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Existem fibras autônomas que caminham dentro dos nervos cranianos, são nervos de capacidade motora. Essas fibras são sempre parassimpáticas, promovendo movimento em algumas víscera. São: oculomotor (III), facial (VII), glossofaríngeo (IX) e vago (X). Organização funcional Os nervos cranianos possuem componentes funcionais diferenciados em relação aos nervos espinais. As informações que chegam/saem até o sistema nervoso podem ser somáticas ou viscerais. - Fibras aferentes: As somáticas transportam informação de dor, temperatura, pressão, propriocepção, vibração etc. Já as viscerais captam as informações das vísceras através de visceroceptores, como por exemplo estiramento e temperatura visceral. Ainda há aferências especiais, relacionadas aos sentidos: visão, audição, gustação, olfato e equilíbrio. - Fibras eferentes: Eferência somática vai em direção as músculos estriados esqueléticos. E as viscerais vão em direção ao miocárdio, glândulas e músculo liso. Diferentes dos nervos espinais que são todos mistos, os cranianos podem ser totalmente motor, sensível ou ainda mistos. - Nc. I - Nervo olfatório (sensitivo) - Nc. II - Nervo óptico (sensitivo) - Nc. III - Nervo oculomotor (motor) - Nc. IV - Nervo troclear (motor Logo, dependendo de qual nervo ocorrer uma lesão pode ser afetado somente parte motora, sensitiva ou ambas. - Nc. V - Nervo trigêmeo (misto) - Nc. VI - Nervo abducente (motor) - Nc. VII - Nervo facial (misto) - Nc. VIII - Nervo vestibulococlear (sensitivo) - Nc. IX - Nervo glossofaríngeo (misto) - Nc. X - Nervo vago (misto) - Nc. XI - Nervo acessório (motor) - Nc. XII - Nervo hipoglosso (motor) RESUMO Sensitivos: I, II e VIII Motores: III, IV, VI, XI e XII Mistos: V, VII e X nervos cranianos UNINOVE SBC | Sistema Nervoso | 27.09.21 Gabrielle S. Sanches Nervos cranianos são aqueles que fazem conexão com o encéfalo, sendo que a maioria deles se conectam com o tronco encefálico (10 pares) e apenas os nervos olfatório e óptico que se ligam, respectivamente, ao telencéfalo e diencéfalo. GENERALIDADES Apesar de ser um nervo misto ele é um grande NERVO TRIGÊMEO (V) Origem dos nervos cranianos Origem Real A origem real do nervo é onde se encontra seu núcleo (corpos celulares). Se o nervo é motor o núcleo se localiza no tronco encefálico, já os núcleos sensitivos podem ficar no tronco encefálico, nos gânglios ou diretamente relacionado ao seu receptor de origem (retina). Origem Aparente A origem aparente é de onde o nervo emerge, como se fosse o ponto anatômico. As fibras que saem do núcleo emergem e aparecem em algum ponto da superfície. Origem Óssea A origem óssea é o local (forma, fissura, meato..) por onde o nervo sai do crânio. Um "buraco" do crânio na qual há passagem do nervo. Normalmente são compartilhadas entre os nervos, ou seja, pelo mesmo orifício passam diversos nervos. O trigêmeo junto com o facial (nervos mistos) formam o Reflexo Córneo-palpebral. Neste reflexo ao ser tocado na córnea o trigêmeo manda a informação para o centro (TE) e a resposta é contrais a pálpebra, ou seja, a eferência é uma atividade do nervo facial. nervo sensitivo da cabeça, ou seja, seu componente sensitivo é maior do que o componente motor. Além de sua função normal, esses nervos também tem funções parassimpáticas. Eles liberal acetilcolina e possuem receptores muscarínicos. Um reflexo é formado por uma aferência, a informação que chega no centro integrador e dele parte uma eferência sem passar pelo córtex cerebral. Ramo V¹: N. oftálmico Ramo V²: N. maxilar Ramo V³: N. mandibular A raiz sensitiva é formada por prolongamentos centrais dos neurônios sensitivos situados no gânglio trigeminal que se localiza sobre o osso temporal. Os prolongamentos periféricos dos neurônios sensitivos do gânglio trigeminal se dividem em 3 ramos: Todas as divisões do trigêmeo são sensitivas, responsáveis pela sensibilidade somática geral de grande parte da cabeça, através de fibras que se classificam aferentes somáticas gerais. Elas conduzem impulsos exteroceptivos (temperatura, dor, pressão, tato) e proprioceptivos. O único ramo com componente motor é o mandibular, sendo