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CCJ0009-WL-RA-05-TP na Narrativa Jurídica-Fatos Jurídicos na Narrativa Jurídica _24-08-2012_

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Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Teoria e Prática da Narrativa Jurídica 
Prof.: Francysco Pablo Feitosa Gonçalves 
Disciplina: 
CCJ0009 
Aula: 
005 
Assunto: 
Seleção de Fatos Jurídicos da Construção da Narrativa Jurídica 
Folha: 
1 de 7 
Data: 
24/08/2012 
 
MD/Direito/Estácio/Período-02/CCJ0009/Aula-005/WLAJ/DP 
Plano de Aula: Teoria e Prática da Narrativa Jurídica 
TEORIA E PRÁTICA DA NARRATIVA JURÍDICA 
Título 
Teoria e Prática da Narrativa Jurídica 
Número de Aulas por Semana 
Número de Semana de Aula 
5 
Tema 
Polifonia e intertextualidade na construção do discurso jurídico. 
Objetivos 
O aluno deverá ser capaz de: 
- Compreender a relevância da polifonia para a produção do discurso jurídico; 
- Reconhecer a polifonia como fenômeno intertextual; 
- Rescrever trechos e parágrafos por meio de paráfrases (citações indiretas); 
- Dominar as recomendações da ABNT acerca do uso de citações diretas. 
Estrutura do Conteúdo 
1. Polifonia e intertextualidade 
1.1. Citação direta 
1.1.1. Citação de até 3 linhas e orientações da ABNT 
1.1.2. Citação de mais de 3 linhas e orientações da ABNT 
1.2. Citação indireta (paráfrase) 
1.2.1. Reprodução ideológica de conteúdos 
Aplicação Prática Teórica 
No ato de interpretar um texto, não é apenas necessário o conhecimento da língua, mas também se faz 
imprescindível que o receptor tenha em seu arquivo mental as informações do mundo e da cultura em que vive. 
Ao ler/ouvir um discurso, o receptor acessa diferentes memórias. 
Portanto, interpretar depende da capacidade do receptor de selecionar mentalmente outros textos. Quem 
não tem conhecimento armazenado, cultura, leitura de mundo, terá dificuldade, quer na construção de novos 
discursos, quer na captação das intenções do emissor do discurso. 
 
ELEMENTOS LINGUÍSTICOS QUE TÊM O PAPEL DE MARCAR A POLIFONIA: 
Conjunções conformativas - segundo, conforme, como, etc. 
Verbos introdutores de vozes (dicendi – verbos de dizer) - dizer, falar, (verbos mais neutros); enfatizar, 
afirmar, advertir, ponderar, confidenciar, alegar (verbos modalizados). 
Maneiras de realizar uma citação: citação direta (transcrição) e citação indireta (paráfrase). 
Transcrição consiste na cópia literal de trecho ou fragmento. Até três linhas citadas, usar apenas aspas, 
sem qualquer destaque especial. Quando a transcrição tiver mais de três linhas, usar destaques conforme 
orientação da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). 
Paráfrase é um resumo, cuidadoso e original, do conteúdo da obra ou trecho lido, elaborado com as 
próprias palavras do pesquisador. (...) Deve ser redigida com bastante clareza e exatidão, de modo a possibilitar, 
no futuro, a sua utilização sem necessidade de retorno à obra original. 
(MARCHI, Eduardo Silveira. Guia de Metodologia Jurídica. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 240). 
Questão 1 
Leia a ementa do julgado abaixo (Relator: Ministro Celso de Mello - Ag.Reg. no Recurso Extraordinário 
477.554 Minas Gerais), e parafraseie, em texto corrido, na forma de parágrafo, essas ideias em até cinco linhas. 
Contemple de forma concisa todo o conteúdo presente na ementa. 
UNIÃO CIVIL ENTRE PESSOAS DO MESMO SEXO – alta relevância social e jurídico-constitucional da 
questão pertinente às uniões homoafetivas - legitimidade constitucional do reconhecimento e qualificação da união 
estável homoafetiva como entidade familiar: posição consagrada na jurisprudência do supremo tribunal federal 
(ADPF 132/RJ e ADi 4.277/DF) - o afeto como valor jurídico impregnado de natureza constitucional: a valorização 
desse novo paradigma como núcleo conformador do conceito de família - o direito à busca da felicidade, 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Teoria e Prática da Narrativa Jurídica 
Prof.: Francysco Pablo Feitosa Gonçalves 
Disciplina: 
CCJ0009 
Aula: 
005 
Assunto: 
Seleção de Fatos Jurídicos da Construção da Narrativa Jurídica 
Folha: 
2 de 7 
Data: 
24/08/2012 
 
MD/Direito/Estácio/Período-02/CCJ0009/Aula-005/WLAJ/DP 
verdadeiro postulado constitucional implícito e expressão de uma ideia-força que deriva do princípio da essencial 
dignidade da pessoa humana – alguns precedentes do supremo tribunal federal e da suprema corte americana 
sobre o direito fundamental à busca da felicidade - princípios de yogyakarta (2006): direito de qualquer pessoa de 
constituir família, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero - direito do companheiro, 
na união estável homoafetiva, à percepção do benefício da pensão por morte de seu parceiro, desde que 
observados os requisitos do art. 1.723 do código civil - a força normativa dos princípios constitucionais e o 
fortalecimento da jurisdição constitucional: elementos que compõem o marco doutrinário que confere suporte 
teórico ao neoconstitucionalismo - recurso de agravo improvido. 
Questão 2 
Assim como no exercício anterior, leia o fragmento, compreenda seu sentido global e parafraseie seu 
conteúdo. 
 
