Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Doenças Infecciosas e Parasitárias III – Amaríntia Rezende DOENÇA DE AUJESZKY Proliferação em grandes granjas com alta densidade suína. Doença de notificação obrigatória compulsória IMPORTÂNCIA ECONÔMICA Mortalidade em animais jovens (100% dos leitões) – Problemas respiratórios Desempenho reprodutivo: abortamentos, repetição de cio, esterilidade em machos ETIOLOGIA Alphaherpesvirinae Similaridade com a catapora/varicela PATOGENIA SINAIS E SINTOMAS Depende da idade do animal e da espécie. Nos suínos existe doença respiratória, reprodutiva e nervosa. Animais mais jovens tem doença mais severa, devido a imunidade. Nos não suínos tem sinais nervosos. Animais imunocomprometidos tem maior probabilidade de adoecer. Leitões de até 3 semanas: Incubação de 1 a 2 dias. Febre, dispnéia, descarga oral/nasal, vômito, diarréia, tremores, ataxia, convulsões. Morte em 1-2 dias. Letalidade 100%. Leitões de 3 semanas e até 5 meses: mesmos sintomas, porém, morte em 3-8 dias e mortalidade 5%. Animais sobreviventes podem apresentar cegueira. Animais adultos: mesmos sinais, porém mais brandos. Suínos reprodutores: abortamentos, parição de fetos mumificados, repetição de cio, orquite, degeneração testicular, queda da qualidade de sêmen, esterilidade. Ruminantes: prurido no local da mordedura, anorexia, salivação, incoordenação, hiperexcitabilidade, agressividade, convulsões, coma, morte. Cães e gatos: anorexia, salivação, incoordenação, hiperexcitabilidade, coma, morte. CADEIA EPIDEMIOLÓGICA Vias de eliminação: oral, nasal, trato reprodutivo Vias de transmissão: aerossóis, saliva, sêmen, carne de animais doentes, transplacentária. Portas de entrada: oral, nasal, trato reprodutivo, feridas por mordedura. Susceptíveis: mamíferos. Em infecções agudas: o vírus é eliminado por mais de 2 semanas por epitélio tonsilar (saliva), leite, urina e secreções genitais Aerossóis: até 2km. DIAGNÓSTICO Alta mortalidade em leitões neonatos Ocorrência de sinais e sintomas em outras espécies. Patologia: hiperemia, hemorragias e ulcerações nas mucosas, brônquios, traqueia, epiglote e turbinados nasais. Tonsilite, petéquias em córtex renal, hemorragias e congestão em linfonodos, necrose hepática focal, congestão de meninges. Meningoencefalite, degeneração neuronal, ganglioneurite. Diagnóstico: amostras de cérebro e tonsilas para o Instituto Biológico de São Paulo. Inoculação em animais de laboratório. Cultivo celular. Imunofluorescência. Diagnóstico indireto: soroneutralização e ELISA. Diagnóstico diferencial: gastroenterite, colibacilose, salmonelose, raiva, peste suína. PREVENÇÃO E CONTROLE Remover os animais positivos ou suspeitos do rebanho Comunicar o órgão de serviço veterinário mais próximo imediatamente. 2 Doenças Infecciosas e Parasitárias III – Amaríntia Rezende Desinfecção do ambiente com amônio quaternário. Vacinas: vivas atenuadas, inativadas, com deleções genéticas. Proteção contra os sinais, excreção viral. Em casos de surtos: interdição, inquérito epidemiológico. PESTE SUÍNA CLÁSSICA A PSC traz prejuízos sanitários e socioeconômicos graves É uma doença de origem viral (Pestivírus), altamente contagiosa Febre suína e cólera dos porcos. ETIOLOGIA Família Flaviviridae Gênero Pestivírus Vírus RNA Pode causar infecções persistentes Sobrevivência: sobrevive bem em ambientes frios e pode sobreviver a alguns processamentos de carne (curado e defumado). Hospedeiros: suínos e javalis são os únicos reservatórios naturais do vírus da PSC. TRANSMISSÃO Contato direto entre animais (secreções, excretas, sêmen, sangue) Propagação por pessoas, utensílios, veículos, roupas, instrumentos