efetivamente a partemista do trigêmeo, já que possui fibras sensitivas e motoras. A raiz motora do trigêmeo é constituídas de fibras que acompanham o nervo mandibular, distribuindo-se aos músculos mastigadores. Um paciente com paralisia facial comprometendo o nervo facial (VII) não terá problemas para mastigação, pois os músculos da mastigação são inervados pelo trigêmeo. As origens reais do nervo trigêmeo se locali- - V¹ (oftálmico): vai em direção ao olho dando sensibilidade geral para a pele da face: testa, pálpebras e dorso do nariz. - V² (maxilar): vai em direção a maxila e inerva a cavidade nasal, dentes superiores e palato e ainda na parte da pele pegando o ápice e asa do nariz, o lábio superior, região zigomática e temporal. - V³ (mandibular): inerva sensivelmente língua, dentes inferiores e para a área da pele no lábio inferior, região do mento, parte da bochecha e região auricular e temporal. O nervo facial emerge do bulbo-pontino. Assim como o trigêmeo, o facial é misto, porém seu componente motor é maior do que a sensitiva. A sensibilidade deste nervo é especial, pois é capaz de captar a gustação dos 2/3 anteriores da língua e do palato mole. A parte motora autônoma parassimpática é responsável pela inervação da glândula lacrimal, glândula submandibular e glândula sublingual em que as fibras de acetilcolina liberam acetilcolina e ao se ligar nos receptores muscarínicos aumentam a salivação (saliva fluída) e a secreção de lágrima. NERVO FACIAL (VII) zam no TE, uma no mesencéfalo, ponte e bulbo. Motor Sensitivas Por ser um nervo sensitivo o nervo trigêmeo tem um grande gânglio em que os prolongamentos periféricos vão até receptores específicos que vão captar uma informação e os prolongamentos centrais que fazem sinapse no núcleo. A origem aparente é próximo ao pedúnculo cerebelar médio na ponte, de onde ele sai, forma o gânglio e emite prolongamentos para inervar a face e cabeça. O ramo oftálmico passa pela fissura orbitária superior, ramo maxilar passa pelo forame redondo e a mandibular atravessa o forame oval (origens ósseas). Os ramos V¹ e V² passam pelo seio cavernoso (conjunto de veias em torno da hipófise e carótida), caso seja desenvolvida uma trombose no seio cavernoso alguns nervos cranianos podem ser comprometidos. Como acaba pegando esses ramos do trigêmeo pode se ter perda da sensibilidade em algumas partes do rosto e cabeça. Além desses, os pares III, IV e VI passam pelo seio cavernoso, eles são oculares e o paciente desenvolve oftalmoplegia (o olho não mexe mais). A área motora da face se encontra no giro pré- central, as fibras saem do córtex, cruzam e chegam no núcleo do trigêmeo, formando o Trato Córtico-nuclear. Esse trato excita o neurônio do trigêmeo que irá disparar um potencial de ação caminhando pela divisão mandibular (componente motor) e estimulando os músculos da mastigação. O carbamato é um bloqueador da acetilcolinesterase (enzima que degrada acetil- A origem aparente do facial (VII) se localiza no sulco bulbo pontino, além desse também se origina os pares VI e VIII. E a origem óssea é o meato acústico interno e também o forame estilomastóideo pela qual o nervo sai do crânio. Dentro do osso temporal o nervo facial origina No folículo facial fica o núcleo do abducente que é contornado pelas fibras do nervo facial. Trato Córtico-Nuclear do facial O axônio sai do giro pré-central e vai até o núcleo facial formando o trato córtico-nuclear do facial. O núcleo do facial é dividido em duas porções: posterior e anterior. As fibras que saem da região posterior vão para o quadrante superior (D e E) da face e o anterior as fibras vão para o quadrante inferior da face (direito e esquerdo). Ramo temporalRamo zigomático Ramo bucal Ramo marginal da mandíbula Ramo cervical Quando o facial sai pelo foram estilomastóideo ele passa por dentro da parótida mas não chega a inervar a glândula (apenas a mandibular e sublingual) e então se divide em 5 ramos: 3 nervos importantes: - N. petroso maior: vai para a glândula lacrimal, mucosa do nariz e mucosa do palato. - N. para o músculo estapédio: é um nervo pequeno que inerva o músculo. - N. corda do tímpano: ele passa colado no