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Intestino Médio Os derivados do intestino médio são: O intestino delgado, incluindo o duodeno distal à abertura do ducto biliar O ceco, o apêndice, o colo ascendente e a metade direita a dois terços do colo transverso Esses derivados são supridos pela artéria mesentérica superior. À medida que o intestino médio se alonga, ele forma uma alça intestinal ventral em forma de U, a alça do intestino médio, que se projeta para dentro dos remanescentes do celoma extraembrionário na parte proximal do cordão umbilical. A alça é uma herniação umbilical fisiológica que ocorre no início da sexta semana. A alça se comunica com a vesícula umbilical (saco vitelínico) através do estreito onfaloentérico até a 10ª semana. A herniação ocorre porque não há espaço suficiente na cavidade abdominal para o intestino médio em rápido crescimento. Isso ocorre porque o fígado e os rins crescem muito na cavidade abdominal em relação ao embrião. Assim, as vísceras abdominais começam a desenvolver-se e crescer do lado de fora, ou seja, o fígado se desenvolveu muito ocupando o espaço da cavidade abdominal. É importante ressaltar que a alça do intestino médio é suspensa da parede abdominal pelo mesogástrio dorsal. Embriologia do Sistema Digestório II Bibliografia Indicada ● Embriologia Humana - Larsen ● Embriologia Clínica – Moore (Cáp. 11) ● Embriologia Médica - Langman O intestino em formato de alça começa a se desenvolver fora do abdome e começa a sofrer rotação de 90º no sentido anti- horário ao redor do eixo da artéria mesentérica superior, no sentido do umbigo onde tem-se o cordão umbilical (espesso e cheio de células). Essa rotação traz a porção cranial (intestino delgado) da alça para a direita e a porção caudal (intestino grosso) para a esquerda, tem-se ainda a formação das alças intestinais. Durante as rotações é formado o seco e, por volta da 10ª semana os intestinos retornam ao abdome, ou seja, o ducto vitelino desaparece perdendo-se, então a conexão com o saco vitelino que regride/oblitera, uma vez que os humanos não precisam dele já que recebemos nutrição via materna. O ceco que é formado durante a rotação e que está próximo ao fígado, desce em direção caudal dando origem ao colo ascendente e transverso, bem como do apêndice. FIXAÇÃO DOS INTESTINOS A rotação do estômago e do duodeno faz com que o duodeno e o pâncreas se posicionem à direita. O colo aumentado pressiona o duodeno e o pâncreas contra a parede abdominal posterior. Como resultado, a maior parte do mesentério duodenal é absorvida. Consequentemente, o duodeno, exceto a sua primeira parte (derivada do intestino anterior), não possui nenhum mesentério e encontra-se retroperitonealmente. Da mesma forma, a cabeça do pâncreas torna-se retroperitoneal. À medida que os intestinos aumentam, se alongam e assumem as suas posições finais, seus mesentérios são pressionados contra a parede abdominal posterior. O mesentério do colo ascendente se funde com o peritônio parietal nessa parede e desaparece, consequentemente, o colo ascendente também se torna retroperitoneal. ATENÇÃO!! Portanto, o intestino grosso e delgado são derivados do intestino médio!! CECO E APÊNDICE O primórdio do ceco e do apêndice, a dilatação cecal, aparece na sexta semana como uma elevação na margem antimesentérica do ramo caudal da alça do intestino médio. O ápice do divertículo cecal não cresce tão rapidamente quanto o restante dele; consequentemente, o apêndice, inicialmente, é uma pequena bolsa ou saco abrindo do ceco. O apêndice aumenta rapidamente em comprimento, de modo que ao nascimento é um tubo relativamente longo surgindo da extremidade distal do ceco. Após o nascimento, o crescimento desigual das paredes do ceco faz com que o apêndice posicione-se em seu lado medial. ↻ Correlação Clínica Quando o intestino não regride ele pode ficar no cordão umbilical, o que caracteriza onfalocele, em alguns casos sendo necessário intervenção cirúrgica para reposicionamento de vísceras. Sendo necessário o reparo cirúrgico da onfalocele. A gastrosquise consiste em um defeito congênito da parede abdominal, que resulta de um defeito lateral ao plano mediano da parede abdominal. RESUMÃO O defeito linear permite a extrusão das vísceras abdominal sem envolver o cordão umbilical. Pode ocorrer ainda, atresia ou estenose devido às rotações. Podendo ainda ocorrer a formação de cistos vitelinos e fístulas Intestino Posterior Os derivados do intestino posterior são: O terço esquerdo da metade do colo transverso, o colo descendente e o colo sigmoide, o reto e a parte superior do canal anal. O epitélio da bexiga urinária e a maior parte da uretra. Todos os derivados do intestino posterior são supridos pela artéria mesentérica inferior. A junção entre o segmento do colo transverso derivado do intestino médio e que se origina do intestino posterior é indicada pela mudança do suprimento sanguíneo de um ramo da artéria mesentérica superior para um ramo da artéria mesentérica inferior. Alantóide consiste em uma projeção do saco vitelínico, responsável pelo desenvolvimento do sistema urinário. Sendo que, o encontro entre intestino e alantóide forma a cloaca (encontro do sistema digestório com o urinário) que está presente nas aves e nos peixes. Nos humanos, posteriormente ocorre a separação com a formação do septo urorretal para ocorrer a formação do canal anorretal e urogenital. Se não houver a separação direito, pode não ocorrer a formação do canal anorretal e consequentemente, do esfíncter anal, o que causaria descontrole na excreção de fezes para o resto da vida. Na formação do canal anal tem-se o encontro de endoderma (epitélio de absorção) e ectoderma (epitélio estratificado pavimentoso), formando a linha pectínea. Obs.: Na membrana bucofaríngea (estomodeu) e cloacal (proctodeu) existe apenas ectoderma com endoderma. OMENTO Devido às mudanças na posição do intestino, o mesentério se projeta para a frente das vísceras abdominais. O omento consiste em uma dobra de peritônio. ↻ Correlação Clínica ● Síndrome de Aspiração de Mecônio ○ Mecônio consiste no material fecal do feto. RESUMÃO
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