram as maiores elevações nos pólos e nas regiões mais altas do Hemisfério Norte, como o Alasca, a Sibéria e a Groelândia.O ano mais quente na Terra havia sido 1998, quando o El Niño deixou um rastro de anomalias climáticas no mundo inteiro.
Texto: O princípio do estado de inocência ou, como preferem, da presunção de inocência, previsto na Constituição Federal de 1988 (art. 5.º, LVII), determina, antes de a sentença condenatória transitar em julgado, a impossibilidade de se impor ao acusado de um crime qualquer medida de coação pessoal ao seu direito de liberdade, que se revista de característica de execução de pena. Proíbe-se a denominada “pena antecipada”, exceção às providências de natureza cautelar (prisão em flagrante, preventiva e temporária). Nesse sentido: TJSP, HC n. 79.434,
(Damásio de Jesus)
No Direito, é de grande relevância o que se denomina tipologia textual: narração, descrição, dissertação. O que torna essa questão de natureza textual importante para o direito é sua utilização na produção de peças processuais como a petição inicial, que apresenta diferentes tipos de texto, a um só tempo. Para melhor compreender essa afirmação, observe o esquema da petição inicial e perceba como essa peça pertence a um tipo textual híbrido do discurso jurídico, o que exige do profissional do direito o domínio pleno desse conteúdo.
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da ___ Vara da Comarca de ______________. (art. 282, I do CPC)
Ação de _____________________.
(Qualificação das Partes) (art. 282, II do CPC) 
(Texto com caracteres Descritivos).
DOS FATOS (art. 282, III do CPC)
(Texto com caracteres Narrativos).
DO DIREITO (art. 282, III do CPC)
(Texto com caracteres Argumentativos).
DO PEDIDO (art. 282, IV do CPC)
(Texto com caracteres Injuntivos).
DAS PROVAS (art. 282, VI do CPC)
DO VALOR DA CAUSA (art. 282, V do CPC)
Nesses termos,
Pede deferimento.
Local, data e assinatura
QUESTÕES PARA RESPONDER:
Questão 1
Identifique a tipologia textual predominante em cada um dos fragmentos listados e justifique sua resposta com elementos do próprio texto.
Fragmento 1
O apelado moveu Ação de Execução por Quantia Certa em face dos ora apelantes, fundando-se na existência de um contrato de locação firmado com Antônio Claudio (autos em apenso).
Em tal ação, consta uma planilha de débitos em que se encontram discriminados os valores supostamente devidos pelos apelantes, planilha essa que será adiante questionada.
Existem relevantes pontos que não podem ser deixados à margem da apreciação deste D. Juízo:
O apelado é possuidor do contrato de locação acima aludido. Tal contrato, que teve à época de sua assinatura os apelantes como garantidores, foi celebrado por prazo determinado, iniciado em 11/01/2007 e findo e 11/01/2008.
Durante o prazo de vigência do referido contrato, os aluguéis e demais encargos da locação vinham sendo quitados pontualmente pelo locatário, sempre sob a vigilância de perto dos fiadores, ora apelantes, que sempre foram diligentes em acompanhar o cumprimento de uma obrigação pela qual respondiam solidariamente.
(Disponível em: http://www.uj.com.br/publicacoes/pecas/1427/APELACAO.
Acesso em: 10 de dezembro de 2010)
Fragmento 2
O "rol familiar" constante da Lex Fundamentalis brasileira não é exaustivo. O legislador se limitou a citar expressamente as hipóteses mais usuais, como a família monoparental e a união estável entre homem e mulher. Todavia, a tônica da proteção não se encontra mais no matrimônio, mas sim na família. O afeto terminou por ser inserido no âmbito de proteção jurídica. Como afirma Zeno Veloso, "num único dispositivo o constituinte espancou séculos de hipocrisia e preconceito".
Dessa forma, mais uma vez, deve-se dizer que o panorama constitucional não deve ser tido como taxativo, mas sim exemplificativo. Assim, o caput do art. 226 da Carta Magna brasileira deve ser vislumbrado como cláusula geral de inclusão, devendo-se impedir a exclusão de qualquer entidade que ateste os pressupostos de ostensibilidade, estabilidade e afetividade.
Para além disso, o Direito das Famílias possui o escopo primordial de proteger toda e qualquer família. As uniões homoafetivas, para além de não serem proibidas no ordenamento brasileiro, estão consagradas dentro do conceito de entidade familiar, por lei infraconstitucional.
(Disponível em: http://jus.uol.com.br/revista/texto/17988/a-guarda-compartilhada-e-as-familias-homoafetivas). Acesso em: 10 de dezembro de 2010.
Fragmento 3
Uma pessoa trafegava com sua moto em alta velocidade por uma avenida, a mais ou menos 100 km/h. Essa avenida fica dentro de um bairro movimentado e cheio de sinais. O condutor estava drogado e totalmente alcoolizado, sem qualquer condição de discernir e reagir a eventos que ocorressem na pista.
(Disponível em: http://forum.jus.uol.com.br/42825/acidente-de-moto-urgente/.
Acesso em: 10 de dezembro de 2010).
