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Anestesiologia: Avaliação, Plano e Monitorização

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Anestesiologia 
8º Período 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 1 
Anestesiologia 
Profº. Renato 
Sumário 
História da Anestesia ........................................................................................................................................ 4 
Introdução ................................................................................................................................................... 4 
Avaliação pré-anestésica .................................................................................................................................. 5 
Introdução ................................................................................................................................................... 5 
Anamnese .................................................................................................................................................... 6 
Exame Físico ................................................................................................................................................ 8 
Orientações quanto ao tempo de jejum pré-operatório ................................................................... 8 
Exames complementares .......................................................................................................................... 8 
Índice de Avaliação pré-operatória ........................................................................................................ 9 
Plano anestésico....................................................................................................................................... 10 
Medicamentos .......................................................................................................................................... 10 
Atividade em sala ............................................................................................................................................ 13 
Questão 1 .................................................................................................................................................. 13 
Questão 2 .................................................................................................................................................. 13 
Questão 3 .................................................................................................................................................. 13 
Questão 4 .................................................................................................................................................. 14 
Questão 5 .................................................................................................................................................. 14 
Monitorização em anestesia .......................................................................................................................... 14 
Introdução ................................................................................................................................................. 14 
Monitorização ........................................................................................................................................... 15 
Equipamentos ........................................................................................................................................... 15 
Monitorização hemodinâmica .............................................................................................................. 18 
Capnografia ............................................................................................................................................... 18 
Monitorização da temperatura no perioperatório ........................................................................... 20 
Manejo de Vias Aéreas ................................................................................................................................... 21 
Caso clínico ............................................................................................................................................... 21 
Histórico .................................................................................................................................................... 21 
Estruturas da região anterior do pescoço ........................................................................................... 22 
Definição de via aérea difícil ................................................................................................................. 22 
Achados do exame físico ........................................................................................................................ 23 
Avaliação da via aérea ............................................................................................................................ 25 
Preditores da ventilação difícil sob máscara facial ........................................................................... 25 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 2 
Preparo da via aérea para paciente com possibilidade de VAD .................................................... 25 
Como proceder na ocorrência de uma via aérea difícil não prevista ............................................ 26 
Ambu X bolsa de ventilação .................................................................................................................. 27 
Máscara laríngea ...................................................................................................................................... 27 
Algoritmo do manejo da via aérea....................................................................................................... 28 
O vórtex ..................................................................................................................................................... 30 
Como ventilar sob máscara facial de forma otimizada .................................................................... 30 
Sonda Bougie ............................................................................................................................................ 31 
Exames complementares ........................................................................................................................ 31 
Resumo – lembrar pelo menos disso ................................................................................................... 31 
Realização da cricotireoidostomia ....................................................................................................... 32 
Anestésicos Locais .......................................................................................................................................... 32 
Introdução aos anestésicos .................................................................................................................... 32 
Introdução aos anestésicos locais ........................................................................................................ 33 
Atividade 1 ................................................................................................................................................ 34 
Comparando a ação dos anestésicos locais ....................................................................................... 34 
Farmacocinética ....................................................................................................................................... 35 
Atividade 2 ................................................................................................................................................ 36 
Canal de sódio .......................................................................................................................................... 38 
Atividade 3 ................................................................................................................................................38 
Estrutura química ..................................................................................................................................... 38 
Propriedades físico-químicas ................................................................................................................ 39 
Atividade 4 ................................................................................................................................................ 39 
Objetivos do vasoconstritor .................................................................................................................. 39 
Anestésicos Inalatórios ................................................................................................................................... 40 
Anestésicos inalatórios ........................................................................................................................... 40 
Considerações (parou o slide e começou a falar) ............................................................................. 40 
CAM – Concentração Alveolar Mínima ............................................................................................... 41 
Farmacocinética ....................................................................................................................................... 42 
Comparação dos anestésicos inalatórios – RESUMO ....................................................................... 46 
Quis – revisão ............................................................................................................................................ 47 
 
 
 
 
 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 4 
História da Anestesia 
 
Introdução 
▪ A história da anestesia está relacionada a história da anestesia geral 
▪ Os gregos usavam opioides para prender o intestino, sendo usado para tratar diarreia 
▪ Não usavam com finalidade de analgesia 
▪ Antigamente se usava a folha da coca para analgesia na região dos Andes 
▪ Percebiam que a boca ficava dormente, entre outros. 
▪ Apenas procedimentos menores, precisavam de algo mais forte 
▪ Ramom Llull 
▪ 1275: fez uma alteração no ácido sulfúrico, formando o éter 
▪ Combinação chamado de Vitríolo doce 
▪ Cordus 
▪ 1540: síntese do éter 
▪ Também produziu o éter, que é broncodilatador, melhorando a expectoração de pessoas 
com doenças pulmonares, sendo usado para essa finalidade 
▪ Alquimistas árabes foram talvez, alguns dos mais avançados em suas crenças sobre a anestesia 
nos séculos 12 e 13 que utilizaram técnicas como esponja soporífera 
▪ A esponja: composta de haxixe, ópio e outros compostos aromáticos de ervas 
▪ O ópio vem da papola (posteriormente foi descoberta a morfina da planta 
▪ Idade Média: álcool, ópio e “paulada na cabeça” 
▪ “Paulada na cabeça”: causava uma concussão com posterior inconsciência temporária. 
▪ Quem fazia a paulada era treinado para não causar danos no cérebro 
▪ As vezes aconteciam lesões neurológicas, obviamente 
▪ 1500: ópio e mandrágora (planta utilizada no velho testamento) 
▪ Joseph Priestley 
▪ 1772: N20 – óxido nitroso 
▪ Anestésico, sendo um gás extremamente fraco, não conseguindo fazer uma 
anestesia geral com ele 
▪ Muitos eram anestesiados por sorte 
▪ Crawford Long 
▪ 1842: uso do éter em cirurgia 
▪ Horace Wells 
▪ 1845: óxido nitroso → demonstração mal sucedida 
▪ Rápida divulgação da técnica 
▪ Robert Liston: amputação da perna na Inglaterra em 1846 
▪ James Young Simpson: analgesia de parto na Escócia com éter e depois substituído pelo 
clorofórmio 
▪ 1853 – John Snow: nascimento do 8o filho da Rainha Vitória 
▪ Hipóxia e mortes ao longo dos anos 
▪ Não se controlava o quanto o paciente “cheirava” do anestésico: era entendido na época, 
pois era uma probabilidade 
▪ Paciente “estômago cheio” não era reconhecido / entendido previamente 
▪ Trânsito gastrointestinal reduzido na gestante e em outros pacientes 
▪ Se anestesia geral se reprime o reflexo da tosse, de forma que como o paciente é 
estomago cheio, ele pode vomitar e acontecer aspiração 
▪ Mesmo se ficar em jejum 8h, haverá resíduos pelo trânsito lento 
▪ Década de 1940 – anestesiologia 
▪ Monitorização, novos agentes: segurança 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 5 
Avaliação pré-anestésica 
 
Introdução 
▪ Não se sabia ainda o que era anestesia antigamente e nem tudo o que ela causava no paciente 
▪ Todos os pacientes que vão ser submetidos a uma cirurgia devem ter uma consulta com um 
anestesiologista previamente a cirurgia 
▪ Avaliação pré-anestésica 
▪ Objetivos 
▪ Conhecimento global do paciente 
▪ Estimativa do risco anestésico-cirúrgico 
▪ Planejamento do manejo anestésico e analgésico peri-operatório, a fim de 
diminuir a morbi-mortalidade 
▪ Estabelecer vínculo com o paciente 
• Paciente escolhe o cirurgião, não o anestesista 
• Se o paciente lembra o nome do anestesista: ou ele é muito bom, ou é 
muito ruim 
▪ Educação do mesmo sobre os procedimentos a serem realizados 
• Orientações quanto a necessidade jejum, como essa deve ser 
• Esclarecer se vai para o CTI e por que (por segurança? Por ter outra 
comorbidade?) 
• Explicar dos medicamentos que devem ou não ser suspensos 
• Tomar líquido até 2h antes da cirurgia: café puro, chá, água, refresco 
▪ Leite materno: até 4h antes da cirurgia 
▪ Qualquer outro tipo de leite: até 6h antes da cirurgia 
▪ Alimentos sólidos: 6h biscoitos, pão, refeição leve; até 8h alimentos 
gordurosos. 
▪ Obtenção do consentimento informado 
▪ Alergias medicamentosas 
▪ Muitos acham que tem, mas não tem de verdade → eles têm efeitos colaterais, é 
diferente 
▪ O bom do anestesista avaliar é porque a enfermagem apenas anota o que o 
paciente fala, mas ele pode falar algo que vai te impedir de prescrever a ele 
▪ Comorbidades 
▪ Muitos pacientes acham que não tem uma comorbidade por tomar medicação 
para ela 
▪ Consentimento livre esclarecido: para ele falar que você explicou os riscos 
▪ Não tira responsabilidade do médico 
▪ É obrigatório em todo ato médico 
▪ Ideal é assinar 24h antes da cirurgia: para que ele leia, pense, entre outros 
▪ Classificação da ASA 
▪ Antigamente pensava que a ASA era dependente do estado geral do paciente, 
não era relacionada a doença, atualmente já se mudou isso 
• É importante saber que a doença pode alterar a classificação da ASA, pois 
ela olha o quão próximo o paciente está perto de morrer → se o risco de 
morte for grande, não tem como ser ASA I mesmo se o paciente for muito 
hígido 
▪ Tem que saber de cor 
• Gestante e etilista social: ASA II 
▪ Poucas pessoas atualmente são ASA I 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 6 
• IMC > 40 e marcapasso: ASA III 
• Paciente que infartou até 3 meses: ASA IV 
• Paciente que infartou a mais de 3 meses: ASA III 
▪ É ASA III para o resto da vida 
• E: CONDIÇÃO DE EMERGÊNCIA 
▪ Não existe E sozinho. 
▪ Paciente é ASA I E, por exemplo 
▪ Dobra as complicações 
▪ Está relacionado a mortalidade: 
• I: 0,06-0,08 
• II: 0,27-0,4 
• III: 1,8-4,3 
• IV: 7,8-23 
▪ Se questiona hoje em dia se faz ou não a cirurgia 
• V: 9,4-52 
 