e agulhas. Utilização de restos de alimentos sem tratamento térmico adequado na alimentação dos animais Infecção transplacentária. Vias de infecção: ingestão, contato com conjuntivas, mucosas, lesões de pele, inseminação, penetração sanguínea. Período de incubação: 7 a 10 dias. SINAIS CLÍNICAS Diminuem ou param de comer Febre Amontoamento Manches avermelhadas pelo corpo, atrás das orelhas, entre as pernas e na papada. Abortos, morte de recém-nascidos e fetos mumificados Conjuntivite. Morte em 5 a 14 dias depois do início da doença Mortalidade de animais jovens próxima a 100%. Forma crônica: prostração, apetite irregular, febre, diarreia. Recuperação aparente, com recaída posterior e morte Forma congênita: tremor congênito, debilidade, retardo no crescimento e morte. Forma suave (fêmeas): febre, inapetência, morte e reabsorção fetal ou mumificação, natimortalidade. Nascimento de leitões congenitamente infectados, aborto (pouco frequente). CONTROLE Vacinação Limpeza e desinfecção das instalações e dos veículos que transportam animais. CIRCOVIROSE Vírus DNA circular Fita simples, não envelopado Família Circoviridae São vírus estáveis no ambiente, e extremamente resistentes a desinfetantes. Circovírus suíno tipo 1 (PCV1), Circovírus Suíno tipo 2 (PCV2) e recentemente o Circovírus suíno tipo 3 (PCV3). O PCV2 por sua vez, é o agente responsável pela circovirose suína A circovirose suína apresenta diferentes manifestações clínicas, a mais importante é a Síndrome Multissistêmica do Definhamento 3 Doenças Infecciosas e Parasitárias III – Amaríntia Rezende Suíno (SMDS), que acomete leitões entre 5 a 12 semanas de idade. Outras formas de apresentação da doença incluem problemas respiratórios, enterites, dermatite e nefropatia, além de falhas reprodutivas (mumificados, natimortos, nascimento de leitegadas fracas, e em menor frequência abortos). TRANSMISSÃO Fezes infectadas; Propagação mecânica através de roupas, equipamentos, caminhões, etc; Produção contínua (sem vazio sanitário); Altas densidades; O uso de injeções parece espalhar o vírus no rebanho mais rapidamente; Coinfecções especialmente com PRRS ou parvovírus. SINAIS CLÍNICOS Tende a ser uma doença lenta e progressiva, com alta taxa de mortalidade em suínos afetados; Normalmente começa por volta das 6-8 semanas de idade. Os suínos desmamados perdem peso e gradualmente tornam-se magros. Sua pelagem se torna áspera e sua pele pálida e às vezes amarelada; Morte súbita; Aumento do tamanho dos gânglios linfáticos periféricos, especialmente entre as patas traseiras; Alguns casos podem mostrar diarreia; Eles podem mostrar desconforto respiratório causado por pneumonia intersticial; Incoordenação; DIAGNÓSTICO Como a maioria das granjas possui anticorpos contra o circovírus suíno, a realização de testes sorológicos geralmente não ajuda no diagnóstico; Os sinais clínicos não são específicos e vários suínos devem ser necropsiados para fazer um diagnóstico; Diagnóstico: Depleção linfóide, grande quantidade de PCV2 no tecido (Imuno- histoquímica) e quadro clínico. CONTROLE E PROFILAXIA No Brasil há cinco vacinas comerciais, sendo que três delas são somente contra o PCV2a, uma contra o PCV2b e uma contra PCV2a e PCV2b. PARVOVIROSE SUÍNA O Parvovírus Suíno tem distribuição mundial e é considerado uma das principais doenças infecciosas causadoras de problemas reprodutivos em suínos. Os parvovírus têm como alvo células em alta atividade mitótica, o que os faz preferir tecidos linfoides no adulto e tecidos embrionários ou fetais em uma fêmea prenhe. DNA fita simples Não envelopado O parvovírus suíno pode persistir por até quatro