O repertório limitado usado nos discursos dos juízes constitui-se dos seguintes signos: 1) Citação de 
doutrinadores; 2) O uso do tom doutrinário; 3) Citação de jurisprudências, como argumentos de autoridade; 4) 
Citação de jurisprudências anteriores a Constituição de 1988; 5) Discursos de mera autoridade e afirmação; 6) 
Citações auto-referentes praticadas pelos juízes; 7) O uso ipsis litteris dos pareceres dos membros do Ministério 
Público (que funcionam como “fiscais da lei”); 8) O uso do processo civil como uma estratégia de evitar a decisão 
do mérito da questão; 9) O uso e interpretações de citações legais; e, finalmente 10) O uso de digressões 
históricas e doutrinárias. 
Este repertório limitado, que acabou de ser descrito acima, se opera regularmente em bases de três 
grandes estratégias argumentativas por parte dos discursos dos juízes: 
ESTRATÉGIA 1) a descontextualização histórica, que se define pelo uso de citações e referências de 
obras doutrinárias e de jurisprudências de contextos históricos os mais distintos, muitos vezes de períodos não 
democráticos e de circunstâncias temáticas diversas, como se houvesse uma grande linha de continuidade 
histórica, ou melhor, como se houvesse uma atemporalidade que permitiria este trabalho do bricoleur em usar este 
material a sua disposição; 
ESTRATÉGIA 2) a descontextualização geográfica, o uso de citações e referências de obras 
doutrinárias e de jurisprudências concebidas para outros sistemas jurídicos que não o brasileiro. Nos parece que 
por esta estratégia o bricoleur trabalha sob a perspectiva de um Direito universal aplicável para qualquer lugar.; e 
finalmente, 
ESTRATÉGIA 3) a descontextualização de sentidos, entendida como o uso de fragmentos da doutrina 
jurídica e do processo civil, muitas vezes, por argumentos de autoridade, como bem lhe aprouver, e como tal fora 
de seus sentidos primeiros, para conceber a sua obra decisória. (Professor Rafael Iorio. A impossibilidade da 
igualdade jurídica no Brasil) 
 
Questão 3 
O texto adiante é rico em polifonia. Identifique essas ocorrências. 
 
TEXTO[1]: 
CPI pede ajuda da Interpol para rastrear negócios de Cachoeira. 
A CPI Mista que investiga as relações do contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos 
Cachoeira, com políticos e empresários pediu ajuda da Interpol, a polícia internacional, para rastrear os negócios 
do contraventor. O requerimento pedindo ajuda da Interpol foi de autoria do vice-presidente da CPI, deputado 
Paulo Teixeira (PT-SP) e foi já encaminhado para a Polícia Federal, responsável por repassar a solicitação de 
apoio nas investigações. 
De acordo com Teixeira, há suspeitas de que o contraventor tenha negócios no exterior. Segundo o 
deputado, em depoimento à CPI no último dia 10 de maio, o delegado da Polícia Federal Matheus Mella 
Rodrigues, responsável pela Operação Monte Carlo, afirmou que Cachoeira tinha uma empresa sediada no 
exterior e um bingo com endereço em uma das ilhas britânicas, a ilha de Curaçao, perto da costa venezuelana."Ele tem bens no exterior. Disseram que ele tem cassinos, tinha um site do exterior e pedimos 
rastreamento de todas as contas no exterior. Não recebemos nada ainda. Ainda não sabemos se a Interpol já 
começou a trabalhar, mas esperamos ter logo estes dados", afirmou o deputado. 
No depoimento, segundo o relato dos parlamentares, o delegado disse que o objetivo de Cachoeira com 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Teoria e Prática da Narrativa Jurídica 
Prof.: Francysco Pablo Feitosa Gonçalves 
Disciplina: 
CCJ0009 
Aula: 
005 
Assunto: 
Seleção de Fatos Jurídicos da Construção da Narrativa Jurídica 
Folha: 
3 de 7 
Data: 
24/08/2012 
 
MD/Direito/Estácio/Período-02/CCJ0009/Aula-005/WLAJ/DP 
os negócios fora do país seria a lavagem do dinheiro obtido através de atividades ilegais. As empresas, ainda 
segundo Teixeira, seriam operadas por laranjas. O deputado disse ainda que a construtora Delta realizou 
depósitos em outras empresas de fachada do grupo do bicheiro. 
 
 
[1] Disponível em: <http://g1.globo.com/politica/noticia/2012/07/cpi-pede-ajuda-da-interpol-para-rastrear-negocios-
de-cachoeira.html>. Acesso em: 02 jul. 2012. 
 