Anamnese 
▪ Completa, mas objetiva 
▪ Desenvolvimento da criança de forma geral 
▪ Informações da patologia cirúrgica 
▪ Doenças concomitantes 
▪ Medicamentos em uso 
▪ Alergias 
▪ Antecedentes cirúrgicos e anestésicos 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 7 
▪ História de Hipertermia maligna 
▪ É uma doença genética no cromossomo 19, na qual o paciente demonstra 
hipermetabolismo quando exposto a componentes do anestésico → alta mortalidade 
▪ Anestésicos inalatórios tendem a desencadear 
▪ O paciente tem alteração no receptor de anódina (?), de forma que há saída 
exagerada de cálcio do retículo sarcoplasmático, sendo o íon um segundomensageiro que aumenta o metabolismo, a temperatura, podendo levar o 
paciente ao óbito. 
▪ Se parente de 1º grau com isso → 50% de chance dele ter a doença 
▪ Tem um teste, não disponível em BH (Curitiba, SP) 
▪ Utilizar medicamentos seguros para hipertermia maligna 
▪ Capacidade funcional 
▪ MET: equivalente metabólico → Instrumento que avalia o consumo de oxigênio de cada 
parte do corpo 
▪ <4: muita restrição nas atividades físicas → provavelmente vai precisar de CTI no 
pós-operatório 
• Tem que ser feta solicitação de reserva de CTI 
▪ Atividade física 
▪ Se associa a capacidade 
funcional 
▪ Etilismo e/ou tabagismo 
▪ Data da última menstruação 
▪ De acordo com a história há 
preditores do risco cirúrgico 
▪ No quadro abaixo vemos 
que a hipertensão não 
controlada ainda é um preditor menor → há doenças mais graves que outras (preditor) 
▪ A Diabetes é um preditor intermediário, ou seja, é pior ser diabético do que hipertenso 
não controlado 
 
 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 8 
Exame Físico 
▪ Peso 
▪ Para calcular a dose 
dos medicamentos 
▪ Altura 
▪ Sinais vitais 
▪ Confirmar dados da 
anamnese 
▪ Elucidar eventuais dúvidas 
▪ Pulsos e rede venosa 
superficial: avaliar punção 
venosa 
▪ Anatomia relativa da 
orofaringe (Mallampatti) 
▪ Avaliar entubaação 
▪ É um preditor da facilidade de entubação 
▪ Mobilidade cervical 
▪ Abertura da boca 
▪ Pacientes/condições que apresentam risco para estômago cheio 
▪ Quem tem volume gástrico residual maior que 25ml 
▪ Prematuridade e dispneia 
▪ Obesidade 
▪ Refluxo gastroesofágico preexistente 
▪ Obstrução intestinal 
▪ Outras doenças gastrointestinais 
▪ Hipertensão intracraniana 
▪ Ascite 
▪ Tumores infra-abdominais volumosos 
▪ Neuropatia autonômica 
▪ Ansiedade extrema ou dor intensa 
▪ Operação prévia de esôfago 
▪ Senilidade 
▪ Diabetes Mellitus 
▪ Gravidez 
 
Orientações quanto ao tempo de jejum pré-operatório 
▪ E se não for feito o jejum? 
▪ Não será feita a cirurgia, se eletiva → suspende a cirurgia, porque se não a escola das 
cirurgias fica muito bagunçada 
▪ Se urgência e emergência → tem que se fazer 
▪ Líquidos claros: sem resíduos, como água, chá, café, gelatina e sucos coados: 2 horas 
▪ Bebida rica em carboidratos: 2horas 
▪ Alimentos sólidos: 6 a 8 horas 
▪ Leite de fórmulas infantis: 6 horas 
▪ Outros tipos de leite: 6 horas 
 
Exames complementares 
▪ Cirurgia plástica 
▪ Vai pedir muitos exames → por conta de processos, mostrando que ele foi seloso 
▪ Não há benefícios: “falsa segurança” 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 9 
▪ Informações da patologia cirúrgica 
▪ Doenças concomitantes 
 
Índice de Avaliação pré-operatória 
▪ Se tem que classificar o risco da cirurgia 
▪ Independente do risco do paciente 
▪ Pior cenário: paciente ASA V fazendo cirurgia de alto risco 
 
 
 
 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 10 
 
 
Plano anestésico 
▪ Planejamento per-operatório 
▪ Tem que reservar tudo o que for necessário 
▪ Técnica anestésica 
▪ Técnica analgésica 
▪ Nível de monitorização (básica/invasiva) 
▪ Reserva de hemoderivados 
▪ Colchão térmico 
▪ Coxins para posicionamento especial 
▪ Reserva de leito na UTI ou CTI 
▪ Exames realizados 
▪ Predições e condutas 
▪ Manutenção ou não de medicamentos em uso 
▪ Jejum 
▪ Ansiolíticos e sedativos: benzodiazepínicos 
▪ Cirurgias levam estresse ao paciente 
▪ Se ele toma algum remédio para dormir, ele pode usar na manhã da cirurgia 
(Sempre confirme com o anestesista) 
▪ Analgésicos: opioides 
▪ Profilaxia de alergias: anti-histamínicos, corticosteroide 
▪ Tromboprofilaxia 
▪ Profilaxia de vômitos: metoclopramida, ondansetrona 
▪ Antibioticoprofilaxia 
▪ Redução de secreções das VAS: atropina 
 
Medicamentos 
▪ Medicamentos em uso 
▪ Maioria deles não tem que ser suspensos 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 11 
▪ Podemos ver abaixo os principais medicamentos 
 
▪ Fitoterápicos: 
▪ Muitos pacientes não falam 
que usam por serem 
repreendidos por médicos 
muitas vezes 
▪ Eles têm muitos efeitos 
colaterais, como pode ser 
visto ao lado 
▪ Medicação pré-anestésicas 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 12 
▪ Preparo farmacológico do paciente no pré-operatório tem vários objetivos, como: 
▪ Diminuir a ansiedade 
▪ Promover sedação e analgesia 
▪ Reduzir o consumo de anestésicos 
▪ Diminuir a quantidade de secreções no trato respiratório 
▪ Reduzir o volume gástricos 
▪ Aumentar o seu pH 
• Quando maior a acidez, se aspiração, maior a lesão pulmonar 
▪ Como regra geral: fármacos administrados pela via oral devem ser empregados 60 a 90 
minutos antes da cirurgia, podendo ser oferecidos com 100 a 150ml de água 
▪ Benzodiazepínicos 
▪ Também causam amnesia, 
sendo uma VANTAGEM 
▪ Muitos pacientes 
não se lembram de 
entrar no bloco 
▪ Pacientes com necessidades 
especiais e crianças 
geralmente tomam 
medicação pré-anestésica 
→ probabilidade de entrarem no bloco é pequena 
▪ Paciente já toma alprazolam? Pode tomar para manter a calma antes da cirurgia 
▪ Agonistas alfa-2 adrenérgicos 
▪ Clonidina na dose de 2,5 a 5ug /kg pode ser administrada no período pré-operatório 
promovendo sedação, diminuição do consumo de anestésicos e diminuição da resposta 
simpática à intubação orotraqueal e à estimulação cirúrgica 
▪ Dexmedetomidina 1,5mcg/kg VO 
▪ Antagonistas dos receptores H2 (Histeminérigos) 
▪ Cimetidina 
▪ Ranitidina 
▪ Famotidina 
▪ Diminuem a secreção de H+ aumentando o pH gástrico 
▪ Em casos de aspiração, haverá menor dano pulmonar 
▪ Muito útil e quase sempre usado quando paciente de estomago cheio 
▪ Inibidores de bomba de próton 
▪ Omeprazol, pantoprazol 
▪ Aumentam o pH gástrico, inibindo a secreção de H+ nas células parietais 
▪ Uso endovenoso já traz benefício em 30 minutos antes da cirurgia 
▪ Pró-cinéticos 
▪ Usado para neutralizar o ácido já presente / existente 
▪ Plazil 
▪ Antiácidos 
▪ Para neutralizar os ácidos que já estão lá 
▪ Particulados 
▪ Bicarbonato de sódio: muito 
eficaz 
▪ Forma grumos que, se 
aspirados, lesam muito o 
pulmão 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 13 
▪ Não particulados 
▪ Citrato de sódio: menos eficaz 
▪ Se aspiração: menor lesão 
 
 
 
 
 
 
 
Atividade em sala 
 
Questão 1 
▪ Monitor que mostra com certeza que a intubação traqueal não foi esofágica 
a) Gasometria arterial → reflete a ausência de ventilação, mas não se pode esperar o resultado 
dessa a fim de se concluir se o paciente está entubado ou não → demora 
b) Oximetria de pulso → ele não avalia a eliminação de CO2, apenas se está recebendo oxigênio 
+ dependendo da reserva pulmonar, alguém pode ficar em apneia por 4-5 minutos sem 
alteração/queda da saturação; é um parâmetro para avaliar hipoxemia, mas essa demora a 
surgir dependendo da reserva do paciente 
c) Capnografia → resposta certa; não existe CO2 no estômago e no esôfago (ordem de 0,5%, 
ou seja, concentração muito baixa, não sendo visualizado na curva de capnografia); obs: nem 
sempre é presente na UPA, devendo-se visualizar a glote, a expansibilidade torácica e 
ausculta na linha axilar média 
d) BIS → Monitor usado para avaliar as ondas do eletro encefalograma, que são processadas e 
originam um número que varia de 0 a 100; analisando assim a consciência do paciente e a 
profundida da anestesia, mas não é muito interessante ter anestesia muito profunda, pois 
pode causar alteração neurológicas, como distúrbios de comportamento, de assimilação de 
conhecimento, de memória, psiquiátricos. Quando o paciente começa a dormir, o número 
do bis fica entre 40 a 60; se abaixo de 40 = anestesia muito profunda; se acima de 60 paciente 
corre o risco de o paciente estar consciente e não estar conseguindo mexer por causa dos 
bloqueadores musculares, assim ajuda o uso do monitor ajuda a reduzir o risco de consciência 
durante o ato cirúrgico, podendo causar estresse pós-traumático. 
 