tímpano, apoiado na membrana timpânica, e atravessa o osso temporal indo em direção a língua e captando gustação, e também inerva as glândulas salivares. colina). Dessa forma uma intoxicação por este composto não consegue degradar a acetilcolina na fenda, aumentando a atividade parassimpática: diminuição da FC e sialorreia. Numa paralisia facial que acomete este nervo pode alterar a gustação, diminuir a salivação e diminuir a lacrimação. Além disso, em casos mais graves o músculo estapédico não se contrai e o paciente tem sintomas de hiperacusia em que qualquer som se torna alto. A origem real deste nervo é na ponte, mais especificamente na fossa ruboide, onde fica os colículos faciais, porém no colículo facial não fica o núcleo do facial, núcleo do nervo fica mais anteriormente. A porção motora facial inerva os músculos da mímica (expressão facial) e o músculo estapédio (se localiza dentro da orelha média e diminui a transmissão da informação auditiva) Núcleo do facial Quando o nervo facial atravessa o osso temporal e sai pelo forame estilomastóideo vai em direção aos músculos da mímica. Se houver uma lesão for extratemporal não será alterado a secreção de lágrimas e nem contração do estapédio pois os ramos foram lesado depois do osso temporal, logo só terá comprometimento dos músculos da face. É a paralisia mais comum da face já que não necessita que ocorra um trauma. Mas um trauma cranioencefálico no osso temporal pode haver paralisação da face e ainda deve ser analisado alterações na lacrimação, gustação e salivação. Reflexo Córneo-Palpebral Reflexo de piscar, na qual a aferência é o nervo trigêmeo e a eferência é pelo nervo facial. Este reflexo é feito através de um toque na conjuntiva do olho, com cuidado para o algodão não ir no campo visual, pois nesse caso a pessoa vai piscar sem ter o trigêmeo como aferência, mas o nervo óptico. Ao tocar na conjuntiva o estímulo é captado pelo oftálmico e a informação é mandada para o centro integrador no núcleo do trigêmeo e en- tão ambos os olhos piscam (mesmo só tendo tocado em um), pois quando a informação chega no núcleo espinal do trigêmeo ela será mandada para o facial do lado oposto e para o facial do mesmo lado. Paralisia de Bell - periférica Apenas metade da face é comprometida, é denominado uma paralisia periférica (hemiparesia) em que os dois quadrantes (superior e inferior) do mesmo lado estão afetados. Ocorre uma lesão do nervo facial direito ou esquerdo as fibras que vão para o quadrante superior e inferior são compro- metidas. Nesse caso é uma hemiparesia homolateral à lesão. Paralisia central É lesado o quadrante inferior contra lateral a lesão. O córtex pré-central bilateral (direito e esquerdo) mandam informações para o núcleo posterior, logo os quadrantes superiores recebem informações dos 2 lados do cérebro. O núcleo anterior recebe informação do córtex pré-central contralateral, então o lado direito controla o núcleo anterior esquerdo e o lado esquerdo do córtex controla o núcleo anterior direito. Se o paciente tem um AVC (lesão central) do lado direito na área motora da face será paralisado o quadrante inferior esquerdo e vice versa. Isso acontece porque o o núcleo anterior é inervado apenas por um lado do córtex e de forma contra lateral. Nervo misto que emerge do sulco lateral posterior do bulbo ou do sulco retro-olivar (depende da literatura). São vários filamentos radiculares que saem do sulco e se unem para formar o tronco no nervo glossofaríngeo que sai do crânio pelo forame jugular (origem óssea). No seu trajeto o nervo apresenta 2 gânglios: superior e inferior formados por neurônios pseudounipolares sensitivos. A origem real motora é o núcleo ambíguo e o núcleo salivatório inferior. Do ambíguo saem fibras que inervam a musculatura estriada esquelética da região da faringe e do palato, mas ainda há um componente eferente pertencente ao componente parassimpático é o núcleo salivatório inferior, localizado entre ponte e bulbo, ele possui neurônios pré- ganglionares que saem até o gânglio óptico, fazendo sinapse com o neurônio pós ganglionar que vai até as glândulas da região da boca e da parótida. Os componentes sensitivos