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Neurologia Gaby Alfaro Síndrome de Hipertensão Intracraniana • Definida como um pressão intracraniana maior que 15mmHg ou 20cmH20; • Emergência neurológica; • Sintomas: Cefaleia: sintoma mais predominante; - Ocasional, moderada e localizada na fase inicial, se tornando constante, intensa e global na fase avançada; - Holocraniana; Vômitos: ocorrem após certo tempo; - Nāo é um sintoma inicial; - Predominam pela manhā; - Vômitos em jato; - Nāo tem relação com a comida; - Nāo é precedido de naúseas; Vertigens: nāo sāo frequentes; - Quando há a movimentação abrupta da cabeça; Edema de papila: sinal frequente; - Assimétrico ou bilateral; - Caso nāo seja tratado pode causar amaurose definitiva; fase avançada; - Pode nāo ocorrer nas fases iniciais da HIC; - Fase inicial: sem prejuízo da acuidade visual; Paralisia de nervos cranianos: primeiro nervo a ser acometido é o sexto (abducente); devido ao seu trajeto; - Estrabismo convergente uni ou bilateral; - Abducente: inerva o músculo reto lateral; - Dipoplia; Convulsões: poucos frequentes; - Crises epiléticas com alteração motora; - Generalizada ou focal; - Geralmente em crianças; - Quando a HIC evolui de maneira muito rápidos; Distúrbios psíquicos: em formas mais avançadas e quadros graves; - Irritabilidade; - Desinteresse; - Raciocínio lento; - Confusāo; - Falta de iniciativa; - Indiferença; Distúrbios vegetativos: tardiamente; - Frequência bradicardia e hipertensão; - Alteração na frequência ou ritmo da respiração; - Tríade de Cushing: hipertensão, bradipnéia e bradicardia; Macrocrania ou macrocefalia: apenas em crianças; - Antes da consolidação das suturas; - Abaulamento da fontanela anterior, quando aberta; • Causas mais comuns de hipertensão intracraniana: Tumores; Meningite; Hemorragia; Traumatismo; Edema cerebral; Intoxicações exógenas; Trombose venosa cerebral; Hipertensão arterial maligna; Estenose congenita do aqueduto Silviano; Neurocisticercose; Uso de medicamentos em crianças; Hipertensão intracraniana benigna (pseudotumor cerebral); Síndrome Piramidal • Definição: síndrome do primeiro neurônio motor ou síndrome do neurônio superior; • Ocorre pela interrupçāo anatômica ou funcional da via corticoespinhal (trato piramidal); • TRAJETO: - Cortéx pré-central na região do homúnculo; - Passam pela coroa radial, separadamente; - As fibras motoras se juntam na cápsula interna (trato corticoespinhal); - As fibras descem, passando pelo mesencéfalo, ponte até chegar ao bulbo; - No bulbo ocorre as decussaçāo das pirâmides; - 90% cruzam no bulbo, descendo pela parte lateral da medula: Trato Corticoespinhal Lateral; cruzam contralateralmente na medula; - 10% das fibras nāo cruzam, descendo pela parte anterior da medula; cruzam ipsilateralmente na medula; - Após o cruzamento, chegam no corno anterior da medula; • Caracterizada por: paralisia espástica (hipertonia e hiperreflexia); • Sintomas deficitários: Perda ou redução de força\motricidade (plegia 0 ou paresia 1-4); Diminuição ou abolição dos reflexos cutâneos- abdominais; Atrofia muscular por desuso; • Sintomas de liberação: 1 x Responsável por inervar os pares cranianos (3 ao 12 par). x Cortex pré central → núcleo do par → nervo 3° e 4° par: mesencéfalo 5, 6 e 7° par: ponte 8°: localização bulbo pontino 9, 10, 11 e 12°: bulbo Sinal de Torres-Homem Percussão digito-digital intensamente dolorosa, localizada e circunscrita, característico de abscesso hepático. Trajeto percorrido pelo estimulo motor x Trato