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Laila Naiane Massas pélvicas Considerações iniciais Assintomáticas (maioria) Sintomáticas o Dor o Sensação de pressão o Dismenorreia o Sangramento uterino anormal o Sintomas gastrointestinais (dispepsia, náuseas) Diagnóstico Exame clínico (geralmente a massa deve ter tamanho exuberante) Ultrassonografia → utilizado para diagnosticar massas pélvicas/transvaginal Tomografia → suspeita de massa maligna (comprometimento de linfonodos) ou para ver vias urinárias RNM → caso não seja possível ver pelo RNM Tratamento Depende da idade, dos sintomas, fatores de risco, paridade, tipo de massa Clínico: AINE, ACO Cirúrgico Fatores demográficos Meninas na fase pré-puberal: Geralmente ovariana, benignos Cistos funcionais Da linhagem germinativa (cisto dermoide ou teratoma benigno) Adolescentes: Cistos funcionais Da linhagem germinativa Endometriose Sequela de DIP Gravidez Mulheres em idade reprodutiva: Leiomiomas Cistos funcionais Endometrioma Cisto dermoide Abscessos tubo-ovarianos Gestação ectópica Aumenta as taxas de tumores malignos com a idade Mulheres pós-menopausa: Aumento das taxas dos tumores malignos Cisto funcional ovariano: Até 3cm De 3 a 8cm ➔ cisto disfuncional Acima de 8/10cm ➔ cisto neoplásico cisto funcional ovariano Abscesso tubo-ovariano Laila Naiane Cisto dermoide ovariano Endometrioma ovariano Gravidez ectópica Leiomiomas É uma neoplasia benigna do músculo liso que com frequência originam-se no miométrio São também chamados de fibromas, devido a consistência endurecida deixada pela sua porção de colágeno Incidência de 25% Mais frequentes em afrodescendentes Patologia: tumores redondos, com padrão espiralado, brancos e nacarados (sem bilhos). Formados pela musculatura lisa com pouca atividade mitótica ( o que o diferencia do Leiomiossarcoma) Degeneração o Hialina o Calcificada o Cística o Mixoide o Vermelha o Necrose o Sarcomatosa (mais raro) Leiomioma Citogenética: cada leiomioma é derivado de um único miócito progenitor. Geralmente são encontrados mutações envolvendo os cromossomos 6,7,12 e 14 Efeitos estrogênicos: mais receptores de estrogênio, mais aromatase Efeitos do progestogênio: não está muito clara → na maioria das vezes, tem efeito bloqueador do desenvolvimento do mioma, diminui o número de receptores estrogênicos (pode fazer também com que ele aumente, mas isso ocorre muito raramente) Fatores de risco: o Mais frequente em idade reprodutiva o Mais paridade e menor a idade do início reprodutivo, Laila Naiane associado a menor incidência de leiomioma o Mais frequente em afrodescendentes o Predisposição genética o Obesidade: aumenta sua incidência o Contraceptivos orais combinados: diminui (o uso prolongado de ACO combinados tem maior ação progestínica, e não estrogênica) o SOP: aumenta (devidos os ciclos anovulatórios – não produz corpo lúteo, não produz progesterona → aumento do estrogênio) o Tabagismo: diminui (provavelmente por ação vascular, impedindo a neovascularização ou fazendo microtrombos) Classificação (FIGO) Subserosos: > ou igual a 50% intramural (tipo V) < 50% intramural ( Tipo VI) Pediculado (tipo VII) Intramurais: Intramural, tangenciando o endométrio (tipo lll) Intramural (tipo IV) Submucosos: Tipo 0: totalmente na cavidade endometrial Tipo 1: > 50% na cavidade endometrial Tipo 2: < 50% na cavidadeendometrial Mais raramente: no colo uterino, ovariano, tubas, ligamento largo, vagina, (tipo VIII) Sintomas A maioria é assintomática Sangramento Desconforto pélvico: pressão, frequência urinária, hidronefrose Dismenorreia Dor pélvica crônica Dor pélvica aguda: degeneração ou prolapso do mioma Infertilidade e perda de gravidez Síndroma da eritrocitose miomatosa (alguns podem produzir eritropoetina) Síndrome de Meigs → fibroma de ovário, ascite e derrame pleural Diagnóstico