Questão 2▪ A capnografia pode ser utilizada na monitorização da RCP, através da medida do CO2 expirado. 
O retorno espontâneo durante a RCP pode ser previsto quando o valor de CO2 expirado é 
superior a: 
a) 10mmHg → provavelmente não vai sobreviver a ressuscitação cardiopulmonar, sendo que 
em uma massagem cardíaca mal feita não estará acima de 10mmHg 
b) 20mmHg 
c) 30mmHg 
d) 40mmHg → resposta certa; é o que significa que o coração está tendo perfusão e está 
conseguindo eliminar o CO2 
 
Questão 3 
▪ A monitorização da temperatura durante a anestesia é parte fundamental para a qualidade e 
segurança do procedimento e deve ser: 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 14 
a) Utilizada na maior parte das anestesias com duração maior que 30 minutos → é se durar 
mais de 60 minutos 
b) Usada para manter a temperatura 
central acima de 35º C → resposta certa; 
o anestesio inibe o hipotálamo + 
vasodilatação + não há tremor e 
produção de calor + há meios para meio 
de calor (podemos ver esses ao lado, 
sendo eles: evaporação – quando cavidade aberta, perdendo calor – + condução + radiação 
– quando exposição ao ambiente mais frio ou mais quente, é responsável por 60% dos casos 
de hipotermia, sendo fundamental proteger o paciente por manta térmica – e convecção – 
corrente de ar, o que é responsável por 20-25% da hiportermia). 
c) Realizada preferencialmente com termômetros retais para o melhor diagnóstico de 
hipertermia maligna → é usada a nasofaríngea ou esofágia ou temperatura central (do 
coração ou cérebro); a retal, não é a de escolha, pois demora muito tempo para equilibrar 
com a temperatura real do paciente (hipotermia ou normotermia demora a ser refletida), ou 
seja, é um marcador tardio 
d) Realizada preferencialmente com termômetros de superfície da pele 
 
Questão 4 
▪ Sobre o oxímetro de pulso, assinale a alternativa correta 
a) Informa, em parte, sobre a função ventilatória, ou seja, a oxigenação e circulação periférica 
→ resposta correta; 
b) A acurácia da medida não é alterada pela presença de metahemoglobinemia → nessa o ferro 
é +3 e não transporta o O2 na mesma eficácia; ele interpreta que a oxigenação está alta, mas 
na verdade o oxigênio não está ligando a hemoglobina e é um falo positivo. O falso positivo 
também ocorre quando intoxicação por carbono (Ambiente de incêndio). 
c) Informa sobre a quantidade real de oxigênio transportado 
d) A vasodilatação periférica diminui a acurácia da medida da saturação da hemoglobina 
 
Questão 5 
▪ A conduta imediata para o paciente, que 
está assintomático, com PA de 
120x70mmHg, apresentando o ECG acima 
é: 
a) Atropina → extremamente invasivo, 
sendo que se falta de ar e tonteira, por 
exemplo, essa poderia ser aplicada 
b) Marcapasso 
c) Dobutamina 
d) Observar → resposta correta; se deve tratar arritmia que causa sintomas, sendo que a do 
lado é uma bradicardia sinusal. 
 
 
 
 
Monitorização em anestesia 
 
Introdução 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 15 
▪ O termo monitorização é originário da palavra monnére em latim, que significa vigilância 
▪ Anestesia e monitorização 
▪ Busca manter condições hemodinâmicas com a maior estabilidade possível, eliminando 
os reflexos indesejáveis 
▪ Vigiar – preservar a segurança 
▪ Identificar as alterações fisiológicas: medicações interferem com o coração, vasos 
sanguíneos, levando a arritmias, queda da pressão, entre outros 
▪ Pressão arterial média 
• PAM = PAS + 2x PAD / 3 
• Igual a pressão de perfusão (PP), uma vez que a pressão venosa central 
(PVC), em indivíduos sadios é próxima de zero (PP = PAM – PVC) 
• A manutenção de um nível adequado de PAM propicia, em geral, uma 
adequada perfusão orgânica 
▪ Permitir e verificar a 
correção 
▪ Prevenir eventos adversos 
▪ Podemos ver ao lado 
alterações em diversos 
sistemas relacionadas a má 
perfusão tecidual 
 
Monitorização 
▪ Monitorização no Passado 
▪ Monitorização visual da respiração 
▪ Aparência clínica 
▪ Dedo no pulso 
▪ Pressão arterial: algumas vezes 
▪ Monitorização padrão 
▪ Pessoal qualificado 
▪ Oxigenação, ventilação, circulação, 
temperatura 
▪ Inspeção: 
▪ Mucosas: hidratação, cor 
▪ Pele: cor, turgor 
▪ Turgência venosa 
▪ Palpação 
▪ Pulsos periféricos 
▪ Ausculta: estetoscópio 
▪ Precordial 
▪ Esofágico 
 
Equipamentos 
▪ Oximetria de pulso 
▪ Controle da oxigenação 
▪ Monitorização da circulação 
▪ Avaliação da apneia do sono: são feitos estudos com pacientes assim 
▪ Analgesia pós-operatória com narcórticos 
▪ Regulagem de ventiladores 
▪ Regra geral: detecção precoce e confiável da hipoxemia 
▪ Vantagens 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 16 
▪ Monitorização contínua e não invasiva 
▪ Precisão: 90-95% tem cerca de 4% de erro; quando <80% o erro é de cerca de 
12%, chegando a 20% 
▪ Tempo de resposta varia de 1 a 50 segundos 
▪ Erros e interferências 
▪ Baixa perfusão tecidual 
▪ Hipotermia 
▪ Vasoconstrição 
▪ Movimentação 
▪ Posição do sensor 
▪ Luz externa 
▪ Cautério 
▪ Esmalte nas unhas: verde, azul e preto 
▪ Falso positivo: metahemoglobina, carboxihemoglobina 
▪ Falso negativo: azul metileno 
▪ Policitemia, anemia, icterícia: não alteram significativamente 
▪ Valores aceitáveis 
▪ Cor branca: >92% 
▪ Cor negra: >95% 
▪ Não usar isoladamente 
▪ ECG 
▪ Mostra a atividade elétrica do miocárdio 
▪ Arritmias perioperatórias 
▪ Isquemia do miocárdio: não avalia débito cardíaco 
▪ Frequência cardíaca 
▪ Funcionamento de Marca-passo 
▪ Alterações eletrolíticas 
▪ Toxicidade de fármacos 
▪ Não mostra a atividade mecânica 
▪ Débito cardíaco 
▪ Perfusão tecidual 
▪ Ganho 
▪ Imagem ao lado 
▪ Normal: 10mm/mV 
▪ Reduzido: 5mm/mV 
▪ Aplitude: 20mm/mV 
▪ Eletrodos invasivos: 
▪ Esôfago 
▪ Tubo traqueal 
▪ Cateter central 
▪ Cateter artéria pulmonar 
▪ Riscos: queimaduras (acontecia frequentemente ao seu usar eletrocautério – 
atualmente o cautério toca um alarme e para de funcionar se a placa dele, que 
funciona como fio terra, desconectar do paciente) + microchoque + arritmia 
▪ Artefatos do ECG 
▪ Eletrodos: desligamento ou quebra 
▪ Cabos: instalação errônea 
▪ Seleção da derivação 
▪ Tremores do paciente 
▪ Equipamentos: eletrocautério, outros 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 17 
▪ Movimentos ventilatórios 
▪ Modo: monitor x diagnóstico 
▪ Pressão arterial 
▪ Método indireto, não invasivo 
▪ Manguito 
▪ Método direto, invasivo 
▪ Punção arterial e medida direta da pressão 
• Ao lado vemos uma punção radial 
▪ Ao lado vemos vantagens e desvantagens da 
monitorização invasiva e não invasiva 
▪ É importante sempre haver monitorização de 
todos os procedimentos invasivos e não 
invasivos 
▪ Pressão Arterial Invasiva 
▪ Intra e pós-operatório imediato de cirurgias 
cardíaca e neurológica 
▪ Alto risco ou condições nas quais são se pode tolerar hipotensão ou variações 
bruscas da PAM 
▪ Coleta de amostra sanguínea (Gasometria, hemograma) 
▪ Uso de drogas vasoativas 
▪ Artéria radial, pediosa, femoral, axilar e braquial (ordem de preferência) 
▪ Complicações: embolia, hematoma 
▪ Pressão Venosa Central 
▪ Avalia indiretamente a pressão de átrio direito (PAD) 
• O objetivo na verdade é avaliar o ventrículo esquerdo, mas um cateter no 
átrio não reflete exatamente o versículo → para 
▪ Pode contribuir para avaliação e controle da volemia 
▪ Pacientes com instabilidade hemodinâmica 
▪ Limitação: câmeras e válvulas normais: hipertensão pulmonar 
▪ Ventilação 
▪ Se avalia expansibilidade 
▪ Ausculta 
▪ Capnografia 
▪ Expirometria – mecânica ventilatória é avaliado 
▪ Frequencia 
▪ Relação I:E 
▪ Pressão 
▪ Volume 
▪ Fluxo 
▪ Gases Ins. e Exp: 
• O2, CO2, N2O, N2 
• Anestésicos inalatórios 
▪ Oximetria de pulso 
▪ Gasometrial arterial – venosa ou misto 
▪ Gases 
▪ Oxigenação: óxido nitroso 
▪ Gás carbônico 
▪ Halogenados 
 
 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 18 
Monitorização hemodinâmica 
▪ Pressão VenosaCentral 
▪ Avalia indiretamente a pressão de átrio direito (PAD) 
▪ O objetivo na verdade é avaliar o ventrículo esquerdo, mas um cateter no átrio 
não reflete exatamente o versículo → para 
▪ Pode contribuir para avaliação e controle da volemia 
▪ Pacientes com instabilidade hemodinâmica 
▪ Limitação: câmeras e válvulas normais: hipertensão pulmonar 
 
