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Hemorroidas: causas, sintomas e diagnóstico

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As hemorroidas são tecido vascular normal dentro da 
submucosa localizada no canal anal. Ou seja, são varizes dos 
plexos venosos do reto e do canal anal.Acredita-se que elas 
ajudam na continência anal fornecendo aumento do volume 
para o canal anal. 
A doença hemorroidária ocorre mais comumente em pacientes 
> 50 anos e em mulheres grávidas. 
O plexo hemorroidário interno é formado pela artéria retal 
superior e suas veias drenam para o sistema porta, via veia 
mesentérica inferior. A maioria dos pacientes possui 3 mamilos 
hemorroidários internos (localizados nas áreas anterior direita, 
posterior direita e lateral esquerda), em conseqüência das 
ramificações da artéria retal superior. 
O plexo hemorroidário externo é formado pela artéria retal 
inferior (ramo da artéria pudenda interna) e suas veias drenam 
para as veias ilíacas internas e, conseqüentemente, para o 
sistema cava inferior. 
EXTERNAS: quando distais da linha pectínea e estão cobertas 
por anoderme, podendo periodicamente ingurgitar, causando 
dor e dificuldade na higiene. Formam-se no plexo hemorroidário 
inferior, que drena para o sistema cava inferior; situam-se abaixo 
do esfíncter anal e são revestidas por pele. 
 
INTERNAS: que são caracterizadas por hemorragia de sangue 
vermelho vivo ou prolapso. Originam-se do plexo hemorroidário 
superior, cuja drenagem é para o sistema porta. Localizam-se 
acima do esfíncter anal e são recobertas pela mucosa anal. 
As internas podem ainda ser classificadas em: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Se formam em consequência do aumento da pressão venosa em 
pacientes com os seguintes fatores de risco: 
1. Constipação intestinal, associado ao esforço na 
defecação 
2. Gravidez, pela estase venosa 
3. Inflamação local 
4. Hipertensão porta 
5. Uso crônico de laxativos 
6. Hereditariedade 
As hemorroidas NÃO possui correlação com câncer retal. 
Contudo, em alguns casos, o diagnóstico de doença 
hemorroidária é errado e na verdade o paciente possui câncer. 
Acredita-se que ocorre por ao longo dos anos, o tecido 
conjuntivo que ancora o plexo hemorroidário ao esfíncter, se 
deteriora. Assim, ele começa a deslizar pelo canal. 
 
A trombose hemorroidária se caracteriza pela presença de 
nódulo perianal bem delimitado, azulado e doloroso. Possui 
inicio abrupto da dor, que aumenta nas primeiras 48h, 
regredindo após 4 dias. A pele sobre essa hemorroida pode 
necrosar e ulcerar, causando sangramento e saída de secreção. 
A crise hemorroidária é o quadro doloroso causado pelo 
prolapso de hemorroidas internas grau III e IV que se tornam 
encarceradas devido a edema prolongado. Pode estar ou não 
associados aos trombos hemorroidários. 
O diagnóstico da doença hemorroidária é baseado na história 
clínica detalhada, combinada com exame físico do paciente e, 
principalmente, o proctológico cuidadoso que poderão 
confirmar a presença da enfermidade ou afastar outras 
condições que podem causar os mesmos sintomas. 
 
O paciente pode reportar hemorragia em gotejamento ou jato 
de sangue no vaso sanitário. Isso pode resultar em anemia (rara). 
O desconforto anal é decorrente do edema local e 
ingurgitamento venoso, observado mais frequentemente em 
pacientes que fazem muito esforço evacuatório. Já a presença de 
dor anal às evacuações não é comum, aparecendo apenas na 
presença de complicações (hematoma perianal, trombose e 
tromboflebite hemorroidária) ou na associação com outras 
afecções anorretais, tais como abscesso e fissura anal. 
O prolapso de tecido hemorroidário pode ocorrer, 
estendendo-se abaixo da linha pectínea; muitos desses 
pacientes queixam-se de saída de muco, perda fecal e prurido. 
Algumas vezes, o prolapso é redutível (volta sozinho para dentro 
após a evacuação) ou de forma digital. 
O exame físico deve incluir inspeção do ânus, exame retal digital 
e anuscopia. O exame durante o esforço pode tornar o prolapso 
mais evidente. O exame digital deve-se concentrar no tônus do 
canal anal e exclusão de outras lesões palpáveis, em especial 
neoplasias do reto baixo ou canal anal. 
As hemorróidas internas assintomáticas não são diagnosticadas 
pelo toque retal, pois a mucosa anal tem a consistência 
aveludada. Hemorróidas internas são adequadamente 
visualizadas durante a anuscopia. 
No caso de hemorroidas externas e nas internas de 3º e 4º graus, 
podem-se visualizar ingurgitamento venoso, dilatações 
vasculares e plicomas anais. As hemorroidas de 2º grau podem 
ser diagnosticadas durante a inspeção dinâmica e pela manobra 
de Valsalva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A avaliação endoscópica completa (colonoscopia ou 
retossigmoidoscopia) do intestino proximal deve sempre ser 
considerada para excluir doença mucosa proximal, 
particularmente neoplasia, principalmente se o paciente tiver 
em vigilância de colonoscopia ou se tiver fatores de risco. Todos 
os pacientes com idade acima de 40 anos, apresentando-se com 
sangramento retal, devem ser submetidos a uma sigmoidoscopia 
flexível ou colonoscopia. 
 