possuem 2 gânglios um inferior e um superior com corpos de neurônios pesudounipolares, logo uma parte do segmento vai para região periférica captar informação sensitiva e o outro segmento vai em direção a parte central do SN para chegar em núcleos. Os núcleos sensitivos são: - Núcleo espinal do trigêmeo: relacionado com a recepção de informação de tato, dor, temperatura, vibração... NERVO GLOSSOFARÍNGEO (IX) EXEMPLO Se o estímulo é reproduzido do lado direito e apenas o olho esquerdo pisca a lesão é no nervo facial direito. sensibilidade geral 1⁄3 posterior da língua, faringe, úvula, tonsila, seio e corpo carotídeo (controle de pressão arterial e sensor nos níveis de CO2, respectivamente). - Fibras aferentes somáticas gerais: captação do meio externo, sensação exteroceptiva das mucosas da cavidade timpânica e canal auditivo. - Núcleo do trato solitário: recebe informações mais finas, como informação gustatória e concentrações de gás carbônico. O gânglio superior vai captar informações sensitivas do terço posterior da língua, mucosa nasal e oral da faringe, mucosa da tuba auditiva, orelha média e área do meato acústico externo, e então são conduzidas pelo glossofaríngeo até o núcleo espinal do trigêmeo. No gânglio inferior localizado no seio carotídeo a informação sensitiva captada pelos neurônios são de alteração da pressão arterial, no glomo carotídeo capta informação da concentração de gás carbônico. Posteriormente a informação afere na parte inferior do núcleo do trato solitário. O gânglio inferior ainda possui neurônios no terço posterior da língua que captam a gustação e levam até o trato solitário. As fibras podem ser classificadas e recebem nomes diferentes dependendo da região que saem/chegam. Motoras: - Fibras eferentes viscerais especiais: tem origem branquimérica, controlam os músculos estriados esqueléticos da faringe e músculos do palato. - Fibras eferentes viscerais gerais: parassimpático, controla a glândula parótida. Sensitivas: - Fibras aferentes viscerais especiais: relacionadas ao órgãos do sentido, gustação do 1⁄3 posterior da língua. - Fibras aferentes viscerais gerais: relacionadas a dor temperatura, tato e pressão, Nevragila do glossofaríngeo Paciente relatam dorem em pontadas na região da inervação sensitiva (garganta e tonsilas palatinas), muitas vezes é necessário cirurgia para alcançar o gânglio superior. É o maior dos nervos cranianos é misto e também parassimpático. Emerge do sulco lateral do bulbo ou do sulco retro-olivar sob a forma de filamentos radiculares que se unem para formar o vago. A origem óssea também é o forame jugular, percorre pescoço e tórax terminando no abdômen. Neste trajeto origina ramos que inervam faringe e laringe e também entram nos plexos viscerais promovendo inervação autônoma das vísceras torácias e abdominais. Assim como o glossofaríngeo ele também possui 2 gânglios com neurônios pseudounipolares para informação sensitiva de aferência. Os neurônios envolvidos com o gânglio inferior chegam no núcleo do trato solitário. Captam sensibilidade torácica e abdominal como estiramento da aorta e pulmões, região do TGI, mucosa da faringe, laringe e epiglote (gustação). Os neurôniosgânglio superior chegam até o núcleo espinal do trigêmeo, eles captam informação de sensibilidade geral (dor, temperatura, pressão...) do meato acústico externo, da orelha externa e da dura-máter. O componente motor responsável por inervar a musculatura estriada esquelética tem origem no núcleo ambíguo e vão até a musculatura da faringe, laringe e palato. Ele faz com que a musculatura se contraia e seja possível o reflexo de GAG. NERVO VAGO (X) Reflexo de GAG Esse reflexo é observado através do glossofaríngeo e o vago. A sensibilidade de pressão no terço posterior da língua é captada pelo nervo glossofaríngeo e então se espera que o paciente eleve a musculatura do palato mole junto com a úvula inervada pelo nervo vago. Uma lesão relacionada ao nervo vago de um dos lados do palato não ocorre elevação do palato e a úvula é direcionada para o lado que não está lesionado. Núcleo ambíguo dá origem a parte da raiz craniana e por toda região da medula há núcleos cervicais do