Capnografia 
▪ Produção de CO2 
▪ Perfusão pulmonar 
▪ Ventilação alveolar 
▪ Padrão ventilatório 
▪ Funcionamento do sistema ventilatório 
▪ Detecção precoce de eventos adversos 
▪ Ao lado vemos a curva normal 
▪ D: o início da expiração 
▪ A: o início da inspiração. 
▪ Entre a letra B e C, se o paciente tem problema inspiratório, a curva dele seria quase uma 
reta de B para D, o que é chamado de inspiração prolongada → iria de B a D 
▪ Análise do capnograma 
▪ Ao lado vemos o que deve ser avaliado 
▪ Frequência 
▪ Ritmo 
▪ Altura 
▪ Base 
▪ Forma 
▪ Hipercarbia 
▪ Aumento do metabolismo 
▪ Aumento da temperatura corporal 
▪ Começo da hipoventilação 
▪ Redução da ventilação alveolar 
▪ Absorção CO2 exógeno que aumenta ao longo do tempo 
▪ Imagem abaixo à esquerda 
▪ Hipercarbia progressiva 
▪ Ocorre ao se liberar um garroteamento: momento que chega muito CO2 
▪ Injeção de CO2 
 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 19 
▪ Hipocarbia progressiva 
▪ Ocorre quando hiperventilação 
▪ Hipotermia 
▪ Choque 
• Se colher gasometria: CO2 está 
ficando no sangue, de forma que 
há uma acidose respiratória 
(troca gasosa não está eficaz) 
▪ Alteração na forma da curva 
▪ Ventilação alveolar insuficiente 
▪ DPOC 
▪ Obstrução das vias aéreas 
▪ Obstrução parcial tubo 
• Aumento CO2 
▪ Imagem ao lado 
• Prof. Pulou por serem mais difíceis 
▪ Evento adverso 
▪ Desintubação acidental 
▪ Desconexão do sistema de ventlação 
▪ Estenose completa das vias aéreas 
▪ Intubação esofageana 
▪ Imagem ao lado à 
esquerda 
• Paciente tem 
uma primeira 
curva e ela cai 
rapidamente 
▪ Hipoventilação – vazamento 
▪ Imagem à cima à direita 
▪ Professor não explicou 
▪ Vazamento no sistema 
▪ Tubo na laringofaringe 
▪ Estenose parcial via aérea 
▪ Hipocarbia Progressiva Rápida 
▪ Imagem ao lado 
▪ Queda de CO2 ao longo do tempo 
▪ Hipotensão súbita 
▪ Grande perda sanguínea 
▪ Parada cardíaca 
▪ By-pass cardiopulmonar 
▪ Embolismo pulmonar 
▪ Reinalação 
▪ O nosso sistema de respiração é fechado e ela metaboliza o CO2 para que ele 
não volte 
• Abaixo à esquerda vemos que o sistema que metaboliza o CO2 está 
falhando 
• Abaixo à direita: essa situação pode ser visto na asma e alterações 
distributivas (Esvaziamento assíncrono) 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 20 
• Inclinação na fase expiratória está prolongada 
 
▪ Oscilações cardiogênicas 
▪ O próprio batimento do coração 
pode levar as alterações ao lado 
 
Monitorização da temperatura no perioperatório 
▪ Monitorização de hipotermia 
▪ Prevenção de superaquecimento 
▪ Detecção de hipertermia maligna 
▪ Locais para monitorização 
▪ Timpânica 
▪ Esôfago (inferior) 
▪ Cateter central: ar´teria pulmonar 
▪ Nasofaringe 
▪ Reto 
▪ Pele 
▪ Bexiga urinária 
▪ Oral / sublingual 
▪ Hipertermia 
▪ Excessivo aquecimento: crianças 
▪ Processos infecciosos 
▪ Presença de sangue no 4º ventrículo 
▪ Reações transfusionais 
▪ Reações alérgicas 
▪ Hipertermia maligna 
▪ Perda de calor 
▪ Aumenta quando há grande superfície corporal em relação à massa 
▪ Diminui com o aumento do IMC 
▪ Criança: mais tendência a hipotermia, pois a superfície corpórea em relação ao peso é 
maior → maior região exposta 
▪ Pessoa magra: menos gordura, que atua como isolante térmico 
▪ Consequência da hipotermia na farmacocinética e 
farmacodinâmica dos fármacos utilizados na 
anestesia 
▪ Pode ser visto ao lado 
▪ Diminuição do metabolismo leva a um maior 
tempo de recuperação da anestesia 
▪ Demora mais tempo para o paciente sair da sala de internação, aumenta o risco 
de infecção, diminui a cicatrização, pode levar a arritmias cardíacas 
 
 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 21 
Manejo de Vias Aéreas 
 
Caso clínico 
▪ Ao lado 
▪ Resumo: Não houve 
descrição de pré-eclâmpsia 
nem das vias aéreas + Não 
conseguiram fazer 
subaracnoide (também 
chamada de 
raquianestesia) 
▪ Também se usa a 
epidural e só essas 
→ a anestesia geral 
não é recomendada, pois chega ao feto e pelo estômago cheio, de forma que deve ser a 
última opção 
▪ Estomago cheio: administre o medicamento e rapidamente proteja via aérea 
▪ 4 Componentes da anestesia geral: hipnose + analgesia + imobilidade e supressão 
dos reflexos simpáticos 
▪ Se uso de fentanil (100x mais potente que a morfina): também inibe o reflexo vagal, 
em poucos minutos, assim como os simpáticos 
• Técnica de sequência rápida: intubação rápida + succinilcolina (relaxante 
muscular, principalmente para esse procedimento quando estômago 
cheio, por ter muitos efeitos colaterais – age e reverte rapidamente) + 
propofol (hipnótico) → paciente entra em apneia e não vai se poder 
ventilar o paciente, se não piora a situação → se tem que entubar 
rapidamente → por isso, antes de fazer a medicação, se deve fazer pré-
oxigenação, a fim de evitar hipóxia ao oferta oxigênio por 3 a 5 min, 
aumentando a reserva pulmonar de oxigênio 
▪ Pacientes que não são estômago cheio: se rocurônio, ele faz o 
bloqueio neuromuscular por mais tempo (se precisar de 
ventilação, terá que ventilar por mais tempo) → se manda ar para 
o estômago ao ventilar com máscara, podendo ser que o paciente 
aspira e “vire” de estômago cheio 
▪ Manobra de compressão da cricoide / de Selik: assim que paciente 
entrar em apneia 
▪ É feita para colabar o esôfago e diminuir a possibilidade 
de ar entrar no estomago e menos possibilidade de 
aspiração 
▪ Ritmos mais frequentes que levam a parada cardíaca 
▪ Assistolia: mais frequente quando hipóxia 
▪ Fibrilação Ventricular 
▪ AESP (Atividade elétrica sem pulso): 2ª mais frequente depois de assistolia 
 
Histórico 
▪ A necessidade de abordagem das vias aéreas 
▪ As primeiras anestesias 
▪ Depressão respiratória pelos anestésicos 
▪ Queda da língua 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 22 
▪ Espasmo laríngeo 
▪ Cirurgias de órgãos vitais 
▪ Politraumatismos 
▪ Desenvolvimento de novas técnicas cirúrgicas 
 
Estruturas da região anterior do pescoço 
▪ Vias nasais: septo, cornetos e adenoides 
▪ Cavidade oral: dentes e língua 
▪ Faringe: amígdalas, úvula e epiglote 
▪ Glote 
▪ Via aérea inferior 
▪ Cordas vocais: parte mais estreita da via aérea, sendo um fator limitante do diâmetro do 
tubo endotraqueal (TET) 
▪ Laringe: estrutura complexa composta de cartilagens, ligamentos e músculos 
▪ Cartilagem tireoide 
▪ Pomo de Adão: mais difícil identificar na mulher 
▪ Região de depressão após cartilagem tireoide 
▪ Ligamento /membrana cricotireoidiano 
▪ Onde é feita a cricotireotomia 
▪ Cartilagem cricoide 
▪ Traqueia 
▪ Traqueostomia 
▪ Cirurgião mais treinado: cabeça e pescoço 
▪ Nervo laríngeo superior 
▪ Muito importante para inervação da laringe 
▪ Bloqueado durante a intubação 
▪ Técnica mais segura em paciente com alto 
risco de vomito: fazer intubação com ele 
acordado 
▪ Para não ter estress 
▪ Nervo laríngeo recorrente 
▪ Rouquidão se lesado 
 
Definição de via aérea difícil 
▪ Pode ser visto abaixo 
 
▪ Independente do diagnóstico de via aérea difícil → enfatize que a primeira abordagem da via 
aérea seja ideal, o que consiste em: 
▪ Pré-oxigenar 
▪ Laringoscópio de diferentes tamanhos e lâminas 
▪ Tubos de diferentes tamanhos 
▪ Máscaras de diferente tamanhos 
▪ Cânulas 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 23 
▪ Máscaras laríngeas 
▪ Guias de tudo 
▪ Vídeo laringoscópio: imagem é projetada na tela + inclinação diferente 
▪ Nasolaringoscópio 
▪ Relaxamento neuromuscular: muitas vezes esquecido ou se usa doses subterapêuticas 
▪ Se não tentar da melhor formada primeira vez = tentativa desperdiçada → a chance diminui a 
cada tentativa subsequente 
 
 
 
 
Achados do exame físico 
▪ Nariz 
▪ Boca 
▪ Abertura da boca 
▪ Há pacientes que não consegue ter uma abertura adequada 
▪ Permite a visualização dos molares e pré-molares 
▪ Dentes 
▪ Paciente sem dente: língua desaba e dificulta a intubação 
▪ Dentes incisivos proeminentes 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 24 
▪ Língua 
▪ Pode haver macroglossia em 
síndromes congênitas 
▪ Pescoço 
▪ Distância tireomentoniana < 3-4 
dedos → pode ser difícil visualizar a 
traqueia 
▪ Pode ser visto como essa é 
avaliada na imagem ao lado 
▪ Mobilidade da coluna cervical 
▪ Micrognatia: pior paciente 
• Ao lado vemos várias 
alterações da 
mandíbula: 
respectivamente 
normal, micrognata e 
macrognata 
▪ Pescoço curto e musculoso 
▪ Obesidade mórbida 
▪ Exemplo de Paciente com bom preditor 
▪ Pode ser visto na imagem ao lado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 25 
 
 
Avaliação da via aérea 
▪ Avalia praticamente os fatores falados 
previamente, mas de forma mais fácil (não 
deixa dúvidas para o médico inexperiente) 
▪ Tabela: facilitador 
▪ Mallampati: tem que saber 
▪ Pode ser visto na imagem abaixo 
 
 
 
 
Preditores da ventilação difícil sob máscara facial 
▪ Ao lado 
▪ Apneia: língua grande 
▪ Idoso: tecidos mais enrijecidos 
▪ Barba: atrapalha muito a intubação 
 