Exame clínico USG endovaginal Histerossonografia RNM Histeroscopia Laila Naiane Mioma submucosa, tipo 0 ➔ histerossonografia Tratamento Assintomático: conduta conservadora AINES: dismenorreia, menorragia Terapia hormonal: COCs, progestogênios, SIU-LNG Androgênios: danazol e gestrinona Agosnita do GnRH Antagonista do GnRH Antiprogestogênio: controverso Embolização de artérias uterinas: tomar cuidado com a síndrome pós embolização, qu cursa com dor, cólica pélvica, náuseas, vômitos, febre baixa, leucocite de mal estar. A longo prazo, 25% das pacientes requerem outra forma de tratamento Embolização das artérias uterinas (EAU) e complicações para gravidez o Aumento das taxas de abortamento o Hemorragia pós parto o Parto cesariano o Parto prematuro o Placentação anormal o RCUI Tratamento cirúrgico: Histerectomia Miomectomia Histeroscopia Ablação endometrial Hematometra Patogênese: obstruação do fluxo menstrual com acúmulo de sangue e distensão do útero, e algumas avezes do segmento proximal do colo uterino Pode acontecer junto com hematocolpo, que é a distensão da vagina Laila Naiane Causas Adquiridas: fibrose, neoplasia, pós radioterapia, atrofia prolongada, cirurgias em cavidade endometrial (síndrome de Asherman – petequeias) Congênitas: septo vaginal, agenesia do colo uterino Sd. De Ascherman Diagnóstico Dor cíclica na linha média Amenorreia Sangramento escuro escasso Sangramento escasso com odor fétido Distensão uterina: retenção urinária ou constipação intestinal Piometra Febre Leucocitose Imagem: USG, RNM Tratamento Imediato: alívio da obstrução Tratar a causa Adenomiose Aumento uterino causado por resíduo| ectópicos endometriais, quanto glandulares quanto de estroma, profundamente localizado dentro do miométrio Difusa: quando o resíduo endometrial está distribuído por todo miométrio Focal: quando este resíduo está distirbuido de uma forma fofcal e nodular Diagn´sotico defintiitivo é feito pelo histopatologia Fisiopatologia: Anatomia: exame microscópico com aumento global do útero, amolecimento e hiperemia do miométrio (focos de hemorragia) Patogênese: invaginação da camada endometrial basal para o interior do miométrio e metaplasia do tecido Mulleriano pluripotencial Laila Naiane Fatores de risco Paridade: quanto mais filhos, maior a chance de ter adenomiose (diferentemente do leiomioma) Idade: 80% desenvolve em mulheres acima de 40 anos Associada a patologias que são afetadas pela expressão da aromatasa – citocromo P450 (leiomiomas, endometriose e câncer de endométrio) Uso de MERS (tamoxifeno) Outras: história de endometrite crônica, abortamento, trauma uterino durante o parto, hiperestrogenismo Sintomas Assintomático Menorragia Dismenorreia Dispareunia Diagnóstico Aumento do Ca 125 (marcador da linhagem epitelial dos CA de ovário) USG: miométrio heterogêneo: assimetria das paredes miometriais, pequenos cistos miometriais (glândulas endometriais), projeções estriadas estendendo-se do endométrio para o interior do miométrio (sombras em persianas), eco endometrial mal definido. Na ademiose focal, veremos nódulos hipoecoicos isolados que podem ser diferenciados de leiomiomas por suas margens mal definidas, forma mais elíptica que globular, efeito de massa mínima nos tecidos adjacentes, ausência de calcificações e presença de cistos anecoicos de diâmetros variados RNM Estudo anatomopatológico, com presença deglândulas endometriais ou estroma no interior do miométrio: diagnóstico definitivo Tratamento Clínico: AINE, COC, progestogênios, SIU-LNG, aGnRH, androgênios (Danazol e Gestrinona) Cirúrgico: histerectomia; ablação ou ressecção endometrial; EAU Outras patologias uterinas Hipertrofia uterina: 120g para nulípara e 120g para multíparas Laila Naiane Divertículos uterinos ou cervicais Massas císticas ovarianas Neoplasias císticas ovarianas o