meses no ambiente, sen do resistente a solventes orgânicos (ex: éter), enzimas proteolíticas, pH entre 3 e 9 e temperatura de 60°C por 2 horas. Sua inativaçãoé feita de forma adequada quando é retirado o material orgânico do ambiente e utilizado hipo clorito de sódio ou formalina a 3%. TRANSMISSÃO Em geral, o vírus chega a uma granja por meio da introdução de animais portadores inaparentes ou de sêmen de animais infectados. A disseminação é rápida, através de contato direto dos animais susceptíveis com fezes, urina, secreções, fetos, materiais contaminados ou, ainda, por transmissão transplacentária. SINAIS CLÍNICOS Os reprodutores machos não apresentam sinais clínicos, porém, quando infectados, disseminam vírus para as fêmeas via monta natural ou 4 Doenças Infecciosas e Parasitárias III – Amaríntia Rezende inseminação artificial, além da eliminação do vírus por fezes e secreções. DIAGNÓSTICO No caso de suspeita de parvovirose suína, o soro sanguíneo da fêmea que apresentou sinais clínicos e os fetos abortados ou natimortos devem ser enviados para o laboratório. Pode-se testar também o soro sanguíneo dos machos reprodutores da propriedade, pois eles podem estar disseminando o vírus para o plantel. Entre os métodos diagnósticos indiretos, que têm como objetivo a detecção de anticorpos anti-PVS, encontramos as técnicas de inibição da hemaglutinação, imunoperoxidase, imunofluorescência e ELISA. Nos diretos se encontram PCR, Imunofluorescência, microscopia eletrônica, hemaglutinação, imunoperoxidase, ILISA e isolamento viral. CONTROLE E PROFILAXIA As vacinas inativadas são as mais utilizadas em todo o mundo. É indicado que todos os animais reprodutores do plantel (machos e fêmeas) sejam vacinados O protocolo de vacinação e as reaplicações podem variar dependendo do fabricante da vacina DOENÇA DE NEW CASTLE É considerada como uma das mais importantes doenças aviárias do mundo Galinhas e várias espécies. ETIOLOGIA Família Paramyxoviridae Gênero Avulavirus – RNA envelopado Doze sorotipos de vírus (AMPV-1 a AMPV-12) Os vírus APMV-1 são classificados em três ou mais cepas, baseados na sua virulência em galinhas o Cepas lentogênicas o Cepas mesogênicas o Cepas velogênicas ▪ Forma neurotrópica – sinais respiratórios ▪ Forma viscerotrópica – lesões intestinais hemorrágicas Espécies afetadas: aves silvestres, aves domésticas, pombos, alguns mamíferos. TRANSMISSÃO Inalação ou ingestão Aves secretam o vírus nas fezes e secreções respiratórias Acredita-se que as aves galináceas eliminem o APMV-1 por 1 a 2 semanas Eliminação prolongada por corujas, psitacídeos e cormorões (1 mês). Sobrevivência de vírus em aerossol – dependendo da umidade e outros fatores ambientes, bem como concentração de frangos infectados. A APMV-1 está presente em todas as partes da carcaça e persiste por algum tempo em temperaturas frias. Sobrevive em cascas de ovos Aviários. Desinfecção: hipoclorito de sódio, desinfetantes fenólicos, glutaraldeído, clorexidine e agentes oxidantes. 5 Doenças Infecciosas e Parasitárias III – Amaríntia Rezende O VÍRUS Período de incubação: 2 a 14 dias. Sinais – variados o Cepas lentogênicas x cepas velogênicas SINAIS CLÍNICOS Letargia, inapetência Penas eriçadas, vermelhidão conjuntival e edema Algumas aves desenvolvem diarreia aquosa, esverdeadas ou brancacenta, sinais respiratórios (incluindo cianose) e edema dos tecidos da cabeça e pescoço. A postura de ovos geralmente diminui drasticamente e os ovos podem ser deformados, coloridos anormalmente e com casca fina e áspera e albúmen aquoso. Morte súbita, com sinais mínimos ou ausentes também é visto com frequência. Sinais neurológicos (tremores, espasmos, paresia ou paralisia das asas e/ou membros, andar em círculos) Sinais nervosos podem ocorrer concomitantemente com outros sinais da doença, mas são geralmente observadas mais tardiamente no curso da doença e as aves podem estar alertas. Galinhas sobreviventes podem apresentar dano neurológico e/ou decréscimo permanente na produção de ovos. DIAGNÓSTICO Material – swab traqueal e cloacal Material necropsia Inoculado em ovos embrionados e cultivos celulares PCR Sorologia – ELISA e inibição de hemaglutinação. PREVENÇÃO Biosseguridade Surtos – despovoamento, quarentena. Não tem vacina no Brasil. DOENÇA DE MAREK É uma doença linfoproliferativa comum em frangos. Formação de tumores. A incidência é bastante variável em aves comerciais e baixa em geral desde a introdução mundial de vacinas. Alta mortalidade, causa imunossupressão severa, formação de tumores, infiltrações linfocitárias em diferentes órgãos e tecidos. ETIOLOGIA Família: Herpesviridae Subfamília: Alfhaherpesviridae Gênero: Mardivírus Ciclo lítico e curto. TRANSMISSÃO Contato direto e via aérea Acontece principalmente em aves jovens (1-16 semanas) A transmissão por cascudinhos tem sido relatada, mas em aves de vida livre. PATOGENIA O vírus de Marek se replica no epitélio folicular das penas e é disseminado no ambiente através de células epiteliais descamadas que se combinam com a poeira ambiental, onde o vírus pode sobreviver por longos períodos. A poeira contaminada pode acumular nas roupas, calçados, ovos e materiais de embalagem. Ela se dispersa no ar com facilidade e serve de veículo para transmissão do vírus. A infecção começa quando os pintinhos inalam ar contaminados com poeira ou células de descamação, e o vírus chega aos pulmões, onde é capturado por macrófagos e células dendríticas. O vírus chega aos folículos das penas, onde completa o ciclo de replicação e é excretado dentro das células epiteliais descamadas, que se incorporam a poeira do ambiente. Fazem latência em linfócitos. As células dentríticas processam e transportam o vírus para órgãos linfoides, onde infectam os linfócitos B e depois, os linfócitos T. SINAIS CLÍNICOS 6 Doenças Infecciosas e Parasitárias III – Amaríntia Rezende Forma visceral: depressão, anorexia, perda de peso, palidez e diarreia. Forma nervosa: paresia ou paralisia, incoordenação, espasmos nos membros, dilatação do papo e paralisia flácida do pescoço. Morte geralmente resulta da fome e desidratação, devido a incapacidade para alcançar comida e água. DIAGNÓSTICO O diagnóstico deve ser baseado no histórico clínicos incluindo mortalidade, lesões que incluam nervos periféricos engrossados, tumores em vários órgãos internos, nódulos da pele, irregularidades na forma e na coloração dos olhos (olhos cinzas). Confirmação por histopatologia o Fígado, baço, nervos periféricos, Bursa de Fabricius, gônadas, pele e olhos. Isolamento do vírus tem pouco valor diagnóstico. PCR e imuno-histoquímica PREVENÇÃO Vacinação: em ovo (embrião de 18 dias) ou no nascimento (SC ou IM). Fatores predisponentes para que a doença se manifeste: estresse calórico, alta densidade, espaço insuficiente, condições impróprias, micotoxinas. INFLUENZA ETIOLOGIA Vírus RNA, envelopado, polaridade negativa Família Orthomyxoviridae Alta variabilidade antigênica devido ao genoma segmentado Genoma segmentado. Confere o vírus da influenza, variabilidade antigênica, com vários tipos de HÁ e NA, combinando-se, originando vírus mais ou menos virulentos, ou tira a sua capacidade. Glicoproteínas HA (hemaglutinina) e NA (neuroaminidase) Três tipos: A, B e C. Infecção respiratória aguda Afeta humanos, aves e vários