Preparo da via aérea para paciente com 
possibilidade de VAD 
▪ VAD: Via aérea difícil 
▪ Se deve conversar com o paciente sobre o risco e 
possíveis condutas necessárias 
▪ Obrigatório ao abordar o paciente avisar que pode ser necessário traqueo ou cricotireoidotomia 
▪ Pacientes podem desistir da cirurgia por conta desse 
▪ Se deve: 
▪ Palpar e localizar a membra cricotireoidea 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 26 
▪ Pré-oxigenar o paciente 
▪ Usar fármacos indutores de relaxamento neuromuscular adequado 
 
 
 
▪ Abaixo à esquerda vemos como deve ser feito o procedimento 
▪ O alinhamento do eixo oral, laríngeo e faríngeo aumenta a probabilidade de acerto 
▪ Deve colocar o coxim para extensão da cabeça 
▪ Se possibilidade de fratura da coluna cervical 
▪ Paciente obeso 
▪ Quando se coloca coxim: orelha paralela ao tórax 
▪ Abaixo à direita 
 
Como proceder na ocorrência de uma via aérea difícil não prevista 
▪ Obs: Se saturação baixa, não pode tentar fazer laringoscopia 
▪ Cormack-Lehane 
▪ Grau II: perfeitamente intubável 
▪ Grau III: se vê apenas uma parte das aritenoides 
▪ Modificação na classificação III 
▪ IIIa: epiglote não é fixa 
▪ IIIb: epiglote é fixa, mesmo se forem feitos movimentos alterantivos 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 27 
 
 
 
▪ Lâmina curva: encosta na valécula 
▪ Lâmina reta: levanta diretamente a epiglote do paciente 
▪ Não se usar lâmina em IIIb e IV 
 
Ambu X bolsa de ventilação 
▪ Ambu: maior chance de barotrauma 
▪ Autoinflável: se acabar o oxigênio, ele é o único recurso que temos 
▪ Bolsa: mais controle e melhor ventilação, menor pressão 
▪ Precisa de uma fonte de oxigênio (ele tem que entrar) 
▪ OBS 
▪ Se corpo estranho pode ser usado pinça de magill (mostrada ao 
lado) 
▪ Cânulas orofaríngeas: interessante uso quando queda da língua, 
obstruindo a passagem de ar para o paciente 
▪ Não se consegue passar em paciente acordado 
▪ Tubos endotraqueais 
▪ Balonete: se regurgitar o líquido não atinge o pulmão 
▪ Se gestante: usar mais fino, pois há edema das vias aéreas 
▪ Se o tubo for muito introduzido: intubação seletiva para o lado direito (mais 
inclinado) 
 
Máscara laríngea 
▪ Fica acoplada a laringe 
▪ Utilizada quando não se consegue 
ver nada 
▪ Não protege da aspiração 
▪ Fastrach 
▪ Máscara laríngea que 
permite passar um tubo por 
dentro dela, ofertando 
rigidex, insuflando o 
balonete, permitindo uma 
via aérea definitiva 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 28 
Algoritmo do manejo da via aérea 
▪ Se tem que garantir uma boa saturação 
▪ Manobra de Selik: risco de aspiração 
▪ Imagem ao lado 
▪ Também pode comprimir a laringe devido a 
compressão da cricoide → tentar soltar se 
saturação não melhorar 
▪ É na cartilagem tricoide, não tireoide: imagem 
tá com descrição errada 
▪ Manipular a laringe 
▪ Buscar fazer com que a visão seja melhor 
▪ Se abaixa a cartilagem tireoide, próxima a 
cartilagem cricoide, tentando empurrar ela para trás, já que na grade III e IV ela está muito 
anterior 
▪ Máscara laríngea 
▪ Mais segura e confiável que a máscara facial 
▪ Não oferece proteção absoluta contra aspiratação 
▪ Se paciente de estômago cheio → Melhor correr risco do paciente aspirar do que 
morrer de hipóxia 
▪ Se não funcionar → via aérea cirúrgica → se essa falhar e o paciente parar, no 
caso da grávida, se deve retirar a criança → a massagem leva a DC de 20%, sendo 
o DC do feto extremamente baixo 
▪ Oferece ventilação equivalente ao tubo orotraqueal 
▪ Colocação mais simples 
▪ Vantagens quando intubação difícil 
▪ Pode ser visto a técnica que usar nessa abaixo à esquerda e como ela fica posicionada à 
direita 
 
 
▪ Comitub 
▪ Praticamente não é 
mais usado 
▪ Dispositivo 
passado às cegas 
▪ Tem um tubo 
faríngeo e um 
esofágico 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 29 
▪ Se veda para o ar não passar para o esôfago 
▪ É como se o paciente estivesse intubado 
▪ Contraindicações: 
▪ Altura abaixo de 1,40m 
▪ Reflexos faríngeos presentes 
▪ Patologia esofageana conhecida: neoplasia, estenose e trauma 
▪ Ingestão de substância cáusticas 
▪ Complicações 
▪ Dor, disfagia e edema de língua 
▪ Edema, laceração e hematoma de mucosa orofaríngea 
▪ Lesão de seio piriforme 
▪ Enfisema subcutâneo, pneumomediastino e pneumoperitôneo 
▪ Laceração de esôfago 
▪ O algoritmo trás muitos detalhes: não tem que lembrar disso tudo 
▪ É específico demais 
 
 
 
 
 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 30 
O vórtex 
▪ Para evitar seguir a sequência há esse esquema que é mais fácil, sendo que se deve tentar buscar 
o tubo, máscara laríngea e a máscara, sendo o uso desses 3 dispositivos seguros 
▪ Enquanto conseguir ventilar corretamente / adequadamente, tá bom 
▪ Se falhar as 3 possibilidades: oxigenação está ficando comprometida → cor está mudando 
para o azul → no centro a oxigenação falha mesmo com esforços (azul escuro (não intuba 
nem passa a máscara) → intervenção cirúrgica 
▪ Ademais, se deve considerar as situações ao lado 
▪ Esquema na página seguinte 
 
 
 
Como ventilar sob máscara facial de forma otimizada 
▪ Indicações: 
▪ Pré-oxigenar: desnitrogenar o paciente antes da intubação 
▪ Assistir ou controlar a ventilação, como parte inicial da ressuscitação 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 31 
▪ Ventilação com CE ou VE 
▪ Mostradas ao lado, respectivamente 
▪ Precisa de 2 pessoas para a ventilação 
▪ Uma segura e a outra ventila 
▪ Como manter as vias aéreas desobstruídas 
▪ Extensão do pescoço 
▪ Projeção da mandíbula 
▪ Cânula orofaríngea 
▪ Cânula nasofaríngea 
▪ Coxim 
▪ Ajuda na extensão, principalmente em obesos como mostrado 
ao lado à direita 
▪ Se precisa de muitos coxins 
 
Sonda Bougie 
▪ Nos diferentes graus de classificação laringoscópica de Cormack e 
Lehane modificada, essa não faz diferença 
▪ Não pode ser usado no Comarck e 
Lehane IIIb nem IV, respectivamente 
▪ Não pode entrar muito, se não ele pode lesar a 
traqueia e a laringe do paciente 
 
Exames complementares 
▪ Raramente são pedidos 
▪ Laringoscopia: direta, indireta e 
com fibra óptica 
▪ Imagem ao lado: grau I 
▪ Radiografia do tórax: procura de 
massas e base melhor da 
oxigenação do paciente 
▪ Tomografia da traqueia 
▪ Radiografias da coluna cervical são importantes nos casos de trauma 
▪ À tomografia computadorizada 
▪ Gasometria arterial basal pode indicar os pacientes que são hipoxêmicos crônicos 
 
Resumo – lembrar pelo menos disso 
▪ VAD é impossívelentubar e impossível ventilar 
▪ O2 a 100% oximetria e capnografia 
▪ Pedir ajuda 
▪ Reavaliar escolha do TT 
▪ Introduzir TT oral e nasal 
▪ Ventilação com máscara feita por 2 pessoas (Seguir ordem abaixo) 
▪ Introduzir ML 
▪ Combitub/outro dispositivo 
▪ Intubação nasal às cegas 
• Fracasso? Considerar: 
▪ Broncofibroscopia 
▪ Cricotireostomia percutânea 
▪ Ventilação a jato trantraqueal 
 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 32 
Realização da cricotireoidostomia 
▪ Com o bisturi na região da membrana, se pode passar um bougie pelo local → passa um tubo 
▪ O tubo presente na traqueia se torna uma via aérea definitiva 
 
 
 
 
 
 
Anestésicos Locais 
 
Introdução aos anestésicos 
▪ Tem que se avaliar: o paciente (avaliação pré-anestésica) → monitorizar → preparar o material 
para manuseio da via aérea e preditores de intubação difícil → acesso venoso (importante para 
reverter intercorrências na cirurgia – anestésicos interferem com os órgãos, sendo que a 
biodisponibilidade é de 100%) 
▪ Geral 
▪ O estímulo chega o SNC, de forma que se engana a interpretação, mas não deixa de haver 
estímulo do hipotálamo, de forma que há liberação de hormônios estressores. 
▪ Inalatória: primeira a ser utilizada 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 33 
▪ Intravenosa 
▪ Balanceada: inalatório + intravenoso para redução de eventos adversos 
▪ Regional 
▪ Diminuem a resposta orgânica ao trauma: o estímulo não chega ao SNC, não havendo 
liberação reflexa de catecolaminas 
▪ Peridural 
▪ Raquidiana 
▪ Bloqueio de plexos nervosos 
▪ Combinada 
▪ Geral associada a regional 
▪ Maior tempo de durabilidade: a geral, ao desligar os anestésicos, os efeitos dos 
medicamentos passam rapidamente 
▪ Gastrectomia: não é seguro fazer apenas com as regionais, sendo que ela é 
associada para diminuir a dor pós-operatória. 
▪ A regional é utilizada para diminuir a dor e, consequentemente, a resposta orgânica a dor, 
sendo menor a liberação de catecolaminas e cortisóis → ela não pode ser exagerada, se 
não há exaustão dos órgãos. 
▪ Local 
▪ Tem que ter segurança, pois são muito utilizados 
▪ Perda da sensibilidade em uma região limitada do corpo 
▪ Cirurgia ambulatorial 
 