Benignas → adenoma seroso, mucinoso o Malignas Cistos funcionais o Foliculares o Corpo lúteo Obs: muitas vezes difíceis de serem diferenciados clinicamente Sintomas Assintomáticos: grande maioria Dor pélvica: cíclica (endometiroma) ou não cíclica, forte e aguda (torção ovariana) Sensação de pressão Virilizarão (tumor de Leyding) Sangramento pré-puberal ou pós- menopausa → produtora de estrógeno nas células granulosas (Tecoma) Diagnóstico Clínico BhCG: ectópica Marcadores tumorais: Ca 125 (epitelial), AFP (tumor de saco vitelino ou carcinoma de células embrionárias), BHCG (coriocarcinoma), Ca 19-9 (carcinoma epiteliais mucinoso Imagem: USG, RNM Conduta Observação → cisto funcional Excisão cirúrgica: cistectomia ou ooforectomia Laparoscopia Mini laparotomia Laparotomia Aspiração do cisto Cistos ovarianos funcionais Origem: folículos ovarianos Produzidos por disfunção hormonal (uso de progesterona) Classificação o Cistos foliculares o Cistos de corpo lúteo o Cisto teca luteínico Fatores de risco o Tabagismo o Contracepção: COC (diminui, progesterona (aumenta) o Tamoxifeno: aumenta Diagnostico: USG o Cisto folicular: padrão arredondado, anecoico com paredes finais e regulares o Cisto de corpo luteo: característica USG variada. O coágulo no interior do cisto para uma imagem solida → trabecular → debris → absorção o Presença do anel de fogo Tratamento: geralmente conservador Cisto folicular Laila Naiane Cisto de corpo luteo – fase de debris Fase trabecular sinal do anel de fogo Cistos teca-luteinicos Tipo raro de cisto folicular, caracterizado por luteinização e hipertrofia da camada interna da teca. Formam-se os cistos múltiplos bilaterais de parede lisa com diâmetro variando de 1 a 4 cm Resulta do estímulo de LH ou de BHCG Situações associadas: doença trofoblástica gestacional, gemelaridade, hiperestimulação ovariana Resolvem espontaneamente após suspensão da estimulação hormonal Cisto teca-luteínicos Cistos ovarianos neoplásicos benignos Tumores do estroma epitelial o Seroso o Mucinosos Tumores de células germinativas o Teratomas Tumores do cordão sexual Tumores ovarianos serosos e mucinosos benignos Serosos: Cistos uniloculados, paredes finas, repletos de líquido serosos, bilateral em 20% dos casos (cisto adenoma seroso) Mucinosos: Paredes espessas, contém muco, podem ser uni ou multiloculado (cisto adenoma mucinoso) Laila Naiane Cisto adenoma serosos de ovário Cisto adenoma mucinoso de ovário Teratoma ovariano Origem nas células germinativas: ectoderma, mesoderma ou endoderma Podem ocorrer tecidos estanhos ao ovário: cabelo, gordura, dentes e ossos Classificação: o Teratoma maduro ➔ benigno o Teratoma imaturo ➔ maligno Teratoma maduro de ovário Características: bilateral em 10% e transformação maligna em 1 a 3% Complicações: torção, ruptura (peritonite pela porção de gordura) Diagnóstico: ultrassonografia, RNM Tratamento: excisão cirúrgica, conduta conservadora caso o tamanho seja menor que 6cm, para manter a fertilidade Tumores ovarianos sólidos: geralmente benignos, mas devem ser removidos pela impossibilidade de excluir a malignidade. Ex: tumor de Krukenberg, linfoma primário, tumores do cordão sexual-estroma, tumor de Brenner Síndrome do ovário restante Torção de massas anexiais: mais em massas com 6 a 10cm. Presença de dor súbita que piora com o tempo, febre Laila Naiane baixa (sugere necrose), náuseas e vômitos Metastático gastrointestinal → tumor de Krukenberg Massas paraovarianas: Cistos paraovarianas e paratubários → hidátide de Morgagni Tumores sólidos paraovarianos: leiomioma, linfoma, tumor de Wolffiano (resquício do ducto de Wolff) Patologia das tubas uterinas/peritoniais: Hidrossalpinge Neoplasias benignas: mesoteliomas (mais comum) Abscesso tubo-ovariano Presença de septos incompletos
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