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EXERCÍCIO DENTISTICA- PROTEÇÃO DO COMPLEXO DENTINOPULPAR

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QUESTIONÁRIO – PROTEÇÃO DO COMPLEXO DENTINOPULPAR
ATIVIDADE ASSÍNCRONA 1
Paloma Olsen
1) Diferencie os tipos de dentina: primária, secundária e terciária.
A dentina primária é aquela que se forma fisiologicamente, antes da irrupção do dente, com
disposição mais paralela e regular dos túbulos dentinários até o ápice radicular, a dentina
original. A dentina secundária é similar à primária, também tem função fisiológica normal, se
forma devido aos estímulos de baixa intensidade, durante a vida clínica do dente após o seu
irrompimento. Apresenta túbulos mais estreitos e levemente tortuosos, depositados em toda
a superfície pulpar. Para identificar essas duas dentinas, conseguimos identificar
microscópicamente uma demarcação, onde observamos mudança brusca dos túbulos
dentinários em determinada região. A dentina terciária é formada quando ocorrem irritações
pulpares patológicas, localizadas nas áreas subjacentes à zona de irritação com túbulos
escassos, tortuosos ou ausentes. Quando ocorre um processo de agressão, os processos
odontoblásticos vão agir formando uma dentina terciária reacional, a partir das células
ectomesenquimais indiferenciadas. A dentina terciária reparadora é aquela ocorre quando a
irritação (geralmente por cárie) causa a morte dos odontoblastos, onde então, as células
indiferenciadas se transformam em novos odontoblastos, e formam a dentina reparadora. A
dentina terciária tem como característica ser rígida e escurecida e se desenvolve quando a
progressão da cárie é grande, essa estrutura tem capacidade de se formar a nível da polpa,
fazendo a proteção da mesma.
2) Cite 4 exemplos de causas de injúrias ao Complexo Dentinopulpar, explicando
resumidamente cada uma delas.
A cárie é uma das injúrias ao complexo dentinopulpar que mais encontramos. Sendo
o processo mais destrutivo, ela se inicia na superfície dental através do acúmulos de
biofilme que se origina de resíduos de alimentos. A atividade bacteriana faz com que caia o
pH nesse biofilme, que fica ácido, causando a desmineralização do tecido dentário. A cárie
pode afetar todas as estruturas dentárias, inclusive a polpa. Existem dois tipos de cárie, a
aguda, que tem rápida evolução, onde encontramos uma dentina amarelada/acastanhada,
que é altamente infectada e a polpa não tem capacidade de se proteger (sem esclerose). A
cárie crônica é de evolução lenta, a dentina é consistente e escurecida, não é tão infectada,
e por ser um processo lento, encontramos esclerose.
O preparo cavitário é essencial para a remoção de estrutura cariada, porém, ela
pode sofrer com a pressão, a vibração, o calor de fricção e a dessecação, que são gerados
durante o preparo. Para isso, não devemos utilizar brocas velhas e com as lâminas sujas,
pois quanto mais velha ela for, maior é a pressão que devemos fazer na realização do
preparo. O tipo da broca utilizada também influencia. Já a vibração pode ser controlada
dependendo da rotação, a baixa rotação causa mais dano.
A secagem e limpeza, principalmente a secagem com o jato de ar, que promove
afastamento dos prolongamentos odontoblásticos. Um condicionamento que seja
compatível com a estrutura dentária, proporciona a proteção eficaz, como no caso dos
adesivos. Se realizados corretamente, evitam danos e sensibilidade pós operatória.
Os materiais restauradores, possuem algumas características, dentre elas, a que
deve se sobressair é a biocompatibilidade. O uso de um material biocompatível em todos os
passos em uma restauração é de extrema importância, pois seus constituintes muitas vezes
são tóxicos, principalmente os que são à base de metacrilato.
3) Classifique a profundidade das cavidades, relacionando à espessura da
dentina remanescente.