Fragmento 4
"De acordo com a inicial de acusação, ao amanhecer, o grupo passou pela parada de ônibus onde dormia a vítima. Deliberaram atear-lhe fogo, para o que adquiriram dois litros de combustível em um posto de abastecimento. Retornaram ao local e enquanto Eron e Gutemberg despejavam líquido inflamável sobre a vítima, os demais atearam fogo, evadindo-se a seguir.
Três qualificadoras foram descritas na denúncia: o motivo torpe porque os denunciados teriam agido para se divertir com a cena de um ser humano em chamas, o meio cruel, em virtude de ter sido a morte provocada por fogo e uso de recurso que impossibilitasse a defesa da vítima, que foi atacada enquanto dormia.
A inicial, que foi recebida por despacho de 28 de abril de 1997, veio acompanhada do inquérito policial instaurado na 1ª Delegacia Policial. Do caderno informativo constam, de relevantes, o auto de prisão em flagrante de fls. 08/22, os boletins de vida pregressa de fls. 43 a 45 e o relatório final de fls. 131/134. Posteriormente vieram aos autos o laudo cadavérico de fls. 146 e seguintes, o laudo de exame de local e de veículo de fls. 172/185, o exame em substância combustível de fls. 186/191, o termo de restituição de fls. 247 e a continuação do laudo cadavérico, que está a fls. 509.
O Ministério Público requereu a prisão preventiva dos indiciados. A prisão em flagrante foi relaxada, não configurada a hipótese de quase flagrância, por não ter havido perseguição, tendo sido os réus localizados em virtude de diligências policiais. [...]
(Disponível em: http://jus.uol.com.br/revista/texto/16291/o-caso-do-indio-pataxo
-queimado-em-brasilia. Acesso em: 10 de dezembro de 2010)
Fragmento 5
O Assédio moral, ou seja, a exposição prolongada e repetitiva do trabalhador a situações humilhantes e vexatórias no trabalho, atenta contra a sua dignidade e integridade psíquica ou física. De modo que é indenizável, no plano patrimonial e moral, além de permitir a resolução do contrato ("rescisão indireta"), o afastamento por doença de trabalho e, por fim, quando relacionado à demissão ou dispensa do obreiro, a sua reintegração no emprego por nulidade absoluta do ato jurídico.
(Disponível em: http://jus.uol.com.br/revista/texto/14748/assedio-moral-e-seus-
efeitos-juridicos. Acesso em: 10 de dezembro de 2010)
Fragmento 6
Segundo o dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, a palavra "assédio" significa "insistência impertinente, perseguição, sugestão ou pretensão constantes em relação a alguém". [...]
Segundo a médica Margarida Barreto, médica do trabalho e ginecologista, assédio moral no trabalho é "a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, sendo mais comuns em relações hierárquicas autoritárias e assimétricas, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e aéticas de longa duração, de um ou mais chefes dirigida a um ou mais subordinado(s), desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização, forçando-o a desistir do emprego".
(Disponível em: http://jus.uol.com.br/revista/texto/7767/identificando-o-assedio-
moral-no-trabalho. Acesso em: 10 de dezembro de 2010).
Questão2
Acesse o site do STJ e transcreva trecho de um voto em que a narração está a serviço da argumentação e outro em que a descrição está a serviço da narração.
Para a solução da questão 2, observar os fragmentos das decisões que seguem:
2.1-NARRAÇÃO A SERVIÇO DA ARGUMENTAÇÃO
VER SITE NO ANEXO
2.2-DESCRIÇÃO A SERVIÇO DA NARRAÇÃO: INFORMATIVO - TERCEIRA TURMA STJ
UNIÃO ESTÁVEL. SEXAGENÁRIOS. REGIME. BENS.
Trata o caso de definir se há necessidade da comprovação do esforço comum para a aquisição do patrimônio a ser partilhado, com a peculiaridade de que, no início da união estável reconhecida pelo tribunal a quo pelo período de 12 anos, um dos companheiros era sexagenário. A Turma, ao prosseguir o julgamento, por maioria, entendeu, entre outras questões, que, embora prevalecendo o entendimento do STJ de que o regime aplicável na união estável entre sexagenários é o da separação obrigatória de bens, segue esse regime temperado pela Súm. n. 377-STF, com a comunicação dos bens adquiridos onerosamente na constância da união (...) REsp 1.171.820-PR, Rel. originário Min. Sidnei Beneti, Rel. para o acórdão, Min. Nancy Andrighi, julgado em 7/12/2010. 
ANEXO
SITE QUESTÃO 2
https://ww2.stj.jus.br/revistaeletronica/Abre_Documento.asp?sLink=ATC&sSeq=13318628&sReg=201001529113&sData=20101215&sTipo=51&formato=PDF
==XXX==
	Capítulo: Gênero e Tipologia Textuais
Livro: Interpretação e Produção de Textos Aplicadas ao Direito
(Néli Luiz Cavalieri Fetzner)
	
==XXX==
MD/Direito/Estácio/Período-02/CCJ0009/Aula-002/WLAJ/DP
MD/Direito/Estácio/Período-02/CCJ0009/Aula-002/WLAJ/DP

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