Introdução aos anestésicos locais 
▪ Agentes farmacológico que bloqueiam a condução nervosa de forma temporária e reversível após 
a administração regional 
▪ Se impede, localmente, que o estímulo chegue à medula e ao SNC evitando ter consciência da 
dor 
▪ Após o procedimento há dor local, mas ela é infinitamente maior do que o que ele sentiria 
no momento do procedimento 
▪ Tem que ser oferecido analgésico no pós-operatório, não anestésicos 
▪ Histórico 
▪ Folha de coca → cocaína (Nieman, 1860; Koller, 1884) 
▪ Nervo simpático, com exceção das glândulas sudoríparas, possuem receptor alfa-
1 adrenérgicos → noradrenalina liga ao receptor → vasoconstrição → 
noradrenalina é recaptada na fenda sináptica pelo neurotransmissor pós-sináptico 
pelo NET (Transportador de noraepinefrina) → cocaína inibe a recaptação → 
noradrenalina permanece por mais tempo na fenda sináptica → vasoconstrição + 
taquicardia → podendo ser utilizada para diminuir sangramentos locais 
(encostavam material embebido nessa na região) 
• Coração pode não conseguir bombear e o paciente pode ter edema 
pulmonar por pré-carga (átrio esquerdo aumenta, pois o sangue no VE 
não está saindo → sangue acumular e há edema agudo de pulmão por 
noradrenalina) 
• Se coronariopata: pode haver isquemia coronariana 
• Efeito só passa quando não há mais cocaína 
▪ Lidocaína (Logren, 1943) 
▪ Xilocaína: nome comercial da lidocaína 
▪ Bupivacaína 
 
 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 34 
Atividade 1 
Classifique os anestésicos locais quanto a estrutura química e suas diferenças no metabolismo. Cite 
exemplo de fármacos de cada classe 
▪ Ao lado vemos o esqueleto dos anestésicos locais 
▪ Anel benzênico em uma ponta 
▪ É lipossolúvel 
▪ Na outra ponta um nitrogênio que pode ligar 
em 3 porções diferentes → até então o 
anestésico tem comportamento totalmente 
lipofílico devido ao anel benzênico 
▪ Pode receber um próton (H+) → foi 
protonado → passa a ser chamada de 
amina quartenária e passa a ter 
comportamento hidrofílico 
• A base é quem recebe próton → anestésico local é uma base fraca 
▪ Cadeia intermediária 
▪ Varia com cada anestésico e é a parte que determina a potência do anestésico 
▪ Ao lado vemos a diferença entre a lidocaína e 
a procaína 
▪ Ambos têm grupos aromático, sendo 
que os radicais são diferentes, mas 
isso não é importante 
▪ Ambos têm a porção amina, mas 
podemos ver que eles não recebem 
necessariamente hidrogênio 
▪ Ambos podem receber um 
próton (possui 2 elétrons 
livres que podem ionizar) 
▪ O que os diferencia? 
▪ Cadeira intermediária 
▪ Procaína: C=O é um éster → é um aminoéster 
• Eles duram menos tempo → tem menor tempo de ação, sendo o 
metabolismo deles no sangue 
▪ Lidocaína: C=ONH é uma amida → é um aminoamida 
▪ Ao lado vemos a diferença entre a bupivacaína, a 
mepivacaína e a ropivacaína 
▪ Todos são aminoamidas (C=ONH) 
▪ Comparando a mepivacína e a bupivacaína 
▪ Única diferença é que a cadeia ligada ao 
nitrogênio 
▪ CH3 = grupo metil (por isso chama 
Mepivacína) 
▪ C4H9 = radical butil (butano, buteno), 
devido aos 4 carbornos (sendo chamada de bupivacína) 
▪ Comparando ropivacína com a bupi 
▪ Ropivacaína: 3 carbonos = pro → antes era chamada propicavína (cortaram o “p” 
pois haviam muitos anestésicos com a letra “p” e isso poderia causar confusão) 
 
Comparando a ação dos anestésicos locais 
▪ Mecanismo de ação dos anestésicos locais: bloqueia os canais de sódio intracelular 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 35 
▪ Canais: estruturas proteicas 
▪ Cada anestésico tem uma afinidade com esses canais 
• Lidocaína: 65% → a cada 100 moléculas no sangue, 65 estão ligadas as 
proteínas 
• Bupivacaína: 95% → permanece mais tempo ligada ao canal de sódio → 
maior duração de ação 
• Ropivacína: afinidade de 94% 
▪ Lidocaína 
▪ Suficiente para cirurgias ambulatoriais 
▪ Problema: no final do procedimento ele já começa a sentir dor 
▪ Bupivacaína 
▪ Paciente demora mais a sentir dor 
▪ Anestesia local: usa no máximo 2ml 
▪ Peridural: usa 30ml 
▪ Pacientes, durante cesárea começaram a apresentar parada cardíaca devido ao 
uso da medicação (antes usava 0,75%, hoje usa 0,5%) → em cirurgias de longa 
duração foi percebido maior risco 
• Gestantes: coração mais sensível 
▪ Bupi: se chega no sangue → SNC (todo anestésico local faz isso) → tropismo 
grande pelo canal de sódio do coração → primeira fase ação do coração é entrada 
de sódio → célula não despolariza → arritmia grave que pode evoluir para parada 
cardíaca → massagem cardíaca (Dura 40-50 minutos até que se consegue voltar 
o paciente, mas em uma 
massagem se consegue 
apenas 20-30% do débito 
cardíaco) 
▪ Ropivacaína 
▪ 70% menos cardiotóxica que a 
bupivacína 
▪ Mais cardiotóxica que a lidocaína 
▪ Menor afinidade com canais de 
sódio 
▪ Potência X toxicidade 
▪ Quanto maior a potência maior a 
toxicidade → bupivacína é a mais 
tóxica 
▪ Ao lado vemos as estruturas de vários 
outros anestésicos locais 
▪ Benzocaína: usada em pastilhas / 
balas anestésicas 
 
Farmacocinética 
▪ Absorção 
▪ Local de injeção 
▪ Bloqueio intercostal: local 
onde há maior absorção 
do anestésico local 
▪ Massa 
▪ Vasoconstritor 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 36 
▪ Associado aos anestésicos a fim de diminuir a absorção desse na circulação 
▪ Ropivacaína: ação vasoconstritora igual a cocaína → não há necessidade de 
administrar vasoconstritor junto à essa 
▪ Lipossolubilidade 
▪ Ação vasodilatadora da droga 
▪ Bupivacaína > lidocaína 
▪ Distribuição 
▪ Convulsão 
▪ Curta duração: tende a passar em 30 segundos 
▪ Primeiro: protege via aérea e protege o paciente 
▪ Resolução com benzodiazepínico se não houver melhora▪ Anestésico local → circulação sistêmica → SNC → primeiro bloqueia a via inibitória 
→ via excitatória age livremente 
▪ Coma 
▪ Altas concentrações → inibe via excitatória e inibitória no SNC 
▪ Ligação/afinidade proteica 
▪ Define a duração do anestésico 
▪ Transferência placentária 
▪ Pode passar para o feto na anestesia peridural 
▪ Tempo de duração (pensando na ligação proteica): Bupivacaína > ropi >>> lidocaína 
▪ Lidocaína passa mais (65 moléculas ligadas a cada 100, de forma que há mais 
moléculas livres) → é pior para o feto 
▪ Analgesia de parto 
▪ Uso de concentrações baixas de anestésico → apenas bloqueio sensitivo 
▪ Se maiores concentrações: bloqueio motor 
• Não pode ocorrer no trabalho de parto, pois se compromete a contração 
abdominal e essa faz uma prensa que ajuda para compressão uterina 
pelos músculos abdominais para expulsar a criança, sendo que andar 
também facilita o encaixe da criança 
▪ Metabolismo: amino-éster (plasma e fígado); amino-amida (fígado) 
 
Atividade 2 
Descreva detalhadamente o mecanismo de ação dos 
anestésicos locais 
▪ Bloqueio do canal de sódio 
▪ Ao lado vemos: interior e exterior da célula, 
membrana plasmática e o canal de sódio. 
▪ A ligação do anestésico local (NH+) não é na parte 
externa, sim na interna 
▪ É a amina que recebe o H+ e pode ficar 
ionizado 
▪ Entrando na célula 
▪ O que determina o anestésico ficar lipo ou hidrossolúvel? 
▪ pH do meio e pK da substância 
• pK define a latência anestésico (se vai entrar mais rápido ou não) 
▪ Exemplo 
• pK de 7,4 → administrado no LEC (7,35-7,45 – considerar 7,4) → fica em 
equilíbrio 50% ioniza e a outra não → o anestésico pode entrar pelo canal 
de sódio ou pela membrana, sendo o canal está fechado na maior parte 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 37 
do tempo → o N é o que consegue penetrar pela membrana (NH+ não 
consegue) 
• Menor latência anestésica = início de ação mais rápido 
• pK de 7,9 em LEC → ioniza mais, pois a neutralidade para ele é o pH de 
7,9 (50% e 50%) → ambiente ácido para esse anestésico → tendência a 
ionizar mais, de forma que ele fica muito mais ligado ao hidrogênio (75%) 
→ os 25% não ionizado é o que consegue entrar pela membrana 
plasmática 
• pK de 8,1 → ioniza mais (85%) e apenas 15% entra 
• Maior latência anestésica = início de ação mais lento 
▪ Local de absorção 
▪ Ácido fraco: melhor absorvido no estômago 
• Todo ácido fraco ioniza 
▪ Base fraca: melhor absorvida no duodeno 
• Toda base fraca ioniza 
▪ Tecido inflamado 
▪ Anestesia não funciona em tecido inflamado, por quê? 
• Tecido fica mais ácido = ioniza mais → redução do efeito do AL 
• Para atravessa a bainha e membra axônica: forma não ionizada 
• Pode colocar bicabornato de sódio para abaixar o pH local: não 
pode colocar muito se não o anestésico precipita e forma um sal 
• pKa não altera → só altera com aumento da temperatura, pois há 
dissociação do anestésico 
▪ Tabela abaixo 
▪ Qual anestésico tem menor latência? 
• Menor pKa → mepivacaína 
▪ Ésteres: qual o problema desses? 
• Eles são básicos, ou seja, possuem maior latência (muita ionização) 
▪ Qual possui maior duração de ação? 
• Se deve olhar a afinidade proteica 
• Bupivacína > etidocaína = ropivacína = tetracaína >> mepivacaína > 
lidocarína > prilocaína > procaína 
 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 38 
▪ Dentro da célula 
▪ Novo equilíbrio, pois o pH da célula é de 6,8 
▪ O anestésico ioniza mais dentro da célula 
▪ Vantagens: anestésico não sai da célula e para ligar no receptor ele deve estar 
ionizado → ionização dentro da célula é importante, mas fora é péssimo 
▪ Ao lado vemos o potencial de ação 
▪ Limitar de excitabilidade: 
nível em que se deflagra o 
potencial de ação 
▪ Potencial de repouso: 
potencial que toda célula 
tem 
▪ Normalmente - como visto 
ao lado: pequena entrada 
de sódio → atinge limiar de 
excitabilidade → ocorrendo 
a despolarização 
▪ Anestésico local – linha 
inferior, pontilhada: ele não 
altera o limiar de 
excitabilidade nem o 
potencial de ação, mas ele impede que se atinja o potencial de excitabilidade ao 
bloquear o canal de sódio, não havendo despolarização da célula 
 