nervo acessório. O núcleo ambíguo tem fibras que vão eferir do nervo acessório para acompanhar o vago e inervar musculatura da laringe, faringe e algumas estruturas torácicas. Da região dos núcleos do nervo acessório há fibras eferindo para inervar o músculo esternocleidomastóideo e o trapézio. O acessório é formado por uma raiz craniana e uma espinal. A espinal é formada por radículas que emergem da face lateral dos 5 ou 6 primeiros segmentos cervivais da medula e constituem um tronco em comum que entra no crânio pelo forame magno do osso occiptal. A raiz craniana se une a esse tronco emergindo do sulco lateral do bulbo, o tronco comum atravessa o forame jugular juntamento com o glossofaríngeo e vago. Em seu trajeto, o acessório, se divide novamente e uma parte (ramo interno) acompanha o nervo vago e faz uma irrigação conjunta na região torácica. Ainda há uma outra parte (ramo externo) que estará relacionada a musculatura do esternocleidomastóideo e do trapézio. NERVO ACESSÓRIO (XI) O nervo vago também vai para musculatura lisa a partir do núcleo dorsal do vago que é a parte parassimpática. O neurônio pré- ganglionar vai até o gânglio nas proximidades dos órgãos e faz sinapse com o neurônio pós ganglionar fazendo com que a víscera responda ao comando do núcleo dorsal do vago. Uma lesão no núcleo ambíguo causa uma disfagia e uma disfonia. Assim como o acessório ele é um nervo apenas motor. Emerge do sulco lateral anterior (ou retro-olivar) sob a forma de filamentos radiculares que se unem formando o tronco do nervo. A passagem pelo crânio se dá por uma região exclusiva para o nervo, o chamado canal do hipoglosso na região do osso occipital. Em seu trajeto ele desce para inervar a musculatura intrínseca e extrínseca da língua, sendo consideradas fibras eferentes somáticas originadas do núcleo do nervo hipoglosso, localizado numa região mais dorsal do bulbo e por isso os pequenos filamentos se direcionam anteriormente se unindo para formar o nervo. NERVO HIPOGLOSSO (XII) A falta de inervação do trapézio gera um desnível entre os dois ombros e em relação ao esternocleidomastóideo do lado da lesão haverá fraqueza nos movimentos da cabeça, como a rotação, e às vezes se observa dificuldade na expiração. Ramo interno - Fibras eferentes viscerais geral: associa-se às fibras do vago (vísceras torácicas). - Fibras eferentes viscerais especiais: inervam os músculos da laringe através do nervo laríngeo recorrente. Ramo externo - Fibras eferentes viscerais especiais: esterno- cleidomastóide, trapézio e laringe. Uma lesão nesse núcleo ou no nervo causa pa- Esfíncter da pupila: ao se contrair é responsável pela miose. Abducente - VI Tem origem no sulco bulbo pontino e também passa pela fissura orbital superior. Sua origem real é o núcleo do nervo abducente que fica na região da ponte. Geralmente está junto com o núcleo do nervo facial e por isso uma lesão acaba comprometendo os dois nervos. As fibras eferem pelo nervo abducente e chegam até o músculo reto-lateral. Oculomotor - III É um nervo motor que se origina nosulco medial do pedúnculo cerebral e penetra na órbita pela fissura orbital superior. A origem real se dá por 2 núcleos: - Núcleo do nervo oculomotor: se localiza na altura do colículo superior e possui fibrar que eferem em direção ao músculo levantador da pálpebra superior, reto-inferior, reto-medial, reto-superior e oblíquo inferior (inerva todos os músculos extrínsecos do olho exceto o oblíquo superior e o reto-lateral). - Núcleo visceral do nervo oculomotor (núcleo de Edinger-Westphal): é o componente paras- simpático. O neurônio pré ganglionar vai até o gânglio ciliar onde fica o neurônio pós ganglionar, as fibras As fibras vão em direção a pupila para inervar o músculo ciliar e o músculo esfíncter da pupila. NERVO OCULOMOTOR (III), TROCLEAR (IV) E ABDUCENTE (VI) ralisia dos músculos da metade da língua ao lado da lesão, além de apresentar um desvio para o lado comprometido. Lesão no oculomotor causa ptose palpebral e a pálpebra fica caída. Ao se abrir observa-se um estrabismo divergente e midríase, além da pupila dilatada. Troclear - IV Emerge da parte posterior do tronco encefálico, é o único