A dentina remanescente pode ser explicada como sendo a quantidade de dentina
que resta abaixo do tecido cariado. Em relação a profundidade, podemos separar em 5
degraus. O primeiro degrau é o preparo mais superficial, onde encontramos a Junção
Amelo-Dentinária (JAD). O segundo degrau vai além da JAD, entre 0,5 a 1 mm, e é
classificado como raso. O terceiro degrau é onde temos metade da espessura dentinária
removida ou até 1 mm de dentina remanescente até a polpa (podemos considerar que
ainda temos bastante dentina). O quarto degrau é um preparo profundo, onde a dentina
remanescente encontrada é de 0,5 mm até a polpa. E o quinto degrau é o mais delicado,
neste restam menos de 0,5 mm de dentina até a polpa. A possibilidade de fazer uma
exposição pulpar acidental é bem grande.
4) Explique como a idade do paciente pode ser um fator clínico para a indicação e a
seleção de materiais protetores.
A idade do paciente é de extrema importância nos tratamentos restauradores.
Quanto mais idoso for o paciente, mais tecido mineralizado é encontrado no tecido dentário,
e mais atrésica a câmara pulpar vai ser. Considerando esses aspectos, devemos fazer
diferentes abordagens. Em uma lesão de cárie extensa e profunda em um paciente jovem,
com a câmara pulpar mais espessa e menos tecido mineralizado, devemos ser o mínimo
invasivos e selecionar corretamente os materiais protetores. Nesse caso, o tratamento
expectante acaba sendo o melhor caminho. A remoção da dentina deve ser parcial e sem
expor a polpa. Primeiramente fazemos a limpeza do esmalte e da dentina, seguido da
lavagem da cavidade. A aplicação do cimento de Hidróxido de Cálcio é a grande diferença
no tratamento. Esse material tem a capacidade de induzir dentina esclerosada /reparadora,
proteger a polpa com sua ação bactericida e bacteriostática. A melhor restauração
provisória é feita com CIV quimicamente ativado, onde libera mais flúor e contribui para a
remineralização, em um intervalo de 45-60 dias + acompanhamento radiográfico. Após esse
período, a remoção da restauração provisória é realizada, removendo o remanescente de
cárie e protegendo a polpa, geralmente com CIV. Por fim, realiza-se a restauração definitiva.
O tratamento expectante é feito com o intuito de criar condições para que o organismo se
restabeleça, bloqueando o processo carioso, estimulando a formação de dentina
esclerosada e reparadora, melhorando a proteção biológica da polpa.
Em pacientes mais idosos, a polpa sofre retração com o passar dos anos, e com
isso, acaba sobrando mais dentina, o que faz com que a profundidade seja diferente. Na
maioria das vezes, acaba-se aplicando somente o ácido em esmalte e dentina e o material
selador (adesivo dentinário) e restauração definitiva com resina composta.
5) Explique a diferença entre Forradores Cavitários e Bases Protetoras, além de dar
exemplos de materiais utilizados para ambos.
O que diferencia um material ser de forramento ou de base é a espessura utilizada
no procedimento. Forrador é um agente protetor que tem espessura menor que 0,5 mm e
uma base tem camada mais espessa, de 0,5 a 2,0 mm, podendo ser apenas um ou mais de
um agente. Esses materiais realizam o vedamento dos túbulos dentinários, liberam fluoreto,
auxiliam na adesão da restauração à estrutura dental, possuem ação bacteriana, isolamento
elétrico e manutenção e recuperação da saúde pulpar.
6) Explique as principais propriedades do cimento de ionômero de vidro que são
consideradas fatores decisivos na eleição desse material como protetor pulpar.
As propriedades que CIV proporciona são: a liberação de flúor, que ocorre com
maior intensidade nas primeiras 24/48 horas, promovendo a remineralização e aumenta a
resistência à desmineralização, atuando então como reservatório de flúor. A adesividade
junto ao ácido poliacrílico como condicionador. A biocompatibilidade, se realizada a
proporção correta, é muito biocompatível, além de possuir ação antimicrobiana, diminuir a
infiltração marginal devido ao seu Coeficiente de Expansão Térmica ser igual ao do dente, e
diminuir a sensibilidade pós operatória. A exemplos desses materiais, temos a Pasta de
hidróxido de cálcio, sendo a mais utilizada atualmente. O Cimento de Hidróxido de Cálcio,
Cimento de Ionômero de Vidro, e ainda, não mais utilizados nos dias atuais, o Cimento de
Fosfato deZinco, o famoso OZE ou Óxido de Zinco e Eugenol e o Cimento de
Policarboxilato (não é encontrado com facilidade no Brasil)
7) Cite as diferentes formas de apresentação do hidróxido de cálcio e as finalidades
de cada uma delas.
