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Câncer bucal e manejo de pacientes oncológicos

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Estomatologia II - Jacqueline Página 1 
 
1 Estomatologia II – Aula 6 
 
1. Introdução 
 O cirurgião- dentista tem papel importante 
na prevenção, diagnóstico precoce, 
controle de efeitos colaterais e sequelas 
do tratamento oncológico. 
 Brasil: 15.000 novos diagnosticados a 
cada ano (50% vão a óbito) 
 Note: nem sempre o paciente virá com 
queixa a algo relacionado ao câncer por 
isso é importante sempre fazer o exame 
clínico detalhado para diagnosticar o 
câncer em estagio inicial e aumentar as 
chances de cura 
 Um estudo científico (1990 a 1994) 
mostrou que a maioria dos pacientes com 
câncer de boca não tratados que deram 
entrada pela primeira vez em um hospital 
de SP já tinha seu estagio avançado 
enquanto pacientes de NY a maioria 
estava em estádio inicial. Note: 
disparidade entre países no diagnostico 
precoce. 
 
 
 2. Casos clínicos 
 
CASO 1 
 Placa branca, homogênea, extensa, 
envolvendo borda de língua direita, dentes 
em péssimas condições 
 Região posterior da língua: áreas 
ulceradas, bordas elevadas, endurecida. 
 HD: Carcinoma 
 Conduta: biopsia das duas regiões 
 
 
 
 
 
 
 
CASO 2 
 Dentista, 35 anos 
 Fazia laserterapia para afta há 3 meses 
 Conduta: biopsia 
 HD: tumor maligno 
 Note: a demora no diagnostico implicou 
em um tratamento maior envolvendo 
radioterapia 
 
 
 
3. Carcinoma espino celular inicial 
(CEC) 
 
Regras principais 
 Tumor primário: exame clínico + palpação 
(tomografia, ressonância ou ultrassom 
podem ser utilizados) 
 Câncer bucal e manejo de pacientes oncológicos 
 
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2 Estomatologia II – Aula 6 
 Extensão do tumor: melhor avaliada na 
inspeção clínica (exame clínico + 
palpação) 
 Profundidade e envolvimento de 
linfonodos: exames de imagem tem maior 
acurácia 
 
Note: área de leucoplasia + lesão maligna em 
borda de língua (seta) 
 
 
 
Note: apesar do diagnostico precoce alguns 
tumores, mesmo que pequenos, podem gerar 
metástase devido a influência parte biológica da 
lesão. 
 
 
 
 
Note: paciente 70 anos, tratada com cirurgia, 
evolui com recidiva local após um ano 
 
4. Estadiamento (AJCC) 
 
 
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3 Estomatologia II – Aula 6 
CASO CLÍNICO 
Paciente 55 anos, T1N0M0 (06/2009) 
 
Foi realizada a remoção cirúrgica. Assintomatico 
há 4 anos. Já reabilitado com implantes e prótese 
(2013) 
 
Modificação da lesão em 2017 com 
endurecimento e bordas elevadas. 
 
Desfecho: paciente foi novamente operado e 
permanece bem. 
 
 
CASO CLÍNICO 
 
Note: paciente feminina 40 anos com diversas 
lesões em borda de língua, sendo necessárias 
varias áreas de biopsia para verificar presença de 
tumor invasivo. 
CASO CLÍNICO 
Homem 32 anos, eritroplasia extensa em borda de 
língua, com áreas brancas. Biopsia: carcinoma 
invasivo. Conduta: paciente operado. 
 
 
Seguimento: acompanhamento anual, ainda 
apresenta algumas áreas brancas (note os anos 
nas fotos) 
 
 
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4 Estomatologia II – Aula 6 
 
 
 
 
Perguntas sobre o caso 
1. Qual o melhor estadiamento? 
2. Teve recidiva ou recorrência da doença? 
3. Sem recidiva ou recorrência? 
4. Vai desenvolver câncer na região operada 
previamente? 
5. Vai ter câncer em outra região? Pode 
desenvolver em qualquer região da boca, 
sua mucosa já é doente e as demais 
regiões são locais em potenciais para 
lesão. 
Não sabemos de todas as respostas, mas o 
paciente apresenta alguns indícios (leucoplasias) 
que devemos ficar em alerta. Esse paciente tem 
retorno a cada 3 meses, em alterações 
importantes é feita a remoção cirúrgica. 
 
5. Considerações finais 
 
 A maioria dos CEC de boca desenvolve 
em área de potencial de malignização 
(lesões com potencial de malignização) 
 Exame clínico deve ser criterioso e 
qualquer lesão suspeita deve ser 
investigada

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