mamíferos. Picos sazonais EPIDEMIOLOGIA As aves aquáticas são consideradas os principais reservatórios do vírus. Não adoecem e carregam o vírus e são responsáveis pela manutenção do vírus na natureza. Infecta principalmente equinos, suínos, humanos e nas aves domésticas. Além de outrosanimais. Vacinas tem que ser refeita a cada 3 anos, as mutações geram proteínas diferentes que o anticorpo não consegue mais reconhecer, perdendo a capacidade de ligar-se ao antígeno (Drift antigênico). Mutações: por deleção, por inserção, shift antigênico. Shift antigênico (ressortimento): vírus possui um genoma segmentado. Quando dois vírus que infectam espécies diferentes, infectam a mesma célula, ao mesmo tempo, dão origem a um novo vírus que pode ser altamente patogênico. O suíno são amplificadores de vírus influenza, pois tem facilidade de ser infectado por vírus que infectam outros animais. INFLUENZA AVIÁRIA 7 Doenças Infecciosas e Parasitárias III – Amaríntia Rezende Doença infecto contagiosa das aves causadas pelo vírus da influenza tipo A Semelhante a gripe dos humanos Família Orthomyxoviridae Nos vírus da influenza aviária, há linhagens altamente patogênicas e linhagens de baixa patogenicidade. Há vírus que são de notificação obrigatória (H5N1). Altamente patogênico. Vírus H7N9 baixa patogenicidade. ETIOLOGIA Família: Orthomyxoviridae Tipo A (aves), B e C (humanos) RNA vírus, envelopados Hemaglutinina (16) e Neuraminidase (9) Vírus sensíveis a solventes orgânicos e detergentes. Sensíveis a maioria dos desinfetantes, calor, luz UV, radiação, extremos de pH, ambiente seco. Sobrevivência na matéria orgânica. Eliminação: secreções nasais e orais, fezes. HOSPEDEIROS Aves domésticas, perus, galinhas e aves silvestres: susceptíveis Aves aquáticas, domésticas e silvestres (reservatórios naturais). Suínos conseguem se infectar com vírus que infectam outras espécies (amplificadores). H5N1 Endêmico entre aves na ásia e no oriente médio, com surtos em outros países orientais. O período de incubação pode ser de algumas horas a alguns dias em pássaros individuais e até duas semanas em lotes de aves TRANSMISSÃO Secreções respiratórias, fezes Ração e água contaminadas Fômites, carcaças, contato com outras espécies domésticas/silvestres. Humanos: respiratório, contato com fômites, ingestão de carne crua. SINTOMAS BAIXA PATOGENICIDADE Sinusite, rinite, conjuntivite Edema de cabeça e face Aerossaculite, traquíte, pneumonia Peritonite, edema de oviduto Hemorragia e involução do ovário Queda na produção de ovos, ovos com deformidades Diarreia Rins aumentados Infecções bacterianas secundárias concomitantes ALTA PATOGENICIDADE Edema de cabeça, cristais, barbelas e pernas Sinusite, rinite Hemorragia subcutânea nos pés Edema e congestão pulmonar Hemorragia nos órgãos internos, traqueia, coração, proventrículo, intestino. DIAGNÓSTICO Presuntivo: sinais clínicos Confirmativo: isolamento e identificação do vírus Isolamento viral: inoculação de ovos embrionados Identificação viral: imunodifusão em gél de ágar Sorologia: inibição da hemaglutinação, vírus neutralização, ELISA Detecção direta no vírus: imunofluorescência e imuno-histoquímica 8 Doenças Infecciosas e Parasitárias III – Amaríntia Rezende Diagnóstico diferencial: new castle, clamídia, micoplasma, coriza infecciosa, cólera aviária, pneumovirose, laringotraqueíte. TRATAMENTO Não existe – aves Humanos – hipoclorito de amantadina e rimantadina. PREVENÇÃO E CONTROLE Rigorosas medidas de biosseguridade Notificação obrigatória Telamento dos galpões Monitoração e controle de aves migratórias VACINAÇÃO Vacina eficiente x subtipos e mutação do vírus Vacinas