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EXAMES COMPLEMENTARES: LABORATORIAIS ALUNO (A): BEATRIZ SARMENTO FERRO 4° PERÍODO – ODONTOLOGIA PROPEDÊUTICA CLÍNICA 1 Na prática, são considerados exames laboratoriais quaisquer procedimentos complementares de análise, sendo que os mais comuns consistem na coleta de sangue, urina e radiografias. Ou seja, exames bioquímicos e de imagem. 1) Exames de sangue: → Frequentemente usado e comum; → Circulam variadas substâncias; → Substâncias pesquisadas e encontradas: proteínas, colesterol, anticorpos, células, hormônios, bactérias ou vírus e eletrólitos. → Existem diversos fatores que podem interferir nos exames de sangue, exemplo:, jejum, centrifugação, calibração, reagentes, metrologia, manutenção dos equipamentos, entre outros. Esses fatores podem resultar em Falso- Negativo ou Falso-Positivo. → Tipos de células do sangue: • Eritrócitos (hemácias): transporte de O2 e CO • Leucócitos: sistema de defesa • Plaquetas (trombócitos): coagulação → Quando é solicitado um exame de sangue: • Pré-operatório cirúrgico; • Avaliação pós-operatória; • Processos infecciosos agudos ou crônicos; • Processos alérgicos; • Suspeita de doenças do aparelho hematopoiético (leucemia, anemia...); • Doenças parasitárias; • Distúrbios nutricionais. → Hemograma: → Avaliação quantitativa e qualitativa dos elementos do sangue. • Estudo série vermelha: eritrograma (hemácias ou eritrócitos) – valor médio de hemoglobina: 15,5g/dL +/- 2,5 g/dL; volume em homens e mulheres respectivamente: 37% - 47% / 41% - 51% • Estudo série branca ou glóbulos brancos: leucograma (leucócitos) – leucócitos totais: 4000 – 10000 /mm³ o Contagem diferencial: neutrófilos- alergia, infecção bacteriana (65%), eosinófilos- parasitoses e processos alérgicos (2-4%), basófilos- processos alérgicos (0-3%), monócitos- infecção viral e após quimioterapia (4- 8%), linfócitos- infecção viral (4-8%) • Plaquetas ou Trombócitos (só analisa o número de plaquetas): plaquetograma. → Coagulograma: → Conjunto de exames responsáveis pela análise de alterações da coagulação presentes no sangue humano. Com ele, é possível identificar doenças ou complicações e iniciar o tratamento o mais rápido possível. • Hemostasia é conceituada como parada do sangramento o Hemostasia primária: ocorre depois que o vaso se rompe e as plaquetas são ativadas, formando o tampão plaquetário. • Hemostasia secundária: é quando o tampão plaquetário inicialmente gerado na hemostasia primária é reforçado, através da conversão do fibrinogênio para fibrina. • Contagem de plaquetas normal no coagulograma é de 150.000 a 400.000/uL • Prova do laço: estabelece as condições de permeabilidade ou fragilidade capilar pelo aumento da pressão interna dos capilares feita pelo garroteamento do retorno venoso (positivo quando tem mais de 20 petéquias na área de 2,5x2,5 cm. Com o resultado pode identificar um defeito vascular, defeito quantitativo ou qualitativo das plaquetas. • Tempo de sangramento: feito para determinar a capacidade de coagulação sanguínea in vivo de pacientes que serão submetidos a cirurgias; o TS depende da elasticidade da parede do vaso sanguíneo ou da quantidade e capacidade funcional das plaquetas; normal= 1-3 min; normalmente é feito na orelha. • Retração do coágulo: é usada como índice indireto de avaliação do número e da atividade plaquetária; é incompleta quando o número de plaquetas for inferior a 100.000/uL ou quando há alterações qualitativas nas plaquetas ou quando o nível do fibrogênio é diminuído. • Tempo de trombina (tempo de coagulação): avalia o tempo de coagulação do plasma citratado na presença de trombina, permitindo testar a conversão de fibrinogênio à fibrina; é inversamente proporcional a concentração de fibrogênio; é um teste pouco sensível. • Tempo de atividade da protrombina (TP ou TPA): avalia a via extrínseca e a via comum (fatores VII, X, V, II e o fibrogênio); vitamina K dependentes (II, VII e X); é o tempo entre a adição do cálcio e a coagulação; normal= 10 - 14 segundos • Tempo de tromboplastina parcial ativado (TTPa): avalia os fatores das vias intrínseca e comum da coagulação, detectando as deficiências dos fatores VIII, IX, XI e XII; hemofilias A e B, doenças hepáticas, uso de anticoagulantes e deficiências de vitamina K (II, IX e X); normal= 25-35 segundos • NR: sistema uniforme para padronizar qual melhor conduta a seguir para o controle dos níveis dos fatores de coagulação em pacientes que fazem uso de anticoagulantes; o uso do INR é praticamente o mesmo se usado em diferentes laboratórios do mundo. → Sorologia: → É o estudo líquido (soro) separado do sangue após coagulação do mesmo. O exame sorológico tem o objetivo de identificar dois tipos de moléculas: antígeno (microrganismo) e anticorpo (IgM e IgG). • IgM: formada rapidamente logo após o 1° contato com uma infecção; tem vida curta. • IgG: demora mais tempo para ser formada; é responsável pelo impedimento da reinfecção; encontrada também nos casos de vacinação. • Exames sorológicos: • Hepatite: HBsAg, Anti-HBs, Anti-HCV HIV: ELISA, imunofluorescência, indireta (IFI), western blot (WB) o Sífilis: VDRL, FTA- ABS, TPHA → Bioquímica do sangue: • Substâncias não-eletrolíticas: glicose, uréia, creatina, bilirrubina, colesterol, corpos cetônicos, ácido úrico, proteínas plasmáticas e vitaminas. 