motor mais importante x Também chamado de sistema piramidal, neurônio motor ou 1° neurônio motor Trajeto: x O estimulo partirá do córtex pré central através das fibras que formarão a coroa radiada. x Essas fibras se unirão na cápsula interna, dali descem ipsilateralmente. Ao chegar no tronco x (Mesencéfalo, ponte e bulbo), 90% das fibras CRUZAM no bulbo (decussação das pirâmides) e as outros 10% DESCEM ipsilateralmente. x As fibras que cruzam descem contralateralmente e entram no corno anterior da medula formando o trato corticoespinhal lateral. x As fibras que não cruzam descem pela parte anterior formam o trato corticoespinhal anterior x A partir daí, uma vez feita a sinapse para a raíz anterior formando o 2° neurônio motor. Córtex pré central → coroa radiada → cápsula interna → CRUZA bulbo (90%) → descem contralateralmente no lado lateral da medula → chegam no corno anterior da medula → Córtex pré central → coroa radiada → cápsula interna → NÃO CRUZA (10%) → descem ipsilateralmente no lado lateral da medula → chegam no corno anterior da medula → Neurologia Gaby Alfaro Sincinesias: movimentos associados anormais nos membros deficitários quando o paciente executa determinado movimento; Sinal de Babinski: extensão do hálux ao estímulo cutâneo plantar (reflexo cutâneo superficial); Sinal de Hoffman: estímulo no terceiro dedo (pressão na unha) que provoca movimento de pinça no primeiro e no segundo dedo do paciente; pinçamento da falange distal do dedo; pode ocorrer isoladamente; Clonus: ao fazer uma dorsifleêxao forçada, o paciente apresenta contrações musculares involuntárias; Exagero do reflexo de automatismo\de defesa; Hiperreflexia profunda: aumento da amplitude, policinesia, aumento da área reflexogena; Espasticidade: aumento do tônus muscular; hipertonia; Marcha ceifante; • Causas: AVC, tumores, doenças desmielinizantes (esclerose múltipla), processos degenerativos, traumatismos e infecções; Síndrome do 2°neurônio motor • Lesão ocorre no corpo celular ou no axônio; • Síndrome do neurônio motor; • Impulsos motores que partem do centro nāo chegam a periferia; estímulos abolidos; • Lesão específica no corno anterior da medula; • Corno anterior da medula: região periférica; localização do corpo celular do segundo neurônio; • Ocorre a sinapse do primeiro neurônio motor com o segundo neurônio; • Impulso nervoso: raiz anterior, plexo, nervo periférico, junçāo neuromuscular realizando a contraçāo muscular; • Junçāo neuromuscular e músculo nāo faz parte do neurônio motor; • Sinais e sintomas: Paralisia: segmentar, assimétrica no grupo muscular inervado pelos neurônios lesados; Plegia ou paresia: perda de forca; Hipotonia: flacidez; tônus; ocorre lesão periférica; Arreflexia superficial e profunda; Fasciculações: contraçāo involuntária de fibras musculares únicas; Atrofia; • Causas: Poliomelite anterior aguda; Esclerose lateral amiotrófica; Amiotrofia espinhal; Radiculopatias; Guillan Baré; Polineuropatia periférica; Neuropatias múltiplas; Mononeuropatias; Síndrome Cerebelar • Alterações da coordenação e do tônus muscular; • Ataxia: desequilíbrio; • Marcha instável; • Nāo causa fraqueza muscular; • Lesões hemisféricas: refletem nos membros e sāo sempre do mesmo lado; • Lesões do Vermis: predominam no tronco; • Sinais e sintomas: Dismetria: distúrbio na medida do movimento pelo índex-nariz e calcanhar-joelho (propriocepçāo); Disdiadococinesia: incapacidade ou dificuldade de realizar movimentos rápidos e alternados (supinação e pronaçāo da mão); Tremor de