1. Neoplasia retal 
2. Neoplasia do canal anal 
3. Condiloma acuminado perianal 
4. Pólipo retal (pode sangrar e/ou prolapsar) 
5. Papila anal hipertrófica (sangramento, prolapso, 
desconforto anal) 
6. Prolapso retal (desconforto local, prurido, 
sangramento e o prolapso) 
7. Fístula anorretal (desconforto local, secreção e prurido) 
8. Fissura anal aguda ou crônica (dor e sangramento) 
 
O sangramento hemorroidal geralmente não é uma emergência 
médica. 
 
O tratamento clínico está indicado para aqueles pacientes com 
sintomatologia discreta e esporádica, com longos períodos de 
acalmia, que não representa problemas sérios para o doente na 
sua rotina diária e para gestantes. 
 
Deve ser feito modificações na dieta incluem a suplementação 
com fibras, e o aumento do aporte de fluidos. Os sintomas de 
hemorragia em geral são reduzidos durante um período de 
semanas com o uso de suplementação com fibras isoladamente. 
Caso as medidas alimentares não sejam satisfatórias, usa-se 
laxativos que aumentam o bolo fecal, tais como mucilóide 
hidrófilo de psillium, fruto de sene, metilcelulose, semente de 
plantago ou outros. 
As pomadas e os supositórios compostos por anestésicos e anti-
inflamatórios têm sido muito utilizados para alivio temporário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os banhos de assentos podem ser realizados de 2 a 3x por dia 
ou após a evacuação, com água morna e por no máximo 15 
minutos, em que o ânus deve estar submerso na água. 
Hemorroidas internas de 1º, 2º e alguns de 3º grau podem ser 
tratadas com procedimentos em consultórios, como a ligadura 
elétrica, que não precisa de sedação e a laqueação é feita pelo 
anuscópio. 
São contraindicações relativas de ligadura: 
imunocomprometidos, presença de coagulopatia e pacientes em 
uso de anticoagulantes ou medicações antiplaquetárias (com 
exceção do AAS). 
Além disso há a escleroterapia envolve a injeção de um volume 
baixo (3 a 5 mL) de esclerosante (p. ex., solução salina normal a 
3%) na hemorroida interna. Essa técnica tem sucesso a curto 
prazo, mas a doença hemorroidária tende a recorrer durante o 
acompanhamento mais longo. 
 
A melhor opção é a hemorroidectomia, que deve ser 
considerada em pacientes que: 
1. Obtiveram falha no tratamento conservador, 
2. Continuem apresentando prolapso grave e necessitam 
de redução manual (grau III) 
3. Hemorroidas que não podem ser reduzidas (grau IV) 
4. Hemorroidas complicadas por estrangulamento, 
ulceração, fissura ou fístula 
 
A hemorroida externa trombosada podem idealmente ser 
submetidos a excisão no consultório, durante o período de dor 
máxima (em geral as primeiras 72 horas). 
A hemorroidectomia fechada (Ferguson) consiste na excisão 
simultânea das hemorroidas internas e externas. 
As complicações da hemorroidectomia são dor (mais comum), 
retenção urinária, sangramento, infecção, constipação e 
impactação fecal, estenose e fissura anal 
 
a maioria pode 
ser trada de forma expectante, com banhos de assento,analgesia (incluindo anti-inflamatórios se não houver 
contraindicação) e suplementação de fibras ou agentes 
formadores de bolo fecal. 
No caso de trombos grandes e muito dolorosos, pode ser 
indicada a incisão da pele sobre a lesão e a retirada completa do 
trombo sob anestesia local com ou sem vasoconstritor. 
o tratamento deve ser 
conservador, com analgesia (incluindo antiinflamatórios se não 
houver contraindicação), banhos de assento e aplicação de 
compressas de acetato de chumbo (manipulado), que auxiliam 
na redução do edema.

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