1) Dosagem da glicose: o Glicemia em jejum, hemoglobina glicosilada/glicada, glicemia capilar, glicosúria (urina), cetonuria (urina) • Substancias eletrolíticas: constantes biológicas do sangue, diagnósticos dos desequilíbrios hidreletrolíticos, sódio, potássio, cálcio, magnésio, cloreto, ferro. • Enzimas: fosfatase alcalina (H/O), amilase (P), lipase (P), aldose (hormonal) (M/K), transminases (H/P) e outras; → Urina: → É uma das principais formas de excreção do organismo, por isso o exame de urina fornece importantes informações sobre o estado do organismo. • Exame de urina: pode detectar problemas nos rins ou no trato urinário, além de outros males sistêmicos, como alguns tipos de anemia e especialmente o diabetes. → Situações clínicas: 1) Anemias: 1.1) Anemia ferropriva/ ferropênica: • Características clínicas: Palidez da mucosa bucal; Atrofia das papilas linguais; Sensação de queimação; Quelite angular bilateral. • Tratamento: Suplementação de ferro e dieta adequada. 1.2) Anemia megaloblástica: É uma doença sanguínea caracterizada por grandes glóbulos vermelhos, imaturo e disfuncionais. Resulta da inibição da síntese de DNA na produção das hemácias. • Etiologia: Ingestão deficiente de vitamina B12; Deficiência de fator intrínseco produzida na mucosa do estômago para absorção da vitm B12 no intestino delgado (anemia perniciosa ou gastrectomia); Ingestão insuficiente de ácido fólico. • Testes laboratoriais: Hemograma; Dosagem de vitamina B12: diminuída; Dosagem de ferro: aumentada; Biópsia de mucosa gástrica. Diagnóstico diferencial: Outros tipos de anemia • Tratamento: Depende da causa; Baixo nível no sangue de B12 normalmente pode ser tratada com injeções, suplementação ou dieta; Baixo nível no sangue de ácido fólico normalmente pode ser tratada com suplementação ou dieta. 2) Leucemias: • É um distúrbio hematológico, que se caracteriza pela diferenciação e proliferação de leucócitos malignos, que destroem a medula óssea, gerando a multiplicação de células leucêmicas. • Etiologia: Exposição à radiação; Anomalias cromossômicas; Lesões químicas; Infecções virais; Combinação de fatores ambientais e genéticos. • Classificação: São classificadas de acordo com o seu curso clínico (agudo ou crônico) e, ainda, pela sua origem em histogenética (linfoide e mieloide). • Testes laboratoriais: Hemograma; Mielograma; Coagulograma pode ter alteração.• Características clínicas: Palidez, cansaço e febre; Aumento de gânglios; Infecções persistentes ou recorrentes; Hematomas, petéquias e sangramentos inexplicados; Aumento do baço e do fígado; Manifestações bucais: aumento gengival, hemorragias, pênfigo vulgar, mucosite, entre outras. 3) Avaliação do paciente infectado pelo HIV: • Contagem de CD4: Pacientes saudáveis e usualmente assintomáticos: contagem de células CD4 > 500 cels/mm4 > 500 cels/mm³ (>29%) Pacientes sintomáticos: contagem de células CD4 entre 200-499 cels/mm³ o AIDS: CD4 cels< 200 cels/mm³ ) < 14%) • Carga viral plasmática: Indica o grau de replicação viral e é sugestivo de imunossupressão; Mede sucesso ou falha de terapia (HAART) Prognóstico: quanto mais alta é a carga viral mais rápida é a progressão 4) Avaliação função renal: • Problemas renais: Cálculos renais (pedras nos rins); Infecção renal ou pielonefrite; Cistos renais; Tumor ou câncer de rim; Perda da função renal (insuficiência renal). • Principais fatores de risco das doenças renais: diabetes, hipertensão, idosos, portadores de obesidade, histórico de doença renal crônica na família, entre outros. 5) Avaliação função hepática: • Problemas hepáticos: Hepatites virais; Cirrose; Doenças hepáticas tóxicas; Insuficiência hepática; Fibrose; Esteatose hepática; Câncer. • Características clínicas de problemas hepáticos: Hematomas na pele ou hemorragias; Fadiga e mal estar; Icterícia; Dor abdominal; Coceira no corpo; Perda de músculos; Confusão mental ou encefalopatia; Retenção de líquidos. 6) Avaliação tireoide: • Problemas da tireoide: Hormônios T3 e T4; Hipertireoidismo e hipotireoidismo. • Testes laboratoriais: Dosagem dos hormônios tireoideanos T3 (+) e T4; Dosagem do TSH; Dosagem de Ca. 7) Avaliação pré-cirúrgica: • Testes laboratoriais: Hemograma; Coagulograma (TS, TC, TAP, TTPa e INR*); Glicemia em jejum.
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