intenção; Disartria: fala lenta, monótona e explosiva; Disgrafia: letras maiores e irregulares; Disbasia: movimentos de ziguezague, ebrioso; Marcha ébria; Característica Sd 1° neurônio motor Sd 2° neurônio motor Sistema Piramidal Periférica Déficit Motor Presente Presente Tônus Espasticidade: hipertonia Flacidez: hipotonia Reflexos Hiperreflexia Hiporreflexia Atrofia muscular Por desuso Acentuada Fasciculaçõs Ausente Presente Babinski Presente Ausente 2 Neurologia Gaby Alfaro Hipotonia; Reflexos patelar e tricipital pendulares; •Causas: tumores\abcessos, distúrbios vasculares (infarto e hemorragia), intoxicações exógenas (àlcool), traumatismo, doenças neurodegenerativas; Síndrome Meníngea • Processo irritativo das meninges e as raízes nervosas por elas envolvidas; • Infecção: meningite; • Hemorragia: meníngea ou subaracnóidea; • Características: Hipertensāo Intracraniana; Síndrome Radicular: - Hiperestesia sensitiva e sensorial; - Fotofobia; - Raquialgia; - Postura antálgica: decúbito lateral com membros inferiores semifletidos; - Rigidez de nuca; - Positividade das provas kerning, brudzinski e laségue; Síndrome Infecciosa: - Febre; - Prostraçāo; - Astenia; - Anorexia; - Taquicardia; Síndrome de Compressão medular • Caracterizada por uma série de manifestações medulares e radiculares; • Surgem de modo gradativo ou agudo; • Compressão súbita ou lenta, através de uma expansão dentro do canal raquidiano ou dentro da medula; • Tríade: nível sensitivo, síndrome piramidal e alterações esfincterianas; • Sinais e sintomas: Distúrbios da sensibilidade: início costuma ser uma parestesia moderada acompanhada de dor; Distúrbios da motricidade: paresia inicial de grupos musculares; podendo evoluir pra completa; Distúrbios dos reflexos: sinal de babinski positivo e alterações de reflexo; Distúrbios do tônus: paralelamente a gradativa paresia observa-se aumento do tônus nos membros acometido; espasticidade; Distúrbios na micçāo; Escaras; tróficas; de decúbito: acometimento das regiões sacra, os tornozelos e os calcanhares; Comprometimento dos membros inferiores e superiores, assim como o surgimento de distúrbios esfincterianas e tróficos dependa da localização da lesão, podendo se localizar na medula cervical ou tóraco-lombar configurando o quadro de “tetraplegia” e “paraplegia sensitivo motora”; Síndrome do Cordão Posterior • Glanglionopatia ou de cordão posterior: diferencia-se através do reflexo; • Em lesão de nervo e gânglio posterior ocorre perda de reflexo; • Sinais e sintomas: Sinal de Romberg; Ocorre abolição da sensibil idade profunda, principalmente vibratória e cinético-postural; Ataxia sensitiva (marcha tabetica ou talonante); • Causas: Tabes dorsalis; deficiência de vitamina B12; degeneração combinada subaguda de medula; Síndrome de Brown-Sequard • Hemissecçāo medular; • Paresia epástica ipsilateralemente; • Hiperreflexia ipsilateral; • Perda das sensibilidades proprioceptivo e vibratória ipsilateral; • Perda do tato discriminativo ipsilateral; • Perda das sensibilidades termoalgésica; • Lesão das raízes nervosas no nível e ipsilateral à lesão; • Altura da lesão medular determina o nível da anestesia; • Sinais e sintomas: Lado da lesão: síndrome piramidal com destaque a paralisia; síndrome do cordão posterior; Lado oposto à lesão: abolição da sensibilidade superficial; Lado da lesão paralisa e perda da sensibilidade vibratória e cinéticopostural; Lado oposto perda da sensibilidade dolorosa e térmica; 3
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