Canal de sódio 
▪ Pode ser vista uma representação ao lado 
▪ Ele está em repouso (portões fechados) → 
recebe estímulo → é ativado (ocorre a abertura 
dos portões – entrada de sódio) → sofre 
inativação (portão parcialmente fechado – 
período refratário, não respondendo a outro 
estímulo) → volta para o repouso e consegue 
responder a outro estímulo 
▪ Maior parte do tempo: canal de sódio em período 
refratário ou repouso 
 
Atividade 3 
Qual fator influência na potência, duração e latência de um 
anestésico loca? 
▪ Potência: influenciada pela parte intermediária 
▪ Obs: maior a potência, maior a toxicidade 
▪ Duração: ligação proteica 
▪ Latência: influenciada pela porção amina que é influenciada pelo pKa do anestésico e pelo pH do 
meio 
 
Estrutura química 
▪ Radical aromático 
▪ Ácido benzoico: cocaína, benzocaína 
▪ Ácido para-aminobenzóico: procaína, cloroprocaína, tetracaína 
▪ São aminoésteres 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 39 
▪ São muito alérgicos por serem metabolizados no ácido acima 
▪ Xilidina: lidocaína, bupivacína, ropivacaína 
 
Propriedades físico-químicas 
▪ Potência: lipossolubilidade 
▪ Latência: pKa 
▪ Secundariamente a lipossolubilidade e concentração de anestésico 
▪ Duração de ação: afinidade proteica 
▪ Secundariamente: efeito vasoconstritor 
▪ Bloqueio diferencial sensitivo-motor: bupivacaína e ropivacaína (menos bloqueio sensitivo motor 
e menor risco de toxicidade) 
▪ Ropivacaína: analgesia de parto 
 
Atividade 4 
Quais as vantagens da associação de vasoconstritores com anestésicos locais? 
▪ Aumenta a duração do anestésico 
▪ Vale a pena usar na bupivacaína? 
▪ Sim, pois reduz a chance de ir para o coração e cérebro 
▪ Reduz chance de atingir circulação sanguínea 
▪ Tabela ao lado: mostra os efeitos 
que dependem da quantidade 
que atingiu 
▪ Se deve observar os efeitos: 
converse o paciente quando 
estiver aplicando o anestésico 
local e durante a cirurgia 
▪ Principal: tonteira, zumbido, 
tremores e gosto metálico na boca ou boca dormente 
 
Objetivos do vasoconstritor 
▪ Adrenalina 
▪ Redução da absorção sistêmica 
▪ Prolongamento da duração 
▪ Diminuição do sangramento 
▪ Aumento da intensidade do bloqueio (alfa-2): melhora o bloqueio da dor 
▪ Contraindicações 
▪ Órgãos com circulação terminal 
• Não pode usar em dedo e pênis 
▪ Anestesia regional intravenosa 
▪ Hipertensão arterial descontrolada 
▪ Arritmias cardíacas e cardiopatas 
▪ Angina pectoris instável 
▪ Uso de antidepressivos e/ou inibidores de monoaminoxidase 
▪ Diabéticos: 
▪ Cuidado 
▪ Já tem tecido isquemiado, com baixa perfusão 
 
 
 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 40 
Anestésicos Inalatórios 
 
Anestésicos inalatórios 
▪ Ao lado vemos 6 representantes de anestésicos inalatórios 
▪ Esses agentes são voláteis (Evapora rápida no ar 
ambiente) 
▪ Água é volátil, sendo que o vento aumenta 
a energia cinética das matérias 
▪ Éter: não é mas utilizado 
▪ Ele é explosivo, sendo que o eletrocautério é muito 
utilizado e, assim, poderia haver uma explosão 
▪ Ele é seguro e tem riscos apenas respiratórios 
(Depressão respiratório), sendo que atualmente isso 
não seria problema 
 
Considerações (parou o slide e começou a falar) 
▪ Óxido nitroso 
▪ Primeiras demonstrações foram ruins 
▪ Ele é um gás e é pouco potente 
▪ Vaporizador 
▪ Se seleciona quanto será dado de anestésico → coloca no vaporizador → ao se aumentar 
ou diminuir o seletor se aumenta ou diminui a entrada de oxigênio → o O2 aumento a 
energia cinética formando “bolhas” do anestésico, se mandando o anestésico na forma 
líquida e de forma muito controlada 
▪ Se tem 2 anestésicos 
▪ A: grande solubilidade no valor 2 → “gosta de sangue” 
▪ Nãovai para o SNC pois ele tem grande afinidade com o sangue → demora mais 
para saturar o sangue e entrar no SNC 
▪ B: baixa solubilidade no valor 0,5 
▪ Solubilidade = razão sangue:gás → “não gosta de sangue” 
▪ Rapidamente satura o sangue, indo para qualquer tecido, inclusive o SNC 
▪ CAN: Concentração Alveolar Mínima 
▪ É o mínimo necessário no alvéolo de concentração anestésica 
▪ Condições para conseguir a KAN do anestésico: 
▪ Anestesia deve ser puramente inalatória 
▪ Se vai avaliar a mobilidade do paciente 
• Não é analgesia, nem hipnose 
• Se a pessoa não mexia, ele não sentia dor nem viu nada → mas os que 
mexiam, lembravam que tinha acordado, sentiram dor, entre outros 
• Ela é a última a desaparecer, logo é a primeira a aparecer se o efeito do 
medicamento está passando 
▪ 50% dos pacientes: ficaram imóveis 
▪ Maior a KAN, menor a potência 
▪ Relaxante muscular 
▪ Quando se inicia o uso desse na cirurgia → se perde o parâmetro para avaliar a 
profundidade da anestesia inalatória → aumento a chance do paciente ter consciência no 
pré operatório 
▪ Maior preço: se não tomar cuidado paciente pode acordar, sentir dor, e não 
conseguir mexer 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 41 
▪ Vantagens 
▪ Relaxamentos dos músculos 
▪ Facilita ventilação 
 
CAM – Concentração Alveolar Mínima 
▪ De acordo com o quadro ao lado 
▪ Houve uma procura por agentes mais 
potentes, mas essa parou 
▪ Coeficiente sangue gás do desflurano é 
baixo: dorme alto e acorda rápido 
▪ Importante: se quer 
rotatividade 
▪ Não precisa ser potente: se usa 
opioides também, não é 
anestesia pura 
▪ Cálculo da CAM 
▪ Para se alcançar 95% dos indivíduos: múltipla CAM por 1,3 → se tem certeza que 95% das 
pessoas ficariam imóveis 
▪ Acaba que como se usa opioides também, entre outros, isso abaixa a CAM e acaba 
contrabalanceando 
▪ Fatores que aumentam a CAM 
▪ Poucos fatores 
▪ Cocaína: diminui a recaptação 
de noradrenalina + aumenta o 
número de neurotransmissores 
no SNC e é mais difícil 
anestesiar o paciente 
▪ Usuários de Drogas: 
▪ Depende se for agudo ou crônico 
▪ Fatores que diminuem a CAM 
▪ Idosos: necessitam de menos anestésicos 
▪ Menos neurotransmissores, sendo mais fácil a indução 
▪ Se deve usar menos anestésico nele do que em indivíduos 
mais jovens 
• Se não reduzir ele 
atua em lugares além 
do cérebro → 
depressão miocárdica 
▪ Gestantes 
▪ Progesterona: faz analgesia 
▪ Pessoa alcoolizada 
▪ Já está sedada, deprimida, 
sendo necessário menos 
sedação 
▪ Ciclo circadiano 
▪ Pela manhã: há mais cortisois 
e catecolaminas 
▪ A noite: já estamos nos 
preparando para dormir 
 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 42 
Farmacocinética 
▪ A concentração de um gás em 
uma mistura de gases é 
proporcional a pressão parcial 
▪ Há uma relação inversa entre a 
solubilidade sangue/gás e a 
velocidade de indução 
▪ A indução da anestesia inalatória 
está relacionada ao equilíbrio de 
pressão parcial 
▪ Halotano: não satura o sangue rapidamente 
▪ Óxido nitroso: satura rapidamente 
▪ Vai para outros locais → coração, músculo gordura 
▪ Tecidos com grande fluxo sanguíneo 
▪ Se recebe mais sangue: maior perfusão sanguínea, é atingido mais rapidamente → 
coração, cérebro, fígado rins 
▪ Menor reperfusão: gordura 
▪ Reperfusão intermediária: músculo 
▪ Não se sabe exatamente como esses componentes atuam, mas se sabe o resultado. 
▪ Não se explica componente de ação de acordo com o receptor 
▪ Abaixo vemos as propriedades físico-químicas dos anestésicos inalatórios 
▪ Desflurano: temperatura de ebulição dele não permite a utilização de forma rápida, se 
necessitando de um vaporizador especial → vaporiza de forma espontânea 
▪ Avaliando o coeficiente sangue:gás 
▪ Dorme mais lentamente com halotano 
▪ Dorme rapidamente com desfurano 
▪ Óxido nitroso: se conseguir dormir, dorme rapidamente 
▪ Potência: halotano é o mais potente 
▪ Se adicionada a óxido nitroso: potência aumenta 
 