 
==XXX== 
 
 
RESUMO DE AULA (WALDECK LEMOS) 
 
5ª AULA – Seleção de Fatos Jurídicos da Construção da Narrativa Jurídica 
 
Seleção de Fatos Jurídicos da Construção da Narrativa Jurídica 
 
-Fatos Juridicamente Relevantes=> O Fato Gerador é o mais importante juridicamente sem ele não haveria o 
Processo Judicial. Exemplo: colisão entre dois veículos. 
 
-Fatos que contribuem para a compreensão dos que são Juridicamente Relevantes => dão o cenário, o 
contexto. 
-O quê? 
-Quem? 
-Quando? 
-Onde? 
-Por quê? 
-Como? 
 
Obs: Pode ser interessante incluir também a “consequência” dos fatos. 
 
-Fatos que dão ênfase a informações importantes => Devem ser usados para valorar a narrativa. Exemplo: 
Marca do veículo, histórico do condutor. 
 
-Fatos que prendem a atenção do leitor e/ou despertam o interesse na leitura => Exemplo: Sexo dos 
motoristas, aparência dos motoristas, e etc... => São importantes para quem vai escrever um romance, não 
devem ser colocados na Narrativa Jurídica. São fatores irrelevantes. 
 
Caso Concreto: 
 
M.C. Sheldon, Acusado pelo M.P. (Ministério Público) de Apologia ao Crime de Pedofilia com a música “Novinha”. 
 
Fato Gerador => Suposta Apologia ao Crime. 
 
 
==XXX== 
 
 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Teoria e Prática da Narrativa Jurídica 
Prof.: Francysco Pablo Feitosa Gonçalves 
Disciplina: 
CCJ0009 
Aula: 
005 
Assunto: 
Seleção de Fatos Jurídicos da Construção da Narrativa Jurídica 
Folha: 
4 de 7 
Data: 
24/08/2012 
 
MD/Direito/Estácio/Período-02/CCJ0009/Aula-005/WLAJ/DP 
RESUMO DE AULA (PROFESSOR - AULA MAIS - ESTÁCIO) 
 
5ª AULA – Polifonia e Intertextualidade 
 
Teoria e Prática da Narrativa Jurídica 
Professor Nelson Tavares 
Aula 05 
 
Polifonia e Intertextualidade 
 
No discurso jurídico, indicar as vozes que compõem o relato e a fundamentação é importantíssimo. Isso 
porque, no relato, a responsabilidade da veracidade das informações oferecidas deve ser atribuída a alguém; essa 
pessoa responde juridicamente por elas. Na fundamentação, citam-se trechos da lei, da jurisprudência, da 
doutrina, etc. como argumentos de autoridade; são vozes que se associam a voz do orador e lhe fornecem maior 
credibilidade. Essa apropriação da voz do outro denomina-se intertextualidade. 
 
A título de esclarecimento, registramos que o termo polifonia não deve ser confundido com o de 
intertextualidade. A intertextualidade define-se pelo uso de uma voz, de forma implícita ou explícita, no texto de 
outro. Muitas vezes, essa apropriação não vem marcada por aspas ou qualquer indicação de fonte. Cabe, 
portanto, ao receptor, de acordo com os conhecimentos registrados em sua memória, reconhecê-la. 
 
Assim, toda intertextualidade é considerada uma polifonia. Entretanto, nem toda voz em um texto é 
classificada como uma intertextualidade. Como exemplo, pode-se retomar o exemplo do Réu que, em sua 
contestação permite-nos inferir a presença de uma voz -- aquela contra a qual a voz da contestação se dirige, mas 
ambas não são classificadas como ocorrência de intertextualidade, e, sim, polifonia. 
 
 
 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Teoria e Prática da Narrativa Jurídica 
Prof.: Francysco Pablo Feitosa Gonçalves 
Disciplina: 
CCJ0009 
Aula: 
005 
Assunto: 
Seleção de Fatos Jurídicos da Construção da Narrativa Jurídica 
Folha: 
5 de 7 
Data: 
24/08/2012 
 
MD/Direito/Estácio/Período-02/CCJ0009/Aula-005/WLAJ/DP 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Teoria e Prática da Narrativa Jurídica 
Prof.: Francysco Pablo Feitosa Gonçalves 
Disciplina: 
CCJ0009 
Aula: 
005 
Assunto: 
Seleção de Fatos Jurídicos da Construção da Narrativa Jurídica 
Folha: 
6 de 7 
Data: 
24/08/2012 
 
MD/Direito/Estácio/Período-02/CCJ0009/Aula-005/WLAJ/DP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Teoria e Prática da Narrativa Jurídica 
Prof.: Francysco Pablo Feitosa Gonçalves 
Disciplina: 
CCJ0009 
Aula: 
005 
Assunto: 
Seleção de Fatos Jurídicos da Construção da Narrativa Jurídica 
Folha: 
7 de 7 
Data: 
24/08/2012 
 
MD/Direito/Estácio/Período-02/CCJ0009/Aula-005/WLAJ/DP 
 
 
 
 
 
==XXX==

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