par que não tem emergência da parte anterior do TE. Ele emerge acima do véu medular superior e abaixo dos colículos e passa pela fissura orbital superior no osso esfenóide, contornando toda a região do pedúnculo cerebral e indo em direção ao músculo oblíquo superior. A origem real desse nervo é o núcleo troclear, é um núcleo pequeno que fica na região próxima ao colículo inferior. Os seus axônios antes de eferir para o SN eles cruzam o plano sagital mediano (fazem uma decussação) e alcançam o contralateral, logo se tiver uma lesão no núcleo troclear esquerdo as sequelas serão do lado direito. As fibras são eferentes somáticas e chegam até o músculo oblíquo superior (estriado esquelético). O paciente com lesão nesse nervo apresenta visão dupla, isso pode ser um problema para subir/descer escadas e por isso numa tentativa de compensação ele inclina a cabeça para focar melhor e pode levar a problemas na região cervical. Sem essa inervação não é possível fazer abdução do olho. Musculatura do olho Esses pares de nervos cranianos são responsáveis pela inervação da musculatura extrínseca do olho: reto-superior, reto-inferior, reto-medial, reto-lateral, oblíquo inferior e oblíquo superior. - Oblíquos: Fazem o movimento rotacional do olho. O oblíquo inferior é responsável pela mirada voltada medialmente para cima e o oblíquo superior faz a mirada medialmente para baixo. - Reto-medial: Ao se contrair faz uma mirada medial (nem para cima e nem para baixo). - Reto-lateral: realiza mirada lateral. Reflexo pupilar Ao receber um paciente na emergência a primeira coisa que verifica é se as pupilas estão fotoreagentes para ver se há uma lesão a nível mesencefálico, ou seja, verifica se a pupila reage a luz. Fotomotor Direto A informação visual (sensitiva-aferente) se forma no fundo da retina. Ela pega o nervo óptico, quiasma óptico, alcança o trato óptico, passa pelo corpo geniculado lateral e vai até a região do colículo superior na área pré-tectal. Na área pré-tectal a via aferente faz sinapse com um neurônio que vai até o núcleo de Edinger-Westphal (nervo oculomotor). Esses neurônios pré-ganglionares vão até o gânglio ciliar onde fazem sinapse com os neurônios pós-ganglinares, e então o axônio vai em direção a musculatura intrínseca do olho, realizando miose. Para um movimento conjugado dos olhos, em determinado momento, alguns músculos funcionam como agonistas e o antagonista estará desativado. Por exemplo: Para olhar para a direta e para cima se usa o m. reto-superior direito e o oblíquo inferior esquerdo. Para olhar no canto superior esquerdo, o olho esquerdo usa o reto superior e o direito o oblíquo inferior. Supondo queo olho na qual uma luz é incidida tenha amaurose (cegueira) não irá ocorrer o reflexo fotomotor direto e nem o consensual. E se a luz for inserida num olho funcionante a via eferente ocorre, conseguindo se comunicar com o núcleo de Edinger dos dois lados. Mas se houver uma lesão no trato óptico a aferência fica mais prejudicada. A informação chega apenas no lado ipsilateral, em que não há lesão. Uma lesão no núcleo de Edinger A miose ocorre no mesmo olho na qual a - Reto-superior: realiza elevação do olhar voltada um pouco lateralmente. - Reto-inferior: Mirada para baixo também voltada lateralmente. A maioria desses músculos são inervados pelo nervo oculomotor, com exceção do reto-lateral que é inervado pelo abducente e o músculo oblíquo superior que é inervado pelo nervo troclear. luz foi incidida. Reflexo pupilar consensual A informação visual feita na retina traféga pelo nervo óptico e segue do mesmo lado, mas também cruza no quiasma óptico e alcança o trato óptico contra lateral e vai para na área pré-tectal. Tanto no lado que recebeu a luz e no lado contralateral, os neurônios se direcionam para o núcleo de Edinger-Westphal do mesmo lado e também cruzam o plano sagital mediano para chegar no outro núcleo, garantindo que ocorra o reflexo consensual. Quando a informação chega no núcleo os neurônios pré ganglionares vão até o gânglio ciliar fazer sinapse com o neurônio pós ganglionar que vai para a musculatura intrínseca do olho.
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