inativadas Vacinas vivas recombinantes INFLUENZA EQUINA EPIDEMIOLOGIA Equinos de todas as idades Maior prevalência em animais com idade inferior a 2 anos Associado a transporte, equinos atletas Morbidade pode chegar a 100% Mortalidade costuma ser baixa, exceto em animais imunossuprimidos, recém-nascidos e muares. TRANSMISSÃO Aerossóis, secreções, água e alimento contaminados e por contato direto Animais naturalmente infectados possuem melhor resposta imunológica frente a novas infecções, comparados aos imunizados artificialmente A primo-infecção natural pode conferir boa imunidade por até 6 meses e induzir imunidade parcial até um ano. VIABILIDADE DO VÍRUS Superfícies lisas (aço) – de 48 a 72h (até 10min nas mãos) Superfícies porosas (lenços, roupas) 12h e 5min nas mãos Protegidas por muco, ao abrigo do sol/dessecação – 2 semanas ou mais. PATOGENIA Replica no epitélio pulmonar, causando descamação do tecido DIAGNÓSTICO Swab nasal/orofaríngeo – PCR em tempo real Sorológico – pareado Método indireto- procura anticorpo TRATAMENTO Sintomático: analgésico, antitérmico Repouso, alimentação leve PROFILAXIA Evitar aglomerações, ambientes fechados Evitar contato com animais doentes Vacinação DOENÇA DE GUMBORO A Doença de Gumboro ou Doença Infecciosa da Bursa (IBD) é uma enfermidade fortemente presente nas produções de aves, gerando enormes prejuízos econômicos através da mortalidade e diminuição da eficácia do lote. Afeta principalmente pintinhos, entre as primeiras 3 e 6 semanas de vida A IBD é uma infecção viral aguda altamente contagiosa das aves jovens, causado por um Birnavírus. Família Birnaviridae Gênero Avibirnavirus Vírus RNA Sorotipo 1 – patogênico Sorotipo 2 – não patogênico 9 Doenças Infecciosas e Parasitárias III – Amaríntia Rezende As aves infectadas desenvolvem um quadro de imunossupressão grave de difícil reversão. TRANSMISSÃO O Birnavírus causador da IBV possui predileção pelos tecidos linfóide presentes na Bolsa de Fabrícius, responsável diretamente pelo desenvolvimento do sistema imune das aves. Transmissão: via oral, respiratória ou ocular Após entrar no organismo ele se replica no intestino, seguindo para fígado e alcança a corrente sanguínea, chegando a bolsa de Fabricius 24h após a inoculação do vírus Transmitem o vírus durante 10 a 14 dias pelas fezes. O vírus por longos períodos em matéria orgânica Vetores como insetos, aves, cães, gatos, roedores e até os seres humanos são capazes de levar o vírus de lotes contaminados para lotes sadios SINAIS CLÍNICOS As aves acometidas pelo IBV apresentam lesões no fígado; hemorragias petequiais na musculatura; aumento do muco intestinal; rins inchados e esbranquiçados. Lesão na bolsa de Fabricius, edema, lesão hemorrágica e transudato fibroso. A ave apresenta diarréia, prostração, inapetência, redução de crescimento, desidratação e infecções secundarias são muito comuns. DIAGNÓSTICO O diagnóstico consiste na observação dos sinais clínicos em conjunto com as lesões encontradas na bolsa de Fabricius, fígado, rins. ELISA PCR Isolamento viral Imunohistoquímica TRATAMENTO Não existe tratamento para a doença de Gumboro em aves e o controle da doença deve ser feito por meio de medidas preventivas e de biossegurança. PROFILAXIA Vacinação com vacinas vivas em animais em crescimento 3 dias antes da perda da imunidade materna, antes que esses anticorpos caiam para menos de 200. Vacinas inativadas em reprodutoras e galinhas poedeiras para aumentar a imunidade materna para futuros pintinhos. Limpeza e desinfecção da granja ou casa. Controle de acesso à granja. Controle de insetos que podem transmitir o vírus em rações e camas
Compartilhar