O hidróxido de cálcio pode se apresentar nas formas de solução, suspensão, pasta
e cimento. A solução se obtém através da mistura do hidróxido de cálcio com água
destilada ou soro fisiológico, concentração de 0,2%, sendo útil em todos os tipos de
cavidades, independente da profundidade. Além da limpeza que proporciona, neutraliza a
acidez, age como agente bacteriostático, estimula calcificação de dentina. É hemostático
nos casos de exposições pulpares.
A suspensão do hidróxido de cálcio vem em solução aquosa de metilcelulose, a
qual deve ser agitada antes do uso. Utilizado com uma cânula que permite gotejar dentro da
cavidade uma ou duas gotas para o forramento.
As pastas diferem dos cimentos na composição e consistência: basicamente é
OH(Ca) dissolvido em água destilada. Possuem outros constituintes como cloreto de sódio,
potássio, cálcio e carbonato de cálcio, ou sulfato de bário(deixa radiopaco). Devido a sua
capacidade de estimular dentina reparadora, são utilizados em casos de proteção direta,
quando ocorre exposição acidental.
Os cimentos apresentam certa dureza e resistência mecânica e são impermeáveis
aos ácidos que alguns materiais restauradores possuem. São eficazes contra estímulos
térmicos e elétricos sob restaurações metálicas - amálgama ou ouro. Utilizado unicamente
como base para proteções indiretas com restaurações em amálgama para suportar
pressões. Quando aplicado em dentina, induz formação de dentina reacional e evidências
de reparo pulpar, que em exposições pulpares acidentais, mostra-se ser um bom aliado.
8) Explique a diferença entre as proteções pulpares indiretas e as diretas.
A proteção indireta é realizada quando não ocorre exposição pulpar. Para isso,
realiza-se a aplicação de agentes protetores no assoalho cavitário. Tem a finalidade de
resguardar o complexo dentino pulpar de injúrias, manter a vitalidade pulpar, inibir o
processo carioso e estimular a formação de dentina esclerosada, reacional e/ou reparadora.
Na proteção direta, é realizada quando ocorre exposição pulpar, e nesse caso, precisa de
material forrador, base e selador. Consiste na aplicação dos agentes protetores na polpa
exposta, para promover restabelecimento da polpa e manter a vitalidade pulpar, além de
estimular a formação de dentina/ tecido mineralizado, chamada ponte de dentina.
9) Cite os passos de uma proteção pulpar indireta para cavidade profunda para
amálgama com presença de esclerose.
Nessa proteção, não encontramos exposição da polpa, então não fazemos a
proteção direta. Considera-se que já tenha sido realizada a anestesia e isolamento absoluto
do campo operatório. Após a abertura do preparo cavitário e remoção do tecido cariado,
fazemos a limpeza da cavidade com ácido poliacrílico 12% por 15 segundos, aplicados com
microbrush ou com bolinhas de algodão esterilizadas, seguido de jato de água/ar para
limpeza/secagem da cavidade, seguido da aplicação do CIV. Posteriormente, duas camadas
de verniz.
10) Cite os passos de uma proteção pulpar indireta para cavidade profunda
para resina composta sem presença de esclerose.
Como não encontramos dentina esclerosada, devemos utilizar um material que
induza o estímulo de esclerose. Para isso, usamos o cimento de hidróxido de cálcio para
realizar a proteção pulpar, mesmo que ela não tenha sido exposta (indiretamente).
Realiza-se a profilaxia e a anestesia, seguido de isolamento absoluto do campo operatório.
A abertura do preparo cavitário com a broca mais indicada, limpeza com solução de
hidróxido de cálcio. O ácido poliacrílico para condicionar o meio para aplicação do cimento
ionômero de vidro. Após o CIV, aplicamos o sistema adesivo para restaurar com resina
composta. No condicionamento utilizar ácido fosfórico 37% por 30 segundos em esmalte e
15 segundos em dentina.

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