 
 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 43 
 
 
Anestésicos inalatórios 
▪ Reatividade e estabilidade 
▪ Solubilidade nas borrachas 
▪ Corrosão 
▪ Decomposição pela Luz 
▪ Reação com Cal sodada 
▪ Faz a metabolização do CO2 que o paciente expira, pois o sistema é fechado → 
metaboliza CO2 e não permite reinalação. 
▪ Alguns anestésicos reagem com a cal sodada → produz algo tóxico → insuficiência renal 
▪ Geralmente cirurgias de maior duração 
▪ Ação no sistema cardiovascular 
▪ Contratilidade do miocárdio 
▪ Halotano interfere mais e é 
muito arritmogênico 
• Precisa de muita 
adrenalina para 
sensibilizar o 
coração → os outros pode usar quantidade muito maior antes de 
sensibilizar o miocárdio 
▪ Resistência vascular periférica 
▪ Isoflurano interfere mais → taquicardia e hipotensão 
▪ Sistema nervoso autônomo 
▪ Frequência cardíaca 
▪ Podemos ver ao lado 
▪ Isoflurano: aumenta a FC → não é 
bom para os coronariopatas 
▪ Ação na circulação coronariana 
▪ Vasodilatadores 
• Isoflurano é o mais potente 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 44 
• Dilata pequenos vasos: igual a adenosina (antiarrítmico que dilata 
apenas vasos de resistência), ou seja, áreas com placas com placas 
não abrem, sendo que ele manda fluxo para uma área 
desnecessário → Síndrome do Roubo Coronariano 
• Isquemia: em coronariopatas 
• Halotano e Sevoflurano 
• Dilatam pequenos e grandes vasos: igual nitroglicerina (nitratos) 
▪ Ação no sistema renal 
▪ Ao lado vemos que: 
▪ Metoxiflurano: libera muito flúor e fica muito 
tempo no organismo, de forma que produzia 
flúor mesmo uma semana após a cirurgia 
▪ Ação no sistema respiratório 
▪ Aumento da FR 
▪ Diminuição do volume corrente 
▪ Deprime a respiração → CO2 acumula 
▪ Diminuição da resposta ventilatória ao CO2 
▪ Não consegue eliminar CO2 → acidose 
respiratória 
▪ Aumento da PaCO2 
▪ Ausência de suspiro 
▪ Broncodilatação: exceto N2O 
▪ Diminuição do tônus vagal 
▪ Estimulação do receptor beta-2 
▪ Vantagem para asmáticos 
▪ Ação no sistema nervoso central 
▪ Vasodilatadores cerebrais: diminui RVS 
▪ Consequentemente aumenta a PIC 
▪ Não é interessante em neurocirurgia → ao 
aumentar a PIC o cérebro incha, 
dificultando a cirurgia → se deve usar 
anestesia venosa, sendo que geralmente 
essa diminui a PIC 
▪ Aumentam o FSC: mínimo com o ISO 
▪ FSC = Fluxo Sanguíneo Cerebral 
▪ Aumentam a PIC 
▪ Diminuem o consumo de 02 
▪ É uma proteção pois aumenta o fluxo cerebral e protege o paciente de parada 
cardíaca, mas isso só compensa para as outras cirurgias 
▪ Perda de autorregulação 
▪ Enflurano: atividade convulsivante 
▪ Comparando os anestésicos 
▪ Eter: foi abandonado por ser explosivo 
▪ Desflurano 
• Limitação: ponto de ebulição → encarece o uso dele para o hospital e 
para o convênio 
▪ Clorofórmio: foi abandonado por ser hepatotóxico 
▪ Metoxiflurano: foi abandonado por o coeficiente dele de solubilidade é 12 → 
paciente custava a dormir e demorava a acordar (Ficava horas na sala de cirurgia 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 45 
▪ Halotano: não tem cheiro dormir + arritmia + deprimia o miocárdio (fração de 
ejeção baixa + depressão = descompensação quando IC) + diminui contratilidade 
do coração (leva ao menor consumo de oxigênio → útil para coronarionapata) + 
hepatotoxicidade (20% do seu metabolismo é no fígado, sendo que ele fazia 
biotransformação e produzia metabólitos hepatotóxicos) 
▪ Isoflurano: veio com a proposta de causar menos depressão miocárdica + cheiro 
muito ruim (paciente trava a respiração) + causa vasodilatação importante levando 
a queda da PA e, consequentemente, taquicardia (coronariopata não tolera → 
muitos pacientes tiverem roubo e isquemia coronariana → não é melhor para esse 
pacente) 
• Bom para paciente com ICC 
▪ Sevoflurano: menos potente + não deprime muito o miocárdico + cheiro 
agradável (indução mais rápida) + não é hepatotóxico + não causa muita dilataçãonem taquicardia 
• Limitação: libera flúor e pode causar insuficiência renal 
• Mais encontrado nos hospitais 
▪ Abaixo vemos as alterações causadas por cada medicação na frequência cardíaca, 
na pressão arterial, no débito cardíaco, na pressão venosa central e na resistência 
vascular periférica 
• Como o isoflurano é vasodilatador o débito cardíaco pode aumentar por 
diminuir a pós-carga e facilitar o esvaziamento cardíaco 
• Para fazer cirurgia em nefropata: utilização na menor concentração 
possível e de preferência por curta duração → se lesão renal já é 
estabelecida se busca apenas não agravar essa 
 
▪ Ação no fígado 
▪ Diminuição do fluxo sanguíneo esplâncnico (DC, PA) 
▪ Halotano é o que mais deprime FSH 
▪ Isoflurano e sevoflurano deprimem menos 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 46 
▪ Necrose hepática: 
▪ Liberação de O2 por unidade de fígado 
▪ Hipóxia, hipotensão prolongada 
▪ Hepatite por “halotano” 
▪ 1:10.000 a 1:30.000 
▪ Metabólitos tóxicos da via oxidativa 
▪ Imunomediada 
• É uma reação pois ele é 
biotransformado pela p450 e tem um 
antígeno que liga ao hepatócito → 
produz anticorpos contra o 
hepatócito → mais um motivo para não usar 
• Artralgia, rash cutâneo, exposição prévia 
▪ Susceptilidade individual 
▪ Maior frequência em mulheres e obesas 
▪ Hipertermia maligna 
▪ É uma reação de todos os anestésicos inalatórios, com exceção do óxido nitroso 
▪ Halotano: maior incidência que todos os outros 
 
Comparação dos anestésicos inalatórios – RESUMO 
▪ Óxido nitroso: extremamente fraco 
▪ Halotano: potente 
▪ Vai ser mais falado mais para frente, mas tem que saber vantagens e desvantagens, pois 
são relacionados a adoção ou não do anestésico 
▪ Vantagens 
▪ Barato 
▪ Diminuição da FC 
▪ Broncodlatação 
▪ Sem roubo coronariano 
▪ Odoro agradável 
▪ Desvantagens 
▪ Hepatotoxicidade 
▪ Arritmias cardíacas 
▪ Depressão cardiovascular 
▪ Indução lenta 
▪ Isoflurano 
▪ Vantagens 
▪ Estabilidade cardiovascular 
▪ Baixo metabolismo (0,2%): sem risco de hepatotoxicidade 
▪ Não arritmogênico 
▪ Desvantagens 
▪ Odor desagradável 
▪ Taquicardia 
▪ Preço 
▪ Roubo coronariano 
▪ Sevoflurano 
▪ Vantagens 
▪ Indução e recuperação rápida 
▪ Não arritmogênico 
▪ Menor taquicardia e hipotensão que o isoflurano 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 47 
▪ Sem roubo coroonariano 
▪ Odor agradável 
▪ Metabolismo hepático (2%) 
▪ Desvantagens 
▪ Alto custo 
▪ Baixa potência 
▪ Reação com cal sodada 
▪ Aumento de fluoreto 
▪ Desflurano 
▪ Vantagens 
▪ Despertar ultrarrápido 
▪ Não arritmogênico 
▪ Não hipotensor à indução 
▪ Metabolsimo hepática (0,02%) 
▪ Anestesia ambulatorial 
▪ Desvantagens 
▪ Odor desagradável 
▪ Péssimo para indução pediátrica 
▪ Vaporizador especial 
▪ Baixa potência anestésica 
▪ Custo elevado 
▪ Desvantagens > vantagens 
▪ Outros: fracos 
 
Quis – revisão 
▪ Questão 1 
▪ A CAM de um agente anestésico inalatória é mais elevada: 
a) Nos pacientes obesos 
b) No sexo feminino 
c) Nos pacientes pediátricos → resposta; maior no paciente pediátrico 
d) Nas gestantes → menor 
 
▪ Questão 2 
▪ Paciente de 25 anos, traumatizado, PA 100/60mmHg, FC 100bpm, referindo dor intensa 
em base de hemitórax direito. Apresenta como anormalidade mais importantes abdome 
rígido e doloroso, além de crepitação subcutânea em pescoço e base do hemitórax direito. 
Anestésico contra-indicado 
a) Halotano 
b) Sevoflurano 
c) Isoflurano 
d) Óxido nitroso → resposta; gosta de ficar onde tem ar, sendo que ele fica onde tem 
ar, aumentando o enfisema subcutâneo, o pneumotórax → ele dá náusea e vômitos 
por ter ar no estomago e intestino, de forma que há acúmulo na região 
 
▪ Questão 3 
▪ A maior limitação ao uso dos anestésicos inalatórios está relacionado a(o) 
a) Aumento do fluxo sanguíneo cerebral → resposta; prestar atenção que a pergunta 
está falando do conjunto 
b) Ocorrência de infarto agudo do miocárdio → quando se usa isoflurano 
c) Risco de insuficiência renal 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 48 
d) Despertador prolongado 
 
▪ Questão 4 
▪ Considerando o equilíbrio cinético do halotano a 1%, 
após 20 minutos de anestesia, as letras C, D e E 
correspondem, respectivamente. Obs: o A é a boca 
do paciente; o B é o primeiro lugar que o 
medicamento chega antes de atingir o sangue, sendo 
B o pulmão. 
a) Músculos, pulmões e fígado 
b) Cérebro, músculos e gordura → resposta; fígado 
está no mesmo grupo que o coração, assim como o cérebro 
c) Coração, fígado e gordura 
d) Cérebro, coração e gordura 
 
▪ Questão 5 
▪ A indução inalatória é lenta quando 
a) A concentração do anestésico é alta → contraditório 
b) A FR está elevada → quanto mais respirar, mais enche o alvéolo de anestésico 
c) O DC está elevado → resposta; a passagem do sangue pelo alvéolo é alta nessa 
situação, de forma que não a troca gasosa eficaz e se lava o anestésico mais 
rapidamente (é como se aumentasse a distribuição da molécula do sangue, é como 
se aumentasse a solubilização no sangue) 
d) O anestésico é pouco solúvel no sangue → é o que se deseja para induzir a analgesia 
mais rápida

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